Saturday, October 27, 2012

Cemig declara Martifer vencedora da licitação do Mineirão Solar

Cemig declara Martifer vencedora da licitação do Mineirão Solar

Banco chinês dá crédito de mais de R$ 3 bilhões para empresa de energia solar


26/10/2012     -   Fonte: Ecodesenvolvimento


O mercado de energia limpa ganha cada vez mais espaço e valorização ao redor do globo. Durante os próximos quatro anos, o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) vai fornecer uma linha de crédito de 10 bilhões de RMB, o equivalente a pouco mais de R$ 3 bilhões, para a Sky Solar, uma IPP sediada em Xangai, cujo negócio principal é o projeto fotovoltaico (PV).

A parceira entre o CDB e a Sky Solar inclui um conjunto completo de produtos e serviços financeiros, como participação acionária, dívidas, empréstimos, arrendamento, títulos e valores mobiliários. O CDB oferecerá ainda apoio financeiroprioritário com relação ao desenvolvimento e construção de projeto, além da gestão de ativos.

A Sky Solar  objetiva otimizar o retorno do investimento global em ativos de PV, além de assegurar o lucro e reforçar as especializações da indústria. A ideia é que, dessa forma, ambas as partes continuarão a apoiar os fabricantes de PV da China com produtos com custo competitivo.

A parceria, segundo eles, é estratégica ao combinar capital nacional com desenvolvimento "global" da comercialização e recursos de investimento, criando uma situação com benefícios para ambas as partes, o que impulsionará o desenvolvimento mundial de energia renovável.

Estímulo

Para o diretor geral da Sky Solar, Amy Zhang, a assinatura do contrato representa o início de uma maior facilidade de crédito aos produtores de energia limpa pelas instituições financeiras chinesas. “Investir nas atividades de produção cria apenas produção, enquanto investir na comercialização aumenta a demanda de produção e cria ativos altamente viáveis e estáveis, impulsionando a capacidade e assegurando o uso do capital de forma mais segura e inovadora”, ressaltou.

Segundo ele, o investimento vai ajudar a estabelecer novos mercados nacionais e internacionais para fabricantes de PV, que atualmente “enfrentam uma enorme pressão devido à situação atual de excesso de oferta”. 

Parlamento holandês apoia planos da UE para cortar excesso de créditos


6/10/2012   -   Autor: Fernanda B. Müller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil/Agências internacionais



Na quarta-feira, o parlamento holandês aprovou, com 94 dos 150 votos da casa, uma moção em apoio às medidas planejadas pela Comissão Europeia (CE) para cortar o excesso de permissões de carbono disponíveis no esquema de comércio de emissões (EU ETS, em inglês).

Agora o governo está sob forte pressão para não bloquear a proposta que visa adiar o leilão de um determinado número de permissões de emissão referentes à terceira fase do EU ETS.

No início de setembro, o ministro do Meio Ambiente da Holanda anunciou que se oporia caso a proposta da CE fosse apenas para adiar o problema ao invés de resolvê-lo. Os britânicos também defendem a retirada permanente das permissões do mercado.

A medida para melhorar o mercado europeu de carbono em curto prazo tem a oposição de alguns países do leste europeu, em especial da Polônia, que alega estar preocupada com a criação de um precedente “perigoso” de manipulação do sistema. Portanto, o posicionamento dos demais países do bloco é elementar para que a proposta seja implementada.

A Comissão  Europeia deve liberar em 14 de novembro os planos específicos com o volume de permissões que deve ser retido, além de análises de medidas mais profundas para impulsionar o mercado em longo prazo.


Tuesday, October 23, 2012

Geração de energia a partir do lodo ganha impulso no Brasil

23 de outubro de 2012
Setor | Terra - Notícias | BR
Geração de energia a partir do lodo ganha impulso no Brasil


Copasa possui termelétrica para geração de energia a partir do funcionando em Belo Horizonte Foto: Divulgação
O projeto mais bem-sucedido do país na tentativa de obter energia elétrica a partir do biogás gerado em estações de tratamento de esgoto teve início em Belo Horizonte, no estado mineiro. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) já conta com uma termelétrica de cogeração de energia em fase pré-operacional funcionando na Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas.
"Já estamos produzindo cerca de 800 kg/h. Em pouco tempo estaremos a todo vapor", afirma Marcelo Gaio, superintendente de Gestão de Energia da Copasa, que realizou parcerias com consultorias e, principalmente, com universidades para buscar a tecnologia ideal para gerar energia através do lodo, processo comum em vários países da Europa.
O processo de geração de energia elétrica funciona da seguinte forma: durante o tratamento do esgoto, o metano produzido nos biodigestores é canalizado para a termelétrica gerando calor nas turbinas, além de aquecer o lodo utilizado na reação anaeróbica. "O potencial de geração de energia é pequeno se comparado a outras culturas. Nunca será possível, por exemplo, exportar ou vender energia gerada em estações de tratamento de esgoto. Mas para economia interna o projeto é de grande importância", afirma Gaio.
Quando as turbinas da Estação de Tratamento de Esgoto do Arrudas estiverem funcionando 100%, a economia no consumo de energia elétrica da planta chegará a 90%. "É um número formidável. E tem mais um detalhe importante: a usina vai também economizar em outras ações, pois não precisará pagar o custo de transporte deste lodo, que será queimado para gerar energia", explica Gaio.
Segundo a Copasa, o investimento no projeto foi de cerca de R$ 64 milhões, que terá retorno a médio prazo. Quando começar a operar a todo vapor, a Estação alcançará a meta de 2.4 megawatts, o que irá representar uma economia para a empresa de R$ 2,7 milhões por ano. "Nós vamos levar o projeto para outras estações de tratamento da Copasa. Já estamos bem adiantados na estação de Ibirité", exemplifica Gaio.
Experiências similares, em menor escala, também ocorrem em outros Estados brasileiros. Em Foz do Iguaçu (PR), a Estação de Tratamento de Esgoto de Ouro Verde, da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), implantou um programa experimental em 2008 e já começa a dar resultados. "Acho que em um futuro próximo, toda estação de tratamento de esgoto irá produzir sua própria energia elétrica. É assim em vários países da Europa e pode ser repetido com êxito no Brasil", afirma Gaio.
Economídia
Especial para o Terra


Thomson Reuters Point Carbon's OTC price assessments


Date 23/10/12


Thomson Reuters Point Carbon's OTC price assessments


Close+/-
EUADec 20127.88-0.05
sCERDec 20121.04-0.06

RCEs são negociadas por pouco mais de €1

A queda no valor das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) parece não ter fim. Após meses batendo seus recordes históricos, na sexta-feira (19) as unidades estavam custando apenas €1,05 nos contratos para dezembro. O preço caiu mais de 80% apenas em 2012.

Além da existência de uma oferta de RCEs bem acima da demanda do esquema europeu de comércio de emissões (EU ETS, em inglês), o maior mercado de carbono do mundo, a grande disponibilidade de Unidades de Emissões Reduzida (ERUs) também influencia nesta derrocada. As ERUs também têm sofrido, com seu valor tendo caído 28% para €0,90 na sexta-feira.

As ERUs são créditos destinados à compensação de emissões de países e empresas que têm metas sob o Protocolo de Quioto, assim como as RCEs.

Um fator apontado pela Bloomberg para esta retração dos créditos de compensação foi a divulgação na semana passada de uma minuta em que a Comissão Europeia propõe que algumas ERUs (provenientes de países não integrantes do bloco europeu, como a Rússia) não sejam mais elegíveis  a partir da terceira fase do EU ETS, que inicia em maio de 2013. 

Se isto for confirmado, é provável que haja uma corrida para a emissão de créditos, desencadeando uma inundação ainda maior do mercado em curto prazo.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=732183

Monday, October 8, 2012

Foxx deve fechar compra da Haztec até novembro


A Foxx Inova Ambiental afirmou ontem que a compra da Haztec segue em curso e deve ser concluída até meados de novembro, um mês após o previsto. Circularam no mercado recentemente informações indicando que a negociação entre os donos da Foxx e um fundo de investimentos estrangeiro que entrará em seu capital estaria azedando, o que poderia inviabilizar a aquisição da Haztec. Mas a empresa, que não revela o nome do futuro sócio, nega qualquer problema.
“A fase de diligência para a aquisição da Haztec pela Foxx será concluída até 15 de outubro. O processo tem ocorrido de forma satisfatória para a Foxx, apesar da extensão do prazo por mais 30 dias na conclusão desta etapa. A partir daí, conforme firmado no contrato de compra e venda, o fechamento do negócio deve ocorrer até 15 de novembro”, afirmou a Foxx, em nota.
Em entrevista ao Valor no início de julho, um dos donos da companhia, Milton Pilão Júnior, afirmou que o fundo de investimento com o qual a empresa negocia deverá ter participação de no máximo 30% no capital e disse que o aporte será feito na Inova Tec, detentora da Foxx.
A empresa tem planos ousados de expansão no setor de saneamento, especificamente na área de geração de energia via tratamento térmico de resíduos, na qual projeta investimento de R$ 3,2 bilhões em cinco anos.
A Haztec, por sua vez, tem forte atuação no Rio de Janeiro e passa por sérias dificuldades financeiras. Uma fatia de 45,5% da companhia está nas mãos do fundo InfraBrasil e 22,4% pertencem ao FIP Caixa Ambiental, ambos administrados pela Mantiq Investimentos, do Santander. Outros 25,2% são detidos pela Synthesis (do fundador Paulo Tupinambá) e o restante (6,9%), pelo fundo Bradesco FIP Multisetorial.
Embora a Foxx diga que a operação de aquisição da empresa esteja em fase final, a Haztec segue com pendências jurídicas. A companhia fluminense é acusada de não ter pago o valor integral acertado para comprar a Geoplan, em outubro de 2007.
A Geoplan do Brasil, controlada pelo fundo americano de private equity Nexus Partners, entrou com uma ação em 2009 por quebra de contrato, exigindo a devolução dos ativos. A Geoplan entrou ainda na Justiça pedindo arresto de bens e a Haztec teve negada a liminar para impedir a atuação de um perito dentro da companhia.


Aterro registra deslizamento de 100 mil t de lixo em SP


Na madrugada deste sábado, um deslizamento no Aterro Anaconda Ambiental Empresarial Ltda., em Santa Isabel (SP), atingiu cerca de 100 mil t de resíduos sólidos. Segundo informações divulgadas neste domingo pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o deslizamento ocorreu na área mais antiga do aterro, onde a pilha de lixo alcança cerca de 50 m de altura em cerca de 8 mil m².
Técnicos estão monitorando a área e já foi recomendada a paralisação das atividades do aterro até a que estudos mostrem qual é a estabilidade do terreno, de acordo com a pilha dos resíduos. A Cetesb diz ter sido acionada pela comunidade local, que encaminhou reclamações sobre o cheiro que o lixo exposto causa.
"A preocupação é de que possa ocorrer novos deslizamentos, que possam atingir o Rio Parateí, afluente do Rio Paraíba do Sul, onde há sistema de captação de água para abastecimento público", diz o comunicado dos órgãos.
O aterro fica na Estrada Velha Santa Isabel-Mogi das Cruzes, no Bairro Cachoeira, e tem área total de 300 mil m². O Anaconda recebe aproximadamente 500 t por dia de lixo dos municípios de Mogi das Cruzes, Arujá, Santa Isabel, Biritiba-Mirim, Salesópolis e Caraguatatuba, todos em São Paulo.
De acordo com a Cetesb, o aterro - cuja vida útil prevista é de mais 18 meses - opera desde dezembro de 2001. Em 2011 e 2012, o aterro recebeu cinco advertências por apresentar "problemas nos sistemas de queima de gases, drenagem de águas pluviais e de chorume e operação inadequada na disposição de resíduos", dizem os órgãos. O aterro já foi multado em cerca de R$ 30 mil.


Monday, October 1, 2012

Energia eólica pode ser usada em larga escala, aponta estudo


Cientistas publicaram na Nature Climate Change um novo relatório que reforça a possibilidade de pleno uso de energias renováveis, mas especificamente da eólica. De acordo com o documento, os ventos em áreas planas têm potencial de produzir 400 terawatts de energia, e até 1800 terawatts em áreas de altitude elevada com muito vento. A estimativa é bem distante dos índices atuais, que giram em torno dos 18 terawatts.
O relatório então sugere que as usinas utilizam um percentual pequeno de suas capacidades. O autor do relatório, Ken Caldeira, fala abertamente sobre o principal motivador de baixos investimentos no setor no Science Daily: “Analisando esses dados, é evidente que são fatores econômicos, tecnológicos e políticos que ditam o aumento do uso de energia eólica no mundo, muito mais que limitações geofísicas”.
A energia eólica é obtida quando se converte a energia mecânica do giro das hélices em energia elétrica. A grande vantagem dessa fonte é o fato de não ser necessário utilizar combustível fóssil, além de não precisar alagar e desapropriar grandes porções de terra, como é o caso das hidrelétricas. A energia eólica é uma opção limpa e comprovadamente eficaz.


Google compra energia eólica para data center em Oklahoma

Na véspera de completar 14 anos de existência, a gigante de buscas Google negociou a compra de 48 megawatts (MW) em energia eólica para seu data center em Oklahoma.
Segundo a gigante da internet, com os níveis atuais de energia renovável somado à nova compra, a companhia possui mais de 260 MW, sendo que apenas um Megawatt tem a capacidade de energizar cerca de mil moradias. O contrato foi firmado na última quarta-feira (26).
A empresa de buscas está trabalhando em parceria com uma corporação elétrica local, desde a inauguração do data Center em 2011, a fim de obter energia renovável adicional.
O Google busca comprar a energia do projeto da Canadian Hills, que tem capacidade geradora de 298 MW. A usina eólica deste projeto é 99% controlado pela Atlantic Power, companhia de energia elétrica.
Neste ano, o Google já anunciou o interesse em investir em soluções verdes e sistemas de economia de energia em um centro de dados da empresa que será construído em Taiwan. A mudança deverá representar uma economia de 50% nos gastos energéticos, se comparado às instalações tradicionais de centrais de armazenamento de dados. Com informações do Estadão.

Geradora paranaense vende 230 mil RCEs a € 1,7 cada

A Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão, geradora paranaense de energia hidrelétrica, realizou um leilão em 20 de setembro para a venda de 229.464 créditos de carbono. Este foi o terceiro leilão organizado pela empresa para a venda dos créditos, desta vez sem um preço mínimo. 

A vencedora do leilão foi o grupo internacional Mercuria Energy Trading S.A, que atua nos mercados mundiais de energia, pagando € 1,7 ( R$ 4,4) por tonelada de dióxido de carbono equivalente na forma de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs).

As RCEs, aprovadas sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo com a 'Metodologia consolidada para geração de eletricidade conectada à rede por fontes renováveis', são provenientes do Complexo Energético Fundão Santa Clara, incluindo duas usinas com potência de 120 MW cada e duas Pequenas Centrais Hidroelétricas que somam 6,1 MW. Os créditos são referentes ao período de maio de 2008 a abril de 2009.
 
"Uma vez que os mercados estão muito instáveis e os preços muitos baixos, preferimos deixar os preços em aberto. Quem oferecer o maior preço leva", disse o diretor financeiro, Christian Crivellaro, à Reuters em agosto ao lançar o leilão.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=731942

Mais créditos entrarão no mercado de carbono já saturado


A European Energy Exchange (EEX), em nome da Alemanha, e a ICE Futures Europe (ICE), da parte da Inglaterra, anunciaram na sexta-feira (28)seus calendários para o leilão de permissões de emissão da União Europeia (EUAs). 
Os dois países optaram por não fazer parte da plataforma centralizada do esquema de comércio de emissões do bloco (EU ETS, em inglês) e realizarão seus leilões de forma independente porém coordenada com o sistema, que envolve outros 24 membros da UE.
A EEX leiloará um total de 23,5 milhões de EUAs, divididas em sessões semanais nas sextas-feiras pela manhã, a partir de 12 de outubro. A bolsa também realizará duas sessões específicas para o setor de aviação. Como representante da plataforma comum, a EEX leiloará também EUAs dos outros países membros do bloco nas terças e quintas a partir do final de outubro.
A ICE pretende conduzir dois leilões em 21 de novembro e cinco de dezembro, além de outros dois para o setor de aviação (26 de novembro e 10 de dezembro). Os volumes não foram revelados, mas o governo britânico pode leiloar até 12 milhões de EUAs da terceira fase até o final do ano.
Os países membros da UE decidiram em 2011 que 120 milhões de EUAs referentes à terceira fase do EU ETS seriam leiloadas até o final de 2012 para que as companhias de energia cobertas pelo esquema pudessem se preparar para a fase que abrange o período 2013-2020, já que a venda de energia é realizada antecipadamente.
A partir de 2013, a cota de permissões de emissão distribuída gratuitamente às empresas do setor de energia cairá consideravelmente, com grande parte tendo que ser adquirida nos leilões.
As estimativas do excesso de EUAs no mercado europeu de carbono superam a marca de um bilhão.