Tuesday, August 27, 2013

Biomassa e pequenas hidrelétricas serão destaque em leilão, diz EPE

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, acredita que biomassa e PCH  (Pequenas Centrais Hidrelétricas) serão os destaques do próximo leilão de energia para abastecimento em 2018, a ser realizado na quinta-feira (29). Isso porque, além o preço de R$ 140 por megawatts ser bem competitivo, segundo disse, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve anunciar antes do leilão um pacote de financiamentos voltados para PCH e biomassa. Ele fez o anúncio nesta segunda-feira (26), na 11ª edição da Brazil Energy and Power (BEP), conferência internacional que reúne os principais líderes do setor de energia.

O evento, realizado pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio), é tradicionalmente sediado em Houston, nos EUA, e pela primeira vez acontece no Rio de Janeiro. Segundo a AmCham Rio, o objetivo é ampliar a visibilidade dos potenciais energéticos do Brasil e atrair mais investidores.

Segundo Tolmasquin, até 2021 a demanda por energia crescerá 4,2% ao ano. A energia hidrelétrica, responsável pela maior demanda, tem 29 gigawatts de capacidade, com 60% já contratada, o que, para ele,  traz um cenário de tranquilidade para o país.

A energia eólica reforça esse panorama, segundo o executivo. "O leilão de sexta (23) contratou 1.500 megawatts para 2016, quando serão atingidos 10 mil megawatts em energia eólica. A usina de Belo Monte tem 11 mil megawatts.  Então, temos quase uma Belo Monte de eólica", disse.

Na sexta, ao todo, 66 empreendimentos de geração negociaram a venda da energia elétrica preço médio final de R$ 110,51 por MWh - equivalente a um deságio de 5,55% frente ao preço inicial de R$ 117 por MWh.


Equação do gás

Para Tolmasquin, não se pode planejar o futuro da energia no país sem levar em conta o gás, que pode alterar significativamente a composição da matriz energética.

"O futuro com o gás é uma coisa, sem o gás é outra. Mas o gás é uma incognita. Não sabemos o quanto tem nem o preço futuro a médio prazo. A equação do gás tem que ser resolvida", disse.

Leonam dos Santos Guimarães, assessor da Presidência da Eletrobras Eletronuclear, concordou dizendo que gasodutos serão criados a partir das descobertas de gás. "Gasoduto tem que ter demanda de gás. Tem que ter descobertas que justifiquem. Basta a declaração de comerciabilidade de uma descoberta e a gente sai construindo gasoduto", explicou.

Leonam disse não ter dúvidas de que o Brasil vai ser exportador de petróleo. A produção atual de 2 milhões de barris por dia, vai subir para 5 milhões em 10 anos, e o país poderá exportar de 2 milhões a 2,5 milhões, prevê ele. Também a produção de etanol, hoje em 24 milhões de barris, vai dobar em 10 anos "numa previsão conservadora", segundo disse.

"O setor foi pego na crise de 2008, os usineiros endividados não investiram na modernização dos canaviais", disse ele, explicando que o quadre vai mudar após o apoio do BNDES à produção do etanol.


Portos

Julio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, citou como instrumentos para o aumento da produção de petróleo os  investimentos nos portos do Estado do Rio.

Segundo disse, o Porto do Açu, empreedimento do grupo EBX, do empresário Eike Batista, "hoje tem nova configuração societária e falta R$ 1 bilhão para termicar o projeto", disse.

Ele citou ainda a importância dos investimentos no Porto de Maricá, por ficar a apenas 20 quilômetros do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e  no Porto do Rio, no qual foram investidos R$ 1 bilhão e R$ 1, 5 bilhão.

"Hoje as atracações no Porto do Rio nas operações da indústria de petróleo são maioraes que as do Porto de Macaé", disse ele.




Tuesday, August 20, 2013

Governo adia para novembro leilão de energia previsto em outubro

Por Mônica Izaguirre | Valor

 

BRASÍLIA - O Ministério de Minas e Energia (MME) adiou para 18 de novembro o leilão de energia A-3 que estava marcado para 25 de outubro. Uma portaria definindo a nova data foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU) desta segunda-feira.

Serão leiloados, na ocasião, contratos de fornecimento da energia elétrica a ser entregue a partir de janeiro de 2016 por novos empreendimentos de geração ou em decorrência da ampliação de usinas existentes.

A portaria original do leilão não sofreu nenhuma outra alteração além da data. Publicado em 8 de julho, o texto original permitiu que entre no leilão A-3 deste ano energia de várias fontes, além da hidrelétrica.

Está prevista a oferta de contratos de 20 anos de suprimento no caso de fonte solar, eólica, térmica a gás ou térmica a biomassa, “inclusive em ciclo combinado”. O prazo sobe para 30 anos no caso da energia a ser produzida por usinas hidrelétricas.

Ainda segundo a parte da portaria anterior que foi mantida, os empreendimentos de geração que utilizarem como combustível principal biomassa composta de resíduos sólidos urbanos e/ou biogás de aterro sanitário ou biodigestores de resíduos vegetais ou animais, assim como lodos de estações de tratamento de esgoto, serão enquadrados como empreendimentos termelétricos a biomassa.

(Mônica Izaguirre | Valor)

 

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Monday, August 19, 2013

Bioenergy inscreve 20 projetos de energia eólica e solar em leilão A-3

 

30. DCI - SP (19/08/2013)

Bioenergy inscreve 20 projetos de energia eólica e solar em leilão A-3

SÃO PAULO - A Bioenergy, empresa que atua no segmento de energias renováveis, anunciou nesta sexta-feira (16) ter cadastrado 20 projetos de energia eólica e solar para o próximo Leilão A-3, a ser realizado em 23 de outubro. Os empreendimentos somam 488,9 megawatts (MW).

Segundo a companhia, foram registrados, junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 11 projetos de energia eólica com potência de 317,9 MW, todos localizados no estado do Maranhão – onde a empresa já desenvolve parques e uma linha de transmissão. Outras nove iniciativas são de energia solar e somam 171 MW.

O leilão A-3, que contrata energia a ser entregue a partir de 1º de janeiro de 2016, será o primeiro a incluir empreendimentos de fonte solar e termelétricas à biomassa de resíduos sólidos ou biogás.

 

Friday, August 9, 2013

Landfill Free - Reciclagem virou negócio bilionário para a GM

São Paulo – Num mundo onde a pressão sobre os recursos naturais só aumenta e a preocupação com o meio ambiente se traduz em leis cada vez mais rígidas, a gestão adequada do lixo virou assunto estratégico dentro das empresas. E daqueles com potencial de falar alto ao bolso, ou melhor, ao caixa. A General Motors sabe bem disso.

No ano passado, a montadora mandou para reciclagem 90 por cento de todos os resíduos gerados no processo de fabricação de seus carros mundo a fora, ao invés de enviá-los para aterros. Os louros foram colhidos: a iniciativa gerou receitas de cerca de R$ 2 bilhões, segundo o último relatório de sustentabilidade da empresa.

Tal façanha foi alcançada com a implementação do programa Landfill Free (livre de aterro sanitário, em tradução livre), que visa reduzir a zero o volume de lixo mandado para aterros. A meta é atingir 125 instalações da empresa em todo o mundo até 2020. Falta pouco.

Hoje, 106 unidades já reciclam 100% dos resíduos. Na lista entra de tudo - de sucata de aço e borra de tinta a caixas de papelão e pneus desgastados. 

Experiência brasileira

A primeira planta brasileira a conquistar o status livre de aterro, em 2012, foi a de Gravataí, no Rio Grande do Sul, de onde saem modelos como o Celta, Onix e Prisma.

A unidade atua em duas frentes para reduzir o impacto ambiental de suas operações. Primeiro, busca a redução do desperdício. Somado a isso, desenvolve ações que visem à reciclagem e à reutilização dos materiais.

“Uma empresa de manufatura de automóveis gera uma serie de resíduos, alguns com valor, como os retalhos da estamparia, que são disputados a tapas, e alguns de pouco valor, como borra de tinta, um resíduo perigoso, com metal pesado”, explica Nelson Branco, gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da América Latina pela GM.

 

Friday, July 26, 2013

Geração solar e gás de xisto ganham mercado

26 de julho de 2013

Setor | Valor Econômico | Especial - Negócios sustentáveis | BR

 

Geração solar e gás de xisto ganham mercado

O segundo semestre trará duas novidades para o setor elétrico. Pela primeira vez, um leilão de contratação de fonte de energia elétrica estará aberto ao cadastramento de projetos de energia solar. Em paralelo, o governo federal, também de forma inédita, prepara uma rodada de licitações de jazidas de gás não convencional, extraído principalmente de rochas existentes no subterrâneo e responsável por uma revolução na indústria dos EUA, onde os preços do gás despencaram e vêm atraindo uma série de investimentos por conta da matéria-prima barata.

No leilão A-3, de entrega de energia daqui a três anos, que deverá ser realizado na última semana de outubro, poderão ser cadastrados pela primeira vez projetos de geração de energia solar ou que utilizem como combustível resíduos sólidos urbanos ou biogás de aterro sanitário. Esse pode ser o marco inicial do aumento da energia solar na matriz nacional, cuja participação hoje é ínfima. "Os preços não estão competitivos ainda, mas, ao abrir essa possibilidade, poderemos conhecer mais sobre os investidores, seus projetos de geração solar e o mercado que olham, assim podemos aprender mais sobre esse segmento", afirma Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). Para ele, até 2020, essa fonte deverá estar com preços mais competitivos.

A iniciativa coincide com o aumento da demanda por empresas para conhecer mais sobre esse mercado nascente. No fim do ano passado, a CPFL Energia, que em julho abriu o capital de seu braço de investimentos em energia renováveis, inaugurou a usina de Tanquinho. Nela investiu R$ 13,8 milhões, seu primeiro empreendimento de geração solar e também o primeiro projeto dessa fonte instalado no Estado de São Paulo. Outra que está aplicando recursos na área é a Cemig.

Desde janeiro, está em fase de implantação a Usina Experimental de Geração Solar Fotovoltaica, localizada em Sete Lagoas (MG) "Quando concluída, ela será a maior usina do tipo no Brasil, com 3,3 MW de pico em painéis fotovoltaicos, com capacidade de abastecer até 3500 residências", diz o gerente de alternativas energéticas da Cemig, Marco Aurélio Dumont Porto. Com custo de cerca de R$ 40 milhões, com R$ 27 milhões de aporte da Cemig, será um dos primeiros projetos de pesquisa do país que culminam na construção de uma usina comercial de geração de eletricidade. "As tarifas que conseguimos hoje com a energia solar ainda estão bem distantes da convencional, mas acredito que, com a nacionalização de equipamentos, melhoria nas questões regulatórias e incentivos governamentais, teremos tarifas competitivas." (RR)

 

Wednesday, July 17, 2013

GIZ contrata Assessor Técnico para atuação no Projeto TEEB Regional-Local

A GIZ – Agência Alemã de Cooperação Internacional – contrata profissional especializado para

o Projeto “Conservação da biodiversidade através da integração de serviços ecossistêmicos

em politicas públicas e na atuação empresarial – TEEB Regional-Local”.

Aproveitamento energético do lixo urbano será discutido no Biogas Brazil Congress em SP

 

 

Aproveitamento energético do lixo urbano será discutido no Biogas Brazil Congress em SP

Biogas Brazil Congress 2013

Com o avanço das discussões sobre a destinação dos resíduos sólidos no país, cresce a demanda por debates que envolvam o aproveitamento energético do lixo produzido. Algumas experiências já vem sendo conduzidas em território nacional, mas ainda há muito a ser discutido. Para fomentar este debate, a IBC vai reunir especialistas do Brasil e do exterior na quarta edição do Biogas Brazil Congress, que acontece em São Paulo de 24 a 25 de julho.

Apesar de não haver uma fórmula ideal para todos os casos, a incineração é a mais indicada para as grandes cidades. Para Antonio Bolognesi, diretor executivo da Operman, “a comunidade internacional reconhece que a incineração é a melhor solução para os grandes centros urbanos, seja pela falta de espaço, pelos custos de transporte e pela logística de se transferir grandes quantidades de resíduos para outros locais. Nestes casos, o melhor a fazer é tratar o lixo onde ele é gerado” afirma Bolognesi, que será um dos palestrantes do Biogas Brazil Congress.

Para cidades menores ou zonas rurais, há soluções como os 35 biodigestores implantados no Projeto Alto Uruguai, que aproveita os dejetos da criação de suínos em 29 municípios de SC e RS para a produção de energia a partir do biogás. No encontro, o secretário executivo do Projeto, Prof. Sadi Baron, mostrará os resultados desta experiência que completa 10 anos em 2014.

Bons exemplos de aproveitamento energético dos resíduos sólidos urbanos não faltam. Em São Paulo (a cidade com maior volume concentrado de lixo do país), a primeira usina de Biogás foi instalada em 2004 no aterro Bandeirantes. Depois, uma segunda usina foi instalada no Aterro São João. Juntos, os dois aterros respondem por mais de 2% de toda a energia elétrica consumida na maior cidade do país. Em três leilões, foram vendidos mais de R$ 70 milhões de créditos de carbono, dos quais 50%, por contrato, ficaram com a Prefeitura.

Estudo apresentado pela Abrelpe (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) no início deste ano analisou 22 aterros sanitários que teriam interesse em explorar o gás do lixo. Segundo o “Atlas Brasileiro de Emissões de GEE (gases de efeito estufa) e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos”, o biogás estocado nesses aterros (280 MW/h) poderia abastecer 1,5 milhão de pessoas. Para isso, seriam necessários investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão. Até 2039, esse potencial poderá chegar a 500 MW/h, o suficiente para abastecer 3,2 milhões de pessoas, o equivalente à população do Rio Grande do Norte.

Na quarta edição do Biogas Brazil Congress, a eng. Adriana Ferreira, coordenadora do departamento técnico da Abrelpe, mostrará quais são as perspectivas de curto e médio prazo para que a nova Política de Resíduos Sólidos impulsione o aproveitamento energético do lixo urbano. O evento contará ainda com representantes da Secretaria de Energia de SP, Petrobras, Eletrobras, Itaipu Binacional, Sulgás, Ecocitrus, Naturovos, CTC e Caixa Econômica Federal, entre outros.

A quarta edição do Biogas Brazil Congress é uma iniciativa da IBC, com o patrocínio da Acqua Engenharia, BTS Biogas, Caixa Econômica Federal, Enc Energy, Spark, Sysadvance e Dresser-Hand Guascor. As informações estão no site http://www.informagroup.com.br/biogas e na Central de Atendimento da IBC, pelo telefone 11-3017-6808 ou pelo email imprensa@ibcbrasil.com.br

AGENDA:
4º. Biogas Brazil Congress
Dias 24 e 25 de julho de 2013.
Local: Hotel Paulista Plaza, Alameda Santos, 85, São Paulo, SP
Horário: das 8h30 às 18h00
Organização: IBC, empresa do Informa Group
Informações: 11-3017-6808 ou imprensa@ibcbrasil.com.br
Site: http://www.informagroup.com.br/biogas

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Monday, July 1, 2013

Geração solar e à biogás poderão participar do leilão A-3

Geração solar e à biogás poderão participar do leilão A-3

EPE tomou decisão atendendo a pleito de investidores interessados nessas fontes

[27.06.2013] 16h58m / Por Antonio Carlos Sil

O Ministério de Minas e Energia decidiu que aceitará no leilão de energia A-3, previsto para outubro próximo, a inscrição de projetos de geração solar e também de usinas termelétricas movidas a partir de combustão de resíduos urbanos. No caso da modalidade solar poderão participar não só empreendimentos com equipamentos fotovoltaicos como também instalações de tecnologia termossolar que se utiliza de espelhos concentradores.

O anúncio da inserção dessas duas modalidades foi feito hoje pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Taolmasquim, em apresentação sobre bioeletricidade durante o Ethanol Summit, promovido em São Paulo, pela União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica).

Tolmasquim esclareceu que a EPE entende que a abertura de oportunidades para solar e resíduos pode ser ainda um pouco prematura, porém a iniciativa partiu do Ministério de Minas e Energia, em atendimento a pleito dos investidores de ambos os segmentos. A experiência, complementou, será importante de qualquer forma para que seja possível avaliar com mais precisão o nível de interesse e disposição dos investidores em ofertar usinas.

O presidente da EPE explicou que os detalhes quanto aos critérios necessários para habilitação ainda estão em avaliação e vão constar do edital do pregão. No caso específico das usinas solares será requisitada certificação apropriada.

Friday, June 21, 2013

Liminar autoriza empresa a retomar transbordo de lixo em Marília, SP

 

Liminar autoriza empresa a retomar transbordo de lixo em Marília, SP

Companhia de Ribeirão Preto reassumiu o serviço na quarta-feira (19).
Empresa de Orlândia fazia o trabalho por meio de contrato emergencial.

Do G1 Bauru e Marília

Com base em uma liminar da Justiça, a empresa que realizava o transbordo do lixo de Marília (SP) voltou a fazer o serviço desde quarta-feira (19). No mês passado, a prefeitura havia suspendido o contrato com a empresa Leão Ambiental depois que houve uma mudança no local de destinação do lixo, de Guatapará, região de Ribeirão Preto, para Piratininga, região de Bauru. De acordo com o Executivo, a alteração não teria sido comunicada pela empresa.

Apesar de o novo local de destino estar mais próximo 100 quilômetros, o valor pago pelo serviço do transbordo de 160 toneladas por dia não teria sido reduzido, afirmou a prefeitura de Marília.

Desde a suspensão, o transbordo vinha sendo realizado por uma empresa de Orlândia por meio de um contrato emergencial. Com a liminar, a companhia de Ribeirão Preto reassumiu o serviço. Em nota, a prefeitura informou que vai recorrer da decisão.

Irregularidade e economia
Cinco meses depois da nova administração assumir a prefeitura, a Secretaria de Meio Ambiente apontou irregularidades na documentação e suspendeu o contrato.

Como a cidade não tem um local adequado para a destinação dos resíduos, Marília gasta por mês cerca de R$ 500 mil para levar o lixo produzido para outro aterro, já que o da cidade está interditado pela Cetesb há dois anos.

Segundo a prefeitura, com a contratação da nova empresa, cerca de R$ 50 mil por mês seriam economizados. O secretário do Meio Ambiente, Leonardo Mescarin, confirmou as irregularidades encontradas que levaram a suspensão do contrato. "Verificamos que o lixo estava sendo levado para locais que não estavam previstos no contrato, entre outras irregularidades. Nós começamos a avaliar o contrato em janeiro e identificados os problemas, o departamento jurídico da prefeitura autorizou o rompimento do contrato no mês passado". 

 

 

Simpósio de Energias Renováveis destaca viabilidade do uso da energia solar e biogás no Brasil

 

Simpósio de Energias Renováveis destaca viabilidade do uso da energia solar e biogás no Brasil

Programação da Senai-BW Tech segue em Foz do Iguaçu e Londrina


As fontes renováveis de energia foram tema de discussão no segundo dia do Senai-BW Tech 2013. Líderes e especialistas dos setores público e privado, do Brasil e da Alemanha, apresentaram soluções inovadoras, que estão mudando o cenário de geração e consumo de energia. No estado alemão de Baden-Württemberg, parceiro no evento, a meta é reduzir o consumo de energia em 50%, ter 80% da energia utilizada procedente de fonte renovável e reduzir em 90% a emissão de gases que provocam o efeito estufa.

Gustavo Malagoli Buiatti, diretor geral da Econova Sistemas de Energia Ltda, traçou um panorama atual da utilização de fontes alternativas de energia no Brasil. Ele destacou que atualmente 84% da energia utilizada no Brasil vem de fontes limpas. De acordo com um relatório do Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), 72% vem da geração hidráulica e 12% de biomassa.

O VP da Solar Cluster Baden-Württemberg, Carsten Tschamber, falou sobre as energias renováveis mais utilizadas no estado alemão, destacando a importância da captação e uso de energia solar para a região. O pesquisador da universidade de Stuttgart, Ludger Eltrop, também apresentou informações sobre o uso da energia solar em Baden-Württemberg. Segundo o professor, a região tem um atlas de potencial solar, o que ajuda na escolha desta forma de geração de energia em determinadas cidades do estado. “Para o amplo desenvolvimento do uso da energia solar, é preciso voltar a atenção a questões como a política de preços, a conscientização sobre a necessidade de preservar o meio ambiente e a escolha da forma apropriada para cada realidade – que pode ser solar térmica ou fotovoltaica.

A arquiteta Isabelle de Loys apresentou todos os programas brasileiros que incentivam a utilização de energia solar fotovoltaica em áreas urbanas. Ela destacou a isenção de ICMS e IPI, as linhas de financiamento para quem deseja instalar um gerador e a criação de programas de governos estaduais e federal para tornar esta forma de energia mais acessível – como o Inova Energia, o selo Qualiverde, PE Sustentável e o Rio Capital da Energia. “Eu quero, principalmente, dar meu testemunho, porque no Brasil a maior parte da população não instala um gerador de energia solar porque pensa que é um processo caro. Não é! Hoje o mecanismo já é acessível a todos, até por linhas de financiamentos”, ressaltou Loys.

A representante da DEGERenergie GmbH, Katja Widmaier, falou sobre a tecnologia desenvolvida pela empresa onde trabalha e destacou o potencial do Brasil para a geração de energia solar. “A legislação atual e a posição geográfica do Brasil fazem deste país um forte mercado potencial”, destacou Widmaier.

Biogás – O biogás também foi tema do Simpósio. O diretor presidente do centro internacional de energias renováveis – Biogás, Cícero Jaime Bley Junior, contou como foi a estruturação do Centro Internacional de Energias Renováveis – Biogás – CIBiogás – ER. Bley lembrou que o biogás é visto como uma energia de segunda classe. “Mas em uma fazenda ou granja, uma usina de biogás é praticamente uma refinaria de petróleo”, brincou Bley. Em 2004, Itaipu começou a estudar o tema, por perceber que a água do rio Iguaçu estava sendo poluída por resíduos produzidos na região, lançados indevidamente na água. “Hoje temos muita segurança quanto ao potencial desta forma de energia e estamos estudando meios de aprimorarmos seu uso”, finalizou.

Distribuição e Legislação – Os últimos temas do simpósio foram a distribuição e legislação referentes a energias renováveis. Maycon Macedo, da Copel, falou sobre a resolução 482 da Aneel, de 17 de abril de 2012, que estabelece regras para a micro e a minigeração e para o sistema de compensação de energia elétrica.

Hewerton Elias Martins, da Solar Energy, traçou um panorama do mercado solar no Brasil e o pesquisador da universidade de Stuttgart, Florian Gutekunst, falou sobre a influência de energias renováveis no comportamento da rede geradora de energia elétrica.

Resultados – O presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo, comemorou o resultado do encontro entre brasileiros e alemães. “Eu me lembro de quando a Itaipu nos procurou, há anos, pedindo orientação sobre fornecedores com expertise em geração de energia. Indicamos os especialistas de Baden-Württemberg. Hoje, percebo um grande número de pessoas altamente interessadas neste tema e isso nos dá grande satisfação”, disse. Para Bley Junior, o seminário representa um primeiro passo em direção a uma discussão necessária sobre mudanças no setor energético. “O mais do mesmo não funciona. Nós precisamos de mudanças – no estrutural e no conjuntural – baseadas no conhecimento específico. E este seminário é um primeiro passo para consolidarmos essa nova realidade”, avaliou Bley.

Senai-BW Tech 2013 – O evento, promovido pelo Senai, em parceria com Ministério das Finanças e Economia do Estado alemão de Baden-Württemberg, faz parte das comemorações do ano da Alemanha no Brasil e dos 70 anos do Senai no Paraná. A semana, que será dividida em dois momentos: o Simpósio de Energias Renováveis – Curitiba (19) e Foz do Iguaçu (21), com o apoio da Itaipu e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) – e o Fórum de Inovações Baden-Württemberg – Curitiba (18) e Londrina (21). O evento tem entre seus objetivos viabilizar a aproximação das experiências implantadas nas duas regiões, criando novas oportunidades de interação em uma área vital para o futuro.