Thursday, September 6, 2012
O mercado de carbono entre 28 de agosto e 04 de setembro
As EUAs para dezembro de 2012 continuam firmes em € 8/t. Na sexta-feira, as RCEs para dezembro de 2012 estavam em €2,80/t, caindo 7% em relação à semana anterior, porém ficando na média das últimas semanas.
Com o fim das férias de verão na Europa, a atividade deve voltar aos mercados, apesar de que um panorama de mudança só é previsto para o final de outubro, quando alguma novidade sobre as discussões para a intervenção da Comissão Europeia no cap and trade deve surgir.
A entrada de uma enorme quantidade de RCEs provenientes de projetos de gases industriais aprovados sob o MDL despertou uma onda de vendas na quinta-feira (30). Cinco projetos (entre 19 em avaliação) envolvendo o HFC-23 tiveram 3,6 milhões de RCEs emitidas.
Os traders foram surpreendidos pela entrada repentina especificamente destas RCEs no mercado já que o Comitê Executivo (CE) do MDL está investigando a metodologia de tais projetos e não se tinha certeza sobre qual o volume que seria expedido. Agora, os traders especulam quantas RCEs ainda serão de fato aprovadas pelo CE até maio de 2013, quando as novas unidades provenientes de gases industriais não serão mais elegíveis sob o MDL.
O Barclays Capital estima que até 80 milhões de RCEs provenientes do HFC-23 ainda poderiam entrar no mercado, mas pondera que é difícil prever já que o CE está conduzindo análises caso a caso dos projetos.
http://www.institutocarbonobrasil.org.br/analise_financeira/noticia=731705
Monday, September 3, 2012
Energia a partir do lodo
Energia a partir do lodo
Experiências internacionais e até uma de MG mostram que rejeito de estação de tratamento de esgoto pode ser transformado em combustível e fertilizante, e poluir menos os aterros
Felipe Canêdo
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. A máxima do químico francês Antoine Lavoisier pode servir como meta para uma tecnologia que começa a ser difundida no Brasil, aproveitando até o asqueroso lodo proveniente de estações de tratamento de esgoto para gerar energia e reduzir o impacto ambiental causado pelo armazenamento de milhões de litros de resíduos em centenas de aterros sanitários espalhados pelo país. A crescente demanda por sustentabilidade e consciência ambiental do momento em que vivemos alavanca a busca pelo aproveitamento máximo de absolutamente tudo na sociedade, inclusive o composto fétido que desce diariamente pelos encanamentos das grandes cidades. A possibilidade de gerar energia elétrica a partir dele empolga estudiosos e empresários em todo o mundo.
Uma empresa norueguesa desenvolveu um novo processo chamado hidrólise térmica, onde o lodo do tratamento de esgotos é colocado em um equipamento que simula uma grande panela de pressão. Posteriormente, com alta temperatura e pressão, a tampa é aberta abruptamente e as células das bactérias estouram, o que faz com que o conteúdo dentro delas seja liberado. Isso faz com que a digestão do material seja feita de forma muito mais rápida e eficiente, e que o volume do lodo seja reduzido ao máximo. Outra tecnologia que aumenta a eficiência do digestor ainda mais é a de uma empresa alemã, que pega o lodo já digerido pelas bactérias e o incinera, aproveita os gases da queima em microturbinas para gerar mais energia.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) aproveita o gás gerado pelo lodo para girar turbinas e produzir energia em uma das suas estações de tratamento de esgoto, em Belo Horizonte. Com capacidade de gerar 2,4 megas de energia - quantidade que pode abastecer uma cidade de 15 mil habitantes - a estação poderia ser autossustentável, mas não pode usar 100% da energia gerada por ela mesma, devido à legislação vigente.
O superintendente de Serviços e Tratamento de Afluentes da companhia, Eugênio Álvares de Lima e Silva, afirma que poderá haver interesse de futuramente aproveitar novas estações no estado - as que têm capacidade de processamento de 100 litros por segundo - para aproveitar energia. O engenheiro defende que há vantagens significantes para se usar a nova tecnologia e conta que a empresa está construindo uma estação mais avançada em Ibirité, na Região Metropolitana de BH. "Estamos em obra para construir uma outra estação, que vai aproveitar também a queima do lodo, que quando seca vira praticamente um carvão e pode servir como combustível", diz.
O gerente de tecnologia do Grupo Águas do Brasil, que reúne empresas que operam no setor nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas, o engenheiro químico André Lermontov, concorda que o processo pode representar avanços tanto econômicos como ambientais, mas ressalta que ainda há muito a ser feito no país. "No Brasil, o pensamento é assim: o lodo é um produto que vai gerar despesa com transporte para um aterro sanitário. Lá fora, querem projetar estações para gerar o máximo de lodo possível, para gerar mais energia", explica. O tratamento da matéria orgânica dos esgotos é feito em reservatórios com bactérias, que consomem resíduos em um processo que tem como subproduto o gás metano, e a energia elétrica é obtida com o seu uso.
"O lodo é uma massa de bactérias, e elas saem de dentro do reator em uma concentração muito diluída", afirma Lermontov, "em uma proporção de aproximadamente 98% de água e 2% de bactérias". O engenheiro argumenta que, diante disso, paga-se para transportar água para um aterro sanitário. Quando o lodo é aproveitado para a geração de energia, a concentração do composto chega a 20% de bactérias. Portanto, além da energia que pode subsidiar as estações de tratamento, o volume de rejeito que segue para os aterros sanitários é menor, explica.
Lermontov admite que o investimento é maior para que se possa obter energia do lodo: "Você precisa comprar os equipamentos necessários, mas torna sua estação muito mais sustentável", argumenta. Inclusive, ele lembra, o gás metano que é usado é considerado um destruidor da camada de ozônio. "Além disso, o ganho de energia e a redução nos gastos com aterramento valem a pena", ressalta. Outra questão a ser levada em conta é que o processo também está de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida em 2010, sancionada no ano passado e que cria diversas metas a serem cumpridas pelos municípios brasileiros até 2014.
TENDÊNCIA MUNDIAL O presidente do Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços de Água e Esgotos (Sindcon), Giuliano Dragone, também defende a tecnologia: "É uma tendência mundial, isso está virando moda". Ele relata que o país sofre com pouca eficiência operacional na gestão do saneamento e lamenta: "Ninguém imagina o tanto de lodo que é gerado no tratamento do esgoto. E isso é porque nós não tratamos nem 40% do nosso esgoto. Imagina quando tratarmos tudo?", ressalta.
O lodo que é processado no digestor anaeróbio, onde o ar é retirado do reservatório e bactérias fermentam o material orgânico, pode ser usado como fertilizante em alguns produtos agricultáveis que não sejam de consumo primário ao ser humano, como a cana-de-açúcar, que produz o etanol. Depois que o gás é queimado para gerar energia, o volume do lodo também diminui em até 40%, o que seria outra vantagem no processo de tratamento desse material. "Outra benesse é que ele se torna inerte, estável e livre de agentes patógenos", explica André Lermontov, o que quer dizer que todas as bactérias morrem no processo.
EXPOLIXO
Estre Ambiental planeja investir R$ 400 milhões em 2013
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Friday, August 31, 2012
Eliezer Costa quer aproveitar o lixo para gerar energia em Jaboatão
18. G1 - RJ (30/08/2012) |
Eliezer Costa quer aproveitar o lixo para gerar energia em Jaboatão |
Criação de albergues para moradores de rua também está nos planos. |
Wednesday, August 29, 2012
Amianto gera recall de 12.462 Chery no Brasil
Em comunicado à imprensa, a Chery afirma que o uso dos carros não apresenta riscos para a saúde dos consumidores, pois nesse caso especifico não ocorre fricção da peça. A montadora apenas adverte aos proprietários que não tentem consertar por conta própria essas partes dos veículos.
Detalhes do procedimento de recall ainda não foram definidos, pois aguardam a aprovação do plano apresentado ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor - DPDC.
Cinquenta e cinco países, incluindo o Japão e todos os membros da União Europeia, proíbem o uso da fibra em fábricas, edifícios e autopeças. A Argélia, segundo maior importador de automóveis chineses, também é uma das nações que banem a substância causadora de doenças pulmonares. Chile, Uruguai e Egito, que integram o grupo dos dez compradores mais importantes das marcas asiáticas, têm a mesma restrição.
Enquanto corre a discussão no âmbito federal, assembleias legislativas de Estados e câmaras municipais tomamdecisões locais e aprovam leis de banimento. Em alguns Estados brasileiros, o amianto não é permitido, sob condição alguma: Mato Grosso e Rio Grande do Sul estão entre eles. Em São Paulo, a abolição ocorre nos municípios de São José do Rio Preto, Barretos, Ribeirão Preto, Guararapes, Pirajuí, Bauru, Amparo, Campinas, Jundiaí, Avaré, Santa Bárbara do Oeste, Guarulhos, Osasco, São Caetano do Sul, Taboão da Serra, Santo André e na própria capital paulista. Em Pernambuco, as cidades Recife e Jaboatão de Guararapes proíbem o amianto. No Rio de Janeiro, apesar da lei em vigor, algumas fábricas que utilizam a fibra conseguem liminar para continuar operando.
Monday, August 27, 2012
Silício brasileiro para células solares
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) conseguiram obter células solares com a mesma pureza das importadas. “Partimos do silício metalúrgico fornecido pela empresa Rima, de Minas Gerais, com 99% de pureza, e o purificamos através da rota metalúrgica, utilizando um forno de fusão por feixe de elétrons, atingindo uma pureza de 99,999%”, diz o professor Paulo Roberto Mei, da Faculdade de Engenharia Mecânica, que coordena as pesquisas de células solares em parceria com o professor Francisco das Chagas Marques, do Instituto de Física. A rota metalúrgica é mais simples e sem os problemas de rejeitos químicos produzidos pela rota química utilizada no exterior para produzir silício de alta pureza. Detentor das maiores reservas mundiais de quartzo, mineral utilizado para fabricação do silício, o Brasil importa as lâminas utilizadas na fabricação dos painéis fotovoltaicos. “O país exporta o silício metalúrgico a US$ 2 o quilo. Depois de purificado no exterior é transformado em lâminas usadas na fabricação de semicondutores ou células fotovoltaicas que custam entre US$ 50 e US$ 1.000, dependendo da pureza e da cristalinidade”, compara Mei. A empresa Tecnometal, de Campinas, a única fabricante de painéis fotovoltaicos no Brasil, também é parceira da pesquisa.
http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/07/16/silicio-brasileiro-para-celulas-solares/
Wednesday, August 22, 2012
TC de Sergipe adverte municípios sobre Plano de Resíduos Sólidos
China acusa Estados Unidos de violar leis de comércio para estimular tecnologias limpas
Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, os programas ultrapassam os limites da OMC para subsídios e políticas tarifárias. As vantagens dadas às empresas norte-americanas seriam assim ilegais e injustas para companhias internacionais.
O próximo passo do governo chinês pode ser entrar com uma ação na própria OMC, mas são grandes as chances de que a acusação seja na verdade utilizada para negociar uma saída diplomática do que já pode ser considerada uma guerra comercial entre os dois países.
A disputa começou em março, quando o Departamento do Comércio dos EUA (DOC) impôs taxas sobre produtos solares chineses devido às políticas de subsídios da China, que seriam ilegais. Em alguns casos, os tributos chegam a 250%.
A situação ficou ainda mais delicada depois que diversas empresas europeias começaram a pedir por medidas semelhantes. Em julho, a alemã SolarWorld e mais 20 companhias oficializaram o pedido por uma investigação sobre as práticas comerciais chinesas no setor.
Empresas de energia solar da China alertaram que cobrarão do governo ações drásticas de retaliação se a União Europeia, maior mercado mundial para os produtos relacionados às energias renováveis, adotar medidas antidumping contra suas mercadorias.
Thursday, August 9, 2012
Setor de lixo pode reduzir até 57 mi de tonelada de CO2
Pesquisa mostra que o setor de resíduos sólidos é um dos segmentos que mais pode contribuir para a queda global de emissões de gases do efeito estufa
Para tanto, de acordo com o estudo, é preciso que o governo intensifique as ações de reciclagem nos aterros sanitários do país, além de associá-las à implantação de tecnologias que visem à geração de energia a partir do lixo. O investimento renderia ao Brasil uma economia de US$ 1,71 bilhão até 2030.
Apesar de ainda estarem muito abaixo das expectativas dos especialistas, as iniciativas nacionais no setor do lixo já contribuíram para uma redução de 16 milhões de toneladas de CO2 emitidas na atmosfera, entre 1999 e 2007.
Na Europa, a redução foi de 37 milhões de toneladas, enquanto na Holanda, mais especificamente, o incentivo nas práticas de reciclagem contribuíram para a diminuição de 2 milhões de toneladas de CO2 por ano.
http://exame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/setor-de-lixo-pode-reduzir-ate-57-mi-de-tonelada-de-co2