Thursday, July 13, 2017

Energia que vem do lixo

Energia que vem do lixo

Termoverde Caieiras começa a operar com potência instalada de 29,5 MW, e capacidade de 250 mil MWh ao ano, com investimento de R$100 milhões do Grupo Solví

Em meio a um longo debate sobre a política de resíduos sólidos, começou a operar a Termoverde Caieiras, uma das maiores termoelétricas movidas a biogás de aterro sanitário do País, com potência instalada inicial de 29,5 MW. Controlada pela Solvi Valorização Energética, a usina tem capacidade de geração de 250 mil MWh ao ano, capaz de atender uma cidade de cerca de 300 mil habitantes, ou 130 mil residências, com energia elétrica produzida a partir do gás metano.

A Termoverde Caieiras foi construída em uma área de 15.000m² e começou a operar em julho de 2016, com autorização da Aneel. A unidade está localizada na Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA) da Essencis, no município de Caieiras, a 33 km da capital paulista na Rodovia Bandeirantes. O investimento chegou a R$ 100 milhões, do Grupo Solví, empresa com ampla atuação nos segmentos de gestão de resíduos, saneamento e energia renovável.

O gás metano, também encontrado como combustível fóssil, é chamado biogás quando obtido a partir da decomposição de alguns tipos de matéria orgânica como resíduos agrícolas, madeira, bagaço de cana-de-açúcar, esterco, cascas de frutas e restos animais e vegetais. Considerando possíveis perdas, a média para a geração de energia deve chegar a 26 MW por hora, o que é o mesmo consumido por uma cidade como o Guarujá, Taubaté ou Limeira. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Públicas e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil tem potencial de gerar 1,3 GW de energia elétrica a partir dos resíduos sólidos urbanos. Esse total é equivalente a um fornecimento adicional de 932 mil MWh/mês, o suficiente para abastecer 6 milhões de residências ou mais de 20 milhões de habitantes.

O Brasil produz cerca de 195 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por dia. Deste total, uma média de 27 mil toneladas são recolhidas diariamente das residências do Estado de São Paulo, que possui atualmente potência instalada de 70 MW a partir do biogás de aterros sanitários. A Termoverde é a sétima usina que produz biogás a partir de resíduos sólidos urbanos no Estado de São Paulo. As outras seis são a São João, em São Paulo, com 24,64 MW de potência instalada; a Estre com 5,7 MW, em Guatapará; a Bandeirantes, em São Paulo, com 4,6 MW; a Tecipar, em Santana de Parnaíba, com 4,3 MW; a Ambient, em Ribeirão Preto, com 1,5 MW e; a Energ-Biog de 30 kW, em Barueri.

A CTVA atua em outros municípios da grande São Paulo, além dos resíduos das principais indústrias da região de Caieiras. Mas a planta de Caieiras é uma das maiores do Brasil com ampla capacidade operacional e tecnologia de ponta na reciclagem, garantindo a segurança ambiental.

Os aterros sanitários geram muito metano, que é um dos gases do efeito estufa. Antes da utilização para a geração de energia, esse metano era queimado em flare, que é um sistema de queima controlada capaz de transformá-lo em gás carbônico (CO2), com potencial de aquecimento global cerca de 20 vezes menor que o metano. Agora, com a termelétrica, além de evitar que o metano seja liberado na atmosfera, ele será transformado em energia elétrica. O projeto contou com o incentivo dos governos federal, por meio do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI), e estadual, pela isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tendo como compensação várias contrapartidas no campo ambiental.

O Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio) do IEE-USP já havia desenvolvido o mesmo projeto, porém em menor escala, entre 2006 e 2009, com financiamento do Ministério de Minas e Energia, com o objetivo de implementar um sistema de geração de energia elétrica e de iluminação a partir de biogás procedente do tratamento de resíduos sólidos urbanos em aterro sanitário.

De acordo com Carlos Bezerra, da Termoverde Caieiras, o Grupo Solví já tinha  instalado outras duas térmicas a biogás de aterro. A nova térmica, no aterro sanitário de Caieiras, foi uma decisão natural devido ao porte e capacidade do aterro. Para se ter uma ideia, os volumes de terraplenagem envolvidos chegaram a 200 mil m3.

No âmbito da tecnologia de geração, foram empregados motores geradores que utilizam biogás de aterro para a geração de energia elétrica, sistemas de captação ativa de biogás de aterro sanitário, e sistemas de resfriamento e limpeza de biogás com chillers e demisters. O grupo de equipamentos é formado por uma unidade de tratamento de biogás; chillers, trocadores de calor, demisters, sopradores, motores geradores (na unidade de geração de energia que utiliza aterro) e uma unidade de transmissão da energia, com uma subestação composta de secciondoras, disjuntor, transformadores de potencia e de corrente e etc, painéis de controle etc.

De acordo com Bezerra, “não há qualquer impacto negativo para a vizinhança”, pois o sistema retira de forma controlada o biogás que seria naturalmente emitido para a atmosfera e o transforma em energia renovável. Além disso, a usina insere um novo padrão tecnológico para essa área, empregando até mesmo um sofisticado sistema de comunicação e proteção (OPGW) instalado na linha de transmissão.

Dentre as empresas envolvidas nas obras estão a Sobrosa (construção civil);  WEG (construção da subestação); MP Engenharia (Terraplenagem); Macaferri (projeto do muro/Terrameshi); GEJ (motores geradores).  A divisão de Distributed Power da GE Power foi responsável pelo fornecimento de 21 motogeradores Jenbacher com 1.4 MW da usina.  “O Brasil possui grande potencial de energia gerada através do biogás proveniente dos resíduos de aterros sanitários e sua utilização pode contribuir significativamente com dois pontos: a destinação sustentável do volume crescente de biogás, o que reduz a emissão de gases de efeito estufa, e a diversificação da matriz energética brasileira, atendendo à demanda por energia limpa”, afirma Rickard Schafer, líder de vendas da divisão de Distributed Power da GE Power para o Brasil. Atualmente, a GE possui motogeradores Jenbacher em outros dois projetos do grupo Solví: Termoverde Salvador, com 19 motores, e Minas do Leão, no Rio Grande do Sul, com mais seis equipamentos.

http://www.grandesconstrucoes.com.br/br/index.php?option=com_conteudo&task=printMateria&id=2215

 

 

Sunday, June 25, 2017

IEE/USP e RCGI - Palestra Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental no Setor de Energia - 05 julho 2017

 

 

 

 

Tiago Nascimento Silva

 

O Grupo de Pesquisa em Bioenergia - GBIO/IEE/USP em conjunto com o Research Centre for Gas Innovation - RCGI/USP convidam para a Palestra

 

 

SUSTENTABILIDADE SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL NO SETOR DE ENERGIA

 

Palestrante: Dra. Rocio Dias Chavez, Imperial College, Reino Unido

 

 

05 julho 2017

14h00 às 17h00

auditório do IEE/USP - Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289, Cidade Universitária, São Paulo

a palestra será proferida em inglês sem tradução

inscrições exclusivamente em https://goo.gl/0rDuXg

 

As diversas áreas de conhecimento relacionadas ao setor de energia são interligadas de forma significativa, em particular neste século, considerando os desafios das mudanças climáticas e da necessidade da redução das emissões de carbono no mundo. Neste contexto, a palestra discutirá aspectos de Sustentabilidade no setor de energia.

 

A Profa. Rocio Dias Chavez atua na área de avaliação de sustentabilidade (economia, ambiental, social e político/institucional) com foco em energias renováveis, em particular projetos de bioenergia na América Latina, África, Ásia e Europa, incluindo impactos das mudanças climáticas. Possui vasta experiência profissional e acadêmica em ferramentas de avaliação de sustentabilidade e gestão ambiental (EIA, SEA, SIA). A partir de seu conhecimento, a pesquisadora abordará na palestra questões referentes ao desenvolvimento sustentável e avaliação de sustentabilidade da bioenergia, indicadores de gestão ambiental, estudos de caso de plantas de biogás e exemplos de projetos na União Européia, além de desafios atuais da biomassa/bioenergia.

 

Este evento é coordenado pela Profa. Dra. Suani Teixeira Coelho, Coordenadora do GBIO/IEE/USP e tem como público alvo estudantes e pesquisadores das áreas de Energia, Bioenergia, Engenharia e Economia, além de outras áreas afins.

 

 

Tuesday, June 6, 2017

INPE aprimora dados para melhor uso da energia solar no Brasil

INPE aprimora dados para melhor uso da energia solar no Brasil

Segunda-feira, 05 de Junho de 2017



O Brasil possui um enorme potencial ainda pouco explorado em energia solar, indica o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que se prepara para lançar a segunda edição - revista e ampliada - do Atlas Brasileiro de Energia Solar.

A expansão da energia solar no país e a entrada de novas tecnologias motivaram a atualização do Atlas, um trabalho pioneiro lançado em 2006, que ajudou a alavancar a geração de energia elétrica a partir desta fonte renovável.

O primeiro atlas ainda é a referência nacional na área da energia solar. O cadastramento e a habilitação dos novos empreendimentos de geração de energia elétrica a partir da fonte solar fotovoltaica, realizados pelo Ministério das Minas e Energia, empregaram os dados do atlas pioneiro como referência nos últimos leilões de energia de reserva.

“O trabalho realizado nos últimos 11 anos em nosso Laboratório de Modelagem e Estudos de Recursos Renováveis de Energia (LABREN) permitiu aumentar a confiabilidade dos dados e, assim, minimizar os riscos de novos empreendimentos solares, como também ampliar a base de dados de satélites utilizada por nosso modelo de transferência radiativa”, diz Enio Pereira, pesquisador do INPE e o coordenador dos estudos.

A nova edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar traz vários avanços nas parametrizações do modelo de transferência radiativa Brasil-SR e, também, análises sobre a variabilidade espacial e temporal do recurso solar. Para isso, foram utilizados dados de satélites obtidos durante 17 anos.

Outra novidade do Atlas é a apresentação de cenários de emprego de várias tecnologias solares. Com lançamento previsto para ainda este mês, o trabalho estará disponível na internet, no site do INPE.

Para realizar o Atlas, o INPE contou com a participação de pesquisadores de várias instituições no Brasil, como Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Tecnológica Federal do Paraná e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).



 

Wednesday, May 31, 2017

IEE/USP - Workshop Minirredes de Geração e Sistemas de Armazenamento de Energia Elétrica - 27 junho 2017

 

 

 

O Instituto de Energia e Ambiente em conjunto com o Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Alternativas Energéticas da Universidade Federal do Pará (GEDAE/UFPA) e o Instituto de Energias Renováveis e Eficiência Energética da Amazônia (INCT-EREEA) convidam para o Workshop:

 

 

MINIRREDES DE GERAÇÃO E SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

 

27 junho de 2017

auditório do IEE/USP - Av. Prof. Luciano Gualberto, 1.289, Cidade Universitária, São Paulo

09h30 às 17h00

inscrições exclusivamente por email em comunicacao@iee.usp.br  enviando nome/email/cargo/instituiçao de cada interessado

 

PROGRAMAÇÃO

 

09h30 - Abertura

             Roberto Zilles, LSF/IEE/USP e João Tavares Pinho, GEDAE/UFPA

 

09h45 - Experiência do Grupo de Sistemas Fotovoltaicos do Instituto de Energia Solar da Universidade Politécnica de Madrid (UPM) com armazenamento para gestão de demanda em

             sistemas fotovoltaicos

             Eduardo Lorenzo, UPM

 

10h40 - Infraestrutura do LEP/UNESP - Ilha Solteira, SP: Pesquisas e Ensaios

             Carlos Alberto Cansen, LEP/UNESP

 

11h35 - Infraestruturas laboratoriais do GEDAE/UFPA e do LSF/USP para o estudo de minirredes inteligentes com geração híbrida de energia

             João Tavares Pinho, GEDAE/UFPA

 

12h30 - intervalo de almoço

 

14h00 - Testes de inversores híbridos com armazenamento de energia

              Ildo Bet, PHB Eletrônica Ltda.

 

14h55 - Um investimento = Múltiplas funções: desenvolvimento e avaliação técnica, regulatória e econômica de sistemas de armazenamento de energia aplicados a sistemas de 

             geração centralizada e distribuída

             Ricardo Rüther, Fotovoltaica/UFSC

 

15h50 - Fornecimento de serviços ancilares com sistemas de armazenamento de energia em sistemas elétricos com elevada penetração de geração intermitente

             Roberto Zilles, LSF/IEE/USP

 

16h45 - Encerramento

             Roberto Zilles, LSF/IEE/USP e João Tavares Pinho, GEDAE/UFPA

 

 

SINOPSE

 

Atualmente as minirredes de energia são consideradas pontos chaves para melhorar a confiabilidade e a qualidade da energia, aumentar a eficiência do sistema elétrico como um todo, e possibilitar aos consumidores finais certa independência da rede principal, já que as minirredes podem operar nos modos conectado ou isolado.

Para a utilização prática e eficiente dessas minirredes é necessário o emprego das tecnologias de telecomunicações, de computação e informação, de sensoriamento remoto, automação, controle e operação remotos, e de medição eletrônica, que possibilitem o aumento da quantidade e da qualidade das informações relativas ao desempenho da rede, norteando a tomada de decisões nos diferentes setores do sistema elétrico, inclusive dos consumidores finais. O uso dessas tecnologias introduz o conceito de SMART GRID, ou Rede Inteligente, o que no presente caso pode ser denominado de Minirredes Inteligentes.

No Brasil são poucos os locais com infraestrutura adequada e a expertise para pesquisas em minirredes inteligentes, principalmente em termos de operação das mesmas. A criação de locais apropriados para o desenvolvimento de estudos teóricos e práticos sobre minirredes inteligentes, tendo como base instituições envolvidas com o tema, visa ampliar a capacidade nacional no desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias que atendam às necessidades das minirredes inteligentes e a capacitação de pessoal.

Os palestrantes convidados têm significativa experiência nesses temas e uma longa história de cooperação e desenvolvimento de trabalhos conjuntos nas áreas de fontes renováveis de energia, sistemas híbridos de geração de eletricidade, minirredes isoladas e sistemas conectados à rede, na forma de geração distribuída.

O objetivo do Workshop é apresentar a infraestrutura laboratorial para pesquisa, desenvolvimento e capacitação de recursos humanos em minirredes inteligentes de distribuição de eletricidade, energizadas por sistemas híbridos de geração, utilizando as fontes solar fotovoltaica, eólica e armazenamento em bancos de bateria, das seguintes instituições: Instituto de Energia Solar da Universidade Politécnica de Madrid, Grupo de Eletrônica de Potência da UNESP de Ilha Solteira, Grupo de Estudos de Alternativas Energéticas da Universidade Federal do Pará, e Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo. Também serão apresentados os projetos de armazenamento de energia elétrica do Grupo Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina e do Laboratório de Sistemas Fotovoltaicos  do IEE/USP.

O público alvo do evento são estudantes de graduação e pós-graduação, e especialistas e técnicos de empresas de distribuição, geração e transmissão de energia elétrica

 

Ines Iwashita

ST Relações Institucionais, Comunicação, Editoração e Publicações

fones 11 3091-2507 e 97205-1827

 


 

Monday, May 29, 2017

Toneladas de lixo ficam espalhadas em ruas e praias de Maceió após chuvas

Na Praia da Avenida, onde ficava a antiga favela de Jaraguá, se formou um mar de lixo (Foto: Natália Normande/G1)

A Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Slum) recolheu mais de mil toneladas de lixo na última semana em Maceió. Apenas no Riacho Salgadinho, mais de 250 toneladas de lixo foram recolhidas durante este período de fortes chuvas.

O temporal no estado deixou cinco mortos e mais de 3 mil famílias desalojadas ou desabrigadas.

Equipes que trabalham com a limpeza em Maceió intensificaram os trabalhos para garantir a normalidade nos pontos mais críticos da cidade. A reportagem do G1 esteve na tarde desta segunda (29) na Praia da Avenida, onde se formou um mar de lixo.

Pescadores que viviam na região, a antiga favela de Jaraguá, sofrem com o acúmulo de lixo. Eles dizem que o serviço de limpeza da prefeitura não chega na região mais crítica de lixo.

"O trator de limpeza não passa por aqui. Ele limpa a Praia da Avenida até a altura do Riacho Salgadinho, depois disso, não passa mais", disse o pescador Moises Silva de Mendonça.

O vendedor de camarão Cristóvão Euzébio dos Santos, disse que a quantidade de lixo atrapalha nas vendas. "O lixo está acumulado desde que as fortes chuvas iniciaram. Nossos clientes chegam aqui e veem essa cena, aí não tem quem compre".

Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Slum informou que o diretor de operações do órgão já se dirigiu ao local da antiga favela do Jaraguá para solucionar os problemas. A secretaria ainda afirmou que as equipes continuam trabalhando para que a situação do acúmulo de lixo seja normalizada em toda a cidade.

Segundo o secretário do órgão, Davi Maia, a população também precisa ajudar e tentar reciclar o máximo de resíduos possível.

“Muitos desses materiais poderiam ter sido reciclados, como garrafas PET e outros. Outros itens de descarte volumoso, a Slum pode ir buscar na casa do cidadão de forma gratuita, como TVs velhas. Ou seja, precisamos contar com a população. Esse material não precisa parar nos riachos e córregos”, explicou Maia.

Pescador trabalha em meio ao lixo em Jaraguá (Foto: Natália Normande/G1)

 

 

Wednesday, May 24, 2017

Sulgás mantém intenção de compra de biometano

JORNAL DO COMÉRCIO ECONOMIA ENERGIA

 

·         P. 14

 

Sulgás mantém intenção de compra de biometano

Apesar do desejo de vender a estatal, governo irá adquirir biocombustível

Mesmo estando em meio à discussão de uma possível privatização (se o governo conseguir derrubar, na Assembleia Legislativa, o plebiscito exigido para desencadear o processo), a Sulgás sustentará um dos principais planos traçados para este ano. Conforme o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, a meta é que não passe de julho o lançamento do edital para a compra de biometano (biogás purificado) pela estatal. “Independentemente da política que será trabalhada, é um fim social e ambiental que temos que perseguir”, defende o dirigente. 

O biometano é oriundo de resíduos orgânicos, como dejetos de animais que representam um enorme impacto ao meio ambiente, e pode ser utilizado na geração de energia térmica, elétrica ou como combustível para automóveis. Em um primeiro momento, a ideia da companhia era contratar 200 mil metros cúbicos diários de biomentano. No entanto, esse volume está sendo revisto e deve ficar menor. Lemos esteve nessa semana em Florianópolis (SC), discutindo alternativas para o fornecimento de gás natural no País durante encontro do International Gas Union (IGU), entidade que reúne agentes desse setor. No evento, um dos pontos debatidos foi a possibilidade de aumento da oferta através do gás natural liquefeito (GNL) – que chega em estado líquido por navios e é regaseificado. 

O secretário argumenta que essa é uma boa solução, mas não se pode perde o foco nas opções do próprio biogás e da gaseificação do carvão. Entre as empresas que participaram da reunião estavam a Engie e a Golar, que estudam a implantação de uma unidade de regaseificação de GNL no Sul do Brasil. As companhias colocaram que, em princípio, a melhor localização para uma planta dessa natureza na região seria Santa Catarina, devido à proximidade do litoral com o gasoduto. No Rio Grande do Sul, existe o projeto de regaseificação de GNL do grupo Bolognesi que está previsto para ser construído em Rio Grande. 

Lemos considera que essa iniciativa estaria mais avançada, pois está atrelada à implantação de uma termelétrica que já vendeu sua geração em leilão de energia disputado em 2014. Porém, até o momento, as obras desses complexos ainda não se iniciaram. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) chegou a avaliar se revogaria ou não a autorização para a instalação da termelétrica de Rio Grande, devido à preocupação quanto ao prazo de execução do empreendimento (o cronograma original previa operação até janeiro de 2019). 

Contudo, em fevereiro, o órgão regulador decidiu pela suspensão do processo de revogação da outorga da usina até 31 de agosto. Se, até essa data, a Bolognesi não comprovar pontos como sustentávelestruturação financeira e obtenção dos licenciamentos devidos, o processo punitivo deverá ser retomado. Sobre a viabilidade de haver uma planta de regaseificação em Santa Catarina e outra no Rio Grande do Sul, Lemos argumenta que no futuro é possível, mas no presente não seria algo prudente em termos de mercado. O secretário reforça que o ideal é que se tenham várias fontes de fornecimento de gás.

 

 

 

Monday, April 3, 2017

Vaga para Universitários (Estágio AHK)

 

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São Paulo, 03 de Abril de 2017

 

 

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Wednesday, June 22, 2016

A Ecometano representará o Brasil em evento promovido pela ONU sobre modelos inovadores de produção de combustíveis renováveis

A Ecometano, empresa que atua na cadeia do biometano partir de fontes renováveis, representará o Brasil no evento integrante da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que será promovido pelo Departamento da ONU de Assuntos Econômicos e Sociais (UNDESA) e pelo Comitê do Fundo de Energia da China (CEFC) entre os dias 30 de Junho e 1 de Julho na cidade de Addis Ababa na Etiópia

O encontro discutirá as melhores práticas e lições aprendidas na aplicação de políticas de economia verde e terá a apresentação de 10 cases mundiais de inovação na área de energia renovável. A Ecometano apresentará o caso de sucesso do Projeto Dois Arcos, inovador empreendimento de produção de Biometano a partir de resíduos sólidos urbanos.

A operação realiza a captação do biogás do Aterro Sanitário que recebe o lixo urbano da Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, e o transforma em Biometano. O projeto recebeu investimentos de R$ 20 milhões, gera 15 empregos diretos, 45 indiretos e tem capacidade de produção de 15.000 m3 diários de biometano, volume suficiente para abastecer até 6 postos de GNV.

O combustível renovável, menos poluente que o diesel, é utilizado para abastecer parte da frota de caminhões de coleta de lixo que atende ao aterro, gerando um ciclo sustentável em torno do projeto. Recentemente, foi usado para testar um ônibus a gás natural ajudando na transição do combustível usado nas frotas urbanas.

A unidade GNR Dois Arcos atende também um cliente industrial, que usa o Biometano para gerar a energia que abastece uma câmera frigorífica, em substituição a energia elétrica fornecida pela rede. O projeto produz combustível renovável e o disponibiliza no mercado, como substituto dos combustíveis fósseis, contribuindo com a redução de emissões de gases efeito estufa.

Além dos aspectos econômicos e ambientais, ligados intrinsecamente ao conceito do projeto, a GNR Dois Arcos, promove visitas de estudantes de escolas e universidade, contribuindo para a educação local e disseminando o conhecimento relacionado à sustentabilidade.

Sobre a Ecometano

Empresa Brasileira criada em 2010 com o objetivo de captar e tratar o biogás gerado a partir de fontes renováveis, unindo a produção do Biometano com processos e mercados consumidores, de forma economicamente viável e a um custo acessível a sociedade. A empresa oferece soluções sustentáveis na redução de impactos ambientais como os provocados pela disposição incorreta de resíduos e pela emissão de gases de efeito estufa.

Além do projeto GNR Dois Arcos, a empresa avança na implantação de outro em Fortaleza – CE, com previsão de início da operação para o primeiro semestre de 2017. O projeto GNR Fortaleza injetará o Biometano produzido pelo aterro sanitário, na rede de distribuição de gás natural do estado do Ceará. Neste projeto estão sendo investidos R$ 100 milhões e são gerados 130 empregos diretos.

Outra iniciativa em desenvolvimento pela Ecometano está voltada para produção de Biometano a partir de resíduos da indústria agroalimentar. Neste projeto, está previsto a injeção do biometano na rede de distribuição de gás.

O pipeline de potenciais projetos da empresa supera a marca de 1 milhão de m³ de Biometano por dia. Para os empreendedores Carlos Larangeira, Carlos Martins, Luiz Felipe e Marcio Schittini o alcance de tal meta significa, além do crescimento da companhia, um avanço para o desenvolvimento sustentável no país.

 

Monday, February 15, 2016

Primeira parte da maior usina de energia solar do mundo começa a funcionar

Por Redação em 13.02.2016 às 08h45

O Marrocos concluiu neste mês o processo de ativação da primeira parte da nova usina de energia solar em Ouarzazate, localizada no Saara. Conhecida como Noor 1, a parte inicial da instalação possui espelhos solares em forma de lua crescente, desenhados para tirar o máximo de proveito da luz do sol durante o dia.

Cada um dos espelhos da Noor 1 possui por volta 12 metros de altura e contém uma solução de óleo térmico sintético capaz de absorver a luz e o calor solar de maneira mais eficiente. Em contato com a luz do sol, essa solução pode chegar a 390ºC, servindo para gerar eletricidade por meio do vapor formado para movimentar as turbinas. Toda a tecnologia por trás deste processo também permite a geração de energia durante a noite, pois o óleo térmico pode ser estocado em altíssima temperatura.

As outras duas partes da usina solar marroquina, a Noor 2 e 3, deverão estar prontas para serem ativadas até 2018. Desse modo, a usina inteira terá a capacidade de gerar energia com base em uma área de mais de 24 km², o que representa um espaço maior do que Rabat, capital do país. Ao todo, a usina gerará 580 megawatts de eletricidade, suficiente para 1,1 milhão de pessoas.

O projeto de construção da usina de energia solar inicialmente era cotado para ser criado na Europa. No entanto, vários parceiros desistiram do empreendimento e o Banco Africano de Desenvolvimento, em conjunto com o governo marroquino, trouxe o projeto para o Marrocos. A usina recebeu ao todo investimentos de € 150 milhões do Banco Mundial e do Clean Technology Fund, além de um aporte de € 168 milhões do Banco de Desenvolvimento Africano.

Fonte: The Times of India

 

Tuesday, September 22, 2015

Waste Management and Republic Services Dumps Could be More Valuable then Ever If This Law Gets Passed

New legislation looks to stop trash from crossing state lines; owning hundreds of dumps looks like it could be a good call.

It's been hard to be in the trash business lately. That's particularly true for industry giants like Waste Management (NYSE: WM) and Republic Services (NYSE: RSG), which have been hit by falling commodity prices for their recycling businesses, and falling energy prices in the waste-to-energy space. And now the pair has to deal with proposed legislation that could ban trash from crossing state lines to find a welcoming landfill. But that may not be as bad as it looks.

Trash crosses state lines?
Landfills used to be pretty prevalent until environmental laws started to make running a dump harder and more expensive. For example, there were around 8,000 landfills in the United States in 1988, but that number had fallen to around 1,900 by 2013. One of the big changes was that smaller dumps closed up, and larger ones remained or were opened. The survivors were getting fed more trash from more places, including refuse that crossed state lines.


SOURCE: REUBENGBREWER, VIA WIKIMEDIA COMMONS.

Today, Waste Management owns roughly 250 landfills. Republic owns another 190 or so. Do that math, and you'll see that these two companies control nearly 25% of the country's landfills.

Waste Management gets around 18% of its revenues from its landfill segments and Republic gets around 12% of its top line from the space (another 5% comes from transfer services, which feeds trash in to the landfill business). So when new legislation is put out that seeks to limit how trash gets moved from where it's collected to where it's deposited, these two industry giants are going to be affected.

The proposed rule is pretty simple, too: Trash that's made in one state has to go to a landfill in the same state. Bob Casey, the Democratic Senator from Pennsylvania, explained his reasoning this way: "Pennsylvania shouldn't be a dumping ground for trash from other states." Hard to argue with that, unless you're having your trash toted off to PA.

A reliable business
Landfills are very hard to build, facing regulatory constraints and the not-in-my-backyard pushback that you'd expect to see from locals. So these assets are actually quite valuable and offer a reliable revenue stream. For example, Waste Management's landfill revenues have climbed steadily each year since the turn of the decade, rising from $2.5 billion to $2.8 billion. Republic's landfill revenues haven't been as consistent, but have increased from roughly $1.865 billion in 2010 to a touch over $2 billion last year. .

Is that a huge revenue jump for either company? No. But running dumps has been much more stable than recycling, where revenues at both companies are still down 10% from their 2011 peak. And according to Waste Management, running landfills has historically been one of its most profitable businesses.

While the legislation could crimp the flow of rubbish into Waste Management's and Republic's landfills in the near term as regions adapt to the change, it will likely make their collection of dumps that much more valuable over the long term. In fact, it will likely make smaller trash haulers even more dependent on these giants for the long-term disposal of what they collect because it will limit landfill options across the entire industry. Waste Management doesn't break down its landfill ownership by state, but it has landfills in every region of the country, with room for expansion, and has physical operations in every state. Republic, a smaller company, operates in around 40 states.

In other words, if there's trash that needs to be disposed of within a state, one or both of this pair can probably find a place to put it. If the new legislation becomes a law, look for a period of disruption as the industry adjusts to a new reality. But then look for landfills overall to become even more in demand, as a place has to be found for rubbish that had formerly gone from one state to another.


SOURCE: REUBENGBREWER, VIA WIKIMEDIA COMMONS.

Offsetting that will be landfills that see reduced intake as out-of-state trash stops showing up; but with large collection footprints and a history of bolt on acquisitions, both Waste Management and Republic should be able to resolve that issue over time by expanding their collections operations. Or they could simply readjust their landfill portfolios, selling those in states where they have too much capacity, and growing share in states where they need more. Their already notable footprints should make that fairly easy to accomplish.

After the adjustment
But in the end, if the proposed law moves forward, landfills will likely turn into a location, location, location property market. And Waste Management and Republic, with huge footprints and solid finances, will be able to benefit from what they already own and their ability to shift their portfolios of landfill properties around to maximize profitability. In other words, at least for this pair, a rule limiting trash from crossing state lines will likely make their landfill assets even more valuable than they already are.

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Reuben Brewer has no position in any stocks mentioned, but is fond of dumps in an odd sort of way. The Motley Fool owns shares of Waste Management. The Motley Fool recommends Republic Services. Try any of our Foolish newsletter services free for 30 days. We Fools may not all hold the same opinions, but we all believe that considering a diverse range of insights makes us better investors. The Motley Fool has a disclosure policy.