Monday, October 1, 2012

Energia eólica pode ser usada em larga escala, aponta estudo


Cientistas publicaram na Nature Climate Change um novo relatório que reforça a possibilidade de pleno uso de energias renováveis, mas especificamente da eólica. De acordo com o documento, os ventos em áreas planas têm potencial de produzir 400 terawatts de energia, e até 1800 terawatts em áreas de altitude elevada com muito vento. A estimativa é bem distante dos índices atuais, que giram em torno dos 18 terawatts.
O relatório então sugere que as usinas utilizam um percentual pequeno de suas capacidades. O autor do relatório, Ken Caldeira, fala abertamente sobre o principal motivador de baixos investimentos no setor no Science Daily: “Analisando esses dados, é evidente que são fatores econômicos, tecnológicos e políticos que ditam o aumento do uso de energia eólica no mundo, muito mais que limitações geofísicas”.
A energia eólica é obtida quando se converte a energia mecânica do giro das hélices em energia elétrica. A grande vantagem dessa fonte é o fato de não ser necessário utilizar combustível fóssil, além de não precisar alagar e desapropriar grandes porções de terra, como é o caso das hidrelétricas. A energia eólica é uma opção limpa e comprovadamente eficaz.


Google compra energia eólica para data center em Oklahoma

Na véspera de completar 14 anos de existência, a gigante de buscas Google negociou a compra de 48 megawatts (MW) em energia eólica para seu data center em Oklahoma.
Segundo a gigante da internet, com os níveis atuais de energia renovável somado à nova compra, a companhia possui mais de 260 MW, sendo que apenas um Megawatt tem a capacidade de energizar cerca de mil moradias. O contrato foi firmado na última quarta-feira (26).
A empresa de buscas está trabalhando em parceria com uma corporação elétrica local, desde a inauguração do data Center em 2011, a fim de obter energia renovável adicional.
O Google busca comprar a energia do projeto da Canadian Hills, que tem capacidade geradora de 298 MW. A usina eólica deste projeto é 99% controlado pela Atlantic Power, companhia de energia elétrica.
Neste ano, o Google já anunciou o interesse em investir em soluções verdes e sistemas de economia de energia em um centro de dados da empresa que será construído em Taiwan. A mudança deverá representar uma economia de 50% nos gastos energéticos, se comparado às instalações tradicionais de centrais de armazenamento de dados. Com informações do Estadão.

Geradora paranaense vende 230 mil RCEs a € 1,7 cada

A Elejor - Centrais Elétricas do Rio Jordão, geradora paranaense de energia hidrelétrica, realizou um leilão em 20 de setembro para a venda de 229.464 créditos de carbono. Este foi o terceiro leilão organizado pela empresa para a venda dos créditos, desta vez sem um preço mínimo. 

A vencedora do leilão foi o grupo internacional Mercuria Energy Trading S.A, que atua nos mercados mundiais de energia, pagando € 1,7 ( R$ 4,4) por tonelada de dióxido de carbono equivalente na forma de Reduções Certificadas de Emissões (RCEs).

As RCEs, aprovadas sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo com a 'Metodologia consolidada para geração de eletricidade conectada à rede por fontes renováveis', são provenientes do Complexo Energético Fundão Santa Clara, incluindo duas usinas com potência de 120 MW cada e duas Pequenas Centrais Hidroelétricas que somam 6,1 MW. Os créditos são referentes ao período de maio de 2008 a abril de 2009.
 
"Uma vez que os mercados estão muito instáveis e os preços muitos baixos, preferimos deixar os preços em aberto. Quem oferecer o maior preço leva", disse o diretor financeiro, Christian Crivellaro, à Reuters em agosto ao lançar o leilão.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=731942

Mais créditos entrarão no mercado de carbono já saturado


A European Energy Exchange (EEX), em nome da Alemanha, e a ICE Futures Europe (ICE), da parte da Inglaterra, anunciaram na sexta-feira (28)seus calendários para o leilão de permissões de emissão da União Europeia (EUAs). 
Os dois países optaram por não fazer parte da plataforma centralizada do esquema de comércio de emissões do bloco (EU ETS, em inglês) e realizarão seus leilões de forma independente porém coordenada com o sistema, que envolve outros 24 membros da UE.
A EEX leiloará um total de 23,5 milhões de EUAs, divididas em sessões semanais nas sextas-feiras pela manhã, a partir de 12 de outubro. A bolsa também realizará duas sessões específicas para o setor de aviação. Como representante da plataforma comum, a EEX leiloará também EUAs dos outros países membros do bloco nas terças e quintas a partir do final de outubro.
A ICE pretende conduzir dois leilões em 21 de novembro e cinco de dezembro, além de outros dois para o setor de aviação (26 de novembro e 10 de dezembro). Os volumes não foram revelados, mas o governo britânico pode leiloar até 12 milhões de EUAs da terceira fase até o final do ano.
Os países membros da UE decidiram em 2011 que 120 milhões de EUAs referentes à terceira fase do EU ETS seriam leiloadas até o final de 2012 para que as companhias de energia cobertas pelo esquema pudessem se preparar para a fase que abrange o período 2013-2020, já que a venda de energia é realizada antecipadamente.
A partir de 2013, a cota de permissões de emissão distribuída gratuitamente às empresas do setor de energia cairá consideravelmente, com grande parte tendo que ser adquirida nos leilões.
As estimativas do excesso de EUAs no mercado europeu de carbono superam a marca de um bilhão.



Wednesday, September 26, 2012

Comissão Europeia deseja ação rápida para elevar preço do carbono

Apesar de negar querer exercer o papel de gerenciador de preços e preferir deixar as regras livres de mercado decidirem o preço dos créditos de carbono, o diretor geral do Departamento de Ação Climática da Comissão Europeia afirmou nesta quarta-feira (26) que algo precisa ser feito em curto prazo para elevar o preço das permissões de emissão da União Europeia (EUAs).

“Nós queremos assumir a gestão do preço do carbono? Não. Mas estamos vendo as EUAs sendo negociadas abaixo de €10/t, o que freia osinvestimentos em tecnologias limpas”, declarou Jos Debelke.

Nesta terça-feira (25) as EUAs chegaram a ser negociadas a €7,46/t no Esquema Europeu de Comércio de Emissões (EU ETS). Quanto mais barato o carbono, mais empresas preferem comprar créditos do que investir em melhorias para reduzir as emissões.

“O mercado está funcionando bem de um ponto de vista técnico. Entretanto, estamos assistindo a um desequilíbrio crescente entre oferta e demanda. Por isso queremos uma política de curto prazo para lidar com o problema”, disse Delbeke. 

O excesso de créditos no mercado é resultado de regras fracas para a geração e distribuição de créditos e da recessão europeia, que derrubou a produção industrial e, por consequência, as emissões.

Diante disso, a Comissão Europeia estuda adiar o leilão de um volume de créditos que varia entre 400 milhões a 1,2 bilhãos para diminuir a oferta. 

“Vamos apresentar uma proposta concreta em breve, para que seja votada ainda neste ano pelo Comitê Europeu de Mudanças Climáticas”, declarou Debelke.

O diretor geral também afirma estar preocupado com os impactos das novas regras do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) no EU ETS. 

“Recentemente aprovaram a decisão de que novas termoelétricas poderão gerar créditos se adotarem tecnologias de carvão limpo. Isto pode inundar com créditos ainda mais os mercados de carbono do planeta. Precisamos estar prontos para lidar com este problema também”, concluiu Delbeke.

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias/noticia=731914

Tuesday, September 25, 2012

Alstom intends to acquire Tidal Generation Ltd from Rolls-Royce


25/09/2012
Alstom has signed an agreement with Rolls-Royce to acquire Tidal Generation Limited (TGL), a wholly owned subsidiary of Rolls-Royce Plc, specialised in the design and manufacture of tidal stream turbines. Alstom’s acquisition of TGL is expected to be completed within the next few months, subject to closing conditions.
TGL is at the forefront in the design, development and manufacture of tidal stream turbines which capture and convert the energy of tidal streams to generate electrical power. TGL’s first 500kWe unit was successfully installed at the European Marine Energy Centre (EMEC) at Orkney in Scotland. It generated and fed into the grid over 250MWh of electricity – enough power to supply the equivalent of 300 homes - averaging 12 hours of operation each day.
This acquisition reinforces Alstom’s position in renewable power as the company with the broadest and most complete range of products and systems, from hydro to wind, geothermal, biomass and solar. It will complement Alstom’s on-going research and development activities on ocean energies that are based in Nantes, France. It gives Alstom the opportunity to build a complete portfolio of tidal products and technologies which is necessary to cover the wide range of site conditions and to meet all customer needs.
TGL, which is based in Bristol, UK and employs 29 people, will benefit from Alstom’s experience in the energy industry, its global presence in 100 countries and its integrated offer including power generation and transmission.
TGL was the first EMEC located project to receive UK Renewable Obligations Certificate.  As part of the Energy Technologies Institute commissioned and co-funded ReDAPT (Reliable Data Acquisition Platform for Tidal) consortium project, TGL’s 1MW tidal turbine will be installed in EMEC’s water by the end of 2012 and will be tested in various operational conditions off Orkney over a two-year period. Detailed environmental and tidal stream information will be measured to help the marine renewable industry understand the challenges that must be addressed for tidal technology to be developed on a commercial scale.
With this acquisition, Alstom strengthens its position in a promising market and complements an already large offer of cutting-edge renewable energy technologies” said Jérôme Pécresse, President of Alstom Renewable Power. “This new step sets Alstom as a leader in ocean energies, with its Haliade™ 150 offshore wind turbine and its stake in AWS Ocean Energy Ltd, Scotland’s pioneering company in the wave energy, with whom we will provide wave devices for the world's largest wave farm off the coast of Orkney in Scotland. We now intend to be rapidly in a position to participate to pilot farms projects and develop a tidal turbine commercial offer” added Jérôme Pécresse.

Monday, September 24, 2012

Estre compra 11% da americana Star Atlantic Waste Holdings


Avaliada em 100 milhões de dólares, transação dará margem para "cooperação estratégica" entre as companhias


São Paulo - O grupo de saneamento Estre desembolsou 100 milhões de dólares por uma fatia de 11% da Star Atlantic Waste Holdings, holding americana de gestão de resíduos sólidos.

Em comunicado, a Estre afirmou que a operação permitirá uma cooperação estratégica entre as duas companhias, com transferência de tecnologia e depráticas de gestão.
Na carteira da Star Atlantic, estão as empresas Advanced Disposal Services (ADS), Interstate Waste Services (IWS) e Veolia Environmental Services North America Corp. Juntas, elas entregam uma receita anual de aproximadamente 1,4 bilhão de dólares.
Com atuação nas regiões central, nordeste e sudeste dos Estados Unidos, a Star Atlantic desenvolve serviços de coleta, transporte, tratamento, reciclagem e destinação de resíduos. A holding conta com 47 aterros, 26 plantas de reciclagem e uma frota de 3.000 caminhões.
aquisição não é a primeira investida internacional da Estre. Em 2003, a companhia brasileira venceu a licitação para implantar o Complexo Ambiental Ensenada em Buenos Aires, na Argentina. A Estre também é responsável pela operação do Centro de Gerenciamento de Resíduos Doña Juana, na Colômbia.
Fundada em 1999, a empresa atua em toda a cadeia do lixo, recebendo anualmente mais de 14 milhões de toneladas de lixo por ano. Em 2011, a Estre registrou um faturamento de 1,2 bilhão de reais. 

Friday, September 21, 2012

País tem 4.000 lixões e só recicla 2% do potencial

Rio de Janeiro. O Brasil ainda tem 4.000 lixões e apenas 30% a 40% do lixo total coletado no país são dispostos em aterros sanitários adequados. Além disso, a reciclagem é muito baixa, segundo o secretário da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), Antonio Simões Garcia. Ele informou que os serviços de aproveitamento de material descartado não transformam no país sequer 2% do volume que pode ser reciclado.

À Agência Brasil, Garcia disse que estão "muito próximos da realidade" os números divulgados na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais apenas 40% do lixo separado dentro de casa pelos brasileiros é coletado seletivamente ao chegar na rua.

Alex Cardoso, da coordenação nacional do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), acrescentou que, do total de lixões ainda existentes no Brasil, 1.700 estão no Nordeste. "Chega a haver cidade com dois lixões", informou. O MNCR avalia que há grande mobilização da sociedade em torno da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que exige a coleta seletiva para municípios com mais de 30 mil habitantes.

Na avaliação de Cardoso, no entanto, esse processo ainda é "tímido" no Brasil, "porque a política já tem dois anos e cerca de 40% dos municípios brasileiros ainda têm lixões e não dispõem de sistema de coleta seletiva". O integrante do MNCR lembra que, até 2014, os lixões terão que ser desativados.

http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=211890,OTE

Município de São Paulo aprova plano de gestão de resíduos sólidos


 capital paulista aprovou o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de São Paulo. O documento foi publicado por meio do Decreto nº 53.323, de 2012. Seu conteúdo está disponível para consulta pelo site da prefeitura (www.prefeitura.sp.gov.br). As prefeituras que não fizeram isso até o fim de agosto, conforme prazo estabelecido pela Lei federal nº 12.305, de 2010, correm o risco de responder a ações civis públicas.
Antes mesmo do fim desse prazo, o Ministério Público de alguns Estados exigiu dasprefeituras a apresentação de planos para o cumprimento da política nacional de coleta e reciclagem de resíduos sólidos.
O plano paulistano não traz novas obrigações para os empresários. Faz apenas um diagnóstico otimista da cidade em relação ao assunto e consolida as normas municipais a respeito. “Trata-se de uma espécie de cartilha porque reúne a legislação municipal sobre questões pontuais, por exemplo, a reciclagem de pilhas”, afirma a advogada Helena Lobo da Costa, do escritório Demarest & Almeida Advogados.
Segundo o advogado Fabricio Soler, do escritório Felsberg e Associados, até agosto, menos de 10% dos municípios brasileiros apresentaram seus respectivos planos no prazo, que venceu no mês de agosto. “Considerando a complexidade da gestão local e o tamanho da cidade isso é positivo”, afirma o advogado especialista em direito ambiental.
Uma inovação da legislação é a participação da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) para o gerenciamento das informações e processos sobre logística reversa no município. O plano prevê que, até 2014, serão estabelecidas parcerias para a coleta de produtos passíveis de reciclagem vidros, principalmente, dos órgãos públicos municipais. “Isso mostra que eles estão olhando para dentro também”, diz Soler. Determina ainda que serão realizados investimentos em centrais de triagem, polos de reciclagem, contêiners e postos de entrega voluntária até 2015.
A Lei federal de Resíduos Sólidos determina que os municípios deverão desativar seus lixões até 2014.
Porém, também há criticas ao plano paulistano. Segundo Helena, o documento não apresenta data para a realização de audiências públicas para envolver mais a sociedade no debate sobre o assunto, nem valores de previsão orçamentária para o alcance das metas do próprio município. Já Soler critica o fato de o plano estabelecer que a prefeitura proporá medidas inspiradas na lei municipal de logística reversa.
Segundo o advogado, essa lei prevê prazos absurdos e metas inexequíveis de recompra gradual de resíduos. Por exemplo, no primeiro ano, o comércio teria como meta recomprar 50% das embalagens dos produtos vendidos no primeiro ano, 75% no segundo e 90% no terceiro ano. “É o que prevê a Lei municipal nº 13.316, de 2002, em desacordo com a lei federal de resíduos sólidos”, diz o advogado.
Valor Econômico de 20.9.2012.

Thursday, September 13, 2012

Bioenergy consegue vender energia solar no mercado livre e erguerá usina na Bahia


A Bioenergy conseguiu abrir as portas para a comercialização da energia solar fotovoltaica no ambiente de contratação livre (ACL). Em um certame inédito, realizado no último dia 7 de agosto, a empresa vendeu em torno de 2,5MWh solares, que viabilizarão a construção de uma usina na Bahia. Os contratos firmados serão assinados na próxima semana.
"Foi o primeiro leilão solar do mercado brasileiro e o resultado foi positivo", comemora Sérgio Marques, presidente da empresa. Agora, a Bioenergy prevê investir entre R$20 milhões e R$22 milhões para erguer um empreendimento de 3MW no município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, distante 800 quilômetros da capital Salvador. Até o final de agosto, serão definidos tecnologia e fornecedor dos equipamentos.
Marques conta que os compradores são principalmente empresas que acabaram de migrar para o ambiente livre porque sentiam que pagavam tarifas muito altas no mercado cativo. "Não tivemos muitas propostas, mas foi o suficiente", resume o executivo. Segundo ele, a energia solar foi comercializada pouco acima do preço piso do edital, que era de R$ 250 por MWh.
Perguntado se mercado está maduro suficiente para pagar mais caro por uma geração limpa, como é a energia solar, Marques foi categórico. "Não. Ainda são ações isoladas de algumas instituições vanguardistas. O mercado não está preparado, mas deveria."
Além da energia solar, a Bioenergy comercializou outros 10MWh eólicos, a um preço médio de R$ 120 por MWh.

http://www.jornaldaenergia.com.br/ler_noticia.php?id_noticia=10796&id_tipo=3&id_secao=8&id_pai=2&titulo_info=Bioenergy%20consegue%20vender%20energia%20solar%20no%20mercado%20livre%20e%20erguer%26aacute%3B%20usina%20na%20Bahia&goback=%2Egmp_3834711%2Egde_3834711_member_145722283