Monday, December 30, 2013

Pernambuco contrata 122 MWp no leilão solar - por um preço de R$ 228,63 por MWh

Seis projetos comercializaram energia a R$ 228,63/MWh, com deságio de 8,55%

 

Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão 
27/12/2013 - 18:09h

 

O governo de Pernambuco realizou o primeiro leilão de energia solar do país nesta sexta-feira, 27 de dezembro. Foram contratados 122 MWp, o equivalente a 23 MWmédios, segundo o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos, Eduardo Azevedo, informou à Agência CanalEnergia. A energia solar foi contratada por um preço de R$ 228,63 por MWh, com deságio de 8,55% sobre o preço-teto de R$ 250/MWh.

As empresas que viabilizaram projetos no certame foram Enel Green Power, Sowitec, Kroma Comercializadora, Coni Concierge e Sun Premier (uma joint-venture sino-espanhola). O secretário considerou positivo o resultado desse primeiro leilão, tanto que um segundo certame deve ocorrer no ano que vem. "No primeiro trimestre devemos estabelecer a data do novo leilão", adiantou Azevedo.

A próxima fase será a escolha das comercializadoras que farão a contratação da energia entre as empresas do estado, que terão desconto de ICMS, e os geradores vencedores. De acordo com a Azevedo, a escolha dos agentes de comercialização deve ser feita ser concluída antes do Carnaval, que acontece na primeira semana de março. Os contratos negociados são de disponibilidade para entrega a partir de 1º de julho de 2015 com prazo de 20 anos.

O objetivo do leilão é fomentar a industria solar no estado. Por isso, os projetos de geração tem que estar localizados no território pernambucano. Além disso, as usinas com conteúdo local superior a 60%, ou seja, equipamentos produzidos ou montados no estado, poderão adiar o início da entrega da energia em 18 meses.

 

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Thursday, December 26, 2013

Itaipu e empresas parceiras se unem para criar a Abiogás

 

24. Portal Fator Brasil - RJ (21/12/2013)

Itaipu e empresas parceiras se unem para criar a Abiogás

Empresas privadas e instituições públicas criam Associação Brasileira do Biogás e Biometano (Abiogás) a fim de promover a produção da fonte de energia no Brasil.

Foi criada no dia 20 de dezembro (sexta-feira), a Associação Brasileira do Biogás e Biometano (Abiogás), em assembleia geral realizada em São Paulo (SP). Além de autoridades e mais de 20 empresas do setor, o evento contou com o presidente do Centro Internacional de Biogás e superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Jr.; o diretor do departamento de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Ricardo Dornelles; o subsecretário de Energias Renováveis do Estado de São Paulo, Milton Flávio; o diretor-presidente da Compagas, Luciano Pizzatto; e o diretor da Geoenergética, Alessandro Gardemann.

No evento, foi aprovado o estatuto da Abiogás e eleita uma diretoria provisória. Cicero Bley Jr. foi indicado para ser o presidente provisório da entidade e Alessandro Gardemann como vice-presidente. Por enquanto, o estatuto ficará em análise e deverá ter aprovação definitiva em até 60 dias. Nesse período serão formados os comitês temáticos.

O objetivo da associação, além de representar o setor, é propor e criar uma política nacional para o combustível e ser um canal de interlocução entre a sociedade civil e os governos federal e estaduais. A necessidade de criar um programa para o setor tem como meta transformar esse gás desperdiçado em uma fonte de geração de energia, agregando valor ao Produto Interno Bruto Brasileiro. Hoje, o potencial de geração de biogás é utilizado em três frentes: energia elétrica, térmica e veicular. Segundo Cícero Bley Jr., “estimativas apontam que o potencial de biogás e biometano no Brasil é de 20 bilhões de metros cúbicos por ano somente nos setores agropecuário/industrial, com o tratamento de dejetos animais e efluentes, e sucroalcooleiro”, calcula.

De acordo com Bley, essa é uma vantagem competitiva do biogás brasileiro, pois o setor de agronegócios do Brasil é um dos maiores do mundo. Ainda não estão completamente contabilizados os potenciais relativos ao lixo urbano de origem orgânica, os esgotos urbanos, os demais setores agroindustriais e os efluentes orgânicos industriais, mas se considerados, na análise de Bley, o potencial do biogás é muito maior.

O executivo explicou ainda que combustíveis gasosos têm maior eficiência e menor custo. “Estamos vivendo um período de transição na matriz energética de um mundo não sustentável para um sustentável e, nesse contexto, haverá uma mudança de combustíveis líquidos para combustíveis gasoso. É aí que o biogás ganha força”, pondera Bley.

Na avaliação do diretor da Geoenergética, Alessandro Gardemann, “o biogás tem condições de se tornar o grande combustível de segunda geração. Essa é a grande oportunidade de termos o shale gas verde”.

Maior presença na matriz-Hoje, o biogás tem participação inexpressiva tanto na matriz elétrica quanto na matriz energética. Por conta disso, a necessidade de uma associação de classe que represente os interesses do setor é fundamental para dar visibilidade a essa fonte de energia.

Ricardo Dornelles, diretor do departamento de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), reconhece que o biogás não tem um papel específico no governo federal, todavia a criação da entidade dará representatividade junto ao MME e órgãos responsáveis pelo planejamento energético brasileiro, como a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional do Petróleo, Gas Natural e Biocombust´vieis (ANP).

Dornelles conta ainda que o mercado de combustíveis veiculares gera perspectivas boas para a utilização do biogás e a criação da entidade é fundamental para viabilizar políticas nessa área.

“O país passa por um processo de crescimento. O mercado de combustíveis no Brasil cresce na ordem de 5% ano, bem superior ao PIB, e devido a essa demanda crescente, precisamos fornecer combustíveis para movimentar esse país de forma sustentável, além de ser fundamental para o desenvolvimento econômico”, explica.

Interesses indiretos -A criação da associação interessa a diversos setores da economia. Na assembleia estavam presentes empresas produtoras, comercializadoras, distribuidoras e centros de pesquisa para viabilização do biogás. O diretor-presidente da Compagas, Luciano Pizzatto, alertou que futuramente o Brasil precisará de uma rede de gasodutos para circulação do produto, e a Abiogás será de fundamental importância para o desenvolvimento.

Perfil - A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.[www.itaipu.gov.br].