Monday, December 17, 2012

APROVADA PROPOSTA QUE FARÁ CEG COMPRAR GÁS DE ATERROS SANITÁRIOS


A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta terça-feira (11/12), em discussão única, o projeto de lei 1.845/12, que cria a Política Estadual de Gás Natural Renovável (GNR). A proposta do Poder Executivo, que prevê a compra pela CEG e CEG Rio de todo o biogás produzido pelos aterros sanitários incorporou nove emendas parlamentares. Entre elas, a que define que o teto de gás a ser comprado pelas concessionárias será de até 10% do total de gás natural convencional (excetuado o destinado às termelétricas) distribuído, e não 5%, como previa o Governo. A ampliação desse teto traduz a previsão do parlamento de aumento gradual na produção de gás gerado a partir de resíduos orgânicos. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, os 5% inicialmente previstos correspondem a uma produção de 350 mil m³ de gás/dia. “O Rio de Janeiro sai na frente mais uma vez com esta inovação na legislação ambiental”, elogiou o líder do Governo na Casa, deputado André Corrêa (PSD).
Também foram aprovadas emendas que obrigam o envio anual de relatório com a quantia de aquisições feitas pela concessionária à comissão de Minas e Energia da Alerj e de resultado da fiscalização feita pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do estado (Agenersa) à Mesa Diretora do Parlamento. A Alerj também garantiu a veiculação, no Diário Oficial e em veículo de grande circulação, dos contratos de compra com os geradores de GNR. A Casa incluiu ainda emendas garantindo a capacitação técnica e disponibilização de linhas de financiamento para aquisição de tecnologias de produção, coleta e transporte do biogás; além de prever eventuais decréscimos no custo da aquisição de GNR, que acarretaria redução na fatura do serviço.
Na justificativa que acompanha a proposta, o governador Sérgio Cabral acentua o caráter sustentável da proposta. “A disposição final adequada de resíduos orgânicos, a captação do biogás gerado em aterros sanitários para produção de Gás Natural Renovável e a sua distribuição como gás natural pelas concessionárias de gás proporcionarão a redução da produção de gases de efeito estufa em nosso Estado”, aponta. Os preços e os prazos adequados a viabilizar a eficiente produção e transporte do Gás Natural Renovável serão regulados pelo Estado, por meio Agenersa. O projeto será enviado ao governador, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto.

Tuesday, December 11, 2012

SP tem capacidade para instalar 4.734 MW de eólicas



Rotores de usina de energia eólica
Energia eólica: foi identificada uma área potencial de 1.134 quilômetros quadrados para instalação de eólicas


São Paulo - O Estado de São Paulo tem capacidade para instalar 4.734 megawatts (MW) de usinas eólicas e gerar cerca de 13 mil gigawatts-hora (GWh) de energia dessa fonte por ano, segundo dados do Atlas Eólico apresentado pelo governo do Estado nesta sexta-feira.

Foram realizadas medições de vento com a colocação de oito torres de 100 metros de altura no Estado e foi identificada uma área potencial de 1.134 quilômetros quadrados para instalação de eólicas.
Segundo o secretário estadual de Energia, José Aníbal, grande parte dos equipamentos eólicos produzidos no Brasil estão próximos da região de São Paulo, e a instalação dos parques no Estado reduziriam os custos de transporte de equipamentos e de construção de linhas de transmissão.
"O potencial do Estado de São Paulo apareceu nesse novo Atlas, principalmente por conta da tecnologia que evoluiu muito. O fator central é o aumento da altura das torres... Consegue-se captar ventos de forma mais eficiente", disse a presidente-executiva da associação da indústria de energia eólica (Abeeólica), Elbia Melo, a jornalistas.
Segundo ela, o desenvolvimento da tecnologia tem permitido que áreas onde antes não havia potencial de produzir energia eólica passassem a ser consideradas.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que Campinas, Bauru e Sorocaba são algumas das cidades com maior potencial no Estado para energia eólica.

Previsões do IPCC de 1990 se confirmaram, afirma análise


Muitas vezes acusado de alarmista, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sempre enfrentou críticas pela maneira como realiza seustrabalhos e apresenta seus resultados. Porém, isso pode ser coisa do passado, agora que já se pode comparar as previsões feitas pela entidade com a realidade climática.
Foi o que fez um grupo de cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, dos Estados Unidos, em conjunto com pesquisadores de diversas universidades. O que esse grupo constatou é que o relatório de 1990 do IPCC está correto na maioria absoluta de suas estimativas. A análise foi publicada nesta semana no periódico Nature Climate Change
“Descobrimos que as previsões iniciais do IPCC são muito boas e que o clima está respondendo às concentrações de gases do efeito estufa da forma com que cientistas projetavam já em 1990”, afirmou David Frame, diretor do Instituto de Pesquisas em Mudanças Climáticas da universidade de Victoria, na Nova Zelândia.
“A precisão das estimativas de 20 anos atrás é ainda mais notável porque na época os pesquisadores dependiam de modelos computacionais bem mais simples do que os de hoje”, salientou Dáithí Stone, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.
Há 20 anos, o IPCC estimou que as temperaturas médias globais iriam subir entre  0.35˚C  e 0.75˚C até 2010 e hoje vivemos em um planeta 0.39˚C mais quente. Para 2030, a previsão é que o aquecimento seja de 0,7˚C a 1,5˚C.
É importante destacar que o IPCC, estabelecido em 1988 pelas Nações Unidas, não realiza pesquisas originais. O que os milhares de cientistas da entidade fazem é analisar o que está sendo produzido pelos centros de pesquisa climática em todo o mundo e sintetizar esses dados para que possam ser apresentados para a sociedade e, em especial, para os governos.
Cada relatório do IPCC leva pelo menos cinco anos para ser produzido, sendo que já foram divulgados estudos em 1990, 1995, 2001 e 2007. Neste último ano, a entidade recebeu, junto com o vice-presidente norte-americano Al Gore, o prêmio Nobel da Paz.
Porém, o IPCC sempre foi alvo de muitas criticas, principalmente por suas escolhas de que pesquisas fariam parte dos relatórios.
Assim, em 2011, uma reforma foi realizada na instituição e foram adotados novos procedimentos, como a obrigatoriedade dos autores de trabalhos selecionados para compor os relatórios de detalharem afiliações, fontes de financiamento e ligações que podem influenciar os resultados das pesquisas.
Também se definiu que  revistas, jornais, blogs e redes sociais não são fontes aceitáveis de informação e que estudos de ONGs e de ativistas climáticos podem ser utilizados desde que cientificamente e tecnicamente válidos.
Segundo Penny Wheton, uma das autoras do terceiro relatório do IPCC, é muito gratificante ver  o trabalho da entidade validado por análises independentes e que isso pode facilitar a aceitação dos alertas climáticos pela comunidade internacional, principalmente pelos governos.
“O que o IPCC tem dito há anos está se tornando realidade, evidências suportam isso. O que faremos com nossas emissões daqui para frente é o que vai definir se teremos um aquecimento de 2˚C ou de 5˚C até o final do século”, afirmou Wheton.
Cientistas alertam que manter o aumento das temperaturas abaixo de 2˚C é essencial para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=732667


Monday, December 3, 2012

GE fecha contrato de R$820 milhões para fornecer turbinas eólicas para a Renova


A GE Power & Water, braço para energia renovável da americana GE, informou nesta segunda-feira (03/12) que irá fornecer 230 aerogeradores para o Complexo Eólico alto Sertão II, na Bahia, da brasileira Renova Energia. O valor do contrato é de R$820 milhões, um dos maiores do segmento já firmados pela companhia na América Latina.
A Renova iniciou em novembro a construção desse projeto, que deve demandar R$3 bilhões em investimento. O Complexo será composto por 15 parques, que juntos terão capacidade instalada de 375MW - energia capaz de abastecer uma cidade de cerca de 1 milhão de habitantes, segundo a GE.
O contrato refere-se à energia comercializada pela Renova nos Leilões de Energia de Reserva (LER 2010 e 2011). O Complexo Eólico Alto Sertão II fica localizado nas cidades de Caetité, Guanambi e Igaporã, municípios localizados no sudoeste da Bahia.
“Esse contrato é resultado da geração de valor de um trabalho conjunto entre a Renova e a GE na busca do estado da arte em tecnologia eólica na Bahia”, comemorou Luiz Freitas, diretor Jurídico e de Compras da Renova Energia.
Os 230 equipamentos, modelo GE 1.68-82.5, possuem contrato de operação de dez anos que será executado a partir do Centro de Serviços da GE. Localizada também na Bahia, essa unidade fabril, que estará concluída até o início do próximo ano, de acordo com a GE, conta com investimentos de US$ 1,5 milhão e empregará aproximadamente 60 pessoas.
A parceria entre a Renova e a GE teve início no primeiro leilão exclusivo de energia eólica no País, ocorrido em dezembro de 2009. “Este complexo eólico da Renova é o maior do Brasil e para nós é um orgulho participar, mais uma vez, desse grande projeto e ampliar a geração de energia eólica na Bahia”, disse Jean-Claude Robert, líder de GE Wind para América Latina.
A GE também foi a fornecedora de equipamentos para o Complexo Eólico Alto Sertão 1 (294MW-BA), inaugurado em julho deste ano.
Ainda segundo a GE, de janeiro a junho deste ano, 293 turbinas eólicas da companhia foram instaladas no Nordeste brasileiro. Nos próximos dois anos, serão mais 894 equipamentos da companhia instalados no País, totalizando 1.7GW de potência instalada.
"Esse contrato reforça a posição de liderança da GE neste setor. Os aerogeradores da companhia cumprem com os índices de nacionalização mínimos exigidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para possibilitar o acesso à linha de financiamento Finame", destacou a companhia, em nota à imprensa.
A GE atua no segmento de energia eólica desde 2002 e está em 21 países. No Brasil, iniciou a venda de equipamentos para geração a partir do vento em 2009. Já a Renova Energia, que tem 11 anos de existência, possuí 1.069MW eólicos contratados, sendo 669MW de capacidade contratada no mercado regulado e 400MW no mercado livre.
 

Suécia importa lixo para manter geração de energia limpa

Embora o país nórdico tenha um histórico de sucesso no tratamento e reciclagem de resíduos, o lixo produzido na Suécia já não é mais suficiente para gerar eletricidade. A saída foi importar resíduos de outros países para obter energia limpa.
Localizada na Escandinávia, esta foi uma das primeiras nações a aderirem a um pacote de práticas sustentáveis. Ainda nos anos 1940, os governantes criaram um programa de geração de energia a partir da incineração do lixo, que reduz em mais de duas toneladas os resíduos produzidos por ano, além de fornecer eletricidade a 250 mil residências.
Entretanto, o lixo produzido pelos suecos já não é mais capaz de suprir a demanda de geração de eletricidade do país. A solução encontrada pelo governo local foi comprar o resíduos do vizinho. Todos os anos o país importa cerca de 800 mil toneladas da Noruega, destinadas à incineração.
As autoridades suecas também não descartam a ideia de comprar o lixo produzido por países que têm dificuldade no tratamento. A Itália, por exemplo, é um dos países da Europa que não contam com um programa eficiente de descarte. Bulgária e Romênia também sofrem com o acúmulo de lixo, uma vez que estes países não possuem usinas de incineração e reaproveitamento.
O programa de reciclagem adotado na Suécia é outro case que merece destaque. De acordo com a Returnpack, uma indústria sueca de reaproveitamento de resíduos, cada habitante recicla, em média, 146 latas e garrafas – assim, quase 90% destes materiais são reciclados pela própria população.
A aceitação que os cidadãos da Suécia tiveram com o programa de reciclagem turbinou a economia sustentável no país. As autoridades locais passaram a investir na produção sustentável de roupas, no marketing ambiental e no desenvolvimento de tecnologias verdes. O objetivo da Suécia é continuar a desenvolver estratégias sustentáveis que podem ser aplicadas não só no país nórdico, mas também ao redor do mundo. Com informações do Fast Co Exist.

Monday, November 26, 2012

Governo cogita adiar metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos


Ressoar - SP - HOME - 23/11/2012





Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Três meses depois da baixa adesão dos municípios brasileiros à elaboração dos planos locais dos resíduos sólidos, cujo prazo final era agosto e apenas 10% entregaram, o governo federal já cogita adiar as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Sancionada em 2010, a Lei estabelece, entre outros pontos, a instauração da coleta seletiva e o fim dos lixões em todas as cidades ate 2014.

"Já há projetos de adiamento do prazo, para que possamos prorrogar as ações dos planos e ajudar os municípios", admitiu ao Estadão o secretário de recursos hídricos e ambiente urbano do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Wilson. No dia 2 de agosto, o EcoD mostrou que a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) reivindicou o adiamento do prazo para 31 de dezembro, ao alegar dificuldades por conta das eleições de outubro. Contudo, o governo negou o pedido.

O governo vincula o repasse de verba à existência do plano, que só foi entregue por 400 cidades (das 5.565 de todo o Brasil), além de nove estados e o Distrito Federal.

Dados da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros de 2011, divulgada pelo IBGE em 13 de novembro, mostram que apenas 32,3% das cidades brasileiras possuem alguma iniciativa de coleta seletiva em atividade.

Especialistas criticam

A perspectiva de adiamento dos prazos previstos para 2014 é considerada um fracasso para especialistas e entidades ligadas ao setor. O diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, (Abrelpe), Carlos Silva, lembrou que os lixões são proibidos no país desde 1981.

"Está mais que na hora de tornar o tema presente nas agendas municipais. O encaminhamento da lei é plenamente possível, já que ela prevê vários elementos, até de sustentabilidade econômica para os municípios", ressaltou Silva.

"Toda dilatação de prazo gera um desconforto. Qual compromisso os municípios vão assumir ao serem agraciados com essa prorrogação?", concordou o vice-presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), João Gianesi Netto. Em 2011, a entidade criou e distribuiu para mais de mil municípios uma cartilha explicando como os municípios deveriam se planejar para cumprir as metas da PNRS.

Sem recursos

Os prefeitos reclamam da falta de recursos do governo e de que o prazo estabelecido pela lei foi curto. Levantamento feito pela CNM mostra que os gastos para construir os aterros em todas as cidades chegariam a R$ 65 bilhões.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, as metas ainda estão longe de serem alcançadas. "Somente 10% dos prefeitos devem ter noção da situação dessas metas. A maioria só se dá conta quando assume e aí não sabe o que fazer", ressaltou.


Fonte: Portal EcoD.

Friday, November 23, 2012

Maior usina termossolar do mundo vai iluminar mais de 70 mil casas a partir de 2013

EcoDesenvolvimento.org 

Maior usina termossolar do mundo vai iluminar mais de 70 mil casas a partir de 2013

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Cerca de 2.300 pessoas trabalham todos os dias para terminar de encaixar as peças deste "templo solar" futurista
Foto: OregonDOT
Lembre-se de como funciona uma garrafa térmica. Ela conserva a temperatura do seu café durante horas, não é mesmo? Pois é basicamente assim que vai operar a Solana, usina termossolar da empresa espanhola Abengoa, que já vai nascer em 2013 como a maior do mundo, a cerca de 100 km de Phoenix, nos Estados Unidos.
A temperatura média de 25 graus e o sol escaldante de Phoenix fizeram com que a cidade fosse escolhida para a construção do empreendimento, que iluminará cerca de 72 mil lares do estado do Arizona, segundo informações da EFE.
Cerca de 2.300 pessoas trabalham todos os dias para terminar de encaixar as peças deste "templo solar" futurista, para que no mês de julho a Abengoa conecte à rede sua primeira central nos Estados Unidos.
O projeto Solana é feito para desenvolver, em grande escala, a tecnologia termossolar com coletores cilíndricos parabólicos que foram criados em Sevilha.
A Solana vai evitar as emissões de 475 mil toneladas de CO2 por ano, consumirá quase oito vezes menos água que os cultivos de alfafa que existiam anteriormente em seus cinco quilômetros quadrados de superfície, e seus componentes essenciais (vidro e aço) são recicláveis.
"Nosso objetivo era e é o Sudoeste americano, porque as condições solares se adaptam perfeitamente a nossa tecnologia", ressaltou Emiliano García, diretor-geral do projeto Solana.
"Mais de 340 dias de sol por ano, uma radiação solar de muito boa qualidade (sem nuvens e nem vapor de água que a filtrem), a planície dos terrenos e a disponibilidade de água, de uma estrada próxima e de conexões à rede elétrica fazem desta área do deserto de Maricopa o lugar ideal para este "exército" de 32 mil módulos cilindroparabólicos", explicou o executivo.
Como vai funcionar
Estes coletores espelhados, em forma de parábola, se encaixam em mais de 800 linhas retas, de 120x5m, que se movimentarão automaticamente seguindo o sol para captar a maior quantidade de luz possível.
A radiação captada se concentrará no centro da parábola, aquecendo um tubo pelo qual circula um fluido. E, por sua vez, esse fluido transporta o calor até um ponto determinado da fábrica, onde se transforma em vapor, que movimenta uma turbina para produzir eletricidade como em qualquer usina térmica do mundo.
A novidade da Solana é que ela "é projetada para o armazenamento térmico", de modo que pode continuar produzindo eletricidade até seis horas depois do pôr do sol por conta de um sistema muito parecido ao de "uma garrafa térmica que mantém o café quente", comparou García.
Assim, toda energia ou fluido quente restante vai parar em alguns tanques onde são armazenados a 400°, que voltam a se transformar em "combustível solar" quando escurece.
Resultados previstos
Uma vez em andamento, esta engrenagem de tecnologias limpas produzirá uma potência elétrica de 280 megawatts/hora, uma quantidade similar à de uma usina nuclear que, na Europa - onde o consumo energético médio de um lar é quase a metade em comparação com os EUA, poderia abastecer cerca de 140 mil casas.
A Solana vai evitar as emissões de 475 mil toneladas de CO2 por ano, consumirá quase oito vezes menos água que os cultivos de alfafa que existiam anteriormente em seus cinco quilômetros quadrados de superfície, e seus componentes essenciais (vidro e aço) são recicláveis, segundo fontes da Abengoa Solar.
A usina empregará permanentemente 85 pessoas durante pelo menos os 30 anos de contrato de venda de eletricidade embora, com a manutenção adequada, este tipo de tecnologia possa operar por cerca de 50 anos.

Thursday, November 22, 2012

China afirma que só reduzirá suas emissões absolutas depois que PIB quintuplicar


22/11/2012   -   Autor: Jéssica Lipinski   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


O principal negociador climático da China, Xie Zhenhua, afirmou nesta semana que as emissões absolutas do país continuarão a aumentar até que a nação consiga atingir um produto interno bruto (PIB) per capita cinco vezes maior que o atual.
Segundo ele, não seria justo nem racional que o país reduzisse suas emissões absolutas quando seu PIB per capita é de US$ cinco mil, enquanto o dos países desenvolvidos é de entre US$ 40 mil e US$ 50 mil.
No entanto, o principal negociador climático da China ressaltou que o país continuará fazendo esforços para diminuir sua intensidade de carbono, ou seja, a quantidade de CO2 emitida por unidade de PIB, e seu consumo de energia por unidade de PIB.
Xie afirmou que, na verdade, os chineses estão fazendo progressos neste aspecto, já que estão investindo cada vez mais em fontes de energias renováveis e já conseguiram diminuir sua intensidade de carbono em 19% desde 2005, o equivalente a uma redução de 1,5 bilhão de toneladas de CO2.
No último ano, o governo chinês adotou metas de redução no consumo de energia por unidade de PIB de 16%, de emissões por unidade de PIB de 17% e do aumento da participação das energias renováveis no mix energético nacional para 11,4%.
O chinês também enfatizou a importância de se firmar um acordo climático internacional consistente na próxima conferência da ONU, que ocorre neste mês em Doha, no Catar.
“Esperamos que a conferência de Doha, como a de Durban [no último ano], atinja um resultado abrangente e equilibrado. Após quase duas décadas de negociações, precisamos finalizar o entendimento comum estabelecido pela convenção e o protocolo, [a fim de] agir e para cumprir as promessas feitas pelos países.”
Ele declarou também que a China continuará a estimular suas políticas ambientais independentemente do resultado das negociações climáticas. “Não importa o resultado da negociação [em Doha], a China tomará algumas medidas ativas internamente”, comentou.
Entretanto, ele observou que o maior esforço deve vir dos países desenvolvidos, que são historicamente mais responsáveis pelo aumento das emissões antropogênicas, que contribuem para as mudanças climáticas. “Mas eles não fazem isso agora”, concluiu Xie.

Wednesday, November 14, 2012

Comissão Europeia anuncia seis opções para reforma do EU ETS


14/11/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Aumentar a meta de corte das emissões para 30% até 2020 e expandir o mercado para mais setores da economia estão entre as sugestões para melhorar o Esquema Europeu de Comércio de Emissões


Depois de anunciar na terça-feira (13) que 900 milhões de permissões seriam retiradas do mercado, a Comissão Europeia (CE) divulgou hoje (14) outras medidas para resolver a crise do excesso de créditos que aflige há meses o Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS).

“Estamos apresentando opções que trarão grandes melhorias para o mercado e que providenciarão uma solução sustentável e definitiva para o excesso de créditos em longo prazo”, afirmou Connie Hedegaard, Comissária Climática da União Europeia.

A CE aponta que mais de dois bilhões de permissões já estão inundando o EU ETS e fazendo com que os preços dos créditos fiquem muito baixos para justificar que indústrias troquem seus modos de produção por opções mais limpas, o que é o grande objetivo do mercado.

Para lidar com isso, a CE apresentou seis medidas que podem ser adotadas em conjunto ou individualmente. São elas:

- Aumentar a meta de redução de emissões de gases do efeito estufa da UE dos atuais 20% para 30% até 2020;
- Subir para 1,74% o declínio anual das permissões que são entregues para os países;
- Estender o escopo do EU ETS para outros setores da economia;
- Limitar o uso de créditos internacionais no mercado;
- Introduzir mecanismos de gerenciamento de preços, como um piso para o carbono.

Todas estas opções precisam ser avaliadas e aprovadas pelo Parlamento Europeu, um processo que não possui data para acontecer, mas que com certeza será longo.

“Nosso mercado de carbono está resultando na redução de emissões. Mas por causa da oferta excessiva de créditos, não estamos incentivando o suficiente a eficiência energética e os investimentos em tecnologias verdes. Isto é ruim para a inovação e competitividade europeia”, declarou Hedegaard.

Falando sobre a retenção das 900 milhões de permissões, que voltarão ao mercado em 2019 e 2020, a comissária disse que uma ação rápida era necessária.

“Esperamos que essa medida tenha um efeito veloz nos preços, ajudando a equilibrar a oferta e a demanda de créditos. Assim, a expectativa é reduzir os riscos de uma grande volatilidade dos preços na terceira fase do EU ETS”, completou.

De acordo com Marcus Ferdinand, analista de mercado da Reuters Thomson Point Carbon, a elevação da meta para 30% e diminuir as permissões entregues aos países são as melhores opções. “Estas duas têm o potencial de transformar a estrutura do mercado”, afirmou.

A CE espera que aumentar para 1,74% o declínio anual da entrega de permissões resulte na redução de 60% das emissões até 2030 com relação ao nível de 2005 dos setores abrangidos pelo EU ETS.

“A Europa precisa fazer mudanças fundamentais no mercado de carbono. Se quiserem permanecer na vanguarda das tecnologias verdes, os líderes europeus devem aumentar as metas de redução de emissões para 30%”, afirmou Sam Van den Plas, oficial de políticas climáticas do WWF.

A União Europeia praticamente já atingiu o objetivo de 20%, graças principalmente à recessão econômica que derrubou a produção industrial do bloco e aos investimentos em energias renováveis.

Aparentemente o anúncio ainda não refletiu no mercado, que registra preços estáveis com relação aos de terça-feira. As permissões de emissão (EUAs) da terceira fase estão sendo negociadas em  €8,45 e as Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) em €0,81.

O EU ETS cobre 11 mil indústrias, responsáveis por 40% das emissões europeias.

Califórnia realiza 1º leilão de seu mercado de carbono


O sistema de comércio de emissões do estado da Califórnia realizará nesta quarta-feira (14) o primeiro leilão de seus créditos de carbono. Estima-se que o Conselho de Recursos do Ar da Califórnia (CARB), responsável pelo programa, lance permissões para mais de 350 empresas, incluindo grandes poluidores que devem cortar suas emissões, como companhias elétricas, produtores de alimentos e refinarias.
Cerca de 23 milhões de permissões, chamadas de permissões de carbono da Califórnia (CCAs), serão vendidas para 2013 e 39,5 milhões serão pré-vendidas para 2015. Essa venda antecipada define as permissões como vintage (V). O CARB calcula que as empresas pagarão um total de US$ 964 milhões pelas permissões no ano fiscal de 2012-2013.
A consultoria Thomson Reuters Point Carbon espera que as CCAs V2013 sejam compradas por entre US$ 11,75 e US$ 12,50/t e as CCAs V2015 pelo preço mínimo de US$ 10/t. A primeira entrega de permissões, de 30% das emissões de uma empresa em 2013, ocorrerá em novembro de 2014. A segunda entrega, de 70% das emissões de 2013 mais 100% das emissões de 2014, ocorrerá em novembro de 2015.
“Esperamos que a participação no leilão seja limitada a poucas empresas, companhias fundamentais de petróleo e financeiras, já que as menores entidades cobertas ainda não estão preparadas para comprar em leilão”, comentou Ashley Lawson, analista sênior da Thomson Reuters Point Carbon.
“Apesar disso, esperamos que esses poucos compradores obtenham todo o volume disponível de CCAs V2013. Pensamos que as CCAs V2015 serão subscritas por causa da incerteza em longo prazo no mercado”, acrescentou ela.
Nos primeiros dois anos do programa, os emissores receberão 90% de suas permissões gratuitamente para que tenham mais tempo reduzir suas emissões através de novas tecnologias ou outros meios. As empresas poderão ainda utilizar até 8% de suas reduções de emissões através da compra de créditos de carbono provenientes de florestas e outros projetos certificados.
O limite, ou número de permissões do mercado, diminuirá progressivamente como parte do esforço de reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2050.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=732375

Tuesday, November 13, 2012

Vaga. Gerente de Operacoes.

Nome:Confidencial
Descrição Sumária:Apenas para assinantes
Ramo de Atividade:Apenas para assinantes


Dados da Vaga
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Título da vaga:

Gerente de Operações

Data de entrada:07.11.2012
Quantidade:1 vaga
Descrição da vaga:
  • Será responsável pelas operações do aterro sanitário, medições, pesagens, infraestrutura, controle e movimentação de resíduos / veículos transportadores e máquinas / equipamentos de campo, segurança patrimonial e serviços terceirizados.
  • Experiência como gerente de operações, em aterros sanitários e centro de tratamentos de resíduos.
  • Ensino Superior na área de Engenharia completo.
Observações:
  • Benefícios: Assistência Médica / Medicina em grupo, Assistência Odontológica, Estacionamento, Restaurante na empresa, Seguro de vida em grupo, Vale-transporte
  • Regime de contratação: CLT (Efetivo)
  • Horário: Comercial.
Faixa Salarial:De R$ 10.001,00 a R$ 15.000,00
Idiomas:Inglês (Intermediário)
Cidades:
  • Seropedica - RJ (1 vaga)



Monday, November 12, 2012

Quem opera o novo sistema


Cada vez mais, o profissional de sustentabilidade nas empresas deixa de ser visto como custo, e sim como alguém que agrega valor ao negócio. A má notícia é que a esperada transversalidade ainda não aconteceu
rep11O belga e hoje residente em São Paulo Martin Bernard deixou há três meses a companhia de busca de executivos (executive search) da qual era sócio para montar um negócio próprio na mesma área, mas com um objetivo mais bem definido: prestar consultoria na procura de líderes e executivos ligados à sustentabilidade para empresas engajadas no tema. Chamada People 4 A Better World, é a primeira empresa de caça-talentos (headhunter) desse tipo no Brasil.
Por ser uma butique, não encontra candidatos no “varejo” com anúncios de vagas. A companhia busca meticulosamente os profissionais mais qualificados e capazes de lidar com os desafios de uma governança empresarial baseada na sustentabilidade. Ao explicar seu negócio, Bernard logo esclarece: “Não trabalho buscando profissionais, mas, sim, pessoas, porque não somos seres divididos entre a parte que trabalha e a que não trabalha”.
Pode parecer apenas uma diferença de palavras, mas, quando o assunto é sustentabilidade, estão em jogo elementos além da capacidade técnica e tempo de experiência. “Preciso ver no candidato as emoções, os valores e o brilho que tem nos olhos. Ele precisa acreditar no trabalho”, explica Bernard. Raramente essas características são procuradas em processos seletivos tradicionais e essa é uma mudança de comportamento que sua empresa pretende trazer.
O momento da entrevista é fundamental para que se alcance essa conexão sincera. Em vez de salas de reuniões frias e mesas tradicionais, Bernard propõe espaços informais, como um sofá em uma sala bem decorada com obras de arte que chamem a atenção do candidato. “Isso muda sua postura, ele se sente confortável e evita o uso daquela costumeira ‘máscara da entrevista’”.
DEFINA-ME OU TE DEVORO
A People 4 A Better World centra-se apenas em uma parte do grande sistema de recursos humanos que forma uma companhia. O profissional que atua no tema da sustentabilidade está em várias áreas, posições e setores. Defini-lo não é tarefa fácil nem objetiva, pois este pode ser desde o engenheiro ambiental até o diretor de operações, o professor, ou o voluntário que presta serviços a uma ONG.
Essa amplitude foi um dos fatores que levaram à criação em 2011 da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps). Entre seus objetivos, está o de representar, conectar e fortalecer a atuação de quem é ligado a áreas como meio ambiente e responsabilidade corporativa. Marcus Nakagawa, consultor em educação para a sustentabilidade, idealizador e presidente, explica que não há restrições de ordem profissional para uma pessoa aderir à associação [1], visto que ainda é necessário saber quem compõe esse mercado.

http://pagina22.com.br/index.php/2012/11/quem-opera-o-novo-sistema/


Thursday, November 8, 2012

Guerra comercial do setor de energia solar se agrava


08/11/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


Na última terça-feira (6), o governo chinês entrou com uma reclamação oficial junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios praticados pela Itália e pela Grécia para estimular suas empresas de energia solar.

Os chineses afirmam que os dois países realizam práticas ilegais para manipular os preços e pedem que a OMC atue de maneira urgente para acabar com essas políticas.

“A China possui o direito e a responsabilidade de buscar um comércio justo e que respeite os direitos da indústria solar chinesa”, declarou Shen Danyang, porta-voz do Ministério de Comércio chinês.

Apenas dois dias depois, nesta quinta-feira (8), a União Europeia anunciou que deu início a uma investigação que vai analisar se a China utiliza métodos ilegais para reduzir os preços de seus produtos solares, o chamado dumping. A operação deve levar 13 meses para ser concluída.

A investigação é o resultado das acusações apresentadas pelo grupo EU ProSun, liderado pela empresa alemã Solar World, que há meses vêm denunciando os chineses por subsídios ilegais e outras práticas que prejudicam o comércio internacional.

“Nossas empresas podem competir com qualquer outra no mercado, menos com as chinesas.  A União Europeia deve agir agora para acabar com os subsídios ilegais chineses antes que todo o setor renovável europeu deixe de existir”, afirmou Milan Nitzschke, presidente do EU ProSun.

A China atualmente domina mais de 60% do mercado mundial e projeções apontam que essa fatia deve aumentar rapidamente nos próximos anos.

Toda a disputa do setor solar, que já pode ser chamada de uma guerra comercial, começou em março, quando o Departamento do Comércio dos Estados Unidos impôs taxas sobre produtos solares chineses devido às políticas de subsídios da China. Em alguns casos, os tributos chegam a 250%. Desde então, os europeus têm estudado adotar medidas semelhantes.

Saturday, October 27, 2012

Cemig declara Martifer vencedora da licitação do Mineirão Solar

Cemig declara Martifer vencedora da licitação do Mineirão Solar

Banco chinês dá crédito de mais de R$ 3 bilhões para empresa de energia solar


26/10/2012     -   Fonte: Ecodesenvolvimento


O mercado de energia limpa ganha cada vez mais espaço e valorização ao redor do globo. Durante os próximos quatro anos, o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) vai fornecer uma linha de crédito de 10 bilhões de RMB, o equivalente a pouco mais de R$ 3 bilhões, para a Sky Solar, uma IPP sediada em Xangai, cujo negócio principal é o projeto fotovoltaico (PV).

A parceira entre o CDB e a Sky Solar inclui um conjunto completo de produtos e serviços financeiros, como participação acionária, dívidas, empréstimos, arrendamento, títulos e valores mobiliários. O CDB oferecerá ainda apoio financeiroprioritário com relação ao desenvolvimento e construção de projeto, além da gestão de ativos.

A Sky Solar  objetiva otimizar o retorno do investimento global em ativos de PV, além de assegurar o lucro e reforçar as especializações da indústria. A ideia é que, dessa forma, ambas as partes continuarão a apoiar os fabricantes de PV da China com produtos com custo competitivo.

A parceria, segundo eles, é estratégica ao combinar capital nacional com desenvolvimento "global" da comercialização e recursos de investimento, criando uma situação com benefícios para ambas as partes, o que impulsionará o desenvolvimento mundial de energia renovável.

Estímulo

Para o diretor geral da Sky Solar, Amy Zhang, a assinatura do contrato representa o início de uma maior facilidade de crédito aos produtores de energia limpa pelas instituições financeiras chinesas. “Investir nas atividades de produção cria apenas produção, enquanto investir na comercialização aumenta a demanda de produção e cria ativos altamente viáveis e estáveis, impulsionando a capacidade e assegurando o uso do capital de forma mais segura e inovadora”, ressaltou.

Segundo ele, o investimento vai ajudar a estabelecer novos mercados nacionais e internacionais para fabricantes de PV, que atualmente “enfrentam uma enorme pressão devido à situação atual de excesso de oferta”. 

Parlamento holandês apoia planos da UE para cortar excesso de créditos


6/10/2012   -   Autor: Fernanda B. Müller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências internacionais



Na quarta-feira, o parlamento holandês aprovou, com 94 dos 150 votos da casa, uma moção em apoio às medidas planejadas pela Comissão Europeia (CE) para cortar o excesso de permissões de carbono disponíveis no esquema de comércio de emissões (EU ETS, em inglês).

Agora o governo está sob forte pressão para não bloquear a proposta que visa adiar o leilão de um determinado número de permissões de emissão referentes à terceira fase do EU ETS.

No início de setembro, o ministro do Meio Ambiente da Holanda anunciou que se oporia caso a proposta da CE fosse apenas para adiar o problema ao invés de resolvê-lo. Os britânicos também defendem a retirada permanente das permissões do mercado.

A medida para melhorar o mercado europeu de carbono em curto prazo tem a oposição de alguns países do leste europeu, em especial da Polônia, que alega estar preocupada com a criação de um precedente “perigoso” de manipulação do sistema. Portanto, o posicionamento dos demais países do bloco é elementar para que a proposta seja implementada.

A Comissão  Europeia deve liberar em 14 de novembro os planos específicos com o volume de permissões que deve ser retido, além de análises de medidas mais profundas para impulsionar o mercado em longo prazo.


Tuesday, October 23, 2012

Geração de energia a partir do lodo ganha impulso no Brasil

23 de outubro de 2012
Setor | Terra - Notícias | BR
Geração de energia a partir do lodo ganha impulso no Brasil


Copasa possui termelétrica para geração de energia a partir do funcionando em Belo Horizonte Foto: Divulgação
O projeto mais bem-sucedido do país na tentativa de obter energia elétrica a partir do biogás gerado em estações de tratamento de esgoto teve início em Belo Horizonte, no estado mineiro. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) já conta com uma termelétrica de cogeração de energia em fase pré-operacional funcionando na Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas.
"Já estamos produzindo cerca de 800 kg/h. Em pouco tempo estaremos a todo vapor", afirma Marcelo Gaio, superintendente de Gestão de Energia da Copasa, que realizou parcerias com consultorias e, principalmente, com universidades para buscar a tecnologia ideal para gerar energia através do lodo, processo comum em vários países da Europa.
O processo de geração de energia elétrica funciona da seguinte forma: durante o tratamento do esgoto, o metano produzido nos biodigestores é canalizado para a termelétrica gerando calor nas turbinas, além de aquecer o lodo utilizado na reação anaeróbica. "O potencial de geração de energia é pequeno se comparado a outras culturas. Nunca será possível, por exemplo, exportar ou vender energia gerada em estações de tratamento de esgoto. Mas para economia interna o projeto é de grande importância", afirma Gaio.
Quando as turbinas da Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas estiverem funcionando 100%, a economia no consumo de energia elétrica da planta chegará a 90%. "É um número formidável. E tem mais um detalhe importante: a usina vai também economizar em outras ações, pois não precisará pagar o custo de transporte deste lodo, que será queimado para gerar energia", explica Gaio.
Segundo a Copasa, o investimento no projeto foi de cerca de R$ 64 milhões, que terá retorno a médio prazo. Quando começar a operar a todo vapor, a Estação alcançará a meta de 2.4 megawatts, o que irá representar uma economia para a empresa de R$ 2,7 milhões por ano. "Nós vamos levar o projeto para outras estações de tratamento da Copasa. Já estamos bem adiantados na estação de Ibirité", exemplifica Gaio.
Experiências similares, em menor escala, também ocorrem em outros Estados brasileiros. Em Foz do Iguaçu (PR), a Estação de Tratamento de Esgoto de Ouro Verde, da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), implantou um programa experimental em 2008 e já começa a dar resultados. "Acho que em um futuro próximo, toda estação de tratamento de esgoto irá produzir sua própria energia elétrica. É assim em vários países da Europa e pode ser repetido com êxito no Brasil", afirma Gaio.
Economídia
Especial para o Terra


Thomson Reuters Point Carbon's OTC price assessments


Date 23/10/12


Thomson Reuters Point Carbon's OTC price assessments


Close+/-
EUADec 20127.88-0.05
sCERDec 20121.04-0.06

RCEs são negociadas por pouco mais de €1

A queda no valor das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) parece não ter fim. Após meses batendo seus recordes históricos, na sexta-feira (19) as unidades estavam custando apenas €1,05 nos contratos para dezembro. O preço caiu mais de 80% apenas em 2012.

Além da existência de uma oferta de RCEs bem acima da demanda do esquema europeu de comércio de emissões (EU ETS, em inglês), o maior mercado de carbono do mundo, a grande disponibilidade de Unidades de Emissões Reduzida (ERUs) também influencia nesta derrocada. As ERUs também têm sofrido, com seu valor tendo caído 28% para €0,90 na sexta-feira.

As ERUs são créditos destinados à compensação de emissões de países e empresas que têm metas sob o Protocolo de Quioto, assim como as RCEs.

Um fator apontado pela Bloomberg para esta retração dos créditos de compensação foi a divulgação na semana passada de uma minuta em que a Comissão Europeia propõe que algumas ERUs (provenientes de países não integrantes do bloco europeu, como a Rússia) não sejam mais elegíveis  a partir da terceira fase do EU ETS, que inicia em maio de 2013. 

Se isto for confirmado, é provável que haja uma corrida para a emissão de créditos, desencadeando uma inundação ainda maior do mercado em curto prazo.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=732183

Monday, October 8, 2012

Foxx deve fechar compra da Haztec até novembro


A Foxx Inova Ambiental afirmou ontem que a compra da Haztec segue em curso e deve ser concluída até meados de novembro, um mês após o previsto. Circularam no mercado recentemente informações indicando que a negociação entre os donos da Foxx e um fundo de investimentos estrangeiro que entrará em seu capital estaria azedando, o que poderia inviabilizar a aquisição da Haztec. Mas a empresa, que não revela o nome do futuro sócio, nega qualquer problema.
“A fase de diligência para a aquisição da Haztec pela Foxx será concluída até 15 de outubro. O processo tem ocorrido de forma satisfatória para a Foxx, apesar da extensão do prazo por mais 30 dias na conclusão desta etapa. A partir daí, conforme firmado no contrato de compra e venda, o fechamento do negócio deve ocorrer até 15 de novembro”, afirmou a Foxx, em nota.
Em entrevista ao Valor no início de julho, um dos donos da companhia, Milton Pilão Júnior, afirmou que o fundo de investimento com o qual a empresa negocia deverá ter participação de no máximo 30% no capital e disse que o aporte será feito na Inova Tec, detentora da Foxx.
A empresa tem planos ousados de expansão no setor de saneamento, especificamente na área de geração de energia via tratamento térmico de resíduos, na qual projeta investimento de R$ 3,2 bilhões em cinco anos.
A Haztec, por sua vez, tem forte atuação no Rio de Janeiro e passa por sérias dificuldades financeiras. Uma fatia de 45,5% da companhia está nas mãos do fundo InfraBrasil e 22,4% pertencem ao FIP Caixa Ambiental, ambos administrados pela Mantiq Investimentos, do Santander. Outros 25,2% são detidos pela Synthesis (do fundador Paulo Tupinambá) e o restante (6,9%), pelo fundo Bradesco FIP Multisetorial.
Embora a Foxx diga que a operação de aquisição da empresa esteja em fase final, a Haztec segue com pendências jurídicas. A companhia fluminense é acusada de não ter pago o valor integral acertado para comprar a Geoplan, em outubro de 2007.
A Geoplan do Brasil, controlada pelo fundo americano de private equity Nexus Partners, entrou com uma ação em 2009 por quebra de contrato, exigindo a devolução dos ativos. A Geoplan entrou ainda na Justiça pedindo arresto de bens e a Haztec teve negada a liminar para impedir a atuação de um perito dentro da companhia.


Aterro registra deslizamento de 100 mil t de lixo em SP


Na madrugada deste sábado, um deslizamento no Aterro Anaconda Ambiental Empresarial Ltda., em Santa Isabel (SP), atingiu cerca de 100 mil t de resíduos sólidos. Segundo informações divulgadas neste domingo pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o deslizamento ocorreu na área mais antiga do aterro, onde a pilha de lixo alcança cerca de 50 m de altura em cerca de 8 mil m².
Técnicos estão monitorando a área e já foi recomendada a paralisação das atividades do aterro até a que estudos mostrem qual é a estabilidade do terreno, de acordo com a pilha dos resíduos. A Cetesb diz ter sido acionada pela comunidade local, que encaminhou reclamações sobre o cheiro que o lixo exposto causa.
"A preocupação é de que possa ocorrer novos deslizamentos, que possam atingir o Rio Parateí, afluente do Rio Paraíba do Sul, onde há sistema de captação de água para abastecimento público", diz o comunicado dos órgãos.
O aterro fica na Estrada Velha Santa Isabel-Mogi das Cruzes, no Bairro Cachoeira, e tem área total de 300 mil m². O Anaconda recebe aproximadamente 500 t por dia de lixo dos municípios de Mogi das Cruzes, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim, Salesópolis e Caraguatatuba, todos em São Paulo.
De acordo com a Cetesb, o aterro - cuja vida útil prevista é de mais 18 meses - opera desde dezembro de 2001. Em 2011 e 2012, o aterro recebeu cinco advertências por apresentar "problemas nos sistemas de queima de gases, drenagem de águas pluviais e de chorume e operação inadequada na disposição de resíduos", dizem os órgãos. O aterro já foi multado em cerca de R$ 30 mil.