Monday, November 26, 2012

Governo cogita adiar metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos


Ressoar - SP - HOME - 23/11/2012





Foto: Marcello Casal Jr./ABr
Três meses depois da baixa adesão dos municípios brasileiros à elaboração dos planos locais dos resíduos sólidos, cujo prazo final era agosto e apenas 10% entregaram, o governo federal já cogita adiar as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Sancionada em 2010, a Lei estabelece, entre outros pontos, a instauração da coleta seletiva e o fim dos lixões em todas as cidades ate 2014.

"Já há projetos de adiamento do prazo, para que possamos prorrogar as ações dos planos e ajudar os municípios", admitiu ao Estadão o secretário de recursos hídricos e ambiente urbano do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Wilson. No dia 2 de agosto, o EcoD mostrou que a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) reivindicou o adiamento do prazo para 31 de dezembro, ao alegar dificuldades por conta das eleições de outubro. Contudo, o governo negou o pedido.

O governo vincula o repasse de verba à existência do plano, que só foi entregue por 400 cidades (das 5.565 de todo o Brasil), além de nove estados e o Distrito Federal.

Dados da pesquisa Perfil dos Municípios Brasileiros de 2011, divulgada pelo IBGE em 13 de novembro, mostram que apenas 32,3% das cidades brasileiras possuem alguma iniciativa de coleta seletiva em atividade.

Especialistas criticam

A perspectiva de adiamento dos prazos previstos para 2014 é considerada um fracasso para especialistas e entidades ligadas ao setor. O diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, (Abrelpe), Carlos Silva, lembrou que os lixões são proibidos no país desde 1981.

"Está mais que na hora de tornar o tema presente nas agendas municipais. O encaminhamento da lei é plenamente possível, já que ela prevê vários elementos, até de sustentabilidade econômica para os municípios", ressaltou Silva.

"Toda dilatação de prazo gera um desconforto. Qual compromisso os municípios vão assumir ao serem agraciados com essa prorrogação?", concordou o vice-presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), João Gianesi Netto. Em 2011, a entidade criou e distribuiu para mais de mil municípios uma cartilha explicando como os municípios deveriam se planejar para cumprir as metas da PNRS.

Sem recursos

Os prefeitos reclamam da falta de recursos do governo e de que o prazo estabelecido pela lei foi curto. Levantamento feito pela CNM mostra que os gastos para construir os aterros em todas as cidades chegariam a R$ 65 bilhões.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, as metas ainda estão longe de serem alcançadas. "Somente 10% dos prefeitos devem ter noção da situação dessas metas. A maioria só se dá conta quando assume e aí não sabe o que fazer", ressaltou.


Fonte: Portal EcoD.

Friday, November 23, 2012

Maior usina termossolar do mundo vai iluminar mais de 70 mil casas a partir de 2013

EcoDesenvolvimento.org 

Maior usina termossolar do mundo vai iluminar mais de 70 mil casas a partir de 2013

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Cerca de 2.300 pessoas trabalham todos os dias para terminar de encaixar as peças deste "templo solar" futurista
Foto: OregonDOT
Lembre-se de como funciona uma garrafa térmica. Ela conserva a temperatura do seu café durante horas, não é mesmo? Pois é basicamente assim que vai operar a Solana, usina termossolar da empresa espanhola Abengoa, que já vai nascer em 2013 como a maior do mundo, a cerca de 100 km de Phoenix, nos Estados Unidos.
A temperatura média de 25 graus e o sol escaldante de Phoenix fizeram com que a cidade fosse escolhida para a construção do empreendimento, que iluminará cerca de 72 mil lares do estado do Arizona, segundo informações da EFE.
Cerca de 2.300 pessoas trabalham todos os dias para terminar de encaixar as peças deste "templo solar" futurista, para que no mês de julho a Abengoa conecte à rede sua primeira central nos Estados Unidos.
O projeto Solana é feito para desenvolver, em grande escala, a tecnologia termossolar com coletores cilíndricos parabólicos que foram criados em Sevilha.
A Solana vai evitar as emissões de 475 mil toneladas de CO2 por ano, consumirá quase oito vezes menos água que os cultivos de alfafa que existiam anteriormente em seus cinco quilômetros quadrados de superfície, e seus componentes essenciais (vidro e aço) são recicláveis.
"Nosso objetivo era e é o Sudoeste americano, porque as condições solares se adaptam perfeitamente a nossa tecnologia", ressaltou Emiliano García, diretor-geral do projeto Solana.
"Mais de 340 dias de sol por ano, uma radiação solar de muito boa qualidade (sem nuvens e nem vapor de água que a filtrem), a planície dos terrenos e a disponibilidade de água, de uma estrada próxima e de conexões à rede elétrica fazem desta área do deserto de Maricopa o lugar ideal para este "exército" de 32 mil módulos cilindroparabólicos", explicou o executivo.
Como vai funcionar
Estes coletores espelhados, em forma de parábola, se encaixam em mais de 800 linhas retas, de 120x5m, que se movimentarão automaticamente seguindo o sol para captar a maior quantidade de luz possível.
A radiação captada se concentrará no centro da parábola, aquecendo um tubo pelo qual circula um fluido. E, por sua vez, esse fluido transporta o calor até um ponto determinado da fábrica, onde se transforma em vapor, que movimenta uma turbina para produzir eletricidade como em qualquer usina térmica do mundo.
A novidade da Solana é que ela "é projetada para o armazenamento térmico", de modo que pode continuar produzindo eletricidade até seis horas depois do pôr do sol por conta de um sistema muito parecido ao de "uma garrafa térmica que mantém o café quente", comparou García.
Assim, toda energia ou fluido quente restante vai parar em alguns tanques onde são armazenados a 400°, que voltam a se transformar em "combustível solar" quando escurece.
Resultados previstos
Uma vez em andamento, esta engrenagem de tecnologias limpas produzirá uma potência elétrica de 280 megawatts/hora, uma quantidade similar à de uma usina nuclear que, na Europa - onde o consumo energético médio de um lar é quase a metade em comparação com os EUA, poderia abastecer cerca de 140 mil casas.
A Solana vai evitar as emissões de 475 mil toneladas de CO2 por ano, consumirá quase oito vezes menos água que os cultivos de alfafa que existiam anteriormente em seus cinco quilômetros quadrados de superfície, e seus componentes essenciais (vidro e aço) são recicláveis, segundo fontes da Abengoa Solar.
A usina empregará permanentemente 85 pessoas durante pelo menos os 30 anos de contrato de venda de eletricidade embora, com a manutenção adequada, este tipo de tecnologia possa operar por cerca de 50 anos.

Thursday, November 22, 2012

China afirma que só reduzirá suas emissões absolutas depois que PIB quintuplicar


22/11/2012   -   Autor: Jéssica Lipinski   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


O principal negociador climático da China, Xie Zhenhua, afirmou nesta semana que as emissões absolutas do país continuarão a aumentar até que a nação consiga atingir um produto interno bruto (PIB) per capita cinco vezes maior que o atual.
Segundo ele, não seria justo nem racional que o país reduzisse suas emissões absolutas quando seu PIB per capita é de US$ cinco mil, enquanto o dos países desenvolvidos é de entre US$ 40 mil e US$ 50 mil.
No entanto, o principal negociador climático da China ressaltou que o país continuará fazendo esforços para diminuir sua intensidade de carbono, ou seja, a quantidade de CO2 emitida por unidade de PIB, e seu consumo de energia por unidade de PIB.
Xie afirmou que, na verdade, os chineses estão fazendo progressos neste aspecto, já que estão investindo cada vez mais em fontes de energias renováveis e já conseguiram diminuir sua intensidade de carbono em 19% desde 2005, o equivalente a uma redução de 1,5 bilhão de toneladas de CO2.
No último ano, o governo chinês adotou metas de redução no consumo de energia por unidade de PIB de 16%, de emissões por unidade de PIB de 17% e do aumento da participação das energias renováveis no mix energético nacional para 11,4%.
O chinês também enfatizou a importância de se firmar um acordo climático internacional consistente na próxima conferência da ONU, que ocorre neste mês em Doha, no Catar.
“Esperamos que a conferência de Doha, como a de Durban [no último ano], atinja um resultado abrangente e equilibrado. Após quase duas décadas de negociações, precisamos finalizar o entendimento comum estabelecido pela convenção e o protocolo, [a fim de] agir e para cumprir as promessas feitas pelos países.”
Ele declarou também que a China continuará a estimular suas políticas ambientais independentemente do resultado das negociações climáticas. “Não importa o resultado da negociação [em Doha], a China tomará algumas medidas ativas internamente”, comentou.
Entretanto, ele observou que o maior esforço deve vir dos países desenvolvidos, que são historicamente mais responsáveis pelo aumento das emissões antropogênicas, que contribuem para as mudanças climáticas. “Mas eles não fazem isso agora”, concluiu Xie.

Wednesday, November 14, 2012

Comissão Europeia anuncia seis opções para reforma do EU ETS


14/11/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Aumentar a meta de corte das emissões para 30% até 2020 e expandir o mercado para mais setores da economia estão entre as sugestões para melhorar o Esquema Europeu de Comércio de Emissões


Depois de anunciar na terça-feira (13) que 900 milhões de permissões seriam retiradas do mercado, a Comissão Europeia (CE) divulgou hoje (14) outras medidas para resolver a crise do excesso de créditos que aflige há meses o Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS).

“Estamos apresentando opções que trarão grandes melhorias para o mercado e que providenciarão uma solução sustentável e definitiva para o excesso de créditos em longo prazo”, afirmou Connie Hedegaard, Comissária Climática da União Europeia.

A CE aponta que mais de dois bilhões de permissões já estão inundando o EU ETS e fazendo com que os preços dos créditos fiquem muito baixos para justificar que indústrias troquem seus modos de produção por opções mais limpas, o que é o grande objetivo do mercado.

Para lidar com isso, a CE apresentou seis medidas que podem ser adotadas em conjunto ou individualmente. São elas:

- Aumentar a meta de redução de emissões de gases do efeito estufa da UE dos atuais 20% para 30% até 2020;
- Subir para 1,74% o declínio anual das permissões que são entregues para os países;
- Estender o escopo do EU ETS para outros setores da economia;
- Limitar o uso de créditos internacionais no mercado;
- Introduzir mecanismos de gerenciamento de preços, como um piso para o carbono.

Todas estas opções precisam ser avaliadas e aprovadas pelo Parlamento Europeu, um processo que não possui data para acontecer, mas que com certeza será longo.

“Nosso mercado de carbono está resultando na redução de emissões. Mas por causa da oferta excessiva de créditos, não estamos incentivando o suficiente a eficiência energética e os investimentos em tecnologias verdes. Isto é ruim para a inovação e competitividade europeia”, declarou Hedegaard.

Falando sobre a retenção das 900 milhões de permissões, que voltarão ao mercado em 2019 e 2020, a comissária disse que uma ação rápida era necessária.

“Esperamos que essa medida tenha um efeito veloz nos preços, ajudando a equilibrar a oferta e a demanda de créditos. Assim, a expectativa é reduzir os riscos de uma grande volatilidade dos preços na terceira fase do EU ETS”, completou.

De acordo com Marcus Ferdinand, analista de mercado da Reuters Thomson Point Carbon, a elevação da meta para 30% e diminuir as permissões entregues aos países são as melhores opções. “Estas duas têm o potencial de transformar a estrutura do mercado”, afirmou.

A CE espera que aumentar para 1,74% o declínio anual da entrega de permissões resulte na redução de 60% das emissões até 2030 com relação ao nível de 2005 dos setores abrangidos pelo EU ETS.

“A Europa precisa fazer mudanças fundamentais no mercado de carbono. Se quiserem permanecer na vanguarda das tecnologias verdes, os líderes europeus devem aumentar as metas de redução de emissões para 30%”, afirmou Sam Van den Plas, oficial de políticas climáticas do WWF.

A União Europeia praticamente já atingiu o objetivo de 20%, graças principalmente à recessão econômica que derrubou a produção industrial do bloco e aos investimentos em energias renováveis.

Aparentemente o anúncio ainda não refletiu no mercado, que registra preços estáveis com relação aos de terça-feira. As permissões de emissão (EUAs) da terceira fase estão sendo negociadas em  €8,45 e as Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) em €0,81.

O EU ETS cobre 11 mil indústrias, responsáveis por 40% das emissões europeias.

Califórnia realiza 1º leilão de seu mercado de carbono


O sistema de comércio de emissões do estado da Califórnia realizará nesta quarta-feira (14) o primeiro leilão de seus créditos de carbono. Estima-se que o Conselho de Recursos do Ar da Califórnia (CARB), responsável pelo programa, lance permissões para mais de 350 empresas, incluindo grandes poluidores que devem cortar suas emissões, como companhias elétricas, produtores de alimentos e refinarias.
Cerca de 23 milhões de permissões, chamadas de permissões de carbono da Califórnia (CCAs), serão vendidas para 2013 e 39,5 milhões serão pré-vendidas para 2015. Essa venda antecipada define as permissões como vintage (V). O CARB calcula que as empresas pagarão um total de US$ 964 milhões pelas permissões no ano fiscal de 2012-2013.
A consultoria Thomson Reuters Point Carbon espera que as CCAs V2013 sejam compradas por entre US$ 11,75 e US$ 12,50/t e as CCAs V2015 pelo preço mínimo de US$ 10/t. A primeira entrega de permissões, de 30% das emissões de uma empresa em 2013, ocorrerá em novembro de 2014. A segunda entrega, de 70% das emissões de 2013 mais 100% das emissões de 2014, ocorrerá em novembro de 2015.
“Esperamos que a participação no leilão seja limitada a poucas empresas, companhias fundamentais de petróleo e financeiras, já que as menores entidades cobertas ainda não estão preparadas para comprar em leilão”, comentou Ashley Lawson, analista sênior da Thomson Reuters Point Carbon.
“Apesar disso, esperamos que esses poucos compradores obtenham todo o volume disponível de CCAs V2013. Pensamos que as CCAs V2015 serão subscritas por causa da incerteza em longo prazo no mercado”, acrescentou ela.
Nos primeiros dois anos do programa, os emissores receberão 90% de suas permissões gratuitamente para que tenham mais tempo reduzir suas emissões através de novas tecnologias ou outros meios. As empresas poderão ainda utilizar até 8% de suas reduções de emissões através da compra de créditos de carbono provenientes de florestas e outros projetos certificados.
O limite, ou número de permissões do mercado, diminuirá progressivamente como parte do esforço de reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2050.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=732375

Tuesday, November 13, 2012

Vaga. Gerente de Operacoes.

Nome:Confidencial
Descrição Sumária:Apenas para assinantes
Ramo de Atividade:Apenas para assinantes


Dados da Vaga
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Título da vaga:

Gerente de Operações

Data de entrada:07.11.2012
Quantidade:1 vaga
Descrição da vaga:
  • Será responsável pelas operações do aterro sanitário, medições, pesagens, infraestrutura, controle e movimentação de resíduos / veículos transportadores e máquinas / equipamentos de campo, segurança patrimonial e serviços terceirizados.
  • Experiência como gerente de operações, em aterros sanitários e centro de tratamentos de resíduos.
  • Ensino Superior na área de Engenharia completo.
Observações:
  • Benefícios: Assistência Médica / Medicina em grupo, Assistência Odontológica, Estacionamento, Restaurante na empresa, Seguro de vida em grupo, Vale-transporte
  • Regime de contratação: CLT (Efetivo)
  • Horário: Comercial.
Faixa Salarial:De R$ 10.001,00 a R$ 15.000,00
Idiomas:Inglês (Intermediário)
Cidades:
  • Seropedica - RJ (1 vaga)



Monday, November 12, 2012

Quem opera o novo sistema


Cada vez mais, o profissional de sustentabilidade nas empresas deixa de ser visto como custo, e sim como alguém que agrega valor ao negócio. A má notícia é que a esperada transversalidade ainda não aconteceu
rep11O belga e hoje residente em São Paulo Martin Bernard deixou há três meses a companhia de busca de executivos (executive search) da qual era sócio para montar um negócio próprio na mesma área, mas com um objetivo mais bem definido: prestar consultoria na procura de líderes e executivos ligados à sustentabilidade para empresas engajadas no tema. Chamada People 4 A Better World, é a primeira empresa de caça-talentos (headhunter) desse tipo no Brasil.
Por ser uma butique, não encontra candidatos no “varejo” com anúncios de vagas. A companhia busca meticulosamente os profissionais mais qualificados e capazes de lidar com os desafios de uma governança empresarial baseada na sustentabilidade. Ao explicar seu negócio, Bernard logo esclarece: “Não trabalho buscando profissionais, mas, sim, pessoas, porque não somos seres divididos entre a parte que trabalha e a que não trabalha”.
Pode parecer apenas uma diferença de palavras, mas, quando o assunto é sustentabilidade, estão em jogo elementos além da capacidade técnica e tempo de experiência. “Preciso ver no candidato as emoções, os valores e o brilho que tem nos olhos. Ele precisa acreditar no trabalho”, explica Bernard. Raramente essas características são procuradas em processos seletivos tradicionais e essa é uma mudança de comportamento que sua empresa pretende trazer.
O momento da entrevista é fundamental para que se alcance essa conexão sincera. Em vez de salas de reuniões frias e mesas tradicionais, Bernard propõe espaços informais, como um sofá em uma sala bem decorada com obras de arte que chamem a atenção do candidato. “Isso muda sua postura, ele se sente confortável e evita o uso daquela costumeira ‘máscara da entrevista’”.
DEFINA-ME OU TE DEVORO
A People 4 A Better World centra-se apenas em uma parte do grande sistema de recursos humanos que forma uma companhia. O profissional que atua no tema da sustentabilidade está em várias áreas, posições e setores. Defini-lo não é tarefa fácil nem objetiva, pois este pode ser desde o engenheiro ambiental até o diretor de operações, o professor, ou o voluntário que presta serviços a uma ONG.
Essa amplitude foi um dos fatores que levaram à criação em 2011 da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade (Abraps). Entre seus objetivos, está o de representar, conectar e fortalecer a atuação de quem é ligado a áreas como meio ambiente e responsabilidade corporativa. Marcus Nakagawa, consultor em educação para a sustentabilidade, idealizador e presidente, explica que não há restrições de ordem profissional para uma pessoa aderir à associação [1], visto que ainda é necessário saber quem compõe esse mercado.

http://pagina22.com.br/index.php/2012/11/quem-opera-o-novo-sistema/


Thursday, November 8, 2012

Guerra comercial do setor de energia solar se agrava


08/11/2012   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


Na última terça-feira (6), o governo chinês entrou com uma reclamação oficial junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os subsídios praticados pela Itália e pela Grécia para estimular suas empresas de energia solar.

Os chineses afirmam que os dois países realizam práticas ilegais para manipular os preços e pedem que a OMC atue de maneira urgente para acabar com essas políticas.

“A China possui o direito e a responsabilidade de buscar um comércio justo e que respeite os direitos da indústria solar chinesa”, declarou Shen Danyang, porta-voz do Ministério de Comércio chinês.

Apenas dois dias depois, nesta quinta-feira (8), a União Europeia anunciou que deu início a uma investigação que vai analisar se a China utiliza métodos ilegais para reduzir os preços de seus produtos solares, o chamado dumping. A operação deve levar 13 meses para ser concluída.

A investigação é o resultado das acusações apresentadas pelo grupo EU ProSun, liderado pela empresa alemã Solar World, que há meses vêm denunciando os chineses por subsídios ilegais e outras práticas que prejudicam o comércio internacional.

“Nossas empresas podem competir com qualquer outra no mercado, menos com as chinesas.  A União Europeia deve agir agora para acabar com os subsídios ilegais chineses antes que todo o setor renovável europeu deixe de existir”, afirmou Milan Nitzschke, presidente do EU ProSun.

A China atualmente domina mais de 60% do mercado mundial e projeções apontam que essa fatia deve aumentar rapidamente nos próximos anos.

Toda a disputa do setor solar, que já pode ser chamada de uma guerra comercial, começou em março, quando o Departamento do Comércio dos Estados Unidos impôs taxas sobre produtos solares chineses devido às políticas de subsídios da China. Em alguns casos, os tributos chegam a 250%. Desde então, os europeus têm estudado adotar medidas semelhantes.