Thursday, November 16, 2017

Profissões que vão acabar

DAVID COIMBRA

·         ZERO HORA

·         P. 39

Profissões que vão acabar

Ontem escrevi sobre o tomate porque queria escrever sobre os italianos até chegar à gasolina - um caminho óbvio. Triste coincidência ocupar-me dos italianos justamente no dia em que foram eliminados da Copa...

De qualquer maneira, a verdade é que não há como falar de italianos sem falar no tomate, mais especificamente no molho de tomate. E, ao escrever sobre italianos (para chegar à gasolina), pretendia contar a respeito do Eataly, um lugar formidável que existe aqui em Boston.

Eataly é uma junção de palavras em inglês: eat e Italy. Comer e Itália.

Itália tem tudo a ver com comida. Os franceses conquistaram a fama de desenvolver uma culinária sofisticada, e até a merecem, mas a cozinha italiana é mais sensual. Uma é afeto, a outra é paixão. Uma é o drible, a outra é o gol. Uma é Proust, a outra é Hemingway. Uma é Grazi Massafera, a outra é Carolina Dieckmann, uma fala fazendo biquinho, a outra fala com as mãos.

No Eataly, você encontra produtos da culinária italiana - todos os tipos de massas e queijos, e mais copas e salames e salamitos e vinhos (se bem que prefiro os franceses) e, é claro, tomates. Você poderá adquirir apetrechos de cozinha, como facas e facões, panelas e caçarolas, copos e taças, e mais pães de semolina duros e panetones macios. Tudo o que lá é oferecido é de primeiríssima categoria.

Há Eatalys em Nova York e Chicago, e recentemente abriu um em São Paulo. Para você ter uma ideia do quanto eles prezam a qualidade, emissários do Eataly visitaram estâncias gaúchas em pesquisa para escolher as carnes que seriam servidas na filial paulista. O melhor. Eles queriam o melhor.

Gosto de ir aos restaurantes do Eataly. São excelentes, mas têm um defeito: estão sempre lotados. Você precisa entrar em listas de espera. Pois, dia desses, entrei na lista e dei o número do meu telefone para que chamassem quando a mesa estivesse pronta. Enquanto isso, fui dar uma passeada pelas imediações. Aí entrei no local que motivou essa parelha de crônicas.

Foi a loja do Tesla.

O Tesla é um carro elétrico feito nos Estados Unidos. Tem vários modelos. Vi dois que estavam em exposição, sentei no banco do motorista, fiz perguntas aos vendedores. Não que seja entendedor de carros. Ao contrário, só sei reconhecer carros dos anos 1970, o Fusca, o Opala, o Maverick, o Corcel, a Kombi. A Brasília eu confundia com a Variant. Os de hoje, não sei quem é quem. Meu filho de 10 anos de idade entende mais de carro do que eu. Mas tinha curiosidade a respeito desse elétrico, por tudo que li a respeito. Então, lá estava eu, me imiscuindo feito um amante do automobilismo.

Fui olhar o motor e sabe o que vi? Coisa nenhuma. Não havia motor na frente nem atrás.

- Onde é que está o motor? - perguntei para a moça.

- Nas rodas.

Nas rodas! É um carro com pouquíssimas peças, que pode ser abastecido em casa, plugado em uma tomada especial.

Ainda não há muitos Tesla rodando pelas ruas americanas, porque a gasolina aqui é baratíssima - com US$ 25 você enche o tanque. Mas a mudança é questão de tempo. Em outros países, tempo determinado: a Alemanha, a Inglaterra, a França e até a China já decidiram que vão abolir os carros movidos a combustível fóssil em 20 ou 30 anos.

Você sabe o que isso significa? Que profissões como mecânico de automóvel e frentista de posto vão acabar. E que empresas gigantescas, como a Petrobras, serão tão importantes quanto fábricas de máquina de escrever e de fita cassete. Por fim, significa que países como o Brasil, que investem pesadamente na indústria automotiva e ignoram a pesquisa científica, continuarão subalternos aos mais desenvolvidos e mais espertos, aos que pensam, calculam e planejam a longo prazo. Significa que, mais uma vez, estamos olhando para trás. Por que isso não me surpreende?

 

Monday, September 11, 2017

Early signals on the future of international carbon markets

Early signals on the future of international carbon markets

 

As Carbon Pulse reports, South Korea graduates from exporting to importing GHG mitigation units, conversely, from importing to exporting sustainable development support. 

Since the Copenhagen Climate Conference in 2009 failed to amend the Kyoto Protocol and build a meaningful global climate policy for the post 2012 period, demand for international flexibility instruments such as the Clean Development Mechanism (CDM) has declined. Now, as we discuss how to implement the Paris Agreement’s new mechanisms for international cooperation and the exchange of mitigation outcomes, parties are recurring to the CDM not only for inspiration, but also as policy tool to promote domestic action and incipient international cooperation.

South Korea is an inspiring actor that provides us with insights of global relevance. First, the country is famous for its spectacular rise from one of the poorest countries in the world to a developed, high-income country in just one generation. Second, it evolved from a Non Annex I country, which benefitted from the export of carbon credits to finance its clean development projects, to a country with effective GHG reduction targets and a domestic Emission Trading Scheme.

To facilitate this evolution, South Korea takes advantage of its domestic CDM projects to flexibilize and facilitate national GHG reductions and rewards early action and new projects with carbon credit prices in the range of 10 to 15 USD per credit.

Now, South Korea is preparing for the next phase of supporting GHG mitigation projects in other countries to import the resulting emission reduction units.

South Korea alone is too small to change the international market balance, but the consistent approach illustrates how countries can engage with carbon market instruments to facilitate domestic action and prepare for subsequent international cooperation. Other countries such as South Africa, Colombia and Mexico are preparing for this path. Together, they are setting powerful signals to drive the definition of effective rules for the Paris Agreement’s Post 2020 regime, as well as for carbon market engagements of non-state actors such as ICAO and IMO.

 

 

Monday, August 14, 2017

Ventos de prosperidade - Rio Grande do Sul se consolida no cenário nacional de energia eólica com a inauguração do novo Complexo Pontal Enerplan

Com investimento a valores atuais de R$ 330 milhões, solenidade marcou a abertura oficial do parque eólico, em Águas Claras, Viamão 

Foi inaugurado oficialmente na sexta-feira, dia 11 de agosto, em Águas Claras, no município de Viamão (RS), o novo Complexo Eólico Pontal da Enerplan. Foram investidos R$ 330 milhões para a viabilização do parque, cujo potencial poderá atingir os R$ 600 milhões, trazendo benefícios sociais na geração de emprego, renda e distribuição de energia limpa. A cerimônia foi marcada pela presença de autoridades e convidados, que realizaram o descerramento da placa inaugural. 

O complexo eólico conta, atualmente, com 25 aerogeradores, totalizando 59,8 MW de capacidade. "A qualidade dos ventos no Rio Grande do Sul impulsiona os investimentos. O projeto do complexo traz riqueza e desenvolvimento para todo o Estado", avaliou Irineu Boff, presidente executivo do Grupo Oleoplan, holding da operação da Enerplan, durante seu discurso no evento. Boff salientou também, que os parques vão gerar energia limpa, renovável e sustentável. "Estamos todos muito orgulhosos desta conquista do Rio Grande do Sul e da Enerplan". 

Em seu discurso, o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, destacou que "o Complexo Eólico do Pontal simboliza uma mudança de realidade à região e um novo momento na geração de energia". Sartori afirmou ainda, que essa é uma grande vitória para o Estado e para os empreendedores. Também lembrou que o país ocupa a nona colocação no ranking mundial de capacidade instalada de energia eólica. O secretário de Minas e Energia do Estado do RS, Artur Lemos, defendeu o potencial do Estado na geração de energia eólica. "O RS é privilegiado não só na questão do vento, mas também em logística", ressaltou. 

Elbia Gannoum, presidente executiva da ABEEólica, lembrou que potencial de energia eólica do Brasil é extraordinário. "A inauguração de um novo parque é sempre um momento de muita alegria para todos do setor. Sabemos dos seus inúmeros benefícios à sociedade, para economia local e à sustentabilidadedo planeta. Cada novo aerogerador que entra em funcionamento significa que criamos novos empregos, que há menos CO2 na atmosfera, que uma cadeia produtiva está em funcionamento e que investimentos foram feitos. Isso é sempre motivo de comemoração". 

Anualmente, os parques do complexo eólico de Viamão irão possibilitar que mais de cem mil toneladas de CO2 - gás causador do efeito estufa - deixam de ser injetados na atmosfera. A capacidade total de energia da Central Pontal é ao redor de 200.000 MWh ano, distribuídos em três, dos cinco parques do complexo. 

As linhas de transmissão possuem 44 km construídos pela Enerplan, já prevendo assim, expansão futura. A energia gerada pelos três parques é suficiente para o consumo de 140 mil residências, abastecendo em torno de 320 mil pessoas. Considerando que Viamão tem uma população de 240 mil pessoas, o excedente de consumo é injetado e usado por habitantes de outros municípios vizinhos. A subestação denominada de Viamão 3 - da TESB, empresa controlada pela CEEE-GT - onde os parques se conectam - está integrada com o SIN - Sistema Interligado Nacional / Região Sul. 

Além da operação em Viamão, a Enerplan também investiu em sociedade com os fundos de infraestrutura do Votorantim  no complexo eólico Faísa, no Estado do Ceará, composto por cinco parques eólicos inaugurados em 2014, cujo investimento foi de R$ 550 milhões. 

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica - ABEEólica, nos últimos seis anos, o investimento feito pelas empresas da cadeia produtiva de energia eólica, já 80% nacionalizada, somam R$ 48 bilhões. Os investimentos são calculados em relação aos MW instalados. De 2017 a 2020, estima-se um investimento total de cerca de R$ 50 bilhões, considerando o que ainda está previsto para ser instalado. Em 2016, a geração de energia eólica cresceu 55% em relação a 2015, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE. 

O grupo Oleoplan, é uma empresa brasileira de produção de Biodiesel com unidades no RS e na Bahia. À frente da diretoria executiva dos empreendimentos eólicos do grupo está Rogério Augusto de Wallau. 

Estiveram presentes também no evento de inauguração do Complexo Pontal Enerplan, o vice-governador José Paulo Cairoli; as secretárias de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, e do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Ana Pellini; os secretários do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia Márcio Biolchi e de Minas e Energia, Artur Lemos; os deputados estaduais Lucas Redecker, Edson Brum e Juvir Costela; o prefeito de Viamão, André Pacheco; a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Élbia Silvia Gannoum; o presidente da Fiergs, Gilberto Petry; a diretora presidente do Badesul, Suzana Kakuta; o presidente do BRDE, Odacir Klein; o superintendente Regional da ONS, Manoel Botelho e demais autoridades. 

O Complexo Eólico Pontal da Enerplan teve o apoio do BNDES, Badesul e Governos Federal, Estadual e Municipal. 

Fonte: Evidência Press

 

Wednesday, July 26, 2017

IEE/USP - Seminário Política Nacional de Resíduso Sólidos: avanços e desafios de implementação e monitoramento de resíduos urbanos - 16 agosto 2017





Tiago Nascimento Silva


A Divisão Científica de Gestão, Ciência e Tecnologia Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo e o Observatório da Política Nacional de Resíduos Sólidos - OPNRS  convidam para o Seminário:

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: AVANÇOS E DESAFIOS DE IMPLEMENTAÇÃO E MONITORAMENTO DE RESÍDUOS URBANOS


16 agosto 2017
9h00 às 17h30
auditório do IEE/USP - Av. Prof. Luciano Gualberto, 1.289, Cidade Universitária, São Paulo
inscrições exclusivamente por email em comunicacao@iee.usp.br enviando nome/email/cargo/instituição

O Seminário no período da manhã terá dois lançamentos e uma mesa de diálogos.

Serão lançados:

i) O livro digital "Política Nacional de Resíduos Sólidos: implementação e monitoramento de resíduos urbanos" que apresenta ao leitor um panorama nacional sobre os avanços, barreiras e possibilidades que se desenham para uma implementação mais efetiva da Política Nacional de Resíduos Sólidos. A publicação é uma iniciativa conjunta do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo - IEE/USP e do Observatório da Política Nacional de Resíduos Sólidos - OPNRS, no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica e Acadêmica firmado, em 31 de janeiro de 2017, por meio da Divisão Científica de Gestão, Ciência e Tecnologia Ambiental - DCGCTA e do Instituto BVRio, representando o OPNRS.

ii) A Plataforma Digital de Indicadores de Sustentabilidade da Coleta Seletiva - PICS. Esta plataforma será disponibilizada online pelo DCGCTA/IEE/USP para todas as prefeituras municiais e associações/cooperativas de catadores do país, e oferece instrumentos de diagnóstico, planejamento, avaliação e monitoramento da coleta seletiva, a partir de um conjunto de indicadores e índices de sustentabilidade. Esses instrumentos possibilitam o aprimoramento e fortalecimento da gestão mediante utilização de indicadores e de índices de sustentabilidade que podem apoiar a promoção de melhorias socioeconômicas, ambientais e de saúde pública.

A mesa de diálogos apresentará um balanço de sete anos de implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos na visão dos vários atores envolvidos com a gestão de resíduos sólidos.

No período da tarde, o II Intercâmbio de práticas e ferramentas de gestão de coleta seletiva e de organizações de catadores terá a participação de técnicos e gestores de cooperativas de catadores. A primeira mesa abordará a implementação do plano de gestão de resíduos sólidos na cidade de São Paulo, com ênfase na coleta seletiva e na gestão das megacentrais de triagem da cidade.A segunda mesa tratará de gestão de organizações de catadores na visão de técnicos, apresentará a experiência de coleta seletiva da Itaipu Binacional no Paraná e os indicadores da Plataforma PICS.

O evento é gratuito, exige inscrição prévia e está destinado a gestores públicos, gestores de organizações de catadores, organizações não governamentais , pesquisadores e público em geral.

PROGRAMAÇÃO

09h00 - Abertura do Evento - Lançamento da Publicação e da Plataforma
             Colombo Celso Gaeta Tassinari, Diretor do IEE/USP
             Pedro Roberto Jacobi, Chefe da Divisão DGCTA/IEE/USP
             Ana Paula Fracalanza, Coordenadora do Evento
             Gina Rizpah Besen, Pós-doutoranda IEE/USP, Coordenadora da publicação e da plataforma
             Luciana Freitas, OPNRS

10h00 - Mesa de Diálogos: Olhares sobre os avanços e desafios da implementação e monitoramento da PNRS
             Mediação de Ana Paula Fracalanza, IEE/USP 
             . Visão da Sociedade, Jacques Demajorovic, Centro Universitário FEI
             . Visão das Empresas (a confirmar)
             . Visão dos Catadores, Roberto Laureano, Movimento Nacional dos Catadores
             . Visão do Ministério Público, José Eduardo Lutti, Procuradoria de Justiça do Estado São Paulo
             . Visão da Confederação Nacional dos Municípios, Cláudia Lins, CNM

11h20 - Diálogos

12h30 - Intervalo de Almoço

14h00 - Intercâmbio de práticas e ferramentas de gestão de coleta seletiva de organizações de catadores: avanços e desafios - Mesa 1
             Mediação de Pedro Roberto Jacobi, IEE/USP  
             . Implementação do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos na cidade de São Paulo, Carlos Henrique, Consultor
             . Gestão de produção e coleta seletiva na cidade de São Paulo - as megacentrais, Wilson Santos, Cooper Vira Lata - Central Mecanizada da Ponte Pequena
             . Gestão de organizações de catadores - visão dos Catadores (a confirmar)

15h00 - Diálogos

15h40 - Intercâmbio de práticas e ferramentas de gestão de coleta seletiva e de organizações de catadores: avanços e desafios - Mesa 2
             Mediação de Gina Rizpah Besen, IEE/USP 
            . Gestão de organizações de catadores na visão de técnicos, Mateus Mendonça, Geral Viveiros de Projetos
            . A experiência do Projeto Coleta Solidária da Itaipu Binacional, Marlene Osowki Curtis, Itaipu Binacional
            . Indicadores de sustentabilidade de organizações de catadores, Gina Rizpah Besen, IEE/USP

16h40 - Diálogos

17h30 - Encerramento

Este evento conta com o Apoio Institucional da GIRAL - Viveiro de Projetos


Ines Iwashita
ST Relações Institucionais, Comunicação, Editoração e Publicações
fones 11 3091-2507 e 97205-1827


Thursday, July 13, 2017

Energia que vem do lixo

Energia que vem do lixo

Termoverde Caieiras começa a operar com potência instalada de 29,5 MW, e capacidade de 250 mil MWh ao ano, com investimento de R$100 milhões do Grupo Solví

Em meio a um longo debate sobre a política de resíduos sólidos, começou a operar a Termoverde Caieiras, uma das maiores termoelétricas movidas a biogás de aterro sanitário do País, com potência instalada inicial de 29,5 MW. Controlada pela Solvi Valorização Energética, a usina tem capacidade de geração de 250 mil MWh ao ano, capaz de atender uma cidade de cerca de 300 mil habitantes, ou 130 mil residências, com energia elétrica produzida a partir do gás metano.

A Termoverde Caieiras foi construída em uma área de 15.000m² e começou a operar em julho de 2016, com autorização da Aneel. A unidade está localizada na Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA) da Essencis, no município de Caieiras, a 33 km da capital paulista na Rodovia Bandeirantes. O investimento chegou a R$ 100 milhões, do Grupo Solví, empresa com ampla atuação nos segmentos de gestão de resíduos, saneamento e energia renovável.

O gás metano, também encontrado como combustível fóssil, é chamado biogás quando obtido a partir da decomposição de alguns tipos de matéria orgânica como resíduos agrícolas, madeira, bagaço de cana-de-açúcar, esterco, cascas de frutas e restos animais e vegetais. Considerando possíveis perdas, a média para a geração de energia deve chegar a 26 MW por hora, o que é o mesmo consumido por uma cidade como o Guarujá, Taubaté ou Limeira. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Públicas e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil tem potencial de gerar 1,3 GW de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos. Esse total é equivalente a um fornecimento adicional de 932 mil MWh/mês, o suficiente para abastecer 6 milhões de residências ou mais de 20 milhões de habitantes.

O Brasil produz cerca de 195 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. Deste total, uma média de 27 mil toneladas são recolhidas diariamente das residências do Estado de São Paulo, que possui atualmente potência instalada de 70 MW a partir do biogás de aterros sanitários. A Termoverde é a sétima usina que produz biogás a partir de resíduos sólidos urbanos no Estado de São Paulo. As outras seis são a São João, em São Paulo, com 24,64 MW de potência instalada; a Estre com 5,7 MW, em Guatapará; a Bandeirantes, em São Paulo, com 4,6 MW; a Tecipar, em Santana de Parnaíba, com 4,3 MW; a Ambient, em Ribeirão Preto, com 1,5 MW e; a Energ-Biog de 30 kW, em Barueri.

A CTVA atua em outros municípios da grande São Paulo, além dos resíduos das principais indústrias da região de Caieiras. Mas a planta de Caieiras é uma das maiores do Brasil com ampla capacidade operacional e tecnologia de ponta na reciclagem, garantindo a segurança ambiental.

Os aterros sanitários geram muito metano, que é um dos gases do efeito estufa. Antes da utilização para a geração de energia, esse metano era queimado em flare, que é um sistema de queima controlada capaz de transformá-lo em gás carbônico (CO2), com potencial de aquecimento global cerca de 20 vezes menor que o metano. Agora, com a termelétrica, além de evitar que o metano seja liberado na atmosfera, ele será transformado em energia elétrica. O projeto contou com o incentivo dos governos federal, por meio do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI), e estadual, pela isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tendo como compensação várias contrapartidas no campo ambiental.

O Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio) do IEE-USP já havia desenvolvido o mesmo projeto, porém em menor escala, entre 2006 e 2009, com financiamento do Ministério de Minas e Energia, com o objetivo de implementar um sistema de geração de energia elétrica e de iluminação a partir de biogás procedente do tratamento de resíduos sólidos urbanos em aterro sanitário.

De acordo com Carlos Bezerra, da Termoverde Caieiras, o Grupo Solví já tinha  instalado outras duas térmicas a biogás de aterro. A nova térmica, no aterro sanitário de Caieiras, foi uma decisão natural devido ao porte e capacidade do aterro. Para se ter uma ideia, os volumes de terraplenagem envolvidos chegaram a 200 mil m3.

No âmbito da tecnologia de geração, foram empregados motores geradores que utilizam biogás de aterro para a geração de energia elétrica, sistemas de captação ativa de biogás de aterro sanitário, e sistemas de resfriamento e limpeza de biogás com chillers e demisters. O grupo de equipamentos é formado por uma unidade de tratamento de biogás; chillers, trocadores de calor, demisters, sopradores, motores geradores (na unidade de geração de energia que utiliza aterro) e uma unidade de transmissão da energia, com uma subestação composta de secciondoras, disjuntor, transformadores de potencia e de corrente e etc, painéis de controle etc.

De acordo com Bezerra, “não há qualquer impacto negativo para a vizinhança”, pois o sistema retira de forma controlada o biogás que seria naturalmente emitido para a atmosfera e o transforma em energia renovável. Além disso, a usina insere um novo padrão tecnológico para essa área, empregando até mesmo um sofisticado sistema de comunicação e proteção (OPGW) instalado na linha de transmissão.

Dentre as empresas envolvidas nas obras estão a Sobrosa (construção civil);  WEG (construção da subestação); MP Engenharia (Terraplenagem); Macaferri (projeto do muro/Terrameshi); GEJ (motores geradores).  A divisão de Distributed Power da GE Power foi responsável pelo fornecimento de 21 motogeradores Jenbacher com 1.4 MW da usina.  “O Brasil possui grande potencial de energia gerada através do biogás proveniente dos resíduos de aterros sanitários e sua utilização pode contribuir significativamente com dois pontos: a destinação sustentável do volume crescente de biogás, o que reduz a emissão de gases de efeito estufa, e a diversificação da matriz energética brasileira, atendendo à demanda por energia limpa”, afirma Rickard Schafer, líder de vendas da divisão de Distributed Power da GE Power para o Brasil. Atualmente, a GE possui motogeradores Jenbacher em outros dois projetos do grupo Solví: Termoverde Salvador, com 19 motores, e Minas do Leão, no Rio Grande do Sul, com mais seis equipamentos.

http://www.grandesconstrucoes.com.br/br/index.php?option=com_conteudo&task=printMateria&id=2215

 

 

Sunday, June 25, 2017

IEE/USP e RCGI - Palestra Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental no Setor de Energia - 05 julho 2017

 

 

 

 

Tiago Nascimento Silva

 

O Grupo de Pesquisa em Bioenergia - GBIO/IEE/USP em conjunto com o Research Centre for Gas Innovation - RCGI/USP convidam para a Palestra

 

 

SUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL NO SETOR DE ENERGIA

 

Palestrante: Dra. Rocio Dias Chavez, Imperial College, Reino Unido

 

 

05 julho 2017

14h00 às 17h00

auditório do IEE/USP - Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289, Cidade Universitária, São Paulo

a palestra será proferida em inglês sem tradução

inscrições exclusivamente em https://goo.gl/0rDuXg

 

As diversas áreas de conhecimento relacionadas ao setor de energia são interligadas de forma significativa, em particular neste século, considerando os desafios das mudanças climáticas e da necessidade da redução das emissões de carbono no mundo. Neste contexto, a palestra discutirá aspectos de Sustentabilidade no setor de energia.

 

A Profa. Rocio Dias Chavez atua na área de avaliação de sustentabilidade (economia, ambiental, social e político/institucional) com foco em energias renováveis, em particular projetos de bioenergia na América Latina, África, Ásia e Europa, incluindo impactos das mudanças climáticas. Possui vasta experiência profissional e acadêmica em ferramentas de avaliação de sustentabilidade e gestão ambiental (EIA, SEA, SIA). A partir de seu conhecimento, a pesquisadora abordará na palestra questões referentes ao desenvolvimento sustentável e avaliação de sustentabilidade da bioenergia, indicadores de gestão ambiental, estudos de caso de plantas de biogás e exemplos de projetos na União Européia, além de desafios atuais da biomassa/bioenergia.

 

Este evento é coordenado pela Profa. Dra. Suani Teixeira Coelho, Coordenadora do GBIO/IEE/USP e tem como público alvo estudantes e pesquisadores das áreas de Energia, Bioenergia, Engenharia e Economia, além de outras áreas afins.

 

 

Tuesday, June 6, 2017

INPE aprimora dados para melhor uso da energia solar no Brasil

INPE aprimora dados para melhor uso da energia solar no Brasil

Segunda-feira, 05 de Junho de 2017



O Brasil possui um enorme potencial ainda pouco explorado em energia solar, indica o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que se prepara para lançar a segunda edição - revista e ampliada - do Atlas Brasileiro de Energia Solar.

A expansão da energia solar no país e a entrada de novas tecnologias motivaram a atualização do Atlas, um trabalho pioneiro lançado em 2006, que ajudou a alavancar a geração de energia elétrica a partir desta fonte renovável.

O primeiro atlas ainda é a referência nacional na área da energia solar. O cadastramento e a habilitação dos novos empreendimentos de geração de energia elétrica a partir da fonte solar fotovoltaica, realizados pelo Ministério das Minas e Energia, empregaram os dados do atlas pioneiro como referência nos últimos leilões de energia de reserva.

“O trabalho realizado nos últimos 11 anos em nosso Laboratório de Modelagem e Estudos de Recursos Renováveis de Energia (LABREN) permitiu aumentar a confiabilidade dos dados e, assim, minimizar os riscos de novos empreendimentos solares, como também ampliar a base de dados de satélites utilizada por nosso modelo de transferência radiativa”, diz Enio Pereira, pesquisador do INPE e o coordenador dos estudos.

A nova edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar traz vários avanços nas parametrizações do modelo de transferência radiativa Brasil-SR e, também, análises sobre a variabilidade espacial e temporal do recurso solar. Para isso, foram utilizados dados de satélites obtidos durante 17 anos.

Outra novidade do Atlas é a apresentação de cenários de emprego de várias tecnologias solares. Com lançamento previsto para ainda este mês, o trabalho estará disponível na internet, no site do INPE.

Para realizar o Atlas, o INPE contou com a participação de pesquisadores de várias instituições no Brasil, como Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).



 

Wednesday, May 31, 2017

IEE/USP - Workshop Minirredes de Geração e Sistemas de Armazenamento de Energia Elétrica - 27 junho 2017

 

 

 

O Instituto de Energia e Ambiente em conjunto com o Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Alternativas Energéticas da Universidade Federal do Pará (GEDAE/UFPA) e o Instituto de Energias Renováveis e Eficiência Energética da Amazônia (INCT-EREEA) convidam para o Workshop:

 

 

MINIRREDES DE GERAÇÃO E SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

 

27 junho de 2017

auditório do IEE/USP - Av. Prof. Luciano Gualberto, 1.289, Cidade Universitária, São Paulo

09h30 às 17h00

inscrições exclusivamente por email em comunicacao@iee.usp.br  enviando nome/email/cargo/instituiçao de cada interessado

 

PROGRAMAÇÃO

 

09h30 - Abertura

             Roberto Zilles, LSF/IEE/USP e João Tavares Pinho, GEDAE/UFPA

 

09h45 - Experiência do Grupo de Sistemas Fotovoltaicos do Instituto de Energia Solar da Universidade Politécnica de Madrid (UPM) com armazenamento para gestão de demanda em

             sistemas fotovoltaicos

             Eduardo Lorenzo, UPM

 

10h40 - Infraestrutura do LEP/UNESP - Ilha Solteira, SP: Pesquisas e Ensaios

             Carlos Alberto Cansen, LEP/UNESP

 

11h35 - Infraestruturas laboratoriais do GEDAE/UFPA e do LSF/USP para o estudo de minirredes inteligentes com geração híbrida de energia

             João Tavares Pinho, GEDAE/UFPA

 

12h30 - intervalo de almoço

 

14h00 - Testes de inversores híbridos com armazenamento de energia

              Ildo Bet, PHB Eletrônica Ltda.

 

14h55 - Um investimento = Múltiplas funções: desenvolvimento e avaliação técnica, regulatória e econômica de sistemas de armazenamento de energia aplicados a sistemas de 

             geração centralizada e distribuída

             Ricardo Rüther, Fotovoltaica/UFSC

 

15h50 - Fornecimento de serviços ancilares com sistemas de armazenamento de energia em sistemas elétricos com elevada penetração de geração intermitente

             Roberto Zilles, LSF/IEE/USP

 

16h45 - Encerramento

             Roberto Zilles, LSF/IEE/USP e João Tavares Pinho, GEDAE/UFPA

 

 

SINOPSE

 

Atualmente as minirredes de energia são consideradas pontos chaves para melhorar a confiabilidade e a qualidade da energia, aumentar a eficiência do sistema elétrico como um todo, e possibilitar aos consumidores finais certa independência da rede principal, já que as minirredes podem operar nos modos conectado ou isolado.

Para a utilização prática e eficiente dessas minirredes é necessário o emprego das tecnologias de telecomunicações, de computação e informação, de sensoriamento remoto, automação, controle e operação remotos, e de medição eletrônica, que possibilitem o aumento da quantidade e da qualidade das informações relativas ao desempenho da rede, norteando a tomada de decisões nos diferentes setores do sistema elétrico, inclusive dos consumidores finais. O uso dessas tecnologias introduz o conceito de SMART GRID, ou Rede Inteligente, o que no presente caso pode ser denominado de Minirredes Inteligentes.

No Brasil são poucos os locais com infraestrutura adequada e a expertise para pesquisas em minirredes inteligentes, principalmente em termos de operação das mesmas. A criação de locais apropriados para o desenvolvimento de estudos teóricos e práticos sobre minirredes inteligentes, tendo como base instituições envolvidas com o tema, visa ampliar a capacidade nacional no desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias que atendam às necessidades das minirredes inteligentes e a capacitação de pessoal.

Os palestrantes convidados têm significativa experiência nesses temas e uma longa história de cooperação e desenvolvimento de trabalhos conjuntos nas áreas de fontes renováveis de energia, sistemas híbridos de geração de eletricidade, minirredes isoladas e sistemas conectados à rede, na forma de geração distribuída.

O objetivo do Workshop é apresentar a infraestrutura laboratorial para pesquisa, desenvolvimento e capacitação de recursos humanos em minirredes inteligentes de distribuição de eletricidade, energizadas por sistemas híbridos de geração, utilizando as fontes solar fotovoltaica, eólica e armazenamento em bancos de bateria, das seguintes instituições: Instituto de Energia Solar da Universidade Politécnica de Madrid, Grupo de Eletrônica de Potência da UNESP de Ilha Solteira, Grupo de Estudos de Alternativas Energéticas da Universidade Federal do Pará, e Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. Também serão apresentados os projetos de armazenamento de energia elétrica do Grupo Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina e do Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos  do IEE/USP.

O público alvo do evento são estudantes de graduação e pós-graduação, e especialistas e técnicos de empresas de distribuição, geração e transmissão de energia elétrica

 

Ines Iwashita

ST Relações Institucionais, Comunicação, Editoração e Publicações

fones 11 3091-2507 e 97205-1827

 


 

Monday, May 29, 2017

Toneladas de lixo ficam espalhadas em ruas e praias de Maceió após chuvas

Na Praia da Avenida, onde ficava a antiga favela de Jaraguá, se formou um mar de lixo (Foto: Natália Normande/G1)

A Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Slum) recolheu mais de mil toneladas de lixo na última semana em Maceió. Apenas no Riacho Salgadinho, mais de 250 toneladas de lixo foram recolhidas durante este período de fortes chuvas.

O temporal no estado deixou cinco mortos e mais de 3 mil famílias desalojadas ou desabrigadas.

Equipes que trabalham com a limpeza em Maceió intensificaram os trabalhos para garantir a normalidade nos pontos mais críticos da cidade. A reportagem do G1 esteve na tarde desta segunda (29) na Praia da Avenida, onde se formou um mar de lixo.

Pescadores que viviam na região, a antiga favela de Jaraguá, sofrem com o acúmulo de lixo. Eles dizem que o serviço de limpeza da prefeitura não chega na região mais crítica de lixo.

"O trator de limpeza não passa por aqui. Ele limpa a Praia da Avenida até a altura do Riacho Salgadinho, depois disso, não passa mais", disse o pescador Moises Silva de Mendonça.

O vendedor de camarão Cristóvão Euzébio dos Santos, disse que a quantidade de lixo atrapalha nas vendas. "O lixo está acumulado desde que as fortes chuvas iniciaram. Nossos clientes chegam aqui e veem essa cena, aí não tem quem compre".

Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Slum informou que o diretor de operações do órgão já se dirigiu ao local da antiga favela do Jaraguá para solucionar os problemas. A secretaria ainda afirmou que as equipes continuam trabalhando para que a situação do acúmulo de lixo seja normalizada em toda a cidade.

Segundo o secretário do órgão, Davi Maia, a população também precisa ajudar e tentar reciclar o máximo de resíduos possível.

“Muitos desses materiais poderiam ter sido reciclados, como garrafas PET e outros. Outros itens de descarte volumoso, a Slum pode ir buscar na casa do cidadão de forma gratuita, como TVs velhas. Ou seja, precisamos contar com a população. Esse material não precisa parar nos riachos e córregos”, explicou Maia.

Pescador trabalha em meio ao lixo em Jaraguá (Foto: Natália Normande/G1)

 

 

Wednesday, May 24, 2017

Sulgás mantém intenção de compra de biometano

JORNAL DO COMÉRCIO ECONOMIA ENERGIA

 

·         P. 14

 

Sulgás mantém intenção de compra de biometano

Apesar do desejo de vender a estatal, governo irá adquirir biocombustível

Mesmo estando em meio à discussão de uma possível privatização (se o governo conseguir derrubar, na Assembleia Legislativa, o plebiscito exigido para desencadear o processo), a Sulgás sustentará um dos principais planos traçados para este ano. Conforme o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, a meta é que não passe de julho o lançamento do edital para a compra de biometano (biogás purificado) pela estatal. “Independentemente da política que será trabalhada, é um fim social e ambiental que temos que perseguir”, defende o dirigente. 

O biometano é oriundo de resíduos orgânicos, como dejetos de animais que representam um enorme impacto ao meio ambiente, e pode ser utilizado na geração de energia térmica, elétrica ou como combustível para automóveis. Em um primeiro momento, a ideia da companhia era contratar 200 mil metros cúbicos diários de biomentano. No entanto, esse volume está sendo revisto e deve ficar menor. Lemos esteve nessa semana em Florianópolis (SC), discutindo alternativas para o fornecimento de gás natural no País durante encontro do International Gas Union (IGU), entidade que reúne agentes desse setor. No evento, um dos pontos debatidos foi a possibilidade de aumento da oferta através do gás natural liquefeito (GNL) – que chega em estado líquido por navios e é regaseificado. 

O secretário argumenta que essa é uma boa solução, mas não se pode perde o foco nas opções do próprio biogás e da gaseificação do carvão. Entre as empresas que participaram da reunião estavam a Engie e a Golar, que estudam a implantação de uma unidade de regaseificação de GNL no Sul do Brasil. As companhias colocaram que, em princípio, a melhor localização para uma planta dessa natureza na região seria Santa Catarina, devido à proximidade do litoral com o gasoduto. No Rio Grande do Sul, existe o projeto de regaseificação de GNL do grupo Bolognesi que está previsto para ser construído em Rio Grande. 

Lemos considera que essa iniciativa estaria mais avançada, pois está atrelada à implantação de uma termelétrica que já vendeu sua geração em leilão de energia disputado em 2014. Porém, até o momento, as obras desses complexos ainda não se iniciaram. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a avaliar se revogaria ou não a autorização para a instalação da termelétrica de Rio Grande, devido à preocupação quanto ao prazo de execução do empreendimento (o cronograma original previa operação até janeiro de 2019). 

Contudo, em fevereiro, o órgão regulador decidiu pela suspensão do processo de revogação da outorga da usina até 31 de agosto. Se, até essa data, a Bolognesi não comprovar pontos como sustentávelestruturação financeira e obtenção dos licenciamentos devidos, o processo punitivo deverá ser retomado. Sobre a viabilidade de haver uma planta de regaseificação em Santa Catarina e outra no Rio Grande do Sul, Lemos argumenta que no futuro é possível, mas no presente não seria algo prudente em termos de mercado. O secretário reforça que o ideal é que se tenham várias fontes de fornecimento de gás.

 

 

 

Monday, April 3, 2017

Vaga para Universitários (Estágio AHK)

 

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São Paulo, 03 de Abril de 2017

 

 

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