Wednesday, June 27, 2012

Argentina investe bilhões para transformar ventos da patagônia em energia


por Enrico Fantoni

Editora Globo
SOPRO DO GIGANTE | Novo parque eólico argentino tem 43 turbinas com 80m de altura e hélices de 90m de diâmetro ao custo de US$4 milhões cada
É preciso equilíbrio para não ser derrubado pelas rajadas de vento gelado que viajam por muitos quilômetros sem encontrar obstáculos. Ao lado de arbustos de jarilla, única planta que sobrevive neste tipo de clima, brotam 43 turbinas de 80 metros de altura. Inaugurado neste ano, o Parque Eólico de Rawson, na Argentina, é parte de uma série de iniciativas que fazem a Patagônia ser chamada de a Meca da energia eólica na América do Sul.

A região, conhecida pelas excelentes condições para instalar turbinas eólicas (ventos fortes e constantes), se tornou o foco de um plano de expansão no setor. “O potencial eólico é enorme. Estima-se que a Patagônia sozinha poderia fornecer eletricidade suficiente para o consumo do Brasil inteiro”, diz Alejandro Ivanissevich, presidente da Emgasud, companhia responsável pela construção do parque. As turbinas do projeto, que custaram US$ 4 milhões cada, fornecem eletricidade a 100 mil casas. Mas isso é apenas o começo. A empresa está investindo US$ 1,8 bilhão para produzir 1.000 MW de energia elétrica com tecnologia eólica, solar e de biogás. A maior parte desse dinheiro já está financiando a construção de uma nova rede eólica quase 3 vezes maior que a de Rawson, com 120 turbinas, em Puerto Madryn, também na Patagônia.

Para a Argentina não se trata apenas de uma escolha ecológica, mas de uma necessidade. “Nossa matriz energética é baseada em gás natural. Dependemos em mais de 50% dessa fonte de energia. Produzíamos muito gás, mas isso já não é mais verdade”, diz Ivanissevich. O país, que antes era exportador de gás natural, passou a importar o recurso da Bolívia, e deve gastar US$ 15 bilhões com isso neste ano.

A energia eólica é a solução mais lógica. Só que o sonho de povoar a desértica Patagônia de turbinas quase sem impacto ambiental ainda está longe. “O problema não é produzir energia, mas encontrar uma maneira de transportá-la para os centros de consumo”, diz Ivanissevich. Ao contrário do que ocorre com oleodutos e gasodutos, ainda não há infraestrutura para levar a eletricidade das áreas desabitadas com muito vento para os grandes centros do país. Mas isso não tem impedido o governo argentino de investir pesado no setor. Só no ano passado, o país dobrou a sua capacidade de produção de energia eólica — que, no entanto, ainda é menos da metade da que existe no Brasil


Usina de lixo com geração de energia de São Bernardo fica para 2015


A prefeitura de São Bernardo assinou na tarde desta sexta-feira (22) o contrato com o Consórcio SBC Valorização de Resíduos. Formado pelas empresas Revita e Lara, o Consórcio será responsável pelo manejo de resíduos sólidos do município. 

Orçado em R$ 4,3 bilhões, e com prazo de duração de 30 anos, a SBC Valorização de Resíduos terá como atribuição - além da  construção de uma usina de incineração -, o desenvolvimento de uma rede de coleta e destinação do lixo. 

CRONOGRAMA/A partir da assinatura do contrato, a empresa terá um prazo de 45 dias para apresentação do projeto executivo, que deve ser posto em prática até o final do ano.

Nesse projeto deve constar também o plano de descontaminação da área do antigo aterro do bairro Alvarenga. Após a revitalização, o local irá abrigar um parque de 300 mil metros quadrados. Será necessária a captação e retirada do chorume - líquido gerado pela decomposição do lixo - e o tratamento da água contaminada. “Depois da aprovação do projeto executivo, a previsão é de que o prazo para descontaminação da área seja de 12 meses”, disse o diretor da Revita, Reginaldo Bezerra. 

USINA/ Além da construção do espaço verde, a limpeza da área será necessária para que o local possa abrigar a usina de lixo. 
Com capacidade para geração de até 22 megawatts/hora - o suficiente para atender a metade da demanda atual da cidade -,  a usina terá um custo de construção de R$ 600 milhões.  A previsão é de que as obras sejam iniciadas em 2013, e a queima do lixo passe a acontecer a partir de 2015.

Entretanto, ainda não está definida a tecnologia que será utilizada na geração de energia. Segundo o secretário de Planejamento Urbano de São Bernardo, Alfredo Buso, a definição também deverá acontecer até o final deste ano.

CUSTO/ Atualmente, o município gasta R$ 14 milhões por mês para descartar as 700 toneladas de lixo produzidas diariamente na cidade. Atualmente os resíduos são enviados   para o aterro Lara, em Mauá.
Com o novo contrato, o custo será de R$ 10 milhões/mês. Por outro lado, o consórcio poderá explorar a rendagerada pela venda de materiais recicláveis e  da energia elétrica da usina. 
 
Consórcio foi único a fazer proposta
Fim da licitação foi adiado por três vezes
 
Desde o ano passado, a prefeitura de São Bernardo  já havia adiado duas vezes a data para anúncio da empresa vencedora da licitação dos serviços de lixo.

Inicialmente, a concorrência estava prevista para ser encerrada em 30 de agosto do ano passado. Depois a data de anúncio do vencedor foi adiada para o dia 28 de dezembro. A licitação, porém, só foi concluída em março deste ano.“Enfrentamos algumas dificuldades devido às restrições impostas pelo Tribunal de Contas. Por isso houve uma demora na assinatura do contrato”, explicou o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

Cinquenta empresas chegaram a retirar o edital para a concorrência, mas apenas uma - o Consórcio SBC Valorização de Resíduos - chegou a fazer proposta à prefeitura. 

A previsão é que com o novo contrato de manejo do lixo sejam gerados entre 500 e 800 empregos na cidade, que deverão se concentrar na nova rede de pontos de entrega voluntária de materiais recicláveis, centrais de triagem e 30 ecopontos, que serão administrados por cooperativas.

Tuesday, June 26, 2012

Acaraú terá nova usina de geração fotovoltaica

Acaraú terá nova usina de geração fotovoltaica

Aterro inativo em Ribeirão vai liberar metano até 2019, diz especialista

Centro de uma polêmica entre Câmara e Prefeitura encerrada esta semana com uma decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado de São Paulo, o aterro sanitário municipal de Ribeirão Preto (SP) desativado em abril de 2009 deve liberar metano até 2019, segundo o engenheiro químico Reinaldo Pisani Júnior. Um Projeto de Lei que previa o aproveitamento do gás para fins econômicos chegou a ser aprovado pelos vereadores em 2007, mas foi rejeitado pelo Executivo Municipal e nunca vigorou na cidade. Esta semana a legislação foi derrubada pelo TJ por ser considerada inconstitucional.



Porém, a exploração econômica da substância por meio de sua queima para geração de energia elétrica tende a ser desvantajosa no caso do aterro local, segundo o engenheiro químico. A cada ano, a quantidade de gás liberada se reduz gradativamente. “O ideal era que esse tipo de projeto fosse pensado e implementado enquanto o aterro estivesse operando. Não é aconselhável depois que já está encerrado, quando começa o período decrescente”, disse.
Aterro municipal desativado em Ribeirão Preto deve liberar metano até 2019. (Foto: Reprodução EPTV)Aterro municipal desativado em Ribeirão Preto deve
liberar metano até 2019. (Foto: Reprodução EPTV)
O aproveitamento térmico do metano é indicado, de acordo com o professor, para cidades com mais de 500 mil habitantes como Ribeirão Preto e deve estar associado a outros processos para redução do acúmulo de resíduos sólidos como compostagem e reciclagem.
“Antes a lógica era coleta e disposição no aterro. Hoje em dia, se deve focar em ações intermediárias. Ribeirão deve evoluir, porque não vemos essa iniciativa. Em média 50% dos resíduos poderiam ser facilmente reaproveitados.”
Projeto de leiA discussão sobre o aterro municipal localizado na Rodovia Mário Donegá se estende desde 2007, quando a Câmara aprovou a lei complementar 2220 para a exploração financeira da queima do metano para a geração de energia elétrica.
Depois que o texto foi sancionado, a prefeita Dárcy Vera (PSD) encaminhou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade(Adin), que foi acatada pelo Tribunal de Justiça e aprovada na última quinta-feira (21) pelos vereadores. “Estamos jogando um recurso econômico fora”, disse o vereador Gilberto Abreu (PV), um dos autores do projeto, após a votação.

Sunday, June 24, 2012

Indústria faz mistério, mas diz que energia solar já tem preço surpreendentemente baixo

Abinee apresentará estudo sobre a fonte para o governo; entidade defende microgeração e leilões
Por Luciano Costa
Fonte MaiorFonte Menor
Crédito: Getty Images
A maior preocupação do governo em relação à geração solar é o preço, uma vez que o modelo do setor elétrico brasileiro tem como principal pilar a modicidade tarifária. O coordenador do Grupo Setorial Fotovoltaico da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Leônidas Andrade, revela que o Ministério de Minas e Energia tem buscado, nas reuniões que tiveram, se informar principalmente sobre os valores que podem ser alcançados pela fonte.
O executivo prefere não adiantar números, mas lança um desafio. "É importante que se faça o leilão para que se entenda a que nível de tarifa podemos chegar. Mas, com certeza, iria surpeender positivamente". Questionado pelo Jornal da Energia sobre a viabilidade de uma geração na casa dos R$300 por MWh, Andrade não hesita. "Tenho certeza de que se tivéssemos um leilão hoje teríamos competidores entregando energia a esse preço".
OS R$300 por MWh da questão feita ao coordenador são o valor médio que é pago hoje a parques eólicos viabilizados pelo Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). Essas usinas têm contratos de venda de energia à Eletrobras por vinte anos, com preços atualizados pela inflação.
"Há sete anos, quando se iniciaram as primeiras contratações dentro do Proinfa, e depois, nos primeiros leilões, a energia eólica não era competitiva. Mas hoje ela é. E nós vemos esse mesmo cenário para a solar. Basta que haja apoio do governo para que ela venha a se desenvolver", aposta Andrade.
Em busca desse apoio, a Abinee apresenta na próxima terça-feira (26/6), em evento em Brasília, um documento com propostas para a inserção da geração solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira. O estudo, realizado pelas consultorias LCA e PSR a pedido da entidade, vai propor a realização de leilões e o incentivo à geração distribuída como caminhos para o crescimento da fonte.
"A geração distribuída como foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é muito bem vinda, é praticamente um marco zero do setor fotovoltaico no Brasil. Mas não é suficiente. É necessário ir adiante, e portanto propomos também a realização de leilões específicos como forma de motivar o surgimento da cadeia produtiva no Brasil", adianta o diretor da Abinee.
Indústria nacional
Leônidas Andrade diz que um dos pontos que estão no centro do debate é como criar uma indústria solar no Brasil e lembra que o Grupo Setorial da Abinee conta com cerca de 140 empresas interessadas no desenvolvimento do setor. Uma preocupação, porém, é com a hipótese de possíveis usinas viabilizadas em um leilão comprem apenas equipamentos importados, uma vez que há sobreoferta no mercado internacional devido à desaceleração nos Estados Unidos e na Europa.
Para o coordenador da Abinee, há interesse das empresas, "principalmente com orientações no sentido de que haja conteúdo nacional nos projetos a serem implementados no Brasil". Mas, nesse sentido, Andrade também diz que é preciso muito cuidado e ponderação.
"Não podemos simplesmente pensar em abrir o mercado, expondo o País apenas à importação de equipamentos. Por outro lado, não podemos pensar em ter uma reserva de mercado na área fotovoltaica. É muito importante ter um equilíbrio para que a gente não caia em nenhuma dessas armadilhas.
Sobre o estudo a ser apresentado ao governo, Andrade aponta que uma das conclusões é de que a geração fotovoltaica "já é competitiva com a energia entregue pelas distribuidoras em 13 Estados do País".
Na geração centralizada, com grandes usinas, o diretor diz que a entidade trabalha com a ideia de que sejam viabilizados 2GW da fonte até 2020. "Se formos comparar com o panorama mundial é pouco, mas é um bom começo para que as indústrias venham ou se motivem a trazer capacidade produtiva para o Brasil".


Friday, June 22, 2012

Ceará vai gerar energia com movimento das ondas do mar


O Brasil conta com uma faixa litorânea de aproximadamente 8 mil quilômetros e começa, agora, a aproveitar o potencial energético oferecido pelo movimento das ondas do mar. A usina de ondas do Porto de Pecém, a 60 quilômetros de Fortaleza, Ceará, vai abastecer o porto onde está instalada.
Apoiado pelo governo do Ceará, trata-se de um projeto piloto, financiado pela Tractebel Energia por meio do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, que vai servir para analisar sua viabilidade.
Dois braços mecânicos suportam grandes boias em uma das extremidades e sobem e descem de acordo com o movimento das ondas, acionando dispositivos dentro da usina à beira-mar, onde água doce é pressurizada para criar energia elétrica de forma parecida com a utilizada nas usinas hidrelétricas. A diferença é que ao invés de haver uma queda d´água para girar turbinas, é essa água doce pressurizada pelo movimento das ondas do mar que oferece o movimento necessário para gerar a energia.
Além do apoio do governo estadual, o Ceará foi escolhido por contar com ondulação praticamente constante, graças aos ventos alísios, que também tornam possível gerar energia eólica pela metade do custo exigido por esta novidade acionada pelo movimento das ondas do mar.


Aterro de Uberlândia agora é gerador de energia


Até 5% de toda a energia consumida em casas, empresas e indústrias de Uberlândia terá origem no lixo.
Este foi o anúncio feito na manhã desta sexta-feira (15), durante a inauguração oficial da planta de biogás da Empresa Energás de Geração de Energia, instalada no antigo aterro sanitário da cidade.
A iniciativa a favor da sustentabilidade é considerada inovadora no que diz respeito ao reaproveitamento dos gases produzidos pela biodegradação de resíduos sólidos, uma vez que o projeto desenvolvido no Triângulo Mineiro é o 1° do interior do país, 2° do Estado e o 5° do Brasil. A solenidade contou com a presença do prefeito Odelmo Leão, autoridades, funcionários da empresa e representantes de entidades e associações.
A planta está em operação há 60 dias e já disponibiliza 1,4 megawatts (MWh) de energia elétrica à Companhia Energética do Estado de Minas Gerais - Cemig. Este material também chamado de energia verde (ou limpa) é capaz de atender mais de 20 mil pessoas. A intenção é criar outras três unidades e ampliar a geração de energia para 5MWh, revertida em uma prestação de serviço a 60 mil habitantes.
“Uberlândia se adianta e mostra que está atenta às questões ambientais e à destinação correta dos resíduos. Vejo aqui uma idéia que saiu do papel e se tornou realidade, resultando em benefício para o povo, para o Cerrado e para as futuras gerações. Por isso, conversei com os diretores da Energás e sugeri que fossem feitos estudos relativos à viabilidade de interligação da Estação de Tratamento de Esgoto da cidade a este sistema de captação dos gases. Eles me garantiram que as medições e análises começarão em breve. Será uma solução prática, com resultados imediatos e potencializados”, explicou Odelmo Leão, enquanto conhecia as instalações da planta energética.
Desativado no final de 2011, o aterro recebia, diariamente, 600 toneladas de resíduos gerados pelos mais de 600 mil habitantes de Uberlândia. Até a finalização das atividades, foram acumulados cerca de 2,1 milhões de toneladas de lixo, que estão em processo de fermentação com a ação das bactérias presentes em materiais orgânicos e no percolado (chorume). Normalmente, a reação química produz gases que são lançados diretamente no ar ou queimados. Com a implantação da planta de biogás, será possível captar e realizar a combustão do metano e dióxido de carbono presente na decomposição de tudo que foi depositado durante 20 anos no aterro.
“O município já é referência na questão de saneamento e coleta de lixo. A Administração Municipal se preocupa com o meio ambiente e vê, na produção de biogás, uma alternativa criativa para o desenvolvimento sustentável. O prefeito, assim como toda a equipe que atua na Prefeitura, é parceiro deste projeto e crê que o aproveitamento consciente e adequado do biogás será revertido em benfeitorias para a comunidade”, contou João Batista Ferreira Júnior, secretário de Serviços Urbanos.
BenefíciosAlém de ser uma fonte alternativa e incentivar a redução do consumo de combustíveis fósseis utilizados em diversos segmentos, a geração de energia elétrica feita pelo biogás traz outros benefícios ao meio ambiente. A queda na emissão descontrolada de gases nocivos gerados pela decomposição de matéria orgânica (como o metano) - que chegam a ser 21 vezes mais prejudiciais ao homem e à camada de ozônio -, ajudam a diminuir o efeito estufa e a controlar a temperatura média no planeta.
A previsão é que em 10 anos de operação, a planta energética de Uberlândia tenha poupado o meio ambiente de mais de 1,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono. “Escolhemos executar o projeto em Uberlândia por conta das condições do aterro que foi desativado. Ele está licenciado e pautado nas regras de respeito ao meio ambiente, recebe elogios de entidades brasileiras e internacionais do segmento que vem até aqui conhecer as instalações. Além disso, sua curva de gás é acentuada e esteve em estudos durante 10 anos. Nosso objetivo é implantar as quatro plantas e logo ampliar a captação, com o uso dos gases do novo aterro sanitário de Uberlândia”, expôs Domício Ricardo Pereira, da Energás.
Ainda de acordo com Domício, o projeto executado na cidade está em conformidade com os requisitos e exigências do Protocolo de Kyoto (documento que estabelece metas de redução na emissão de gases que potencializem o efeito estufa nos países em pleno desenvolvimento). “Durante muitos anos, havia uma cegueira da economia em relação ao que era ou não sustentável: os administradores e governantes acreditavam não ter limites para o desenvolvimento, ainda que fosse à custa da natureza. Mas o foco mudou e exige eficiência do uso dos recursos e a criação de soluções inovadoras que sejam compatíveis ao aumento populacional e de consumo. O progresso pode e deve respeitar os limites físicos e ecológicos do planeta”, apontou.
A Energás é fruto de uma parceria entre a Limpebras (empresa do setor de limpeza urbana e operação de aterros sanitários) e a Asja (líder na Itália em produção de energia renovável). Conheça o processo de captação, tratamento e geração de energia feito no antigo aterro sanitário de Uberlândia:
Captação e Transporte do biogás– A decomposição dos resíduos depositados no aterro gera o biogás, captado por poços (de até 40 metros de profundidade) instalados no local. O sistema introduz a energia em forma de vácuo para controlar o fluxo de biogás e aspirá-lo.
Tratamento e queima– O biogás aspirado passa por tratamento no filtro separador de partículas e no equipamento de chiller (também conhecido como trocador de calor). Assim que é tratado, o biogás é direcionado para estações de aspiração e controle, onde está instalado o flare (mecanismo de alta eficiência de destruição de metano).
Geração de energia elétrica– O material deste processo é transformado em combustível para geração de energia elétrica.
Cemig destaca o apelo ambiental
Parceria da companhia com a Energas poderá gerar energia suficiente para abastecer cidade com 60 mil habitantes.
Pelo convênio firmado com a Energas Geração de Energia, empresa responsável pelo empreendimento, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) comercializará a totalidade de energia gerada no período de quatros anos.
Segundo Marcos Aurélio Alvarenga Pimentel, superintendente de Compra e Venda de Energia no Atacado da Cemig, o apelo ambiental da energia produzida pela usina é muito forte, em função da redução na emissão de gases de efeito estufa. “Ela permite um melhor tratamento ecológico do lixo que se encontra no aterro sanitário, a partir do qual há geração de energia elétrica limpa”, diz.
De acordo com o superintendente, além da questão ambiental, há também um forte apelo econômico e comercial neste contrato firmado com a Energas. “A energia que a Cemig comercializa será vendida para consumidores de uma categoria chamada especial que, por adquirirem energia incentivada, obtêm uma economia na conta de energia se comparada ao mercado cativo, o que lhes proporciona maior competitividade”, explica Marcos Pimentel.
Números:
- A superfície dos aterros é de 400.000m²
- A energia verde produzida nos próximos 4 anos será de 90.000.000kWh
- A quantidade de CO2 evitado na atmosfera será de 710.000 toneladas
- 18.980.806 é o número de barris de petróleo economizados
- Cerca de 15 mil famílias serão atendidas por ano
Araípedez Luz P10/PMU 
A Energás é fruto de uma parceria entre a Limpebras (empresa do setor de limpeza urbana e operação de aterros sanitários) e a Asja (líder na Itália em produção de energia renovável)
da redação com Secom PMU e Cemig/Imprensa Triângulo


Thursday, June 21, 2012

MCTI ABRE CONCURSO PÚBLICO PARA PESQUISADOR EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS


Remunerações podem chegar a R$ 9.157,15 para cargos de nível superior
O MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO – MCTI torna pública a realização de concurso público para provimento vagas em cargos de nível superior e de nível intermediário da carreira de Gestão, Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia e da Carreira de Desenvolvimento Tecnológico.
As inscrições poderão ser feitas entre os dias 26 de junho e 16 de julho de 2012.
CARGO: TECNOLOGISTA PLENO 1
ATRIBUIÇÕES DO CARGO: exercer atividades de apoio à direção, coordenação, organização, planejamento, controle e avaliação de projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de Ciência e Tecnologia, bem como  toda atividade de suporte administrativo do MCTI.
REQUISITO: diploma, devidamente registrado, de curso de graduação de nível superior, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC), acrescida de título de mestre ou de três anos de experiência, após a graduação, em atividades de gestão, planejamento ou infraestrutura em Ciência e Tecnologia, que lhe atribua habilitação correspondente; bem como ter participado de trabalhos interdisciplinares ou da elaboração de sistemas de suporte, de relatórios técnicos e de projetos correlacionados com a área de Ciência e Tecnologia.
TEMA V: PROJETOS DE PESQUISA DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS E DA VIDA
VAGAS: 18
LOCAL DE TRABALHO: BRASÍLIA/DF


http://aneam.org.br/noticias/cursos-e-oportunidades/760-mcti-abre-concurso-publico-para-pesquisador-em-ciencias-ambientais?goback=%2Egde_3132200_member_121034783

C40 quer reduzir mais de uma gigatonelada de GEEs até 2030


Na reunião desta terça-feira (19) do C40, grupo que reúne as maiores cidades do mundo na busca por soluções urbanas sustentáveis, os prefeitos das 59 integrantes firmaram um compromisso de diminuir cerca de 250 megatoneladas de gases do efeito estufa (GEEs) de suas cidades até 2020, e 1,3 gigatonelada até 2030, anunciou Michael Bloomberg, prefeito de Nova York.
O encontro dos governantes, que acontece em paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), uniu quase todos os prefeitos das cidades do programa, que durante todo o dia devem expor e debater desafios, oportunidades e iniciativas para desenvolver suas cidades de maneira sustentável.
Durante a primeira parte do evento, Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, declarou que as lideranças municipais não devem esperar pelas ações dos governos centrais, pois as administrações locais precisam resolver questões de ordem prática que não podem esperar, como o aumento da porcentagem da população urbana que, estando atualmente em 50%, deve chegar a 70% até 2050.
Paes também comemorou as iniciativas já tomadas pela própria cidade do Rio e por seus colegas, como o fechamento do lixão da baía de Guanabara, e enfatizou a importância da troca de experiências. “Algumas decisões já estão sendo tomadas e outras ações ainda podem ser tomadas”, afirmou.
Bloomberg ressaltou a importância dos prefeitos de agirem no combate às mudanças climáticas, ainda mais porque as cidades do C40 são responsáveis por 14% da pegada global de carbono. “As cidades estão liderando o caminho, mas os prefeitos não podem se dar ao luxo de falarem em mudanças sem fazê-las. Precisamos aprender uns com os outros”, disse.
O prefeito de Seul, Seul Park, lembrou que não apenas a tecnologia é aliada neste momento de busca por alternativas mais sustentáveis, mas, ao contrário, os métodos tradicionais também podem ajudar a superar os desafios das mudanças climáticas.
Além disso, Park citou que é muito importante que governos locais, centrais e sociedade civil colaborem para colocar em prática as ações sustentáveis. Ele disse ainda que as iniciativas locais podem parecer muito pouco, mas que devem ser receber atenção pois muitas vezes servem de exemplo para ações regionais e até nacionais.
Da mesma forma sublinhou a necessidade de dialogar com a população, e deu como exemplo uma iniciativa de sua cidade, que criou um projeto comunitário para discutir a geração de energia nuclear na região.
Além dos debates e relatos dos prefeitos o C40 também anunciou uma parceria com o Banco Mundial que desenvolverá um site com as melhores práticas sustentáveis das cidades do grupo, que também identificará pontos semelhantes entre as iniciativas, estratégias de financiamento e parcerias sustentáveis.
Mesmo os líderes que não puderam comparecer ao encontro deram sua contribuição para a troca de experiências na reunião do C40. Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos e criador da Fundação Clinton, que mantém uma parceria com a C40 desde 2006, fez uma pequena aparição através de uma videoconferência, lembrando que as ações sustentáveis podem ser boas para o meio ambiente e para a economia.
“Antes, a visão era de que um país não poderia ficar rico ou se manter rico sem manter o business as usual. Agora, vemos que o desenvolvimento sustentável é o único desenvolvimento que faz sentido”, refletiu.


http://www.institutocarbonobrasil.org.br/cobertura_de_eventos/noticia=730893

Tuesday, June 19, 2012

SOLUÇÃO PARA PROBLEMAS DO LIXO EM SERGIPE

“A Estre Ambiental é uma ótima solução para o problema dos lixões em Sergipe”.Esta afirmação é do radialista Augusto Junior, âncora do programa Comando Geral AM, realizado todas as manhãs na Rádio Jornal 540, e que alcança 400 municípios da região Nordeste. A declaração foi dada após a entrevista concedida pelo gerente de aterro da empresa em Sergipe, o Engenheiro Civil Francisco Aragão,que explicou, dentre outras coisas, a diferença entre um aterro sanitário e um lixão . “Na verdade não existe essa nomenclatura ‘lixão controlado’, ou é um aterro sanitário ou é um lixão com a presença de urubus; de chorume poluindo o lençol freático e os rios; da proximidade e das pessoas que vivem em condições subumanas catando os restos de lixo”, comentou Francisco Aragão.

Além desses problemas, um lixão ainda agride a camada atmosférica ao emitir gás metano, produzido com a deterioração do resíduo orgânico, que é altamente poluente, tendo um poder nocivo 21 vezes maior que o gás carbônico. “Em um aterro sanitário não há nenhum desses problemas, uma vez que controlamos o chorume evitando que o mesmo contamine as camadas abaixo do aterro, pois forramos o solo com uma manta de alta resistência e conduzimos o líquido para tanques, onde será tratado e transformado em água de reuso para o próprio aterro, dando sustentabilidade ao mesmo”. Além disso, não há a presençade urubus ou outros vetores, uma vez que o lixo é coberto por densas camadas desolo argiloso evitando a proliferação de mau cheiro . Sobre o gás metano, ele é coletado e queimado, e dessa queima, conforme explicou o Engenheiro Civil, podem ser gerados dois produtos: energia ou crédito de carbono.

Instalada no município de Rosário do Catete (CGR Rosário), distante 37 quilômetros da capital, a unidade da Estre Ambiental em Sergipe é mais que um aterro sanitário, é uma Central de Gerenciamento de Resíduos, como fez questão e salientar o gerente da unidade. Por seruma central ela tem capacidade para trabalhar e transformar os diferentes tipos de lixo de diversas formas e com diferentes origens.

“Em pouco tempo estaremos aptos a tratar resíduos perigosos, os da Construção Civil, com postagem e a fazer bioremediação, dentre outros. É intenção da Estre trazer para Sergipe uma unidade de valorização de resíduos, como já existe em Paulínia, São Paulo em outra Central nossa.Com essa unidade, que possui um equipamento chamado de tiranossauro rex, uma máquina importada da Finlândia que tritura o lixo e o transforma em combustível derivado de resíduo, com uma vasta utilização, principalmente em fornos das indústrias cimenteiras. Mas para que isso aconteça precisamos ter em volume a nossa matéria prima, que é o lixo”, explicou Francisco Aragão.

Atualmente a CRG Rosário trata os lixos dos municípios de Rosário do Catete, Carmópolis eSiriri, além de tudo o que é gerado pela Petrobras e suas terceirizadas, e dealgumas indústrias da região do Vale do Cotinguiba. Francisco Aragão explicou ainda que a CGR Rosário tem capacidade para processar mil toneladas de lixo/diae, de uma forma geral, toda a área tem capacidade para receber aproximadamente14 milhões de tonelada de lixo, o que dá uma vida útil ao aterro deaproximadamente 50 anos.

“Temos condição de tratar todo o lixo produzido em todo o estado de Sergipe e tambémd e municípios de estados vizinhos. E apesar de estarmos em Rosário, essed eslocamento é possível e não fica caro porque estamos implantando unidades de transbordo, que são locais onde os caminhões compactadores de coleta de lixo vão deixar o material coletado. Nessas áreas de transbordo o lixo é colocado em carretas bi-trens, que vão levar os resíduos até Rosário, barateando com isso o custo”, explicou o gerente da Estre Ambiental, quando questionado por Augusto Junior sobre a logística de envio do lixo e o valor final desse serviço para as prefeituras. Além da área para transbordo em Nossa Senhora do Socorro, naBR-235, que está em fase de licenciamento ambiental pela Adema, a Estre está estudandooutras duas áreas, uma na região Norte e outra na Sul do Estado.

FranciscoAragão fez questão de frisar que as portas da unidade da Estre em Rosário doCatete estão abertas para quem quiser ir conhecer o trabalho de tratamento deresíduos. Lembrou ainda que os gestores municipais têm, até agosto deste ano,que entregar ao Governo Federal os respectivos Planos de Gerenciamento deResíduos Sólidos, já que o prazo final para acabar com os lixões é 2014. Quemnão cumprir essa determinação vai ficar impossibilitado de fazer financiamento se receber repasses do Governo Federal. O agendamento de visitas à CGR Rosário podem ser feitas pelos telefones (79) 3274-1627 ou (79) 3274-1365.

Empresa comvasto Know-how

A Estre Ambiental é a maior empresa em soluções ambientais do Brasil e uma dasmaiores da América Latina. Ela atua nos estados de São Paulo, Paraná (na regiãometropolitana de Curitiba), Rio de Janeiro, Sergipe, Ceará, Alagoas, Piauí eBahia. É também a responsável pelo gerenciamento de todos os resíduos da cidadede Bogotá (Colômbia) e por 30% dos resíduos produzidos em Buenos Aires, naArgentina. Sergipe foi o primeiro estado do Nordeste a receber uma unidade daEstre Ambiental. “Recebemos hoje em nossos aterros em torno de 40.000 toneladas de resíduos”, enfatizou Francisco Aragão.

 

 

http://www.faxaju.com.br/viz_conteudo.asp?id=142445

 

Thursday, June 14, 2012

Eike Batista quer trazer para o Brasil energia inédita no país


O empresário Eike Batista anunciou nesta segunda-feira que a sua empresa de energia elétrica, MPX, estuda começar a produzir energia elétrica a partir de células combustíveis, uma tecnologia inédita no país.
O anúncio foi feito durante o lançamento do programa Rio Capital da Energia, do governo do Estado do Rio de Janeiro. O empresário disse que a primeira planta piloto deverá ter 3 megawatts e será instalada no Estado.
As células combustíveis são obtidas por reação química em vez de combustão. Os componentes mais utilizados são oxigênio e hidrogênio, que não produzem gás carbônico, mas pode ser usado também etanol, gás natural, biodiesel, biogás, entre outros.
A MPX estaria inclusive procurando parceiros para implantar o negócio, que já vem sendo utilizado em pequena escala na Europa e nos Estados Unidos.
A empresa pretende utilizar gás natural e biogás no lugar de hidrogênio por ser mais eficiente, segundo a assessoria da MPX. Os componentes produzem gás carbônico, mas em menor proporção que outros combustíveis.
"A tecnologia se destaca pela baixa emissão de CO2, 40% inferior em relação aos sistemas convencionais de pequeno porte, e pela elevada eficiência energética (aproximadamente 56%) principalmente quando comparada a geradores diesel", explicou a MPX em nota.
Segundo especialistas, a energia gerada por células combustíveis ainda é considerada cara em relação a outras matrizes energéticas, principalmente as que usam hidrogênio.


Tuesday, June 12, 2012

São Paulo arrecada R$ 4,4 milhões no 3º leilão de créditos do carbono

A Prefeitura de São Paulo arrecadou cerca de R$ 4,47 milhões em um leilão de créditos de carbono realizado na manhã desta terça-feira (12) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Foram vendidos 530 mil certificados obtidos pela prefeitura pelo trabalho desenvolvido no aterro Bandeirantes, em Perus (Zona Norte), onde o metano gerado pela decomposição do lixo é transformado em energia em uma usina, o que evita a emissão desse poluente na atmosfera. Os créditos foram vendidos à empresa suíça Mercuria Energy Trading.

 

Trata-se do terceiro leilão realizado pela Prefeitura. O valor obtido na atual edição foi bastante inferior em relação aos vendas feitas em 2007 e em 2008. Na primeira delas, o leilão de 808 mil certificados gerados pelo aterro Bandeirantes rendeu R$ 34,05 milhões. No segundo, com 720 mil créditos do aterro Bandeirantes e também São João, na Zona Leste, foi arrecadado R$ 37,2 milhões.

A arrecadação do terceiro leilão poderá ser usada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) em seu último ano de gestão. O dinheiro tem de ser investido obrigatoriamente em projetos ambientais na região dos aterros.

 

Imagem aérea do aterro dos Bandeirantes, em São Paulo, considerado um dos maiores da América Latina. (Foto: Divulgação/Loga)

 

De acordo com o assessor especial da Secretaria Municipal de Finanças e
coordenador do terceiro leilão, Wagner Croce, o valor de 3,30 euros por cada crédito de carbono foi “positivo, considerando as condições atuais do mercado”, influenciado pela crise europeia. No leilão anterior, a cotação foi de 16,20 euros. A avaliação é que questões ambientais acabam ficando em segundo plano em países preocupados agora em resolver seus problemas econômicos. Participam no leilão apenas instituições privadas de países desenvolvidos que são membros do Protocolo de Kyoto.

Segundo ele, o preço final representou ágio de cerca de 22% em relação ao preço inicial, de 2,70 euros. Croce afirmou ainda que a Secretaria de Finanças entendeu ser necessário vender agora essa parte do estoque de créditos de carbono já que “não há perspectivas de recuperação (do mercado) no curto prazo.”

 

Kyoto


O protocolo prevê que, países desenvolvidos, como os europeus, por exemplo, têm obrigação de reduzir suas emissões de gases estufa. Países em desenvolvimento, como o Brasil, não são obrigados, mas podem criar projetos que gerem créditos. Esses créditos podem ser comprados por países desenvolvidos, para serem descontados de suas metas obrigatórias dentro do Protocolo.

Inicialmente, Kyoto expiraria no fim deste ano, mas foi prorrogado para um novo período que vale a partir de 2013 e expira em 2017, conforme decisão tomada na última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 17, realizada na África do Sul.
São Paulo faz parte do mercado de carbono desde 2007, após implantar tecnologias limpas nos dois principais aterros da cidade.