Tuesday, August 27, 2013

Biomassa e pequenas hidrelétricas serão destaque em leilão, diz EPE

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, acredita que biomassa e PCH  (Pequenas Centrais Hidrelétricas) serão os destaques do próximo leilão de energia para abastecimento em 2018, a ser realizado na quinta-feira (29). Isso porque, além o preço de R$ 140 por megawatts ser bem competitivo, segundo disse, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar antes do leilão um pacote de financiamentos voltados para PCH e biomassa. Ele fez o anúncio nesta segunda-feira (26), na 11ª edição da Brazil Energy and Power (BEP), conferência internacional que reúne os principais líderes do setor de energia.

O evento, realizado pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), é tradicionalmente sediado em Houston, nos EUA, e pela primeira vez acontece no Rio de Janeiro. Segundo a AmCham Rio, o objetivo é ampliar a visibilidade dos potenciais energéticos do Brasil e atrair mais investidores.

Segundo Tolmasquin, até 2021 a demanda por energia crescerá 4,2% ao ano. A energia hidrelétrica, responsável pela maior demanda, tem 29 gigawatts de capacidade, com 60% já contratada, o que, para ele,  traz um cenário de tranquilidade para o país.

A energia eólica reforça esse panorama, segundo o executivo. "O leilão de sexta (23) contratou 1.500 megawatts para 2016, quando serão atingidos 10 mil megawatts em energia eólica. A usina de Belo Monte tem 11 mil megawatts.  Então, temos quase uma Belo Monte de eólica", disse.

Na sexta, ao todo, 66 empreendimentos de geração negociaram a venda da energia elétrica preço médio final de R$ 110,51 por MWh - equivalente a um deságio de 5,55% frente ao preço inicial de R$ 117 por MWh.


Equação do gás

Para Tolmasquin, não se pode planejar o futuro da energia no país sem levar em conta o gás, que pode alterar significativamente a composição da matriz energética.

"O futuro com o gás é uma coisa, sem o gás é outra. Mas o gás é uma incognita. Não sabemos o quanto tem nem o preço futuro a médio prazo. A equação do gás tem que ser resolvida", disse.

Leonam dos Santos Guimarães, assessor da Presidência da Eletrobras Eletronuclear, concordou dizendo que gasodutos serão criados a partir das descobertas de gás. "Gasoduto tem que ter demanda de gás. Tem que ter descobertas que justifiquem. Basta a declaração de comerciabilidade de uma descoberta e a gente sai construindo gasoduto", explicou.

Leonam disse não ter dúvidas de que o Brasil vai ser exportador de petróleo. A produção atual de 2 milhões de barris por dia, vai subir para 5 milhões em 10 anos, e o país poderá exportar de 2 milhões a 2,5 milhões, prevê ele. Também a produção de etanol, hoje em 24 milhões de barris, vai dobar em 10 anos "numa previsão conservadora", segundo disse.

"O setor foi pego na crise de 2008, os usineiros endividados não investiram na modernização dos canaviais", disse ele, explicando que o quadre vai mudar após o apoio do BNDES à produção do etanol.


Portos

Julio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, citou como instrumentos para o aumento da produção de petróleo os  investimentos nos portos do Estado do Rio.

Segundo disse, o Porto do Açu, empreedimento do grupo EBX, do empresário Eike Batista, "hoje tem nova configuração societária e falta R$ 1 bilhão para termicar o projeto", disse.

Ele citou ainda a importância dos investimentos no Porto de Maricá, por ficar a apenas 20 quilômetros do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e  no Porto do Rio, no qual foram investidos R$ 1 bilhão e R$ 1, 5 bilhão.

"Hoje as atracações no Porto do Rio nas operações da indústria de petróleo são maioraes que as do Porto de Macaé", disse ele.




Tuesday, August 20, 2013

Governo adia para novembro leilão de energia previsto em outubro

Por Mônica Izaguirre | Valor

 

BRASÍLIA - O Ministério de Minas e Energia (MME) adiou para 18 de novembro o leilão de energia A-3 que estava marcado para 25 de outubro. Uma portaria definindo a nova data foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU) desta segunda-feira.

Serão leiloados, na ocasião, contratos de fornecimento da energia elétrica a ser entregue a partir de janeiro de 2016 por novos empreendimentos de geração ou em decorrência da ampliação de usinas existentes.

A portaria original do leilão não sofreu nenhuma outra alteração além da data. Publicado em 8 de julho, o texto original permitiu que entre no leilão A-3 deste ano energia de várias fontes, além da hidrelétrica.

Está prevista a oferta de contratos de 20 anos de suprimento no caso de fonte solar, eólica, térmica a gás ou térmica a biomassa, “inclusive em ciclo combinado”. O prazo sobe para 30 anos no caso da energia a ser produzida por usinas hidrelétricas.

Ainda segundo a parte da portaria anterior que foi mantida, os empreendimentos de geração que utilizarem como combustível principal biomassa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto, serão enquadrados como empreendimentos termelétricos a biomassa.

(Mônica Izaguirre | Valor)

 

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Monday, August 19, 2013

Bioenergy inscreve 20 projetos de energia eólica e solar em leilão A-3

 

30. DCI - SP (19/08/2013)

Bioenergy inscreve 20 projetos de energia eólica e solar em leilão A-3

SÃO PAULO - A Bioenergy, empresa que atua no segmento de energias renováveis, anunciou nesta sexta-feira (16) ter cadastrado 20 projetos de energia eólica e solar para o próximo Leilão A-3, a ser realizado em 23 de outubro. Os empreendimentos somam 488,9 megawatts (MW).

Segundo a companhia, foram registrados, junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 11 projetos de energia eólica com potência de 317,9 MW, todos localizados no estado do Maranhão – onde a empresa já desenvolve parques e uma linha de transmissão. Outras nove iniciativas são de energia solar e somam 171 MW.

O leilão A-3, que contrata energia a ser entregue a partir de 1º de janeiro de 2016, será o primeiro a incluir empreendimentos de fonte solar e termelétricas à biomassa de resíduos sólidos ou biogás.

 

Friday, August 9, 2013

Landfill Free - Reciclagem virou negócio bilionário para a GM

São Paulo – Num mundo onde a pressão sobre os recursos naturais só aumenta e a preocupação com o meio ambiente se traduz em leis cada vez mais rígidas, a gestão adequada do lixo virou assunto estratégico dentro das empresas. E daqueles com potencial de falar alto ao bolso, ou melhor, ao caixa. A General Motors sabe bem disso.

No ano passado, a montadora mandou para reciclagem 90 por cento de todos os resíduos gerados no processo de fabricação de seus carros mundo a fora, ao invés de enviá-los para aterros. Os louros foram colhidos: a iniciativa gerou receitas de cerca de R$ 2 bilhões, segundo o último relatório de sustentabilidade da empresa.

Tal façanha foi alcançada com a implementação do programa Landfill Free (livre de aterro sanitário, em tradução livre), que visa reduzir a zero o volume de lixo mandado para aterros. A meta é atingir 125 instalações da empresa em todo o mundo até 2020. Falta pouco.

Hoje, 106 unidades já reciclam 100% dos resíduos. Na lista entra de tudo - de sucata de aço e borra de tinta a caixas de papelão e pneus desgastados. 

Experiência brasileira

A primeira planta brasileira a conquistar o status livre de aterro, em 2012, foi a de Gravataí, no Rio Grande do Sul, de onde saem modelos como o Celta, Onix e Prisma.

A unidade atua em duas frentes para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Primeiro, busca a redução do desperdício. Somado a isso, desenvolve ações que visem à reciclagem e à reutilização dos materiais.

“Uma empresa de manufatura de automóveis gera uma serie de resíduos, alguns com valor, como os retalhos da estamparia, que são disputados a tapas, e alguns de pouco valor, como borra de tinta, um resíduo perigoso, com metal pesado”, explica Nelson Branco, gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da América Latina pela GM.