Monday, June 30, 2014

SUSTAINABILITY DIRECTOR

Tipo de vaga

 

Permanente

Salário

Interesting Package

Referência

1013323

Data de encerramento

31 Jul 2014

 

STRATEGY & INFLUENCE 

Demonstrate your expertise in HSE and Sustainability in one of the O&G industry leaders, and inspire resources throughout the organization. This company is recognized on the market by its strong culture and solid values, and is going through a major moment of growth in Brazil, with business in drilling, production and integrated offshore services.

Your responsibilities will be to influence people across the various lines of business, and to be a strategic supporter whenever the respective business leaders and their respective HSE teams require assistance or guidance. You will work to define strategies, policies and to assess cultural adherence in future businesses and contracts, and will be a key representative in the committees with relevant sector associations, such as IBP and ABESPetro. Your support might also be requested in other Latin American countries, and you should have full availability for frequent business travels, inside or outside Brazil. You will be challenged to define new targets and to instigate the teams to continuously strengthen the social responsibility actions across the group. 

We are looking for a senior professional, with at least 15 years of experience in the management of HSE and Sustainability initiatives in the O&G market, preferably in operators or drilling/production services providers. You must have at least 5 years of proven background in a corporate HSE role, as a senior manager or a director, and demonstrate flexibility and adaptability to work in an environment of delegation.

If you are a bachelor in Engineering, fully able to communicate in English and Portuguese, and are adherent to the required background, do not miss this opportunity to make a difference in one of the market sustainability benchmarks!

 

http://www.hays.com.br/busca-vagas/JOB_1222804?jobSource=Hays%20Job%20Alert%20Email&utm_source=HaysJobAlertEmail&utm_medium=Email&utm_campaign=HaysJobAlertEmail

Friday, June 27, 2014

Os negócios que vêm do lixo

A coleta seletiva e a reciclagem patinam em grande parte das cidades brasileiras, não vão dar certo enquanto não existirem cadeias de negócios baseadas em matérias-primas recicladas

por Dal Marcondes — publicado 27/06/2014 04:20

 

 

Elizabeth Nader/Prefeitura de Vitória

É preciso envolver mais as cooperativas de recicladores

A urbanista Raquel Rolnik publicou um artigo mostrando o que acontece com a coleta seletiva e a reciclagem na cidade de São Paulo, a mais populosa do País e a que mais gera resíduos, de todas as classes, recicláveis ou não. Ela aponta que a cidade tem 46% de domicílios servidos por coleta seletiva, no entanto apenas 2% dos resíduos são de fato reciclados.

Essa é uma realidade que em maior ou menor grau se espraia por todas as cidades brasileiras, apesar de coleta seletiva e reciclagem estarem previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de dezembro de 2010 (depois de 20 anos dormitando no Congresso), e que tem 2014 como prazo para a eliminação completa dos lixões e implantação de aterros sanitários em todo o País.

Minha opinião é que nada disso vai dar certo se não houver também um esforço consistente para a geração de novos produtos e negócios com base em matérias-primas obtidas a partir da separação dos resíduos coletados, seja em residências ou em empresas. Negócios capazes de gerar inovação, empregos e renda a partir do uso de materiais que podem ser obtidos a partir da mineração dos resíduos gerados pela atividade humana.

O primeiro desafio que se impõe é a necessidade de que esses negócios sejam espalhados por todo o País, uma vez que transportar resíduos por longas distâncias pode tornar o custo da operação incompatível com qualquer negócio. Então, será preciso envolver não apenas cooperativas de recicladores (capazes de coletar, separar e dar destinação adequada a cada classe de resíduo), mas também fomentar o empreendedorismo para a formação de milhares de pequenas empresas que utilizem esses materiais para a produção de uma miríade de produtos que satisfaçam as mais diversas necessidades da sociedade.

Isso não acontecerá de forma espontânea, será preciso um planejamento e um esforço coordenado de empresas, governos, universidades, institutos de pesquisa e organismos financeiros  capazes de produzir inovações, design e modelos de negócios viáveis e espalha-los por todo o Brasil. Desta forma não apenas as principais questões relativas aos resíduos podem ser encaminhadas, como também haverá muito mais oportunidades de negócios e empregos à disposição da sociedade.

Já existem iniciativas na direção de transformar lixo em matéria-prima para produtos de bom valor econômico e alto benefício social. Um exemplo interessante é o desenvolvimento de produtos a partir da reciclagem de embalagens longa-vida. Hoje já existe no mercado telhas e uma série de tipos de painéis feitos a partir da reciclagem desses materiais, com grande vantagem frente a materiais tradicionais no mercado.

Para se chegar a esse formato de produto e negócio, a Tetra Pak, maior empresa global de embalagens longa-vida apostou no desenvolvimento de tecnologias e apoio às cooperativas de catadores e produtores de telhas e placas. “O resultado foi a criação de um mercado novo, algo que não existia antes e que a demanda é ainda bem maior do que a capacidade de oferta”, explica Fernando von Zuben, diretor de meio ambiente da empresa.

A inovação neste caso foi planejada e não veio apenas porque a empresa é boazinha, mas também porque ela deve ser responsável pelos resíduos que coloca no mercado. Centenas de pequenas empresas estão sendo criadas em todo o Brasil para o aproveitamento dessa matéria-prima com bons resultados nos negócios. Outros materiais têm mais valor e, por isso, são mais demandados, é o caso das latas de alumínio, onde o Brasil detém recordes de reciclagem. Vidros e PETs estão entrando nessa linha de materiais com valor comercial, mas ainda em escala insuficiente para cumprir as metas da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A chave para a solução dos resíduos está basicamente em dois vetores, a redução na produção e a inovação na geração de novos produtos e negócios a partir dos resíduos coletados. Sem isso a coleta seletiva simplesmente vai fazer com que as prefeituras tenham de manter imensos depósitos de materiais recicláveis que não serão reciclados por falta de uma cadeia de negócios que os utilize. (Envolverde)

http://www.cartacapital.com.br/politica/coleta-seletiva-e-reciclagem-vao-mal-por-falta-de-negocios

 

 

Thursday, June 26, 2014

ANALISTA TÉCNICO PARA O SETOR ENERGIA DO INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES DE GEE

Location :

Brasília, BRAZIL

Application Deadline :

04-Jul-14

Type of Contract :

Service Contract

Post Level :

SB-4

Languages Required :

English   Portuguese

 

REFER A FRIEND  APPLY NOW

 



Background

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação estabeleceu a Coordenação-Geral de Mudanças Globais de Clima em agosto de 1994. Sua meta principal era coordenar a implementação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC) no Brasil. Em dezembro de 2004, durante a 10a Conferência das Partes à CQNUMC, o Brasil submeteu sua Primeira Comunicação Nacional. Em dezembro de 2010, durante a 16a Conferência das Partes à CQNUMC, submeteu a sua Segunda Comunicação Nacional.

A fim de assegurar que o Brasil continue participando e avançando na implementação da CQNUMC, um terceiro projeto de atividade de capacitação foi aprovado para apoiar o país na preparação de sua Terceira Comunicação Nacional. O objetivo de desenvolvimento desse terceiro projeto, denominado BRA/10/G32, é ampliar a cobertura do Inventário brasileiro anual de GEEs antrópicos para o período 2000-2010, com ênfase nos setores/gases que têm uma parcela significativa de emissões de GEEs e/ou apresentam grau elevado de incerteza de dados. Um novo modelo global integrado para os estudos de mudança do clima e a redução da escala dos modelos globais será elaborado para reduzir as incertezas das avaliações de V&A para os diferentes setores. A descrição das circunstâncias nacionais do Brasil será atualizada, bem como as medidas a serem tomadas ou previstas para a implementação da Convenção. Por fim, o projeto continuará a fortalecer as capacidades institucionais para a implementação da Convenção no Brasil, inclusive a realização de atividades relacionadas à educação e conscientização para a mudança do clima.



Duties and Responsibilities

O presente Termo de Referência tem por objetivo contratar um ANALISTA TÉCNICO para a Coordenação Nacional da Terceira Comunicação Nacional do Brasil à CQNUMC. 

Será responsabilidade do Analista Técnico de Inventário apoiar as atividades da Coordenação Nacional da Terceira Comunicação Nacional do Brasil à CQNUMC. 

Atividades 

 

1.     Facilitar a apresentação de informações sobre o processo de cooperação internacional para a elaboração e o aperfeiçoamento da Comunicação Nacional no Brasil;

2.     Revisar e consolidar as informações/dados e resultados a serem gerados para o inventário de emissões de GEEs do setor Energia, de forma a garantir a qualidade dos objetivos a serem atingidos. Esse trabalho terá como foco os seguintes resultados:

2.1 Inventário de GEEs nacional para o setor Energia, para o período 2000-2010 e séries temporais para o período 1990-2000;

·         Análise das principais subcategorias de emissões de GEEs do setor Energia;

·         Análise de incertezas e plano de garantia/controle da qualidade;

·         Base de dados dos fatores de emissão;

·         Inventário nacional de GEEs para o setor Energia, publicações e documentos da CN divulgados;

·         Publicação da Terceira Comunicação Nacional do Brasil. 

3.     Apoiar a Agência Executora nas negociações internacionais no âmbito da Convenção sobre Mudança do Clima e de outros instrumentos internacionais a ela relacionados;

4.     Manter contatos com instituições nacionais e internacionais a pedido do Diretor Nacional do projeto e, inclusive, participar de encontros, seminários, workshops e outros eventos, por sua solicitação;

5.     Realizar reuniões técnicas e visitas in loco de monitoramento dos trabalhos, juntamente com a Agência Executora, bem como propor arranjos necessários à eficiente execução do projeto.

6.     Revisão geral do material da Terceira Comunicação Nacional do Brasil à CQNUMC antes da publicação, em especial, do setor Energia do Inventário Nacional de Emissões de Gases de Efeito Estufa.



Competencies

Competências Corporativas:

·         Demonstrar integridade perante aos modelos e valores éticos da ONU e da CQNUMC;

·         Promover a visão, missão e objetivos estratégicos do PNUD e da MCTI;

·         Tratar a todos de forma justa e sem favoritismo; e

·         Habilidade para lidar com temas confidenciais.

Competências Funcionais:

Gerenciamento do Conhecimento e da Aprendizagem

·         Promover a gerência do conhecimento, a cultura do aprendizado e o bom ambiente no escritório por meio da liderança e de exemplo pessoal;

·         Conhecer assuntos de desenvolvimento, planejamento e interdisciplinaridade;

·         Trabalhar continuamente e ativamente para o desenvolvimento do conhecimento pessoal e uma ou mais áreas práticas, agir neste plano de aprendizagem e aplicar os novos conhecimentos adquiridos;

Efetividade de Desenvolvimento e Operacional

·         Habilidade em desempenhar as atividades planejadas de acordo com as orientações fornecidas;

·         Demonstrar boas habilidades para organização e registros de atividades do mandato da MCTI;

·         Demonstrar habilidades de comunicação, oral e escrita.

Gerência e Liderança

·         Construir fortes relações com os integrantes da Comunicação Nacional, seus assessores e atores externos, focando na excelência do desenvolvimento das atividades, em prazo exíguo;

·         Abordagens consistentes de trabalho com energia e positividade, além de atitudes construtivas;

·         Demonstrar abertura para mudanças e habilidade para gerenciar complexidades; e

·         Demonstrar efetivo trabalho em equipe, habilidade em resolução de conflitos e capacidade para repassar conhecimentos.

·         Flexibilidade, adaptabilidade e multitarefa;

·         Comprovada capacidade de trabalhar em equipe.



Required Skills and Experience

OBRIGATÓRIAS:

Educação

·         Graduação relacionada às áreas de Ciências exatas, humanas ou da Terra.  

 

Experiência

·         Experiência de mínimo de 3 (três) anos na área específica de mudança global do clima.

·         Capacidade plena na área de Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do setor Energia;

·         Conhecimento e domínio das Diretrizes de Inventários Nacionais do IPCC (Painel Intergovernamental da ONU sobre Mudança do Clima);

·         Capacidade de análise de questões referentes à mudança global do clima;

·         Domínio das ferramentas do Excel;

·         Boa capacidade de escrita.

 

 Idiomas

·         Obrigatória fluência em Inglês.

 

DESEJÁVEIS:

Educação

·         Pós-graduação na área de atuação é desejável;

·         Certificações relacionadas à Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

 


Experiência

·         4 (quatro) anos de experiência profissional desejável

·         Experiência em regulamentação/gestão de informações;

·         Experiência de trabalho em projetos de cooperação técnica.

 

Idiomas

·         Desejável conhecimento intermediário em espanhol.

 

 

 Importante

 

·         Nacionalidade brasileira ou estar legalmente autorizado a trabalhar no Brasil;

·         O contratado deverá residir em Brasília.

·         Os conhecimentos e resultados produzidos no contexto deste projeto serão de propriedade da Coordenação-Geral de Mudanças Globais de Clima.

·         PNUD dá oportunidades iguais a todos os candidatos e incentiva particularmente os afro-brasileiros e mulheres a se candidatarem.

SUBMISSION OF APPLICATIONS 

·         Click "Apply Now". After filling the fields and clicking in "Submit Application", you MUST attach in the next page (upload resume) the UNDP Personal History Form - P11 (instead of your CV).

·         The P11 can be found in: http://www.pnud.org.br/arquivos/p11.doc

·         Only applications made on UNDP Personal History Form - P11 and submitted on time in the UNDP Jobs System will be examined.

·         All applications will be treated with the strictest confidence. 

·         Due to the volume of applications received, receipt of applications cannot be acknowledged individually. 

·         Only short-listed applicants will be contacted.

UNDP is committed to achieving workforce diversity in terms of gender, nationality and culture. Individuals from minority groups, indigenous groups and persons with disabilities are equally encouraged to apply. All applications will be treated with the strictest confidence.

 

http://jobs.undp.org/cj_view_job.cfm?cur_job_id=47301

 

Monday, June 23, 2014

Descréditos de carbono

Descréditos de carbono

08/10/2013 11:39

 

O Planeta buscava um substituto para o petróleo. Parece ter encontrado: o gás de xisto e o carvão mineral. O crescimento da produção norte-americana do gás de xisto mudou o panorama da geração de energia. Esse gás substitui a cada dia mais carvão, cujo excedente é exportado para Europa a baixo preço. Isso derrubou o preço do carvão em todo o mundo, principalmente na Ásia. O mundo se prepara para trocar um combustível fóssil por outro, mais abundante e barato. E fossiliza conquistas ambientais.

As termoelétricas europeias a carvão mineral aumentam seus lucros. Sobra carvão e com preços tão baixos, empresas como a norueguesa Statkraft, a alemã E•ON, a checa CEZ e a britânica SSE fecham e hibernam centrais a gás, incluindo plantas moderníssimas. Os lucros caíram mais de 90% no primeiro semestre de 2013, em usinas com ciclo combinado de gás. A RWE, maior geradora da Alemanha, obtém 62% de sua produção do carvão mineral e incrementou a produção em 16% em 2012. A Xstrata, a maior empresa exportadora de carvão mineral, baixou em 17,3% seus contratos para a geradora Tohoku do Japão. Depois de Fukushima, o Japão substitui a energia elétrica atômica pelo carvão. O adicional de emissões de CO2, tanto no Japão como na Alemanha, pelo fechamento das usinas atômicas, é enorme. Pouco se comenta sobre isso.

O uso do carvão aumentou as emissões de CO2 na União Europeia (UE), tão engajada no discurso ambiental. Os países europeus não cumpriram as metas de redução de CO2, previstas no Protocolo de Kyoto, apesar da crise econômica e da substituição de sua produção industrial pela China. A importação de carvão estadunidense pela Europa cresceu 23% e atingiu 66,4 milhões de toneladas em 2012. Nos 27 países da UE, a geração de energia a partir de carvão ultrapassou o gás e atingiu seu nível máximo dos últimos 17 anos. E o máximo das emissões de CO2.

O chamado mercado de carbono, essencialmente europeu, veio abaixo. Sobram quotas de carbono e ninguém se interessa. Em Abril, o Parlamento Europeu votou uma sentença de morte ao mercado de carbono: rejeitou limitar as autorizações de emissões CO2 proposta pela Comissão Europeia. Uma tonelada de CO2 valia 30 Euros em 2008. Caiu para 2,75 Euros, seu nível histórico mais baixo. Para completar, a European Union Emissions Trading Scheme envolveu-se em escândalos, como roubo de licenças de emissão de CO2 e fraudes fiscais. O descrédito do mercado de carbono freou investimentos em alternativas de geração de energia. A UE aliviou as exigências ambientais para a indústria, face à crise econômica. Ocorre uma renacionalização da política climática e o abandono da política de Bloco.

No futuro, os EUA exportarão gás em volume suficiente para mudar o panorama mundial. A reserva estadunidense é suficiente para abastecer o mercado por mais de 100 anos, segundo cálculos da Administração de Informação sobre Energia. O avanço tecnológico na extração do gás de xisto prossegue. Segundo os técnicos, ele reduzirá diversos problemas ambientais, como contaminação hídrica e emissões de metano. Quando?

As 48 reservas de gás de xisto estão em 28 Estados dos EUA e 26 estão em exploração. Na Pensilvânia, Nova York, Ohio e Virgínia Ocidental, há 6 mil poços em operação, só na formação geológica Marcellus. O gás de xisto, menos poluente, deslocará o carvão na geração de energia elétrica no EUA, onde metade da eletricidade ainda é gerada em térmicas a carvão. Em 2012, ele gerou US$ 238 bilhões, cerca de 1,7 milhão empregos e US$ 62 bilhões em impostos, além de efeitos indiretos obtidos pela redução dos preços de eletricidade, gás e produtos químicos.

O gás de xisto já substitui o diesel em ônibus e caminhões. São poucos postos com o combustível nos EUA, mas a rede de gasodutos tem 38 mil quilômetros. O gás será um combustível cada vez mais competitivo e, ao levar ao túmulo o mercado de carbono, talvez carregue junto o sonho do etanol como commodity internacional, destinando-o a ser, basicamente, um produto de consumo interno nos países produtores. Se tanto.

Como essa nova realidade interfere na política brasileira de produção de biocombustíveis? E no mercado internacional de etanol? Uma equipe da Embrapa Gestão Territorial estuda seus impactos na agroenergia, mas o alcance da mudança pode ser muito maior. Devido à produção crescente de gás de xisto nos EUA e seu baixo preço, companhias brasileiras já suspenderam projetos de construção de hidrelétricas na América Central. Em outras situações, a energia hidrelétrica poderá perder competitividade com a termoelétrica. Qual será a conta ambiental de todo este processo?

O gás de xisto pode afetar o futuro Pré-Sal. Já é real a fuga de investimentos produtivos no setor petroquímico do Brasil para os EUA, onde o preço da matéria prima e da energia é menor. Apesar de a Agência Nacional do Petróleo ter marcado o primeiro leilão de blocos de gás de xisto para o fim de Outubro, ainda falta o país conhecer e dominar a tecnologia envolvida nessa exploração e avaliar seus riscos ambientais.

Muitos no agronegócio brasileiro discutem combustíveis renováveis, redução das emissões de CO2, pegadas de carbono, agricultura de baixo carbono e propõem programas ambientais em cenários ultrapassados. A era da energia fóssil está longe de acabar. Esses cenários viraram carvão. O Brasil está destinado a compensar e fixar o carbono emitido pela China e países desenvolvidos? Deve renunciar ao Pré-Sal e à exploração de suas reservas de gás de xisto? Os carbonários do carbono ignoram os impactos desse gás e das novas tecnologias e mudanças associadas a ele?

A surpreendente emergência do gás de xisto ilustra o quanto é fundamental a inovação tecnológica e desafia o planejamento nacional. Ao ser alertado sobre o possível esgotamento das reservas de petróleo pela intensidade de sua exploração, uma autoridade saudita declarou: a prioridade é vender as reservas antes da emergência de novas tecnologias.

A Idade da Pedra não acabou por falta de pedra.

Evaristo Eduardo de Miranda é doutor em ecologia e pesquisador da Embrapa.



Leia mais: http://www.ecologicambiental.net/news/descreditos-de-carbono/

Tuesday, June 10, 2014

Caixa ajusta estratégia do FI-FGTS

3. Intelog - RS (09/06/2014)

Caixa ajusta estratégia do FI-FGTS

Economia

Por Alex Ribeiro | De Brasília

A Caixa Econômica Federal passou a privilegiar grandes empresas na seleção de projetos para receber recursos do FI-FGTS, um fundo de R$ 40 bilhões que faz investimentos em infraestrutura com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O objetivo é assegurar parceiros com fôlego financeiro para sustentar os empreendimentos até a sua maturação, evitando maus negócios como os aportes feitos em 2010 na Rede Energia e na Nova Cibe.

"Investimentos em infraestrutura são por natureza arriscados porque têm um ciclo longo", afirma o vice-presidente de gestão de ativos de terceiros da Caixa Econômica Federal, Marcos Vasconcelos. "Faz sentido buscar parceiros com capacidade para suportar momentos de estresse."

A reorientação ocorre quando o FI-FGTS se prepara para aplicar R$ 10 bilhões em novas obras de infraestrutura, o maior volume de recursos de sua história. E num ambiente um tanto conturbado, com questionamentos sobre a sua política de aplicação de recursos. Nas últimas semanas, o fundo foi acusado de conflito de interesses pela Odebrecht Ambiental por estudar investimentos em uma concorrente, a
 Estre Ambiental; de concentrar de forma desproporcional as suas aplicações no grupo Odebrecht; e de intensificar o repasse de recursos a grandes empreiteiras, notórias financiadoras de campanha, durante um ano eleitoral.

Vasconcelos diz que não comenta seu relacionamento com a Odebrecht. "O que posso dizer é que estamos satisfeitos com os investimentos que temos com esse parceiro", disse. Ele pondera que a Odebrecht corresponde a apenas 9,5% dos R$ 40 bilhões destinados pelo FGTS ao fundo de investimento, bem abaixo do limite de exposição de 30% para um grupo econômico. E que não existe nenhuma decisão para privilegiar empreiteiras durante as eleições. "O ciclo de aprovação de projetos leva em média um ano", afirma Vasconcelos.

Em 2010, o FI-FGTS já havia entrado no noticiário por ter investido na Rede Energia e na Nova Cibe, duas empresas que atravessaram problemas financeiros. Ao fim, o fundo não teve perdas porque havia cláusulas que permitiam transformar os investimentos em empréstimos, evitando que virassem pó em processos de recuperação judicial. Mas ficou a lição de que, para evitar contratempos como esses, será necessário examinar a capacidade de o parceiro injetar dinheiro se houver contratempos.

Pouco depois desses episódios Vasconcelos foi deslocado da área de controle de risco da Caixa para cuidar da gestão de ativos de terceiros. "A aprovação de uma operação passa por diversas áreas e comitês e está sujeita a auditorias externas", disse.

O banco faz a gestão do fundo, levantando propostas de investimento e conduzindo todos os estudos de viabilidade. Cabe à Caixa a tarefa de prospectar oportunidades. "Soubemos, por exemplo, por uma notícia de jornal que a Vale Logística estava à procura de sócio, em 2012. Enviamos uma carta a eles informando nosso interesse de investir e a operação foi adiante."

A escolha de empresas segue as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Curador do FGTS. Cada operação deve ser aprovada por três quartos do comitê de investimento, formado por 12 membros - metade do governo (incluindo a Caixa) e a outra metade dividida entre representantes patronais e de trabalhadores. Além disso, também são submetidas à aprovação de um comitê formado por alguns membros da diretoria executiva da Caixa, pois o banco dá a garantia de crédito às operações.

Por Valor Econômico - SP

 

Wednesday, June 4, 2014

Fundo FI-FGTS, da Caixa, procura empreiteiras para investir R$ 7 bi

Fundo FI-FGTS, da Caixa, procura empreiteiras para investir R$ 7 bi

 

Ter, 03 de junho de 2014
Fonte: Folha de S. Paulo

O comando do fundo de investimentos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o FI-FGTS, quer engordar a fatia de recursos aplicados em grandes empreiteiras.

 

Neste ano, a meta é aplicar R$ 7 bilhões em novos projetos, a maior parte do montante nas empresas de construção, apurou a Folha.

 

Todas as maiores empreiteiras do país já foram procuradas para que apresentem propostas, mas os executivos da Caixa Econômica Federal, que tem a gestão do fundo, olham alguns segmentos com mais interesse.

 

Na mira, estão os negócios de energia da Queiroz Galvão, os de saneamento e rodovias da Galvão, a concessionária de rodovias CCR, que tem como acionistas Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, e a Invepar, controlada pela OAS e que atua no segmento de rodovias e aeroportos.

 

A justificativa dos gestores da Caixa é que a concentração de investimentos na Odebrecht, concorrente direta dessas empreiteiras, ficou muito alta. No total, o fundo já investiu R$ 26,9 bilhões, mas há autorização para aplicar até R$ 40 bilhões.

 

 

 

 

A Odebrecht é de longe a companhia que mais foi beneficiada com aportes. Nos últimos quatro anos, foram R$ 3,8 bilhões autorizados para empresas do grupo. Isso representa 9,5% dos recursos que o fundo tem a sua disposição para investir.

 

A OAS, vice-líder, recebeu investimentos de apenas R$ 1,2 bilhão ou 2,6% do total.

 

Apesar de já ter autorização para aumentar o volume de recursos aplicados, diversificar a carteira pode não ser tarefa tão simples.

 

Além de enquadrar as empresas nas exigências do fundo –que só pode injetar dinheiro em projetos de infraestrutura–, os técnicos da Caixa dependem do aval do Comitê de Investimento, que é politizado e conta com representantes de governo, empregadores e trabalhadores.

 

O comitê, por exemplo, negou dois projetos da Petrobras que a Caixa havia selecionado, entre eles um investimento no Comperj. A ideia é reapresentá-los este ano.

 

À espera de aprovação estão ainda a injeção no Estaleiro Atlântico Sul, da Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez, e na empresa de saneamento Estre.

 

Esse último investimento causou reação da Odebrecht, que passou a alertar os conselheiros sobre conflito de interesses. O FI-FGTS já investe na Odebrecht Ambiental, concorrente da Estre.

 

RISCO POLÍTICO

 

A aposta em despejar bilhões em ano eleitoral em empreiteiras é arriscada do ponto de vista político, avaliam funcionários do banco ouvidos pela Folha.

 

Eles argumentam que a escolha seguirá critérios técnicos, mas sabem que, como as construtoras costumam ser doadoras de campanha, o movimento pode ser interpretado como uma forma de favorecê-las financeiramente.

 

Internamente, contudo, a principal preocupação é não colocar dinheiro em novos "micos". Em 2010, ano da última corrida presidencial, o fundo aplicou R$ 900 milhões no Grupo Rede, dono de distribuidoras de energia, e na Nova Cibe, empresa criada pelo grupo Bertin para a construção termelétricas.

 

As duas empresas quase quebraram. Procurada, a Caixa não quis dar entrevista.

 

http://www.portalntc.org.br/aeroviario/fundo-fi-fgts-da-caixa-procura-empreiteiras-para-investir-r-7-bi/53873