Monday, November 4, 2013

Cidade movida a biogás

Cidade movida a biogás

A partir de 2014, Entre Rios do Oeste, no Paraná, município de quatro mil habitantes, localizado em uma região de alta produtividade agrícola e pecuária, dará o primeiro passo para se tornar autossuficiente em energia elétrica, térmica e automotiva, com base na produção do biogás, gerado do aproveitamento de esgotos urbanos e dos dejetos gerados por suínos e gado.

O aproveitamento do biogás para produzir energia será um dos casos apresentados no 2º Fórum Mundial de Desenvolvimento Econômico Local, que discutirá o sucesso de modelos locais de características sustentáveis, capazes de gerar emprego e renda para a comunidade. Mais de 2,5,mil pessoas de 55 países já confirmaram participação no evento, entre os dias 29 de outubro e 1º de novembro, em Foz do Iguaçu.

Recursos garantidos- de três anos de estudos, o projeto de saneamento de Entre Rios do Oeste, que prevê o aproveitamento dos dejetos de animais e dos esgotos urbanos para produção de biogás, recebeu sinal verde da Diretoria de Energia da Copel para ter a sua primeira fase financiada pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que regulamenta o mercado de eletricidade.

O projeto, desenvolvido pela Plataforma de Energias Renováveis de Itaipu e Copel, deverá ser executado pela prefeitura e vai receber R$ 14 milhões em recursos para a implantação da primeira fase. Essa etapa compreende 63 das 93 propriedades rurais produtoras de suínos e gado de leite localizadas no município.

Estas propriedades podem produzir 12 mil metros cúbicos de biogás por dia, suficientes para gerar energia elétrica para atender toda a demanda dos prédios públicos municipais, incluindo as escolas, e suprir ailuminação pública. Haverá ainda uma sobra de 44% deste volume, que será utilizada para abastecer com energia térmica a maior olaria do município, substituindo o uso de lenha, cada vez mais escassa.

Uma autarquia municipal, criada por lei da Câmara de Vereadores, ficará responsável pela implantação e fiscalização das obras e ainda pelo gerenciamento das energias geradas no projeto, após a implantação.

Ainda sem esgoto-De acordo com estudos da Prefeitura local, só os 130 mil suínos do meio rural produzem dejetos com carga orgânica equivalente à produzida por 520 mil pessoas. Esses dejetos, quando não tratados de maneira adequada, podem gerar contaminação dos solos e das águas, proliferação de algas e produção de gases do efeito estufa. A cidade enfrenta ainda outro problema: não dispõe de serviço de coleta de esgoto, que será implantada na segunda fase do projeto.

A ideia de transformar esse passivo ambiental em oportunidade de desenvolvimento surgiu do êxito da implantação do projeto do Condomínio do Ajuricaba em Marechal Cândido Rondon, na mesma região, baseado nos mesmos preceitos de reaproveitamento de dejetos. A experiência, que reúne 33 famílias de agricultores, é um caso de sucesso.

Em Entre Rios, a iniciativa recebeu o apoio da prefeitura e da Agência de Desenvolvimento Regional do Extremo Oeste do Paraná (Adeop). O programa tem o apoio do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi).

Vantagens – Segundo o superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley Júnior, “a geração distribuída feita a partir de energias primárias, como biogás, lenha e algas, entre outras, promove sustentabilidade do desenvolvimento local, pois agrega externalidades positivas, como a redução da poluição hídrica e atmosférica”.

Mas, além disso, prossegue, “ativa uma forte economia local, baseada na formação de uma cadeia de suprimentos que vai desde os serviços de planejamento e projetos até a indústria e comércio de suprimentos, serviços de instalação e manutenção, entre outros”.

A energia em geração distribuída é um vetor de desenvolvimento sustentável local, com impactos econômicos, sociais e ambientais, diz o especialista. As economias municipais que têm base no agronegócio podem obter o biogás para suprir suas demandas energéticas. Um levantamento recente feito pela Assessoria de Energias Renováveis da Itaipu Binacional mostra que, só no Paraná, “130 dos 395 municípios apresentam condições para usufruir desta riqueza”.

Início – O primeiro passo rumo à transformação de Entre Rios do Oeste para a autossuficiência energética começou em dezembro de 2009, com a elaboração do diagnóstico do potencial energético do município voltado à produção de energias renovável, seguindo-se a elaboração de estudos de viabilidade de aplicação.

O biogás produzido nas propriedades deverá ser transportado por meio de tubulação de gasoduto até uma central de aproveitamento do biogás.

Nessa central, o biogás poderá ser convertido em energias elétrica, térmica e elétrica e também em Gás Natural Renovável (GNR) para o abastecimento de veículos automotores.

A utilização de biogás também pode ser empregada na substituição do gás de cozinha e da lenha utilizada na secagem de grãos. Na área urbana, o programa prevê a implantação da rede coletora de esgoto. Quase 75% das residências contam com fossas rudimentares e 25% com fossas sépticas. Os resíduos sólidos serão integrados ao sistema de tratamento.

Potencial – De acordo com a Itaipu, o potencial de produção de biogás do município é de 6.760.150,2 m³/ano. A utilização do biogás para suprir a demanda de energia térmica e elétrica do Paço Municipal de Entre Rios do Oeste, da Cerâmica Stein e da Fábrica de Ração da Copagril, por exemplo, consumiria 3.107.019m³/ano de biogás.

A economia gerada pela utilização de energia elétrica produzida a partir do biogás no período chegaria a R$ 385.424,67. O excedente, de 3.653.313,2 m³/ano, poderá ser utilizado para abastecer as residências com a substituição do gás de cozinha, utilização nas propriedades rurais e para abastecer veículos automotores.

https://www.ambienteenergia.com.br/index.php/2013/11/cidade-movida-a-biogas/23483

 

Monday, October 21, 2013

Projeto de usina de biogás, necessidade do Médio Vale do Itajaí, é pioneiro no país

5. Jornal Nossa Terra - SC (19/10/2013)

Projeto de usina de biogás, necessidade do Médio Vale do Itajaí, é pioneiro no país

18/10/2013 10:48:00

Prefeitos do Médio Vale do Itajaí voltaram confiantes de Brasília após visitarem quatro ministérios para apresentar o projeto de instalação de usina de biogás na região. A comitiva, composta por prefeitos e técnicos da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) e Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (Cimvi), esteve na capital federal, nos dias 15 e 16 de outubro, para apresentar iniciativas voltadas ao gerenciamento de resíduos sólidos e aproveitamento energético.

“É um projeto audacioso que levou em consideração as peculiaridades locais, foi embasado em estudos técnicos e nas tecnologias de ponta. As apresentações feitas aos ministérios revelou o quão a região está avançada em relação às outras do país”, ressalta o presidente da Ammvi, Laércio Schuster Junior, prefeito de Timbó.

Na ocasião, o secretário nacional de saneamento ambiental do ministério das Cidades, Osvaldo Garcia, afirmou que não tem conhecimento de projeto na área de tratamento de resíduos sólidos com a dimensão deste, uma vez que o projeto possui valor agregado pelo envolvimento de 14 municípios, qualidade dos processos e tecnologia empregada.

Já a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, considerou o projeto dotado de grande viabilidade para o desenvolvimento econômico da região, podendo destacar-se como polo de referência não apenas regional, mas como modelo para o Brasil. A ministra sugeriu financiamentos com bancos alemães ou suecos, países que tem colaborado tecnicamente com a iniciativa da Ammvi.

O presidente da entidade explicou que o projeto da usina de biogás é uma das necessidades do Médio Vale do Itajaí, tanto pela disposição dos municípios em cumprir a legislação federal, quanto para aprimorar o gerenciamento de resíduos com foco na diminuição do impacto ambiental. Conforme o prefeito, a iniciativa foi elogiada também pelos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e pela Secretaria de Relações Institucionais.

Embora ainda os ministérios visitados não tenham sinalizado apoio financeiro, o presidente da Ammvi e prefeito de Timbó, Laércio Schuster Junior, relata estar otimista, pois segundo as conversas com secretários e ministros, a região do Médio Vale está na vanguarda nos estudos de produção de energia limpa através do tratamento do lixo.

Segundo o secretário executivo da Ammvi, José Rafael Corrêa, a Ammvi foi convidada para apresentar o trabalho de gerenciamento de resíduos e aproveitamento energético durante a programação da Conferência Nacional do Meio Ambiente, na próxima semana, cujo tema é resíduos sólidos. Na ocasião vai expor o trabalho que aqui está sendo feito para os demais estados brasileiros.

Para o presidente da Ammvi esta primeira conversa com alguns ministérios foi importante para abrir caminhos e apresentar os avanços da região. “Temos o projeto executivo finalizado e pronto para implementação, por isso vamos continuar na busca por parcerias tecnológicas e apoio financeiro do governo federal. Como resultado da visita técnica, temos a certeza de que estamos no caminho certo”, conclui Schuster Junior.

Fizeram parte da comitiva os prefeitos de Benedito Novo, Osnir Floriani; Brusque, Paulo Eccel; Doutor Pedrinho, Hartwig Persuhn; e Timbó, Laércio Schuster Junior, além de técnicos da Ammvi e Cimvi.

O projeto
O projeto de Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos do Médio Vale prevê a instalação de uma usina de biogás na região com área construída de aproximadamente 10 mil metros quadrados e processamento anual de 135 mil toneladas de lixo.

Assessora de saneamento da Ammvi, Fabiana de Carvalho Rosa, explica que a usina possibilita o aproveitamento energético através da produção de gás natural, energia térmica e elétrica. Neste caso, "considerando a operação dos quatro biodigestores a uma capacidade máxima, pode-se gerar energia elétrica suficiente para 40 mil lâmpadas ou para 16 mil pessoas", explica Fabiana.

A Ammvi prevê que, para a implantação do projeto completo da usina de biogás, será necessário cerca de 60 milhões de reais e, para isso, está buscando apoio financeiro do governo federal.

 

Monday, October 14, 2013

São José e Taubaté se destacam no ranking de saneamento básico

15. G1 - RJ (14/10/2013)

São José e Taubaté se destacam no ranking de saneamento básico

Cidades estão entre as 5 com maior evolução no tratamento de esgoto.
Levantamento do Instituto Trata Brasil é feito com 100 maiores cidades.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Levantamento do Instituto Trata Brasil sobre saneamento básico nos municípios brasileiros, coloca São José dos Campos e Taubaté entre as cinco cidades que tiveram maior evolução no tratamento de esgoto de 2010 para 2011, dentre os 100 maiores municípios do país. O estudo, divulgado este mês, é baseado nos dados de 2011 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS).

No ranking das cidades que se destacam no tratamento de esgoto, São José aparece em 4º lugar com evolução de 22,72%. Em 2010, o esgoto tratado na cidade representava 44,82% e no ano seguinte passou para 67,54%. Taubaté aparece em seguida, na 5ª posição e passou de  57,65% para 70,5% no percentual de tratamento. O índice dos dois municípios está acima da da média nacional de coleta, de 48,1%, e de tratamento, de 37,5%.

O estudo foi feito em parceria com a consultoria GO Associados, especializada em saneamento básico, considerando vários indicadores, como os índices de população atendida com água tratada e coleta de esgotos, quantidade de esgotos tratados, perdas de água, investimentos feitos nos serviços, entre outros.

Para o presidente do instituto, Edson Carlos, as duas cidades apresentam evoluções satisfatórias e caminham para a universalização do saneamento básico. "São José evoluiu muito em tratamento e é raro isso acontecer. Provavelmente o aumento foi motivado por alguma estação que entrou em operação. Nesse caso, uma estação pode mudar muito a situação da cidade", afirma.

Carlos, porém, chama atenção quanto as perdas financeiras com água em Taubaté, também apontadas pelo estudo. Mesmo abaixo da média nacional, de 38%, a cidade estagnou e registrou perda de 23,47% (ante 23,16% no ano anterior) do total tratado. "Taubaté não melhorou em nada no tratamento e precisa progredir um pouco mais. As cidades precisam chegar ao patamar ideal que é de 20%", diz o presidente.

Investimentos na região
De acordo com a Sabesp, 24 cidades operadas pela Sabesp no Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira, incluindo São José dos Campos e Taubaté, terão 100% de coleta e tratamento de esgoto até 2014. 

Em São José, atualmente, os índices de coleta e tratamento de esgoto são de 89% e 93%, respectivamente, de acordo com a Sabesp. Em Taubaté, a coleta chega a 93% e o tratamento atinge 100%. Nas duas cidades a Sabesp realiza investimentos em estações de tratamento, além de  implantação de tubulações e estações de bombeamento.

Ranking Nacional
Os municípios em destaque no raking estão concentrados nos estados de São Paulo, Paraná e Minas. A melhor cidade entre as 100 maiores é Uberlândia (MG), que tem praticamente todos os moradores com acesso a água tratada e coleta de esgoto.

A região Sudeste tem os melhores índices e os maiores problemas estão no Norte e Nordeste. Já o Centro-Oeste está na média nacional. Os dados completos podem ser encontrados no site do instituto.

 

Thursday, October 10, 2013

VAGA - Encarregado de Serviços Operacionais

Dados da Vaga

 

Título da vaga:

Encarregado de Serviços Operacionais

Data de entrada:

30.08.2013

Quantidade:

1 vaga

Descrição da vaga:

·         Executar e supervisionar rotinas operacionais das atividades de campo no aterro sanitário de Uberlândia. Elabora controles e relatórios gerenciais, liderar equipe e demais atividades.

·         Experiência como Encarregado, Mestre de Obras ou Supervisor.

·         Ensino Médio completo.

·         Conhecimento em Informática.

Observações:

·         Benefícios: Assistência Médica / Medicina em grupo, Cesta básica, Seguro saúde, Tíquete-alimentação

·         Informações adicionais: Possuir CNH categoria A ou D.

Faixa Salarial:

A combinar

Cidades:

·         Uberlândia - MG (1 vaga)



Fonte: Vaga de Emprego Encarregado de Serviços Operacionais #8064030| Catho Online 

VAGA BIOGÁS - UBERLÂNDIA - MG

 

Fonte CATHO

 

Tuesday, August 27, 2013

Biomassa e pequenas hidrelétricas serão destaque em leilão, diz EPE

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, acredita que biomassa e PCH  (Pequenas Centrais Hidrelétricas) serão os destaques do próximo leilão de energia para abastecimento em 2018, a ser realizado na quinta-feira (29). Isso porque, além o preço de R$ 140 por megawatts ser bem competitivo, segundo disse, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar antes do leilão um pacote de financiamentos voltados para PCH e biomassa. Ele fez o anúncio nesta segunda-feira (26), na 11ª edição da Brazil Energy and Power (BEP), conferência internacional que reúne os principais líderes do setor de energia.

O evento, realizado pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), é tradicionalmente sediado em Houston, nos EUA, e pela primeira vez acontece no Rio de Janeiro. Segundo a AmCham Rio, o objetivo é ampliar a visibilidade dos potenciais energéticos do Brasil e atrair mais investidores.

Segundo Tolmasquin, até 2021 a demanda por energia crescerá 4,2% ao ano. A energia hidrelétrica, responsável pela maior demanda, tem 29 gigawatts de capacidade, com 60% já contratada, o que, para ele,  traz um cenário de tranquilidade para o país.

A energia eólica reforça esse panorama, segundo o executivo. "O leilão de sexta (23) contratou 1.500 megawatts para 2016, quando serão atingidos 10 mil megawatts em energia eólica. A usina de Belo Monte tem 11 mil megawatts.  Então, temos quase uma Belo Monte de eólica", disse.

Na sexta, ao todo, 66 empreendimentos de geração negociaram a venda da energia elétrica preço médio final de R$ 110,51 por MWh - equivalente a um deságio de 5,55% frente ao preço inicial de R$ 117 por MWh.


Equação do gás

Para Tolmasquin, não se pode planejar o futuro da energia no país sem levar em conta o gás, que pode alterar significativamente a composição da matriz energética.

"O futuro com o gás é uma coisa, sem o gás é outra. Mas o gás é uma incognita. Não sabemos o quanto tem nem o preço futuro a médio prazo. A equação do gás tem que ser resolvida", disse.

Leonam dos Santos Guimarães, assessor da Presidência da Eletrobras Eletronuclear, concordou dizendo que gasodutos serão criados a partir das descobertas de gás. "Gasoduto tem que ter demanda de gás. Tem que ter descobertas que justifiquem. Basta a declaração de comerciabilidade de uma descoberta e a gente sai construindo gasoduto", explicou.

Leonam disse não ter dúvidas de que o Brasil vai ser exportador de petróleo. A produção atual de 2 milhões de barris por dia, vai subir para 5 milhões em 10 anos, e o país poderá exportar de 2 milhões a 2,5 milhões, prevê ele. Também a produção de etanol, hoje em 24 milhões de barris, vai dobar em 10 anos "numa previsão conservadora", segundo disse.

"O setor foi pego na crise de 2008, os usineiros endividados não investiram na modernização dos canaviais", disse ele, explicando que o quadre vai mudar após o apoio do BNDES à produção do etanol.


Portos

Julio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, citou como instrumentos para o aumento da produção de petróleo os  investimentos nos portos do Estado do Rio.

Segundo disse, o Porto do Açu, empreedimento do grupo EBX, do empresário Eike Batista, "hoje tem nova configuração societária e falta R$ 1 bilhão para termicar o projeto", disse.

Ele citou ainda a importância dos investimentos no Porto de Maricá, por ficar a apenas 20 quilômetros do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e  no Porto do Rio, no qual foram investidos R$ 1 bilhão e R$ 1, 5 bilhão.

"Hoje as atracações no Porto do Rio nas operações da indústria de petróleo são maioraes que as do Porto de Macaé", disse ele.




Tuesday, August 20, 2013

Governo adia para novembro leilão de energia previsto em outubro

Por Mônica Izaguirre | Valor

 

BRASÍLIA - O Ministério de Minas e Energia (MME) adiou para 18 de novembro o leilão de energia A-3 que estava marcado para 25 de outubro. Uma portaria definindo a nova data foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU) desta segunda-feira.

Serão leiloados, na ocasião, contratos de fornecimento da energia elétrica a ser entregue a partir de janeiro de 2016 por novos empreendimentos de geração ou em decorrência da ampliação de usinas existentes.

A portaria original do leilão não sofreu nenhuma outra alteração além da data. Publicado em 8 de julho, o texto original permitiu que entre no leilão A-3 deste ano energia de várias fontes, além da hidrelétrica.

Está prevista a oferta de contratos de 20 anos de suprimento no caso de fonte solar, eólica, térmica a gás ou térmica a biomassa, “inclusive em ciclo combinado”. O prazo sobe para 30 anos no caso da energia a ser produzida por usinas hidrelétricas.

Ainda segundo a parte da portaria anterior que foi mantida, os empreendimentos de geração que utilizarem como combustível principal biomassa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto, serão enquadrados como empreendimentos termelétricos a biomassa.

(Mônica Izaguirre | Valor)

 

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Monday, August 19, 2013

Bioenergy inscreve 20 projetos de energia eólica e solar em leilão A-3

 

30. DCI - SP (19/08/2013)

Bioenergy inscreve 20 projetos de energia eólica e solar em leilão A-3

SÃO PAULO - A Bioenergy, empresa que atua no segmento de energias renováveis, anunciou nesta sexta-feira (16) ter cadastrado 20 projetos de energia eólica e solar para o próximo Leilão A-3, a ser realizado em 23 de outubro. Os empreendimentos somam 488,9 megawatts (MW).

Segundo a companhia, foram registrados, junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 11 projetos de energia eólica com potência de 317,9 MW, todos localizados no estado do Maranhão – onde a empresa já desenvolve parques e uma linha de transmissão. Outras nove iniciativas são de energia solar e somam 171 MW.

O leilão A-3, que contrata energia a ser entregue a partir de 1º de janeiro de 2016, será o primeiro a incluir empreendimentos de fonte solar e termelétricas à biomassa de resíduos sólidos ou biogás.

 

Friday, August 9, 2013

Landfill Free - Reciclagem virou negócio bilionário para a GM

São Paulo – Num mundo onde a pressão sobre os recursos naturais só aumenta e a preocupação com o meio ambiente se traduz em leis cada vez mais rígidas, a gestão adequada do lixo virou assunto estratégico dentro das empresas. E daqueles com potencial de falar alto ao bolso, ou melhor, ao caixa. A General Motors sabe bem disso.

No ano passado, a montadora mandou para reciclagem 90 por cento de todos os resíduos gerados no processo de fabricação de seus carros mundo a fora, ao invés de enviá-los para aterros. Os louros foram colhidos: a iniciativa gerou receitas de cerca de R$ 2 bilhões, segundo o último relatório de sustentabilidade da empresa.

Tal façanha foi alcançada com a implementação do programa Landfill Free (livre de aterro sanitário, em tradução livre), que visa reduzir a zero o volume de lixo mandado para aterros. A meta é atingir 125 instalações da empresa em todo o mundo até 2020. Falta pouco.

Hoje, 106 unidades já reciclam 100% dos resíduos. Na lista entra de tudo - de sucata de aço e borra de tinta a caixas de papelão e pneus desgastados. 

Experiência brasileira

A primeira planta brasileira a conquistar o status livre de aterro, em 2012, foi a de Gravataí, no Rio Grande do Sul, de onde saem modelos como o Celta, Onix e Prisma.

A unidade atua em duas frentes para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Primeiro, busca a redução do desperdício. Somado a isso, desenvolve ações que visem à reciclagem e à reutilização dos materiais.

“Uma empresa de manufatura de automóveis gera uma serie de resíduos, alguns com valor, como os retalhos da estamparia, que são disputados a tapas, e alguns de pouco valor, como borra de tinta, um resíduo perigoso, com metal pesado”, explica Nelson Branco, gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da América Latina pela GM.

 

Friday, July 26, 2013

Geração solar e gás de xisto ganham mercado

26 de julho de 2013

Setor | Valor Econômico | Especial - Negócios sustentáveis | BR

 

Geração solar e gás de xisto ganham mercado

O segundo semestre trará duas novidades para o setor elétrico. Pela primeira vez, um leilão de contratação de fonte de energia elétrica estará aberto ao cadastramento de projetos de energia solar. Em paralelo, o governo federal, também de forma inédita, prepara uma rodada de licitações de jazidas de gás não convencional, extraído principalmente de rochas existentes no subterrâneo e responsável por uma revolução na indústria dos EUA, onde os preços do gás despencaram e vêm atraindo uma série de investimentos por conta da matéria-prima barata.

No leilão A-3, de entrega de energia daqui a três anos, que deverá ser realizado na última semana de outubro, poderão ser cadastrados pela primeira vez projetos de geração de energia solar ou que utilizem como combustível resíduos sólidos urbanos ou biogás de aterro sanitário. Esse pode ser o marco inicial do aumento da energia solar na matriz nacional, cuja participação hoje é ínfima. "Os preços não estão competitivos ainda, mas, ao abrir essa possibilidade, poderemos conhecer mais sobre os investidores, seus projetos de geração solar e o mercado que olham, assim podemos aprender mais sobre esse segmento", afirma Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). Para ele, até 2020, essa fonte deverá estar com preços mais competitivos.

A iniciativa coincide com o aumento da demanda por empresas para conhecer mais sobre esse mercado nascente. No fim do ano passado, a CPFL Energia, que em julho abriu o capital de seu braço de investimentos em energia renováveis, inaugurou a usina de Tanquinho. Nela investiu R$ 13,8 milhões, seu primeiro empreendimento de geração solar e também o primeiro projeto dessa fonte instalado no Estado de São Paulo. Outra que está aplicando recursos na área é a Cemig.

Desde janeiro, está em fase de implantação a Usina Experimental de Geração Solar Fotovoltaica, localizada em Sete Lagoas (MG) "Quando concluída, ela será a maior usina do tipo no Brasil, com 3,3 MW de pico em painéis fotovoltaicos, com capacidade de abastecer até 3500 residências", diz o gerente de alternativas energéticas da Cemig, Marco Aurélio Dumont Porto. Com custo de cerca de R$ 40 milhões, com R$ 27 milhões de aporte da Cemig, será um dos primeiros projetos de pesquisa do país que culminam na construção de uma usina comercial de geração de eletricidade. "As tarifas que conseguimos hoje com a energia solar ainda estão bem distantes da convencional, mas acredito que, com a nacionalização de equipamentos, melhoria nas questões regulatórias e incentivos governamentais, teremos tarifas competitivas." (RR)