Monday, December 17, 2012

APROVADA PROPOSTA QUE FARÁ CEG COMPRAR GÁS DE ATERROS SANITÁRIOS


A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou nesta terça-feira (11/12), em discussão única, o projeto de lei 1.845/12, que cria a Política Estadual de Gás Natural Renovável (GNR). A proposta do Poder Executivo, que prevê a compra pela CEG e CEG Rio de todo o biogás produzido pelos aterros sanitários incorporou nove emendas parlamentares. Entre elas, a que define que o teto de gás a ser comprado pelas concessionárias será de até 10% do total de gás natural convencional (excetuado o destinado às termelétricas) distribuído, e não 5%, como previa o Governo. A ampliação desse teto traduz a previsão do parlamento de aumento gradual na produção de gás gerado a partir de resíduos orgânicos. Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, os 5% inicialmente previstos correspondem a uma produção de 350 mil m³ de gás/dia. “O Rio de Janeiro sai na frente mais uma vez com esta inovação na legislação ambiental”, elogiou o líder do Governo na Casa, deputado André Corrêa (PSD).
Também foram aprovadas emendas que obrigam o envio anual de relatório com a quantia de aquisições feitas pela concessionária à comissão de Minas e Energia da Alerj e de resultado da fiscalização feita pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do estado (Agenersa) à Mesa Diretora do Parlamento. A Alerj também garantiu a veiculação, no Diário Oficial e em veículo de grande circulação, dos contratos de compra com os geradores de GNR. A Casa incluiu ainda emendas garantindo a capacitação técnica e disponibilização de linhas de financiamento para aquisição de tecnologias de produção, coleta e transporte do biogás; além de prever eventuais decréscimos no custo da aquisição de GNR, que acarretaria redução na fatura do serviço.
Na justificativa que acompanha a proposta, o governador Sérgio Cabral acentua o caráter sustentável da proposta. “A disposição final adequada de resíduos orgânicos, a captação do biogás gerado em aterros sanitários para produção de Gás Natural Renovável e a sua distribuição como gás natural pelas concessionárias de gás proporcionarão a redução da produção de gases de efeito estufa em nosso Estado”, aponta. Os preços e os prazos adequados a viabilizar a eficiente produção e transporte do Gás Natural Renovável serão regulados pelo Estado, por meio Agenersa. O projeto será enviado ao governador, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto.

Tuesday, December 11, 2012

SP tem capacidade para instalar 4.734 MW de eólicas



Rotores de usina de energia eólica
Energia eólica: foi identificada uma área potencial de 1.134 quilômetros quadrados para instalação de eólicas


São Paulo - O Estado de São Paulo tem capacidade para instalar 4.734 megawatts (MW) de usinas eólicas e gerar cerca de 13 mil gigawatts-hora (GWh) de energia dessa fonte por ano, segundo dados do Atlas Eólico apresentado pelo governo do Estado nesta sexta-feira.

Foram realizadas medições de vento com a colocação de oito torres de 100 metros de altura no Estado e foi identificada uma área potencial de 1.134 quilômetros quadrados para instalação de eólicas.
Segundo o secretário estadual de Energia, José Aníbal, grande parte dos equipamentos eólicos produzidos no Brasil estão próximos da região de São Paulo, e a instalação dos parques no Estado reduziriam os custos de transporte de equipamentos e de construção de linhas de transmissão.
"O potencial do Estado de São Paulo apareceu nesse novo Atlas, principalmente por conta da tecnologia que evoluiu muito. O fator central é o aumento da altura das torres... Consegue-se captar ventos de forma mais eficiente", disse a presidente-executiva da associação da indústria de energia eólica (Abeeólica), Elbia Melo, a jornalistas.
Segundo ela, o desenvolvimento da tecnologia tem permitido que áreas onde antes não havia potencial de produzir energia eólica passassem a ser consideradas.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que Campinas, Bauru e Sorocaba são algumas das cidades com maior potencial no Estado para energia eólica.

Previsões do IPCC de 1990 se confirmaram, afirma análise


Muitas vezes acusado de alarmista, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) sempre enfrentou críticas pela maneira como realiza seustrabalhos e apresenta seus resultados. Porém, isso pode ser coisa do passado, agora que já se pode comparar as previsões feitas pela entidade com a realidade climática.
Foi o que fez um grupo de cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, dos Estados Unidos, em conjunto com pesquisadores de diversas universidades. O que esse grupo constatou é que o relatório de 1990 do IPCC está correto na maioria absoluta de suas estimativas. A análise foi publicada nesta semana no periódico Nature Climate Change
“Descobrimos que as previsões iniciais do IPCC são muito boas e que o clima está respondendo às concentrações de gases do efeito estufa da forma com que cientistas projetavam já em 1990”, afirmou David Frame, diretor do Instituto de Pesquisas em Mudanças Climáticas da universidade de Victoria, na Nova Zelândia.
“A precisão das estimativas de 20 anos atrás é ainda mais notável porque na época os pesquisadores dependiam de modelos computacionais bem mais simples do que os de hoje”, salientou Dáithí Stone, do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.
Há 20 anos, o IPCC estimou que as temperaturas médias globais iriam subir entre  0.35˚C  e 0.75˚C até 2010 e hoje vivemos em um planeta 0.39˚C mais quente. Para 2030, a previsão é que o aquecimento seja de 0,7˚C a 1,5˚C.
É importante destacar que o IPCC, estabelecido em 1988 pelas Nações Unidas, não realiza pesquisas originais. O que os milhares de cientistas da entidade fazem é analisar o que está sendo produzido pelos centros de pesquisa climática em todo o mundo e sintetizar esses dados para que possam ser apresentados para a sociedade e, em especial, para os governos.
Cada relatório do IPCC leva pelo menos cinco anos para ser produzido, sendo que já foram divulgados estudos em 1990, 1995, 2001 e 2007. Neste último ano, a entidade recebeu, junto com o vice-presidente norte-americano Al Gore, o prêmio Nobel da Paz.
Porém, o IPCC sempre foi alvo de muitas criticas, principalmente por suas escolhas de que pesquisas fariam parte dos relatórios.
Assim, em 2011, uma reforma foi realizada na instituição e foram adotados novos procedimentos, como a obrigatoriedade dos autores de trabalhos selecionados para compor os relatórios de detalharem afiliações, fontes de financiamento e ligações que podem influenciar os resultados das pesquisas.
Também se definiu que  revistas, jornais, blogs e redes sociais não são fontes aceitáveis de informação e que estudos de ONGs e de ativistas climáticos podem ser utilizados desde que cientificamente e tecnicamente válidos.
Segundo Penny Wheton, uma das autoras do terceiro relatório do IPCC, é muito gratificante ver  o trabalho da entidade validado por análises independentes e que isso pode facilitar a aceitação dos alertas climáticos pela comunidade internacional, principalmente pelos governos.
“O que o IPCC tem dito há anos está se tornando realidade, evidências suportam isso. O que faremos com nossas emissões daqui para frente é o que vai definir se teremos um aquecimento de 2˚C ou de 5˚C até o final do século”, afirmou Wheton.
Cientistas alertam que manter o aumento das temperaturas abaixo de 2˚C é essencial para evitar as piores consequências das mudanças climáticas.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias2/noticia=732667


Monday, December 3, 2012

GE fecha contrato de R$820 milhões para fornecer turbinas eólicas para a Renova


A GE Power & Water, braço para energia renovável da americana GE, informou nesta segunda-feira (03/12) que irá fornecer 230 aerogeradores para o Complexo Eólico alto Sertão II, na Bahia, da brasileira Renova Energia. O valor do contrato é de R$820 milhões, um dos maiores do segmento já firmados pela companhia na América Latina.
A Renova iniciou em novembro a construção desse projeto, que deve demandar R$3 bilhões em investimento. O Complexo será composto por 15 parques, que juntos terão capacidade instalada de 375MW - energia capaz de abastecer uma cidade de cerca de 1 milhão de habitantes, segundo a GE.
O contrato refere-se à energia comercializada pela Renova nos Leilões de Energia de Reserva (LER 2010 e 2011). O Complexo Eólico Alto Sertão II fica localizado nas cidades de Caetité, Guanambi e Igaporã, municípios localizados no sudoeste da Bahia.
“Esse contrato é resultado da geração de valor de um trabalho conjunto entre a Renova e a GE na busca do estado da arte em tecnologia eólica na Bahia”, comemorou Luiz Freitas, diretor Jurídico e de Compras da Renova Energia.
Os 230 equipamentos, modelo GE 1.68-82.5, possuem contrato de operação de dez anos que será executado a partir do Centro de Serviços da GE. Localizada também na Bahia, essa unidade fabril, que estará concluída até o início do próximo ano, de acordo com a GE, conta com investimentos de US$ 1,5 milhão e empregará aproximadamente 60 pessoas.
A parceria entre a Renova e a GE teve início no primeiro leilão exclusivo de energia eólica no País, ocorrido em dezembro de 2009. “Este complexo eólico da Renova é o maior do Brasil e para nós é um orgulho participar, mais uma vez, desse grande projeto e ampliar a geração de energia eólica na Bahia”, disse Jean-Claude Robert, líder de GE Wind para América Latina.
A GE também foi a fornecedora de equipamentos para o Complexo Eólico Alto Sertão 1 (294MW-BA), inaugurado em julho deste ano.
Ainda segundo a GE, de janeiro a junho deste ano, 293 turbinas eólicas da companhia foram instaladas no Nordeste brasileiro. Nos próximos dois anos, serão mais 894 equipamentos da companhia instalados no País, totalizando 1.7GW de potência instalada.
"Esse contrato reforça a posição de liderança da GE neste setor. Os aerogeradores da companhia cumprem com os índices de nacionalização mínimos exigidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para possibilitar o acesso à linha de financiamento Finame", destacou a companhia, em nota à imprensa.
A GE atua no segmento de energia eólica desde 2002 e está em 21 países. No Brasil, iniciou a venda de equipamentos para geração a partir do vento em 2009. Já a Renova Energia, que tem 11 anos de existência, possuí 1.069MW eólicos contratados, sendo 669MW de capacidade contratada no mercado regulado e 400MW no mercado livre.
 

Suécia importa lixo para manter geração de energia limpa

Embora o país nórdico tenha um histórico de sucesso no tratamento e reciclagem de resíduos, o lixo produzido na Suécia já não é mais suficiente para gerar eletricidade. A saída foi importar resíduos de outros países para obter energia limpa.
Localizada na Escandinávia, esta foi uma das primeiras nações a aderirem a um pacote de práticas sustentáveis. Ainda nos anos 1940, os governantes criaram um programa de geração de energia a partir da incineração do lixo, que reduz em mais de duas toneladas os resíduos produzidos por ano, além de fornecer eletricidade a 250 mil residências.
Entretanto, o lixo produzido pelos suecos já não é mais capaz de suprir a demanda de geração de eletricidade do país. A solução encontrada pelo governo local foi comprar o resíduos do vizinho. Todos os anos o país importa cerca de 800 mil toneladas da Noruega, destinadas à incineração.
As autoridades suecas também não descartam a ideia de comprar o lixo produzido por países que têm dificuldade no tratamento. A Itália, por exemplo, é um dos países da Europa que não contam com um programa eficiente de descarte. Bulgária e Romênia também sofrem com o acúmulo de lixo, uma vez que estes países não possuem usinas de incineração e reaproveitamento.
O programa de reciclagem adotado na Suécia é outro case que merece destaque. De acordo com a Returnpack, uma indústria sueca de reaproveitamento de resíduos, cada habitante recicla, em média, 146 latas e garrafas – assim, quase 90% destes materiais são reciclados pela própria população.
A aceitação que os cidadãos da Suécia tiveram com o programa de reciclagem turbinou a economia sustentável no país. As autoridades locais passaram a investir na produção sustentável de roupas, no marketing ambiental e no desenvolvimento de tecnologias verdes. O objetivo da Suécia é continuar a desenvolver estratégias sustentáveis que podem ser aplicadas não só no país nórdico, mas também ao redor do mundo. Com informações do Fast Co Exist.