Wednesday, February 9, 2011

Sabesp utiliza material reciclado de entulho em obra de adutora

A Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo avaliou a utilização de agregados obtidos através da reciclagem de resíduos de construção civil para fechamento de valas das obras da adutora Mutinga-Vila Iracema. O projeto objetiva melhorar o abastecimento na região oeste da Grande São Paulo. O material provém da Ureosasco – Usina de Reciclagem de Entulho de Osasco.

“Além da redução de 50% nos custos, o teste poderá levar a Sabesp a utilizar o material reciclado em maior escala, em especial em base para pavimentação, reduzindo os impactos ambientais em relação à extração de minérios, como a areia e brita”, explica Marcelo Morgado, assessor de Meio Ambiente da presidência da Sabesp.

A iniciativa visa ainda à inovação nas técnicas aplicadas nas obras e colabora com o trabalho socioambiental da empresa, já que a reciclagem destes resíduos contribui com a ampliação da vida útil dos aterros.

Nos trabalhos foram utilizados 212 m³ de agregados leves de construção civil, com granulometria (distribuição de tamanho dos grãos) equivalente à da areia para o envelopamento do trecho de adutora e à da brita tipo 2 e bica corrida para a recomposição da pavimentação. Os materiais usados, analisados pelo laboratório Concremat durante todo o processo, foram originados de resíduos de concreto moído, peneirado e separado.

Em abril de 2010, após visita às instalações da Ureosasco, a Superintendência de Manutenção Estratégica (MM) da Sabesp enviou uma remessa de resíduos de obras da companhia para serem reciclados pela usina. A MM, setor da empresa de saneamento responsável pelos serviços de reparos e grandes intervenções, está conduzindo a experiência com o material obtido pela reciclagem.

Maurício Izidoro, engenheiro da MM, coordenador dos testes, desenvolve sua tese de mestrado no IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas voltada ao uso do material reciclado proveniente de resíduos de construção civil. “Estou confiante no potencial do agregado de entulho para sub-base de pavimentação. A disseminação do uso no confinamento de tubulações, porém, depende de rigorosa segregação do entulho que chega às usinas de reciclagem, para se evitar a presença de gesso, argila, cerâmicas e lixo. Para isto é preciso controle nas demolições”, explica.

http://rmai.com.br/v4/Read/550/sabesp-utiliza-material-reciclado-de-entulho-em-obra-de-adutora-.aspx

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