Monday, October 20, 2014

Embalo para a energia eólica

O imposto zero do PIS e Cofins para peças e componentes de aerogeradores, medidas anunciadas pelo governo federal, beneficiará por exemplo a cadeia produtiva de Sorocaba. Na cidade, há dois grandes fabricantes de equipamentos, a Tecsis e a Wobben Windpower, e cerca de 20 outras empresas que fornecem componentes. As duas principais empresas empregam mais de 8 mil pessoas. A Medida Provisória anunciada enquadra os projetos eólicos no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento de Infraestrutura (Reidi). 

 

O setor de energia eólica vai investir este ano cerca de R$ 15 bilhões no País. Uma boa notícia para o Interior Paulista como um todo. Segundo o jornal Cruzeiro do Sul, da Rede APJ (Associação Paulista de Jornais), em Sorocaba há uma emergente cadeia produtiva de energia eólica que fornece componentes e serviços para fabricantes de todo o País. A indústria de energia eólica está consolidada na cidade e cresce com a instalação de novos parques eólicos, principalmente no Nordeste e no Rio Grande do Sul. A Prefeitura se esforça para trazer outras empresas. A fonte eólica tem menor custo que a hidrelétrica. Outra vantagem é que há enorme potencial de ventos no Brasil. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da cidade, Geraldo Almeida, cita estudo segundo o qual 10% do potencial eólico do País seria suficiente para dar conta de todo o abastecimento de energia elétrica. Atualmente, há 205 usinas eólicas instaladas no Brasil.

 

O vice-diretor da regional de Sorocaba do Ciesp e presidente da Tecnofix, Erly Domingues de Syllos, afirma que a desoneração é positiva para todo o setor eólico no País e tem repercussão na economia do município, com maiores investimentos e geração de empregos. Segundo ele, irá aumentar a competitividade e trazer benefícios para toda a cadeia, abrindo um leque de oportunidades para o mercado. O empresário ressalta o potencial eólico em outras regiões, o desenvolvimento em pesquisa e tecnologia e as exportações de equipamentos. Além disso, na região do Grande ABC, após um investimento de cerca de R$ 15 milhões em sua fábrica instalada em São Bernardo do Campo, a Bonfiglioli se prepara para iniciar a produção de sua linha de redutores eólicos ainda este mês, aproveitando o potencial de crescimento da geração eólica no país. 

 

O Brasil é o nono país mais atrativo para investimentos em energia renovável, segundo a nova edição do Renewable Energy Country Attractiveness Index, ranking da Ernst & Young que analisa o mercado de fontes limpas em 40 países. O Brasil se consolida como um dos principais destinos de investimentos do mundo, segundo informe citado pela agência oficial Investe SP. A China é a primeira colocada do ranking, seguida por EUA, Alemanha e Japão. O Brasil é o segundo colocado em atratividade hidrelétrica.

 

De vento em popa: De julho a setembro deste ano, 15 empresas anunciaram a construção de unidades fabris e centros de treinamento ou a modernização de suas plantas no Estado de São Paulo segundo balanço finalizado esta semana pela Investe SP. Os projetos somam mais de R$ 1,7 bilhão em investimentos e a expectativa é de geração de 1.800 empregos diretos ou mais. A Investe SP tem a missão de atrair investimentos para o Estado e apoiar os municípios na recepção de investidores e na articulação com entidades públicas e privadas para a concretização de investimentos. São estes os projetos em 13 municípios: Python Engenharia (Itapetininga), BYD (Campinas), TPR (Porto Feliz), AKG (Lorena), Datalogic (Jundiaí), Termomecanica (São Bernardo do Campo), Estre (Guatapará), Covidien (São Paulo), Riveco (Lorena), Raccortubi e Chery (Jacareí), S&P (Mogi das Cruzes), VCI Molde (Itupeva) e Airship e Orygen (São Carlos). 

 

Wilson Marini

Jornalista - email wmarini@apj.inf.br

 

Tuesday, October 14, 2014

Bahia quer parceria com setor privado para gestão do lixo em 92 municípios

5. Folha de S. Paulo - SP (14/10/2014)

Bahia quer parceria com setor privado para gestão do lixo em 92 municípios

O governo da Bahia planeja uma PPP (parceria público-privada) para tratamento e destinação do lixo produzido em parte do Estado.

Dividido em cinco lotes regionais, o projeto inclui 92 cidades que, juntas, têm a metade da população da Bahia e 62% dos resíduos gerados na Estado.

A empresa ou o consórcio vencedor do contrato assumirá, por 25 anos, serviços como transporte de lixo e gestão de aterros. São atividades geridas pelas prefeituras.

"No Estado, hoje, são poucas as cidades que dão um destino correto para o lixo", diz Manuel Ribeiro Filho, secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia.

"As prefeituras conseguem obter recursos com o Estado ou com a União para a construção de aterros. Mas, sem controle eficaz, em pouco tempo os locais viram lixões."

Os governos municipais permanecerão responsáveis pela coleta de lixo.

O valor do investimento será fechado apenas depois que o Estado receber as propostas do setor privado, o que poderá ocorrer até novembro.

O modelo de gestão também dependerá dos projetos que serão apresentados. Por isso, além de aterros, a parceria poderá resultar em usinas de reciclagem ou de geração de energia com o uso de resíduos, por exemplo.

"A definição da estrutura do contrato dependerá das soluções que serão propostas e da viabilidade econômica de cada uma delas", diz.

Em agosto, venceu o prazo para que os municípios eliminassem seus lixões em todo o país. Uma emenda em tramitação no Congresso, no entanto, prevê mais quatro anos para a adequação.

Crescimento da Zona Franca diminui entre janeiro e agosto

O ritmo de expansão do faturamento das indústrias da região de Manaus desacelerou nos oito primeiros meses deste ano, segundo dados da Suframa (superintendência da Zona Franca).

Enquanto o crescimento registrado entre janeiro e agosto de 2013 ficou em 10,97%, no mesmo período deste ano, foi de 5,6%.

O número é 1,6 ponto percentual acima da inflação acumulada --o IPCA dos oito primeiros meses de 2014 marcou 4,02%.

Considerando apenas agosto, houve um recuo de 10,13% no faturamento em relação ao mesmo período de 2013. A indústria de Manaus já esperava um desempenho fraco para o mês.

Até agora, junho foi o mês que apresentou o pior resultado: queda de 20,8%. A superintendência atribui a retração à Copa do Mundo.

O freio no segmento de bens de informática, cujo faturamento representou 16% do total da Zona Franca entre janeiro e agosto, foi um dos mais intensos. Em 2013, a alta havia chagado a 48,76%. Neste ano, não alcançou 8%.

O total arrecadado pelas empresas da região no período ficou em R$ 54,7 bilhões.

NUVEM DE RECIPIENTES

A Vert, que fornece e integra tecnologias para empresas, lança um data center em contêineres. Localizado em Brasília, terá capacidade para 30 dessas estruturas e acomodará um milhão de máquinas virtuais.

O investimento será de cerca de R$ 60 milhões em cinco anos.

"A vantagem é que consigo crescer sob demanda. Não preciso esperar fazer um edifício grande e ter muitos clientes para enchê-lo até que ele se pague", diz Sérgio Marques, sócio-fundador da empresa.

"É possível montar um centro de processamento de dados em oito meses, mais rápido do que erguer um edifício completo", afirma.

Os contêineres ficam ao ar livre. Um prédio de 1.200 m² em dois pavimentos abriga o centro de comando.

"Nosso projeto já nasce voltado para a computação em nuvem", diz.

"Tanto Google e Microsoft têm esses contêineres que permitem agilidade, redução de custos e acesso a todos os recursos que um data center tradicional oferece. E a empresa só paga pelo que usa", acrescenta.

NÚMEROS

R$ 220 milhões
é o faturamento da companhia estimado para 2014

150
é o número de funcionários da empresa

3
são as cidades em que tem escritórios

visão de longo prazo

A parcela de empresas que associam políticas de sustentabilidade a ganhos de longo prazo vem caindo nos últimos anos, mas ainda é maioria, segundo estudo global da consultoria EIU (Economist Intelligence Unit).

Em 2011, 70% dos entrevistados concordavam com essa relação em um intervalo de 5 a 10 anos, quatro pontos percentuais a mais que o registrado em 2013, quando foi feito o último levantamento.

Quando questionados sobre a performance financeira da companhia e seu compromisso com a sustentabilidade, o social e a governança em um período de até dois anos, a maioria (40%) disse não ver nenhuma relação entre os dois aspectos.

Entre as principais dificuldades para a implementação desses princípios, estão as necessidades financeiras mais urgentes (52%) e a ausência de um exemplo convincente de programa de gestão sustentável (31%).

Carro... A Fiat investirá R$ 4 milhões para ampliar o reúso de água na planta de Betim (MG). O valor será aportado no aumento da capacidade de seu complexo de tratamento de efluentes, que recicla 99% da água usada.

...verde Com o investimento, a economia poderá chegar a 43 milhões de litros, o suficiente para o consumo de 14 mil pessoas, segundo a empresa. O objetivo é eliminar a captação da água potável da rede pública para o uso industrial.

Jogo empresarial A Harman, multinacional com fábrica no Brasil, fechou acordo para ser parceira oficial da NBA, da WNBA, da D-League e da seleção americana de basquete e fornecer fones de ouvido e produtos para áudio em geral.

Leitura O Grupo Livrarias Curitiba, que também detém a marca Livrarias Catarinense, investirá R$ 3 milhões em sua oitava unidade na capital paranaense. A rede abre nesta terça (14) sua 23ª loja, em Itajaí (SC), e planeja mais três pontos.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS e ISADORA SPADONI

 

Monday, October 6, 2014

Biogás entra pela primeira vez em leilão de reserva da Aneel

11. Portal Brasil - DF (04/10/2014)

Biogás entra pela primeira vez em leilão de reserva da Aneel

Energia de reserva
Vencedores do leilão deverão fornecer a energia a partir de outubro de 2017, com prazo do contrato de 20 anos

por Portal Brasil publicado : 03/10/2014 15h15

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) incluiu, pela primeira vez, o biogás em um leilão para contratação de energia de reserva. O edital foi aprovado no dia 30 de setembro, e o leilão será na próxima sexta-feira, 10 de outubro.

A energia de reserva é contratada para suprir eventual falta de energia produzida pelas usinas hidrelétricas, aumentando assim a segurança no fornecimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

O edital para o leilão do dia 10 de outubro estabelece que seja contratada energia a partir de três fontes renováveis distintas: solar fotovoltaica; eólica e biomassa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais; e lodos de estações de tratamento de esgoto.

Os vencedores do leilão deverão fornecer a energia a partir de outubro de 2017, com prazo do contrato de 20 anos.

O superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Jr., diz que a decisão da Aneel faz com que o biogás possa integrar a matriz energética brasileira. “É o reconhecimento do biogás como fonte renovável, confiável e com qualidade”, comemorou.

Ainda segundo ele, o Brasil tem potencial para produzir 30 bilhões de metros cúbicos de biogás por ano, que poderiam se transformar em 42.600 MWh/ano. “Isso pode significar [no futuro] uma participação na matriz energética nacional de 10%”, destacou.

Fonte:
Itaipu Binacional