Wednesday, May 24, 2017

Sulgás mantém intenção de compra de biometano

JORNAL DO COMÉRCIO ECONOMIA ENERGIA

 

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Sulgás mantém intenção de compra de biometano

Apesar do desejo de vender a estatal, governo irá adquirir biocombustível

Mesmo estando em meio à discussão de uma possível privatização (se o governo conseguir derrubar, na Assembleia Legislativa, o plebiscito exigido para desencadear o processo), a Sulgás sustentará um dos principais planos traçados para este ano. Conforme o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, a meta é que não passe de julho o lançamento do edital para a compra de biometano (biogás purificado) pela estatal. “Independentemente da política que será trabalhada, é um fim social e ambiental que temos que perseguir”, defende o dirigente. 

O biometano é oriundo de resíduos orgânicos, como dejetos de animais que representam um enorme impacto ao meio ambiente, e pode ser utilizado na geração de energia térmica, elétrica ou como combustível para automóveis. Em um primeiro momento, a ideia da companhia era contratar 200 mil metros cúbicos diários de biomentano. No entanto, esse volume está sendo revisto e deve ficar menor. Lemos esteve nessa semana em Florianópolis (SC), discutindo alternativas para o fornecimento de gás natural no País durante encontro do International Gas Union (IGU), entidade que reúne agentes desse setor. No evento, um dos pontos debatidos foi a possibilidade de aumento da oferta através do gás natural liquefeito (GNL) – que chega em estado líquido por navios e é regaseificado. 

O secretário argumenta que essa é uma boa solução, mas não se pode perde o foco nas opções do próprio biogás e da gaseificação do carvão. Entre as empresas que participaram da reunião estavam a Engie e a Golar, que estudam a implantação de uma unidade de regaseificação de GNL no Sul do Brasil. As companhias colocaram que, em princípio, a melhor localização para uma planta dessa natureza na região seria Santa Catarina, devido à proximidade do litoral com o gasoduto. No Rio Grande do Sul, existe o projeto de regaseificação de GNL do grupo Bolognesi que está previsto para ser construído em Rio Grande. 

Lemos considera que essa iniciativa estaria mais avançada, pois está atrelada à implantação de uma termelétrica que já vendeu sua geração em leilão de energia disputado em 2014. Porém, até o momento, as obras desses complexos ainda não se iniciaram. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a avaliar se revogaria ou não a autorização para a instalação da termelétrica de Rio Grande, devido à preocupação quanto ao prazo de execução do empreendimento (o cronograma original previa operação até janeiro de 2019). 

Contudo, em fevereiro, o órgão regulador decidiu pela suspensão do processo de revogação da outorga da usina até 31 de agosto. Se, até essa data, a Bolognesi não comprovar pontos como sustentávelestruturação financeira e obtenção dos licenciamentos devidos, o processo punitivo deverá ser retomado. Sobre a viabilidade de haver uma planta de regaseificação em Santa Catarina e outra no Rio Grande do Sul, Lemos argumenta que no futuro é possível, mas no presente não seria algo prudente em termos de mercado. O secretário reforça que o ideal é que se tenham várias fontes de fornecimento de gás.

 

 

 

Monday, April 3, 2017

Vaga para Universitários (Estágio AHK)

 

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São Paulo, 03 de Abril de 2017

 

 

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Wednesday, June 22, 2016

A Ecometano representará o Brasil em evento promovido pela ONU sobre modelos inovadores de produção de combustíveis renováveis

A Ecometano, empresa que atua na cadeia do biometano partir de fontes renováveis, representará o Brasil no evento integrante da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que será promovido pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais (UNDESA) e pelo Comitê do Fundo de Energia da China (CEFC) entre os dias 30 de Junho e 1 de Julho na cidade de Addis Ababa na Etiópia

O encontro discutirá as melhores práticas e lições aprendidas na aplicação de políticas de economia verde e terá a apresentação de 10 cases mundiais de inovação na área de energia renovável. A Ecometano apresentará o caso de sucesso do Projeto Dois Arcos, inovador empreendimento de produção de Biometano a partir de resíduos sólidos urbanos.

A operação realiza a captação do biogás do Aterro Sanitário que recebe o lixo urbano da Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, e o transforma em Biometano. O projeto recebeu investimentos de R$ 20 milhões, gera 15 empregos diretos, 45 indiretos e tem capacidade de produção de 15.000 m3 diários de biometano, volume suficiente para abastecer até 6 postos de GNV.

O combustível renovável, menos poluente que o diesel, é utilizado para abastecer parte da frota de caminhões de coleta de lixo que atende ao aterro, gerando um ciclo sustentável em torno do projeto. Recentemente, foi usado para testar um ônibus a gás natural ajudando na transição do combustível usado nas frotas urbanas.

A unidade GNR Dois Arcos atende também um cliente industrial, que usa o Biometano para gerar a energia que abastece uma câmera frigorífica, em substituição a energia elétrica fornecida pela rede. O projeto produz combustível renovável e o disponibiliza no mercado, como substituto dos combustíveis fósseis, contribuindo com a redução de emissões de gases efeito estufa.

Além dos aspectos econômicos e ambientais, ligados intrinsecamente ao conceito do projeto, a GNR Dois Arcos, promove visitas de estudantes de escolas e universidade, contribuindo para a educação local e disseminando o conhecimento relacionado à sustentabilidade.

Sobre a Ecometano

Empresa Brasileira criada em 2010 com o objetivo de captar e tratar o biogás gerado a partir de fontes renováveis, unindo a produção do Biometano com processos e mercados consumidores, de forma economicamente viável e a um custo acessível a sociedade. A empresa oferece soluções sustentáveis na redução de impactos ambientais como os provocados pela disposição incorreta de resíduos e pela emissão de gases de efeito estufa.

Além do projeto GNR Dois Arcos, a empresa avança na implantação de outro em Fortaleza – CE, com previsão de início da operação para o primeiro semestre de 2017. O projeto GNR Fortaleza injetará o Biometano produzido pelo aterro sanitário, na rede de distribuição de gás natural do estado do Ceará. Neste projeto estão sendo investidos R$ 100 milhões e são gerados 130 empregos diretos.

Outra iniciativa em desenvolvimento pela Ecometano está voltada para produção de Biometano a partir de resíduos da indústria agroalimentar. Neste projeto, está previsto a injeção do biometano na rede de distribuição de gás.

O pipeline de potenciais projetos da empresa supera a marca de 1 milhão de m³ de Biometano por dia. Para os empreendedores Carlos Larangeira, Carlos Martins, Luiz Felipe e Marcio Schittini o alcance de tal meta significa, além do crescimento da companhia, um avanço para o desenvolvimento sustentável no país.

 

Monday, February 15, 2016

Primeira parte da maior usina de energia solar do mundo começa a funcionar

Por Redação em 13.02.2016 às 08h45

O Marrocos concluiu neste mês o processo de ativação da primeira parte da nova usina de energia solar em Ouarzazate, localizada no Saara. Conhecida como Noor 1, a parte inicial da instalação possui espelhos solares em forma de lua crescente, desenhados para tirar o máximo de proveito da luz do sol durante o dia.

Cada um dos espelhos da Noor 1 possui por volta 12 metros de altura e contém uma solução de óleo térmico sintético capaz de absorver a luz e o calor solar de maneira mais eficiente. Em contato com a luz do sol, essa solução pode chegar a 390ºC, servindo para gerar eletricidade por meio do vapor formado para movimentar as turbinas. Toda a tecnologia por trás deste processo também permite a geração de energia durante a noite, pois o óleo térmico pode ser estocado em altíssima temperatura.

As outras duas partes da usina solar marroquina, a Noor 2 e 3, deverão estar prontas para serem ativadas até 2018. Desse modo, a usina inteira terá a capacidade de gerar energia com base em uma área de mais de 24 km², o que representa um espaço maior do que Rabat, capital do país. Ao todo, a usina gerará 580 megawatts de eletricidade, suficiente para 1,1 milhão de pessoas.

O projeto de construção da usina de energia solar inicialmente era cotado para ser criado na Europa. No entanto, vários parceiros desistiram do empreendimento e o Banco Africano de Desenvolvimento, em conjunto com o governo marroquino, trouxe o projeto para o Marrocos. A usina recebeu ao todo investimentos de € 150 milhões do Banco Mundial e do Clean Technology Fund, além de um aporte de € 168 milhões do Banco de Desenvolvimento Africano.

Fonte: The Times of India

 

Tuesday, September 22, 2015

Waste Management and Republic Services Dumps Could be More Valuable then Ever If This Law Gets Passed

New legislation looks to stop trash from crossing state lines; owning hundreds of dumps looks like it could be a good call.

It's been hard to be in the trash business lately. That's particularly true for industry giants like Waste Management (NYSE: WM) and Republic Services (NYSE: RSG), which have been hit by falling commodity prices for their recycling businesses, and falling energy prices in the waste-to-energy space. And now the pair has to deal with proposed legislation that could ban trash from crossing state lines to find a welcoming landfill. But that may not be as bad as it looks.

Trash crosses state lines?
Landfills used to be pretty prevalent until environmental laws started to make running a dump harder and more expensive. For example, there were around 8,000 landfills in the United States in 1988, but that number had fallen to around 1,900 by 2013. One of the big changes was that smaller dumps closed up, and larger ones remained or were opened. The survivors were getting fed more trash from more places, including refuse that crossed state lines.


SOURCE: REUBENGBREWER, VIA WIKIMEDIA COMMONS.

Today, Waste Management owns roughly 250 landfills. Republic owns another 190 or so. Do that math, and you'll see that these two companies control nearly 25% of the country's landfills.

Waste Management gets around 18% of its revenues from its landfill segments and Republic gets around 12% of its top line from the space (another 5% comes from transfer services, which feeds trash in to the landfill business). So when new legislation is put out that seeks to limit how trash gets moved from where it's collected to where it's deposited, these two industry giants are going to be affected.

The proposed rule is pretty simple, too: Trash that's made in one state has to go to a landfill in the same state. Bob Casey, the Democratic Senator from Pennsylvania, explained his reasoning this way: "Pennsylvania shouldn't be a dumping ground for trash from other states." Hard to argue with that, unless you're having your trash toted off to PA.

A reliable business
Landfills are very hard to build, facing regulatory constraints and the not-in-my-backyard pushback that you'd expect to see from locals. So these assets are actually quite valuable and offer a reliable revenue stream. For example, Waste Management's landfill revenues have climbed steadily each year since the turn of the decade, rising from $2.5 billion to $2.8 billion. Republic's landfill revenues haven't been as consistent, but have increased from roughly $1.865 billion in 2010 to a touch over $2 billion last year. .

Is that a huge revenue jump for either company? No. But running dumps has been much more stable than recycling, where revenues at both companies are still down 10% from their 2011 peak. And according to Waste Management, running landfills has historically been one of its most profitable businesses.

While the legislation could crimp the flow of rubbish into Waste Management's and Republic's landfills in the near term as regions adapt to the change, it will likely make their collection of dumps that much more valuable over the long term. In fact, it will likely make smaller trash haulers even more dependent on these giants for the long-term disposal of what they collect because it will limit landfill options across the entire industry. Waste Management doesn't break down its landfill ownership by state, but it has landfills in every region of the country, with room for expansion, and has physical operations in every state. Republic, a smaller company, operates in around 40 states.

In other words, if there's trash that needs to be disposed of within a state, one or both of this pair can probably find a place to put it. If the new legislation becomes a law, look for a period of disruption as the industry adjusts to a new reality. But then look for landfills overall to become even more in demand, as a place has to be found for rubbish that had formerly gone from one state to another.


SOURCE: REUBENGBREWER, VIA WIKIMEDIA COMMONS.

Offsetting that will be landfills that see reduced intake as out-of-state trash stops showing up; but with large collection footprints and a history of bolt on acquisitions, both Waste Management and Republic should be able to resolve that issue over time by expanding their collections operations. Or they could simply readjust their landfill portfolios, selling those in states where they have too much capacity, and growing share in states where they need more. Their already notable footprints should make that fairly easy to accomplish.

After the adjustment
But in the end, if the proposed law moves forward, landfills will likely turn into a location, location, location property market. And Waste Management and Republic, with huge footprints and solid finances, will be able to benefit from what they already own and their ability to shift their portfolios of landfill properties around to maximize profitability. In other words, at least for this pair, a rule limiting trash from crossing state lines will likely make their landfill assets even more valuable than they already are.

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Friday, April 3, 2015

Capital federal do Brasil tem o maior lixão fora da lei da América Latina

Capital federal do Brasil tem o maior lixão fora da lei da América Latina

Lei que deveria acabar com lixões não pega e lixão dá origem a cidade que não para de crescer. Mulher morreu atropelada no local nesta quinta (2). O Bom Dia Brasil começa essa edição mostrando que a lei que deveria acabar com os lixões não pegou justamente na capital federal. O maior lixão da América Latina só aumenta. Os moradores são submetidos a condições desumanas.
Mau cheiro, poeira e até trânsito de caminhões. Tudo isso pertinho do centro de Brasília.
A equipe do Bom Dia Brasil flagrou, ainda, crianças pegando carona nas caçambas dos caminhões de lixo. Que perigo. Ninguém controla, é um descaso completo, a palavra "cidadão", aquele que tem deveres e direitos, perde o sentido ali.
E um acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (2) exatamente no lixão. Uma catadora de lixo estava trabalhando no lixão, quando foi atropelada por um trator. Ela morreu.
Catadores fizeram um protesto na entrada do lixão. Esse não foi o primeiro acidente com pessoas que trabalham no local, sem condições mínimas de higiene e segurança.
O lixão deu origem a uma cidade, a Estrutural. Os barracos, casas surgiram na década de 1960 em torno do lixão. Estradas foram abertas e a rua principal é a rota de passagem dos caminhões que levam toneladas de lixo passando por casas e pelo comércio.
A lei 12.305, de 2005, estipulava que a meta para acabar com os lixões seria de agosto de 2014. Nada mudou até agora.
Quem mais é atingido pela insegurança e falta de higiene são as crianças.
Lixão a céu aberto já deveria ter acabado. Por lei, federal. Mas não é que Brasília mantém o maior da América Latina?
O lixão não só ainda existe, como o caminho para chegar até ele são ruas. Cheias de casa e comércio. É a rota do lixo, no meio da cidade mesmo.
O vaivém de caminhões é a cena que a família Cunha mais vê na porta de casa. Só aguento porque é o jeito, porque não tem onde morar, né, tem que aguentar, ficar aqui, conforma-se a moradora.
Barulho é apenas um dos problemas.
É complicado porque a gente não consegue manter nada limpo, né, diz uma comerciante.
O trânsito de caminhões na área é proibido, diz a placa, que não serve para nada. Tem hora que vem um atrás do outro. Quase todo o lixo produzido no Distrito Federal passa pelo lixão.
Nós estamos aqui simplesmente largados, neste local. Vocês estão vendo, a situação hoje é bem caótica, afirma o empresário André Silva.
E perigosa. Crianças sobem nos caminhões de lixo, entram nas caçambas. E seguem de carona. Vitório da Silva, de 10 anos, quebrou a mão. Eu subi no caminhão e as correntes bateram de uma vez na minha mão. Aí eu quebrei esses dois dedinhos aqui, contou o menino, mostrando o braço engessado.
E vai muita gente pendurada. Um homem conta que se segura como dá, e que não tem medo de cair.
O que cai das carroceiras, com frequência, é lixo. Que fica jogado na rua, até alguém recolher.
A noite chega e o movimento de caminhões continua na cidade Estrutural. O comerciante Davi da Silva mantém a porta do salão dele fechada. Não adianta. No fim do dia está cheio de poeira. Em casa é igual. O mau cheiro é impossível, você não consegue nem se alimentar direito, dormir, com uma carreta de 30 toneladas passando em cima desses quebra-molas aqui, impossível, não dá, diz ele.
O motorista de um dos caminhões também lamenta: É chato, né? Tinha que fazer uma pista para gente passar, né?, diz João Paulo da Costa.
Do jeito que está, sair de casa, só com nariz tampado. Vocês estão aí, né, vendo a situação, né, para dizer que nós moradores, não estamos mentindo, né? Difícil, mas um dia isso vai acabar, diz a dona de casa Maria José.
O Distrito Federal não foi multado por causa do lixão. O Instituto Brasília Ambiental é o responsável por fiscalizar. Em nota, disse acompanhar as medidas que viabilizam a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos. E não tem data para ficar pronto o novo aterro sanitário que está em construção no Distrito Federal.

Monday, November 24, 2014

Biometano poderá ampliar em 34% a oferta de gás

6. Valor Econômico - SP (24/11/2014)

Biometano poderá ampliar em 34% a oferta de gás

Por Rodrigo Polito | Do Rio

Tavares, presidente da Gas Energy: potencial do país de produção de biometano é de 30 milhões de metros cúbicos diários

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) está estudando as regras para a especificação do biometano destinado ao uso veicular e às instalações residenciais e comerciais. A medida permitirá a utilização desse insumo na rede de distribuição de gás natural brasileira, ampliando a oferta do energético no país. O biometano é um gás produzido a partir de resíduos sólidos e de dejetos de animais.

Segundo estimativas da consultoria Gas Energy, o potencial de produção de biometano do país é de 30 milhões de metros cúbicos diários. O volume equivale a 34% do total de gás natural produzido no Brasil em setembro (88,9 milhões de metros cúbicos diários), de acordo com a ANP.

A autarquia vai realizar no próximo dia 3 uma audiência pública presencial, no Rio de Janeiro, para discutir a minuta da resolução que regulamentará as especificações do biometano. O texto também está disponível para consulta pública até 27 de novembro.

Segundo o presidente da Gas Energy, Marco Tavares, o processo é relevante porque há uma "zona cinzenta na regulação". Como não há uma especificação pela ANP para o biometano, o produto não pode ser disponibilizado via gasoduto, junto com o gás natural, apesar de ambos terem as mesmas composições.

A medida, segundo ele, abre portas para que a ANP discuta futuramente a regulamentação para o uso de gás obtido de outras fontes alternativas, como a gaseificação do carvão e o biogás de aterro sanitário, entre outros.

O especialista acrescenta que, além do ganho energético, a medida pode ter impacto econômico e social. Em recente artigo, Tavares lembrou que, em 2013, o Brasil importou 14 milhões de metros cúbicos diários de gás natural liquefeito (GNL), pelos quais pagou cerca de US$ 4 bilhões. Considerando a capacidade atual para produzir entre 3 milhões e 9 milhões de metros cúbicos diários de gás natural renovável (GNR), seria possível gerar uma economia de divisas anual de quase US$ 3 bilhões.

Marco Tavares, entretanto, destacou que, junto com a regulamentação, seria importante haver uma política de incentivo à produção de biometano, nos moldes do programa do biodiesel. "Essa é uma boa iniciativa, mas que deveria ser complementada com uma política energética, com incentivo fiscal, para ter escala", afirmou ele.

Segundo um executivo do setor que preferiu não se identificar, a abertura da consulta e da audiência pública demonstra um avanço por parte da ANP para discutir o tema. "Temos que saudar o interesse da agência de acabar com esse vácuo regulatório. É ótimo que o biometano esteja sob a lupa da agência", afirmou.

A expectativa, segundo o executivo, é que a ANP defina e publique a resolução com as especificações para o biometano entre o fim deste ano e o primeiro trimestre de 2015.

De acordo com avaliação de Tavares, outro benefício da medida será o aumento do suprimento de gás para regiões do interior do país que atualmente são desabastecidas ou que tenham a oferta reduzida. "Esse gás [biometano] é produzido no interior do país. O Brasil tem a necessidade de interiorizar o gás. E essa pode ser a ferramenta", completou.

 

Tuesday, November 11, 2014

Rio de Janeiro tem a primeira usina de biogás do país

Rio de Janeiro tem a primeira usina de biogás do país

Do Setorial News - Energia

 

 
A primeira usina de biogás do Brasil foi construída no município de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, e tem previsão para entrar em operação comercial este mês.Integrante do programa Rio Capital da Energia, do Governo do Estado, a Usina de Tratamento de Biogás do Aterro Dois Arcos contou com investimentos de R$ 18 milhões.
 
Segundo informações do governo do estado, a estimativa é de que a produção diária seja de 6 mil metros cúbicos de gás e, em oito anos, o volume suba para 20 mil metros cúbicos. Por ano, serão cinco milhões de metros cúbicos de biogás purificado. A produção inicial diária da nova usina conseguirá, por exemplo, abastecer o equivalente a 375 carros com Gás Natural Veicular (GNV) ou dois postos de GNV.
 
“A nova usina trará expressivo ganho ao meio ambiente, evitando o lançamento de cerca de 470 mil toneladas de dióxido de carbono até 2020. Com isso, poderão ser gerados créditos de carbono que serão emitidos pela Organização das Nações Unidas”, disse a coordenadora do programa Rio Capital da Energia, Maria Paula Martins.
 
O Aterro Dois Arcos existe desde 2008 e processa em torno de 600 toneladas de lixo diariamente, provenientes dos município de São Pedro da Aldeia, Búzios, Iguaba Grande, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Casimiro de Abreu, Silva Jardim e Araruama. Com o novo empreendimento, o lixo armazenado no aterro será transformado em gás natural renovável e está em negociação para ser comprado e distribuído pela Companhia Estadual de Gás.
 
“O lixo que fica nos aterros naturalmente já se transforma em biogás. Com a tecnologia de ponta usada na nova planta de purificação, este material será captado e encaminhado para a usina, onde será processado, transformando-se em gás natural renovável”, explicou o diretor da GNR Dois Arcos Valorização de Biogás, Marcio Schittini.
 
Segundo o governo do estado, está prevista ainda a construção de um gasoduto de quatro quilômetros.
 
Eficiência energética no Rio
 
O Rio Capital da Energia completou o terceiro ano de existência com quase o dobro de projetos lançados em 2012. O número de iniciativas visando à eficiência energética, inovação tecnológica e energia verde passou de 34 para 65 em dois anos. Onze ações já foram finalizadas. No total, estão sendo investidos R$ 2,2 bilhões em projetos.
 
Iniciativas como o Maracanã Solar – sistema de geração e utilização de energia solar já lançada em parceria com empresas privadas – e o GT Veículos Elétricos, grupo que estuda a instalação de uma fábrica de carros elétricos, estão entre os beneficiados.
 
Outra novidade é o Atlas Solar do Rio, que vai revelar o potencial de geração solar do estado. Já o projeto Búzios Cidade Inteligente pretende transformar a cidade em referência de sustentabilidade.

 

Indústrias apostam na energia verde

Indústrias apostam na energia verde

Por Caroline, da Energio Nordeste - A partir de 2015, uma caldeira de biomassa entrará em funcionamento na unidade de Mogi das Cruzes (SP) da empresa Kimberly-Clark, fabricante de artigos de higiene pessoal, como lenços de papel e fraldas descartáveis.

A novidade vem para reforçar o uso de fontes renováveis no mercado de produção industrial. No caso da Kimberly Clark, o equipamento funcionará à base de uma mistura de matéria orgânica composta, entre outras coisas, de fibras de celulose que sobrarão do processo de fabricação do papel higiênico Neve. A implantação da caldeira de biomassa não só não só reduziu as emissões de gases causadores do efeito estufa da fábrica como foi uma boa solução para resíduos da produção.

Além da diminuição de gases do efeito estufa, a implantação do novo equipamento também proporcionou a Kimberly-Clark atingisse dois anos antes do previsto a meta corporativa de 5% de redução de CO².

A implantação de caldeiras de biomassa vai além da sustentabilidade, estima-se que a economia gerada com uma caldeira a biomassa chegue a 20%. No caso da Kimberly-Clark, a troca representou uma economia de R$ 2 milhões por ano na operação da fábrica.

Outros casos de sucesso na implantação de energia verde em fábricas são o da fabricante de papel e celulose Klabin, a fabricante de cosméticos Natura e a de bebidas Ambev, entre outras, vêm usando a biomassa em suas caldeiras, em vez de fontes fósseis, como o diesel, o óleo pesado, chamado de BPF, e o gás natural.

Apesar de algumas empresas como a Ambev, administrarem as próprias caldeira, muitas indústrias têm optado por entregar a gestão desses equipamentos a empresas médias especializadas no assunto. Isso porque a matéria orgânica não é tão uniforme quanto o diesel ou o gás natural, e queimá-la exige cuidados.

Fonte: Energio Nordeste Energias Renováveis

 

Monday, November 3, 2014

Leilão de reserva da Aneel tem 1.034 projetos

9. DCI - SP (31/10/2014)

Leilão de reserva da Aneel tem 1.034 projetos

Estadão Conteúdo

SÃO PAULO - O Leilão de Energia de Reserva (LER) 2014, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e operacionalizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), teve início na manhã desta sexta-feira, 31. O certame é voltado para a contratação de energia gerada em projetos eólicos, solares e termelétricos, estes abastecidos com biogás e resíduos sólidos urbanos (RSU). Espera-se que o leilão marque a contratação dos primeiros grandes projetos solares em âmbito nacional.

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 1.034 projetos no certame, projetos que possuem capacidade instalada conjunta de 26.297 MW. São ao todo 626 parques eólicos, com potência total de 15.356 MW; 400 projetos fotovoltaicos, com 10.790 MW de capacidade; e oito termelétricas abastecidas com biogás e resíduos sólidos urbanos (RSU), com oferta máxima de 151 MW. Os projetos térmicos são considerados usinas abastecidas com biomassa.

A Bahia é o Estado com mais projetos cadastrados, com um total de 236 empreendimentos eólicos e 161 parques fotovoltaicos. Na sequência aparecem o Rio Grande do Norte, com 104 projetos eólicos e 42 usinas solares, e Ceará, com 95 complexos eólicos e 15 solares. A capacidade instalada conjunta dos projetos baianos é de 10.090 MW, sendo 5.756 MW de energia eólica e 4.334 MW de energia solar. O Rio Grande do Norte reúne 3.711 MW de potência, sendo 2.556 MW de energia solar e 1.155 MW de energia fotovoltaica, e o Ceará, com 2.397 MW de eólicos e 324 MW de solar.

Outros dois Estados que devem se destacar no leilão são o Rio Grande do Sul, com 113 projetos eólicos e capacidade instalada de 2.534 MW, e o Piauí, com 35 projetos eólicos (900 MW) e 45 fotovoltaicos (1.231 MW). Juntos, esses cinco Estados respondem por 846 projetos e 21.187 MW, o equivalente a 81,8% dos projetos cadastrados e 80,5% da potência instalada disponibilizada nesses empreendimentos.

O edital do LER 2014 estabeleceu em R$ 262 por megawatt-hora (MWh) o preço-teto da energia vendida pelos projetos solares. O valor máximo da energia gerada nos empreendimentos eólicos ficou em R$ 144/MWh. No caso das térmicas abastecidas por insumos classificados como biomassa, o preço-teto foi estabelecido em R$ 169/MWh.