Wednesday, June 27, 2012

Usina de lixo com geração de energia de São Bernardo fica para 2015


A prefeitura de São Bernardo assinou na tarde desta sexta-feira (22) o contrato com o Consórcio SBC Valorização de Resíduos. Formado pelas empresas Revita e Lara, o Consórcio será responsável pelo manejo de resíduos sólidos do município. 

Orçado em R$ 4,3 bilhões, e com prazo de duração de 30 anos, a SBC Valorização de Resíduos terá como atribuição - além da  construção de uma usina de incineração -, o desenvolvimento de uma rede de coleta e destinação do lixo. 

CRONOGRAMA/A partir da assinatura do contrato, a empresa terá um prazo de 45 dias para apresentação do projeto executivo, que deve ser posto em prática até o final do ano.

Nesse projeto deve constar também o plano de descontaminação da área do antigo aterro do bairro Alvarenga. Após a revitalização, o local irá abrigar um parque de 300 mil metros quadrados. Será necessária a captação e retirada do chorume - líquido gerado pela decomposição do lixo - e o tratamento da água contaminada. “Depois da aprovação do projeto executivo, a previsão é de que o prazo para descontaminação da área seja de 12 meses”, disse o diretor da Revita, Reginaldo Bezerra. 

USINA/ Além da construção do espaço verde, a limpeza da área será necessária para que o local possa abrigar a usina de lixo. 
Com capacidade para geração de até 22 megawatts/hora - o suficiente para atender a metade da demanda atual da cidade -,  a usina terá um custo de construção de R$ 600 milhões.  A previsão é de que as obras sejam iniciadas em 2013, e a queima do lixo passe a acontecer a partir de 2015.

Entretanto, ainda não está definida a tecnologia que será utilizada na geração de energia. Segundo o secretário de Planejamento Urbano de São Bernardo, Alfredo Buso, a definição também deverá acontecer até o final deste ano.

CUSTO/ Atualmente, o município gasta R$ 14 milhões por mês para descartar as 700 toneladas de lixo produzidas diariamente na cidade. Atualmente os resíduos são enviados   para o aterro Lara, em Mauá.
Com o novo contrato, o custo será de R$ 10 milhões/mês. Por outro lado, o consórcio poderá explorar a rendagerada pela venda de materiais recicláveis e  da energia elétrica da usina. 
 
Consórcio foi único a fazer proposta
Fim da licitação foi adiado por três vezes
 
Desde o ano passado, a prefeitura de São Bernardo  já havia adiado duas vezes a data para anúncio da empresa vencedora da licitação dos serviços de lixo.

Inicialmente, a concorrência estava prevista para ser encerrada em 30 de agosto do ano passado. Depois a data de anúncio do vencedor foi adiada para o dia 28 de dezembro. A licitação, porém, só foi concluída em março deste ano.“Enfrentamos algumas dificuldades devido às restrições impostas pelo Tribunal de Contas. Por isso houve uma demora na assinatura do contrato”, explicou o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho.

Cinquenta empresas chegaram a retirar o edital para a concorrência, mas apenas uma - o Consórcio SBC Valorização de Resíduos - chegou a fazer proposta à prefeitura. 

A previsão é que com o novo contrato de manejo do lixo sejam gerados entre 500 e 800 empregos na cidade, que deverão se concentrar na nova rede de pontos de entrega voluntária de materiais recicláveis, centrais de triagem e 30 ecopontos, que serão administrados por cooperativas.

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