Tuesday, April 24, 2012

Grupo Estre negocia a aquisição da Viva Ambiental


Dando continuidade a um plano agressivo de expansão, a Estre Ambiental, do empresário Wilson Quintella Filho, anuncia nos próximos dias a aquisição da Viva Ambiental, empresa de saneamento com atuação no Nordeste.
A Viva Ambiental é uma companhia familiar, de pequeno porte, com sede em Salvador. Fundada há sete anos, atende a aproximadamente 2,4 milhões de pessoas e conta com cerca de dois mil funcionários. Seu faturamento anual é estimado em R$ 150 milhões.
Com atuação integrada na cadeia de lixo, o que abrange limpeza urbana, coleta e destinação dos resíduos, a Viva Ambiental atua na Bahia e em Alagoas. Além disso, a empresa tem uma operação no município de Taboão da Serra (SP) e projetos em desenvolvimento em Estados como Ceará e Piauí.
Já a Estre Ambiental está presente em quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Sergipe. Em 2003, a companhia iniciou atuação no exterior, quando ganhou licitação na capital da Argentina, Buenos Aires, para gerenciar aterro sanitário. Em 2010, ampliou o escopo externo e passou a operar também em Bogotá, na Colômbia, também para administrar aterro sanitário.
As negociações entre a Estre e a Viva Ambiental, segundo apurou o Valor, começaram no ano passado. Em março de 2011, a Estre adquiriu a Cavo Serviços e Saneamento do grupo Camargo Corrêa por R$ 610 milhões, criando a maior empresa de gerenciamento de lixo do país, com faturamento estimado em R$ 1,13 bilhão. A operação foi estruturada pelo banco BTG Pactual, em meio a uma disputa com um fundo de private equity estrangeiro.
A Estre possui atualmente 12 aterros sanitários, localizados principalmente na região Sudeste. Com a compra da Viva Ambiental, começa a mirar a expansão de suas atividades para a região Nordeste, que tem apresentado as maiores taxas de crescimento econômico do país.
O grupo de Quintella Filho, que atua no setor desde 1999, controla várias empresas, entre elas, a Resicontrol, Oxil, Água e Solo e Estação Ecologia (dedicada à reciclagem de material de construção civil). Com 3,5 mil clientes, a Estre tem 55% de sua receita originada no setor privado e os demais 45%, no setor público.
O setor de gestão de lixo vem passando por um processo de consolidação de ativos no Brasil, semelhante ao ocorrido em países como Estados Unidos e Europa há alguns anos. A tendência daqui em diante é que as empresas passem por processos de aquisição e fusão para ganhar escala.
Criado em Paulínia (SP), o Grupo Estre é o maior do país em gestão ambiental e tem como sócio majoritário Quintella Filho e participações do BTG Pactual e da Angra Infraestrutura, gestora de fundos de private equity focada no setor de infraestrutura.
O grupo processa 14 milhões de toneladas de lixo por ano, conta com cerca de cinco mil funcionários diretos e tem 3.375 clientes do setor privado e 100 do setor público. Recebe diariamente 40 mil toneladas de resíduos e atende 14 milhões de pessoas. Levantamento do Valor mostrou que a Estre teve receita líquida de R$ 394 milhões em 2011.

Wednesday, April 18, 2012

Mercado voluntário de carbono sobrevive em meio à crise


Sentimento em relação ao futuro é positivo, com diversos atores alegando haver sinais da manutenção do interesse no mercado, revela pesquisa que reconhece as empresas com melhor desempenho da ferramenta


Os mercados voluntários de carbono, mesmo sendo em menor escala do que os esquemas compulsórios, sempre foram grandes fomentadores de abordagens e projetos inovadores, trazendo novas ferramentas e perspectivas ao cenário mundial de corte de emissões de gases do efeito estufa.
A Pesquisa dos Mercados Voluntários de Carbono 2012, produzida pelas revistas Environmental Finance eCarbon Finance e divulgada nesta quarta-feira (11), demonstrou que o sentimento em relação ao ambiente voluntário para projetos de carbono escapou do pessimismo que toma conta dos esquemas sob o Protocolo de Quioto.
Ainda que a crise econômica, que já em 2009 impactou significativamente o mercado voluntário, e as perspectivas nebulosas no cenário internacional de discussão sobre as medidas para mitigaras mudanças do clima tenham reduzido em muito a demanda no cenário paralelo à Quioto, as empresas mostram que não estão abandonando o mercado.
"O mercado ainda não está nem perto da atividade que tinha antes da crise financeira, mas tem renascido das profundezas", comentou Lenny Hochschild, da empresa de corretagem norte-americana Evolution Markets, que ficou classificada na pesquisa como a melhor firma do seu ramo.
Pelo terceiro ano seguido, a Markit, empresa de serviços no setor de informações financeiras, foi escolhida pelos leitores das duas revistas como Melhor Fornecedora de Registro. A Markit lista quase 70 milhões de créditos (mercados de carbono, água e biodiversidade) abrangendo 20 padrões e programas em mais de 50 países.
Apesar de transações que comumente batiam 250-300 mil toneladas de CO2e nos anos anteriores ficarem em torno de apenas 10-20 mil toneladas em 2011, segundo Luca Bertali, corretor da TFS Green, há indicativos de que o mercado está segurando as pontas, reportou a Environmental Finance.
A Markit registrou um aumento na emissão de alguns certificados em 2011: de 27,3 milhões para 27,8 milhões de créditos sob o Verified Carbon Standard (VCS). Os preços no mercado de balcão também conseguiram se manter, com os créditos Gold Standard entre US$ 9,3-US$13,3/t CO2e (€7-10/t CO2e) dependendo do volume adquirido, comentou John Davis, da CF Partners.
Porém, Hochschild comentou que o valor dos créditos VCS mais comuns continuam na faixa de US$ 1,5-US$ 3/t.
"Vimos um crescimento em 2011. Com a economia melhorando, as pessoas estão começando a comprar novamente", pondera Kathy Benini, chefe de mercados ambientais da sede de Nova Iorque da Markit.
A South Pole Carbon Asset Management foi eleita a melhor desenvolvedora de projetos e terceira melhor consultoria, a Vitol foi escolhida como melhor negociadora, a Baker &McKenzie ficou como melhor firma de advocacia, a First Environment liderou as empresas de verificação e a Carbon Neutral Company foi eleita melhor fornecedora de compensações. VCS, Gold Standard e American Carbon Registry ocuparam, respectivamente, a primeira, segunda e terceira posições na categoria Melhor Padrão.
Tendências
Alguns ganhadores da pesquisa ressaltaram o interesse pela compensação de emissões em países em desenvolvimento, como o Brasil, segundo a Environmental Finance.
"Nossos escritórios no Rio de Janeiro e Deli têm trabalhado com uma série de clientes de indústrias de relativo peso, que estão compreendendo o que as mudanças climáticas e sustentabilidade significam para seus negócios", comentou Craig Ebert da ICF.
Segundo a Environmental Finance, muitas empresas estão desenvolvendo programas para a compensação de emissões: "O impulso inicial [para compensar emissões] está evoluindo para programas mais aprofundados e integrados", comentou Jonathan Shopley, da CarbonNeutral Company, completando que a tendência que ele vem acompanhando é a evolução para a análise do "carbono nos produtos, serviços e na cadeia de fornecedores".
Empresas como a Climate Care estão olhando para além das fronteiras do carbono e buscando doadores para financiamento dos co-benefícios de projetos. É citado o exemplo de um projeto para substituição de fornos na África que também resulta em benefícios como a redução da incidência de pneumonia.
Quanto à permanência dos chamados "cowboys do carbono" no mercado voluntário, especialmente em se tratando de projetos de REDD, Bertali, da TSF Green, enfatiza que gostaria de ver o setor regulado, lamentando: "interpretações errôneas e vendas falsas... os créditos voluntários não deveriam ser vendidos como um veículo de investimentos".


http://www.institutocarbonobrasil.org.br/reportagens_carbonobrasil/noticia=730214

ANEEL aprova regras para facilitar a geração de energia nas unidades consumidoras

A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nesta terça-feira (17/04) regras destinadas a reduzir barreiras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que incluem a microgeração, com até 100 KW de potência, e a minigeração, de 100 KW a 1 MW. A norma cria o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólicae cogeração qualificada).
 
Pelo sistema, a unidade geradora instalada em uma residência, por exemplo, produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes. Os créditos poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses e as informações estarão na fatura do consumidor, a fim de que ele saiba o saldo de energia e tenha o controle sobre a sua fatura.
 
Os órgãos públicos e as empresas com filiais que optarem por participar do sistema de compensação também poderão utilizar o excedente produzido em uma de suas instalações para reduzir a fatura de outra unidade.
 
Medição 
 
O consumidor que instalar micro ou minigeração distribuída será responsável inicialmente pelos custos de adequação do sistema de medição necessário para implantar o sistema de compensação. Após a adaptação, a própria distribuidora será responsável pela manutenção, incluindo os custos de eventual substituição.
 
Além disso, as distribuidoras terão até 240 dias após a publicação da resolução para elaborar ou revisar normas técnicas para tratar do acesso desses pequenos geradores, tendo como referência a regulamentação vigente, as normas brasileiras e, de forma complementar, as normas internacionais.
 
Vantagens 
 
A geração de energia elétrica próxima ao local de consumo ou na própria instalação consumidora, chamada de “geração distribuída”, pode trazer uma série de vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como, por exemplo, economia dos investimentos em transmissão, redução das perdas nas redes e melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica.
 
Como a regra édirecionada ageradores que utilizem fontes renováveis de energia, a agência espera oferecer melhores condições para o desenvolvimento sustentável do setor elétrico brasileiro, com aproveitamento adequado dos recursos naturais e utilização eficiente das redes elétricas.
 
O assunto foi amplamente discutido com a sociedade em uma consulta e uma audiência pública. A audiência ficou aberta no período de 08/08/2011 a 14/10/2011 e, ao todo, foram recebidas 403 contribuições de agentes do setor, universidades, fabricantes, associações, consultores, estudantes e políticos.
 
Descontos da TUSD e TUST 
 
Paralelamente ao sistema de compensação de energia, a ANEEL aprovou novas regras para descontos na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD e na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão – TUST para usinas maiores (de até 30 MW) que utilizarem fonte solar: 
 
Para os empreendimentos que entrarem em operação comercial até 31 de dezembro de 2017, o desconto de 80% será aplicável nos 10 primeiros anos de operação da usina. O desconto será reduzido para 50% após o décimo ano de operação da usina. Para os empreendimentos que entrarem em operação comercial após 31 de dezembro de 2017, mantém-se o desconto de 50% nas tarifas (PG/DV/HL/DB).


http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=730263

Monday, April 16, 2012

Setor pede rapidez na análise do governo de projetos para obtenção de créditos de carbono

Setor pede rapidez na análise do governo de projetos para obtenção de créditos de carbono Preocupação com os prazos para enquadramento de empreendimentos foi levada pelo FMASE aos ministros de Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia Sueli Montenegro, da Agência CanalEnergia, de Brasília, Meio Ambiente
13/04/2012
Um conjunto de 160 projetos do setor elétrico pleiteiam, junto ao governo brasileiro, o enquadramento no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo para a venda de créditos de carbono no mercado europeu. A velocidade de tramitação desses projetos preocupa, no entanto, os investidores representados no Forúm de Meio Ambiente do Setor Elétrico, que solicitaram esta semana ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, maior celeridade na avaliação do comitê interministerial responsável pela análise das propostas.

Os pedidos do setor representam 80% dos 200 processos em análise pelo comitê, e terão de ser aprovados até agosto deste ano para que sejam validados pelas Nações Unidas, por meio da ratificação de carta emitida pelo governo. O empreendedor terá de apresentar o documento com o pedido de obtenção dos créditos de carbono à União Europeia, que deverá aprová-lo até dezembro de 2012.

Os projetos incluem usinas eólicas, termelétricas a biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e hidrelétricas. O coordenador do Fórum, Marcelo Moraes, explica que um eventual descumprimento dos prazos fará com todos esses empreendimentos percam receita já estimada quando as usinas participaram dos leilões de energia, o que pode afetar seu equilíbrio econômico-financeiro.

O assunto foi tratado por Moraes e lideranças de associações empresariais do setor elétrico, em reunião do FMASE com o ministro Raupp na última quarta-feira , 11 de abril. Na quinta-feira, 12, os integrantes do fórum pediram o apoio do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em encontro no ministério. Além de Lobão participaram da audiência o secretário executivo, Márcio Zimmermann, e o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Altino Ventura Filho.

"A gente não sentiu ainda, por parte da equipe técnica do ministério [da Ciência e Tecnologia], que é quem coordena o comitê interministerial, que eles estão conscientes da nossa aflição em virtude dos prazos. Não estamos questionando o mérito. A qualidade do trabalho é realmente muito boa, mas tem que haver celeridade nos processos para que as cartas sejam emitidas " explicou o coordenador do FMASE em entrevista à Agência Canal Energia.

Moraes conta que o mesmo processo demora, na China, menos de 10% do tempo que leva para ser analisado no Brasil. Enquanto aqui, a tramitação é superior a 300 dias, em território chinês é concluída em 17 dias.

Rio+20 - A preparação para a conferência do meio ambiente Rio+20 também foi tratada pelos integrantes do FMASE, durante a reunião no Ministério de Minas e Energia. Eles falaram de uma eventual parceria, e ouviram a sugestão para que conversem também com a Eletrobras, que deverá montar um pavilhão no encontro de cúpula.

Moraes conta que o Fórum participou de trabalho em elaboração pela Confederação Nacional da Indústria sobre os temas ambientais da Rio+20, com a apresentação de um estudo setorial que trata de energia elétrica. O trabalho da CNI, segundo a assessoria da instituição, é amplo e abrange 20 tipos de documentos, dos quais um seria geral e trataria das tendências e das oportunidades da agenda ambiental para a indústria; 16 seriam setoriais e abordariam avanços e desafios de cada segmento; e três específicos de entidades vinculadas ao sistema - Sesi, Senai e Instituto Euvaldo Lodi.

Wednesday, April 11, 2012

Usina de lixo para geração de energia

 

http://www.abcdmaior.com.br/noticia_exibir.php?noticia=39839

 

21. ABCD Maior - SP (11/04/2012)

Mauá recebe quatro consultas de PPP para usina de lixo

Por: Rodrigo Bruder (rodrigo@abcdmaior.com.br)

Ideia do governo é receber estudos de viabilidade até o início do segundo semestre

Após publicar processo para a construção de uma usina de lixo por meio de PPP (Parceria Público-Privada) há pouco mais de um mês, o governo do prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), já foi procurado por quatro empresas do segmento ambiental que demonstraram interesse em viabilizar o empreendimento. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Social, Edílson de Paula Oliveira, disse que a ideia do governo é receber estudos de viabilidade das interessadas até o início do segundo semestre deste ano, para o projeto ganhar corpo e ser apresentado ainda nesta gestão.

“Estamos num processo ainda muito preliminar, mas os interesses das quatro empresas demonstram que o mercado está aberto e de olho nesse processo de se transformar lixo em energia limpa”, afirmou o secretário.

Nessa fase preliminar, as empresas retiraram um documento na Prefeitura para formular o estudo via PPP. Até agora, manifestaram interesse a Planova Planejamento e Construções S.A, Foxx Soluções Ambientais Ltda., Lara Central de Tratamento de Resíduos Ltda, e Foz do Brasil (grupo Odebrecht Engenharia Ambiental). As últimas duas interessadas já são concessionárias na cidade: a Lara faz a coleta de resíduos, varrição de ruas e transporte do lixo, e a Foz é responsável pelos serviços de esgoto.

 

 

Tuesday, April 10, 2012

Leilão de Créditos de Carbono - PMSP

1. A Prefeitura do Município de São Paulo vem comunicar a todos os interessados que realizará no dia 12/06/2012, às 10h30 no horário de Brasília (13h30 no Horário Coordenado Universal - UCT), por intermédio da BM&F BOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, leilão para alienação, no mercado à vista, de 530.000 toneladas de Reduções Certificadas de Emissão - RCE (Créditos de Carbono), de propriedade da Prefeitura Municipal de São Paulo, provenientes do Projeto Bandeirantes de Gás de Aterro e Geração de Energia, registrado perante o Conselho Executivo do MDL sob o nº 0164.

2. O procedimento será regido pelo Edital de Leilão para alienação das Reduções Certificadas de Emissão - RCE nº 01/2012, disponibilizado nos links abaixo e no sitewww.bmf.com.br/leilaocarbono.


http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/financas/servicos/outrosservicos/index.php?p=10374

Monday, April 9, 2012

Após mais de 260 denúncias, SP tem ponto campeão de descarte de lixo


No 1º dia, avenida na Zona Oeste recebe 17 denúncias do problema.
Internautas podem indicar pontos viciados da capital em mapa.

Do G1 SP
Comente agora
Internauta pode indicar no mapa do SP + Limpa pontos viciados de descarte de lixo na capital (Foto: Reprodução/G1)Internauta pode indicar no mapa do SP + Limpa pontos viciados de descarte de lixo na capital (Foto: Reprodução/G1)
SP + Limpa, a nova série de reportagens sobre o lixo na capital que serão veiculadas nas edições diárias do Bom Dia São Paulo e SPTV 1 e 2, recebeu logo em seu primeiro dia mais de 260 denúncias de internautas de descarte irregular de entulho e detritos sólidos nas vias e equipamentos – como praças e viadutos - da cidade. Dezenas das denúncias estão acompanhadas de fotos, que ilustram a falta de consciência dos moradores e o descaso do poder público com o problema.
Os telespectadores podem fazer as denúncias diretamente por meio da página do SP + Limpano portal de notícias da Globo, o G1. Depois de acessá-la, basta clicar no Mapa do Lixo, digitar o endereço do local que é alvo de descarte de lixo, clicar na seta verde e preencher as informações, como nome, comentário e foto (opcional), e, por último, selecionar a quantidade de lixo – pouco (azul), amarelo (médio) e vermelho (muito). Em seguida, é só clicar para enviar a sua denúncia.

Thursday, April 5, 2012

Endividada, Haztec enfrenta ônus de estratégia agressiva



1. Valor Econômico - SP (05/04/2012)
Endividada, Haztec enfrenta ônus de estratégia agressiva
Depois de comprar oito empresas entre 2007 e 2009, a Haztec colheu os frutos negativos da estratégia agressiva em 2011. A companhia, que tem como foco o tratamento de resíduos, se vê às voltas com uma dívida elevada, caixa reduzido, queda de receita e um percentual representativo de contas em atraso.

Com três trocas de presidentes no ano passado, a Haztec conta desde outubro com o executivo Nuno Neves para apagar o incêndio. Ainda que insista que mudanças promovidas na gestão atual já se refletem diretamente no primeiro trimestre de 2012, números não auditados do ano passado preocupam.

Segundo informações da agência de classificação de risco Fitch Ratings, desde 2007, os acionistas da Haztec já empenharam cerca de R$ 500 milhões na companhia, diretamente ou via debêntures conversíveis. Com o dinheiro dos bancos, a empresa imprimiu um forte crescimento e multiplicou a receita líquida por cinco entre aquele ano e 2010. No ano passado, porém, a companhia sofreu com o aumento das contas a receber em atraso, que atingiram 40%, e se viu com geração de caixa (Ebitda) negativa de R$ 33 milhões.

Atualmente, 45,5% da empresa está nas mãos do fundo InfraBrasil e 22,4% pertencem ao FIP Caixa Ambiental, ambos administrados pela Mantiq Investimentos, do Santander.

Outros 25,2% são detidos pela Synthesis (do fundador da empresa, Paulo Tumbinambá) e o restante (6,9%) é do fundo Bradesco FIP Multisetorial.

Por cerca de um ano e meio, até maio de 2011, o executivo Gustavo Bittencourt ocupou a presidência da empresa e foi substituído por Vitor Mallmann, que comandou a petroquímica Quattor e ficou apenas dois meses à frente da gestão da Haztec.

De agosto a outubro, Tupinambá, atual presidente do conselho, ocupou o cargo interinamente e, em outubro, Nuno Neves, até então principal executivo da Embraport, ocupou seu lugar para iniciar a reestruturação.

Apesar das dificuldades financeiras, Neves avalia que a estratégia agressiva de crescimento via aquisições foi adequada. "A consolidação de oito empresas em um período bastante curto acabou se refletindo no resultado da Haztec em 2011 e, como consequência, tivemos um ano ruim", explica o executivo.

De acordo com o presidente, uma mudança de gestão, com a execução rigorosa do orçamento e atenção maior a despesas e novos contratos, está mudando a dinâmica da empresa.

"Já vemos resultados muito positivos da nova metodologia dessa gestão, mas não podemos adiantar os resultados, que estão sendo auditados", afirma. "Temos tido sucesso nos novos contratos e nas novas receitas trazidas para a empresa."

A realidade, entretanto, é que 2011 foi um novo ano de prejuízo à Haztec e o caixa da empresa deixa dúvidas sobre o leque de opções. Em bases preliminares, a Fitch destaca, em relatório, que o saldo de caixa da companhia ao fim de 2011 era de apenas R$ 19 milhões, suficiente para cobrir 26% da dívida de curto prazo no mesmo período.

O presidente contesta os números e destaca que a Haztec cumpre seus compromissos e não tem apresentado problemas.

Mas, pelas contas dos analistas Gustavo Mueller e Mauro Storino, da Fitch, a Haztec precisará captar entre R$ 120 milhões e R$ 160 milhões no mercado para fazer frente às dívidas deste ano. As projeções já consideram a possibilidade de melhora operacional da companhia e da renegociação para a recuperação de créditos em atraso.

Neves afirma que a dívida de curto prazo está sendo alongada e que a empresa está em conversações encaminhadas com bancos. No mercado, contudo, já se especula sobre a preparação da empresa para a venda.

Entre os potenciais interessados figuram grandes nomes, como Foz do Brasil, do grupo Odebrecht, e Grupo Equipav, que negam as negociações. O Grupo Solvi também foi apontado, mas preferiu não comentar.

O presidente da Haztec afirma que não há nenhuma conversa em curso para a venda da companhia e garante que, no momento, não precisa da entrada sequer de um sócio para resolver os problemas financeiros.

Em 2010, a Haztec ficou a um passo de um acordo de fusão com a Estre Ambiental, do empresário Wilson Quintella Filho, que criaria a maior companhia de engenharia ambiental do país. A negociação, contudo, não se concretizou.

Informações presentes no portal da Haztec indicam que a empresa conta hoje com 150 projetos ativos e 17 filiais no Brasil.

Já o relatório da Fitch Ratings indica que a carteira da empresa tem cerca de 80 clientes e está concentrada principalmente nas empresas Energia Sustentável do Brasil, Petrobras e Vale, e no município de São Gonçalo (RJ). De acordo com a agência, juntos, os contratos correspondiam a aproximadamente 40% do portfólio em fevereiro de 2012.

Essencis planeja dobrar seu faturamento até 2016

A Essencis, joint venture dos grupos Cavo e Solví que atua no mercado de gestão de resíduos industriais, definiu uma estratégia para dobrar seu faturamento para R$ 850 milhões ao fim dos próximos quatros anos. A expansão de dois mercados impulsionará o crescimento, de acordo com os planos dos executivos: o de engenharia e consultoria e o de tratamento e destinação de resíduos. Para a expansão, a empresa está fazendo investimentos de R$ 250 milhões até 2014.

O primeiro desembolso já aconteceu no começo do ano, quando a Essencis comprou a Prameq - que atua no mercado de gestão de resíduos atmosféricos. O valor da transação foi pequeno - cerca de R$ 2 milhões por 70% das ações. No entanto, segundo os executivos da Essencis, o maior ganho será o de conhecimento do segmento. "Estamos agregando know-how com os profissionais da Prameq", afirma Carlos Roberto Fernandes, presidente da Essencis.

A compra tem como objetivo distribuir o faturamento da Essencis oriundo de engenharia e consultoria entre os segmentos de ar, água e solo - hoje, a geração está concentrada neste último, que gera 90% das receitas da unidade. A intenção da empresa é que a atuação aconteça em espaços como o de refinarias (de petróleo), mineradoras, siderúrgicas, além de fábricas de vidro e de cimento.

Com a entrada no segmento, a empresa tenta também pegar carona em uma resolução ambiental de âmbito federal mais rígida para o meio ambiente. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) atualizou no fim do ano passado uma resolução (382/2006) que estabelece a referência dos limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos. A companhia vê no controle das emissões por parte das empresas um mercado em potencial, já que em sua visão as unidades fabris das empresas terão de contratar grupos especializados nesse tipo de trabalho.

Embora animados com o novo projeto, os executivos informam que a principal área a impulsionar o crescimento da Essencis nos próximos anos será a unidade de tratamento e destinação de resíduos - hoje já responsável por 60% do faturamento. O fortalecimento nos potenciais mercados gerados pela Petrobras e em unidades de mineração será a principal aposta da empresa nesse segmento. Entre os concorrentes desse tipo de projeto está a Enfil.

Para se ter uma ideia da atratividade do negócio considerado uma aposta pela Essencis, mais de 70% do faturamento da concorrente Enfil vem de contratos estabelecidos com a Petrobras. Se considerados também os projetos no modelo EPC (Engineering, Procurement and Construction), os contratos com a gigante do petróleo ultrapassam US$ 450 milhões.

Para fortalecer sua atuação nos negócios, a Essencis realizou no ano passado sua primeira emissão privada de debêntures não conversíveis em ações. O valor total da emissão foi de R$ 150 milhões. Os investimentos, diz Fernandes, são feitos sem aportes dos sócios Solví e Cavo - que têm, cada um, 50% de participação na empresa. A Solví é controlada por um grupo de executivos brasileiros que atuava no grupo francês Suez.

A Cavo é uma empresa controlada pela Estre - do empresário Wilson Quintella. Foi adquirida em março de 2011 do grupo Camargo Corrêa por R$ 600 milhões. Quintella tem 54% da Estre, que também tem como sócios o BTG Pactual (20,6%) e outros investidores.

 

http://www.valor.com.br/empresas/2571122/essencis-planeja-dobrar-seu-faturamento-ate-2016

 

 

Wednesday, April 4, 2012

Energias renováveis enfrentam cortes de subsídios


A situação não anda muito boa para as energias alternativas. Pelo menos é o que indica a condição tarifária das fontes limpas na Europa e na Ásia, mais especificamente na Espanha e na Índia.
A partir de janeiro de 2013, a Espanha imporá um corte temporário nos subsídios para energias renováveis, cujo setor alega que tal medida poderá prejudicar a indústria energética limpa através da perda de milhares de empregos e de bilhões em investimentos. Já a Índia iniciou a retirada de um incentivo em equipamentos eólicos, o que pode diminuir a demanda nacional por turbinas.
De acordo com o analista em energia e mercados financeiros Toby Couture, a medida espanhola deve ter impactos imediatos em cerca de 4.500 megawatts (MW) de projetos de energia eólica e 550 MW de projetos de energia solar fotovoltaica (PV), assim com em projetos de outros tipos de tecnologia.
Para o setor renovável, a iniciativa pode prejudicar a credibilidade da Espanha como país estável para se investir, além de arriscar perder milhares de empregos diretos e indiretos e bilhões em investimentos atuais e futuros.
Segundo Couture, a principal causa da interrupção nos estímulos fiscais na Espanha é o déficit no sistema nacional de eletricidade, que corresponde a €24 bilhões.
Ele explica que o déficit surgiu devido a ações do governo espanhol para impedir que as empresas cobrassem dos consumidores os custos reais da energia elétrica produzida, mantendo o preço artificialmente baixo em uma tentativa de conter a inflação, proteger os consumidores e manter a competitividade da indústria nacional.
Mas o governo espanhol já propôs alternativas para superar esse déficit e poder reintroduzir os subsídios.
Entre elas estão economias de cerca de €1,7 bilhão e aumento na receita de €1,4 bilhão através de uma elevação de 7% no preço da eletricidade, 668 milhões em economias para o transporte e distribuição de eletricidade, 60 milhões em reduções no orçamento da Comissão Nacional de Energia (CNE), a transferência de 20 milhões em pagamentos do operador da rede energética para as usinas, 60 milhões em cortes de subsídios para a indústria carbonífera, 10% de corte em subsídios para energia nuclear, a implementação de taxas para grandes hidrelétricas e usinas nucleares, entre outras.
“Com sorte, essa suspensão temporária resultará em um sistema de eletricidade mais forte e robusto, e reintroduzirá a estabilidade em um mercado que se tornou familiarizado demais com mudanças inesperadas”, concluiu o especialista.
Nesse mesmo caminho, a Índia resolveu reduzir drasticamente um de seus incentivos para a geração eólica.
Conforme a Bloomberg, um benefício fiscal que permitia que projetos reivindicassem uma diminuição acelerada de 80% do custo de equipamentos eólicos expirou em 31 de março, tendo sido reduzido a 15%. Esse tipo de medida poderá reduzir a demanda por turbinas em cerca de 400 MW, já que 70% das instalações do país foram contempladas por esse estímulo tarifário.
Falências
E as más notícias para as renováveis não param por aí. Nesta semana, duas grandes empresas de energia solar decretaram falência. A alemã Q-Cells, que foi a maior produtora solar em 2007 e 2008 e ajudou a conduzir uma nova era da energia solar, anunciou sua bancarrota nesta segunda-feira (2). Horas depois, foi a vez da norte-americana Solar Trust of America, subsidiária da alemã Solar Millenium, que já havia quebrado.
A Q-Cells, cuja produção chegou a atingir 783 MW, no entanto, declarou que continuará trabalhando para se reestruturar. “O quadro executivo e o administrador de insolvência preliminar trabalharão juntos para assegurar a continuidade da companhia no processo de insolvência”, afirmou a empresa em um comunicado. As ações da companhia, que em 2008 valiam US$ 150 a unidade, caíram 50% para US$ 0,16 na segunda-feira.
Já a Solar Trust of America, que desenvolvia o maior projeto do mundo, de 1.000 MW em Blythe, na Califórnia, espera que outra firma dê continuidade à implementação da usina. David Lane, administrador de Blythe, mostrou-se otimista.
“Temos trabalhado com a Solar Trust of America por alguns anos para fazer esse projeto andar. Embora o projeto não esteja no limite da cidade, somos a única cidade dentro de 170 quilômetros. Acho que com um grande investimento no que era para ter sido a maior usina de energia solar do mundo, alguém em algum lugar o comprará e o construirá”, comentou Lane.
Mais subsídios
Mas nem todos os países planejam cortar seus incentivos às renováveis, e já há órgãos que, ao contrário, pedem por um aumento desses benefícios. É o que solicitam mais de dez organizações britânicas, entre elas a rede Amigos da Terra, a Associação de Energia Renovável e a Federação de Pequenas Empresas do Reino Unido, ao governo britânico.
Em uma carta, os órgãos pedem que o governo aumente as tarifas feed-in se menos de 25% da capacidade solar anual esperada pelo governo do Reino Unido for instalada. Por outro lado, o documento também sugere que, se essa capacidade for ultrapassada em pelo menos 25%, os subsídios podem ser reduzidos. Com isso, as organizações pretendem proteger o orçamento de projetos solares.
“Qualquer mecanismo que seja usado deve ser projetado em um nível para garantir que a implantação continue para chegar à ambição delineada pelo governo. Além disso, é crucial para os projetos saber qual tarifa eles estarão recebendo no começo”, diz a carta.


http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=730137

Monday, April 2, 2012

Queda nas emissões da União Europeia derruba preço do carbono

Mal a Comissão Europeia (CE) liberou os resultados das emissões dos 27 países do bloco em 2011 e o volátil Esquema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU ETS) já sentiu o impacto.
Segundo os dados da CE divulgados nesta segunda-feira (2), o total de gases do efeito estufa emitidos pela União Europeia no ano passado foi de 1.888 milhões de toneladas (Mt), 2,6% a menos do que os 1.939Mt registrados em 2010.
Diante desta queda, as permissões para dezembro de 2012 do EU ETS estão sendo negociadas em apenas €6,14, despencando quase 14% em relação ao valor com que fecharam na última sexta-feira (30). O recorde de baixa anterior era de €6,30.
As emissões de 2011 ficaram 114Mt abaixo do limite fixado pelo EU ETS, significando que a ferramenta teve permissões em excesso pelo terceiro ano seguido e pela sexta vez em sete anos de existência.
De acordo com a consultoria Thomson Reuters Point Carbon, o declínio das emissões reflete a deterioração da produção industrial do bloco e o clima ameno que predominou em 2011.
A maior variação nas emissões entre 2010 e 2011 ocorreu no setor de energia e aquecimento, 41 Mt. “O aumento da geração renovável e o inverno ameno mais que compensaram o impacto do desligamento de usinas nucleares na Alemanha”, afirmou Yan Qin, analista da Point Carbon.
A queda nas emissões, e seu consequente impacto no preço do carbono, podem facilitar a decisão de retirar do mercado de carbono as permissões em excesso.
“O preço do carbono vai ser afetado por esse declínio nas emissões e a medida de reter permissões na terceira fase do EU ETS deve ganhar mais apoio”, afirmou Marcus Ferdinand, analista de mercado da Point Carbon, antes mesmo de a queda do preço ter acontecido.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=730112

A Viagem de Odiseo

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