Sardinia 2011
Thirteenth International Waste Management and Landfill Symposium
3 - 7 October 2011
Santa Margherita di Pula, Sardinia, Italy
Tuesday, December 14, 2010
Monday, December 13, 2010
Receita Federal multa Qualix em R$ 59 milhões após relatório do fisco indicar suspeita ‘de fraude, conluio e sonegação’ em operações da companhia
A Folha de S. Paulo publicou nessa 2ª.feira (13/12) matéria da jornalista Fernanda Odilla, que diz que “a Qualix, empresa responsável pela varrição da zona sul de São Paulo, foi multada em R$ 59 milhões pela Receita Federal após relatório do fisco indicar suspeita ‘de fraude, conluio e sonegação’ em operações da companhia.” Diz o texto que “os auditores da Receita Federal identificaram 69 saques bancários em espécie no total de R$ 29,85 milhões sem justificativa para a movimentação financeira, entre 2004 e 2006, período em que a empresa prestou serviços para as gestões de Marta Suplicy (PT), José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM).” “Apesar de intimado e reintimado não apresentou quaisquer documentos hábeis e idôneos que comprovassem os lançamentos desses saques, como custos necessários”, diz trecho do relatório do fisco que identifica a Qualix como “interessado”. Há indícios ainda de uso de notas frias emitidas por empresas de fachada ou em nome de laranjas para justificar serviços como manutenção de caminhões de lixo e locação de máquinas usadas em aterros sanitários. Em resposta a Folha de S. Paulo a empresa Qualix Serviços Ambientais disse que “determinou ‘uma minuciosa diligência’ nos processos e apurações fiscais na Receita e nos órgãos de controle que têm a companhia como alvo.”
Saturday, December 11, 2010
Avaliação da Produção de gás de aterro sanitário
Link da Revista da Associação Brasileira de Engenharia Ambiental:
http://www.abes-dn.org.br/publicacoes/engenharia/resaonline/v13n01/_ArtigoTecnico-022_07.pdf
O trabalho apresenta os primeiros resultados da avaliação da produção e qualidade do gás para a geração de energia em um aterro sanitário. Foram monitorados parâmetros de qualidade do biogás, pressão exercida pelo sistema evolume de gás extraído.
http://www.abes-dn.org.br/publicacoes/engenharia/resaonline/v13n01/_ArtigoTecnico-022_07.pdf
O trabalho apresenta os primeiros resultados da avaliação da produção e qualidade do gás para a geração de energia em um aterro sanitário. Foram monitorados parâmetros de qualidade do biogás, pressão exercida pelo sistema evolume de gás extraído.
Monday, December 6, 2010
Cotia-SP quer aterro em área de manancial
Moradores de Cotia, na Grande São Paulo, querem impedir a prefeitura de construir um novo aterro sanitário em área de mananciais, a cinco quilômetros de um dos reservatórios do Sistema Alto Cotia da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e próxima a bolsões residenciais. Vizinhos colheram 12 mil assinaturas e entraram com uma representação no Ministério Público Estadual (MPE), que analisa o caso.
O terreno de 278 mil metros quadrados na Estrada do Tabuleiro Verde entrou na mira da prefeitura no ano passado, quando foi firmada uma Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Enob Ambiental, a mesma que presta serviço de coleta de lixo para a cidade e agora ficará responsável pelo novo aterro. De acordo com a arquiteta Luciane Régis, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, o local é o mais adequado pelas características físicas e pela baixa densidade demográfica. "Não mora ninguém ali, é um terreno vazio", disse à reportagem.
A mesma informação consta no parecer técnico assinado pela arquiteta - que não considerou a vizinhança do local. O documento diz ainda que o terreno onde passam córregos em direção ao Rio Cotia e tem uma enorme concentração de mata nativa é uma "área seca". Segundo o prefeito de Cotia, Antônio Carlos Camargo, o endereço do futuro aterro está em fase de discussão. "Não tem nada certo. Vamos esperar o parecer do Ministério Público."
Licença
O decreto que garante a construção do aterro foi assinado por Camargo em julho do ano passado - e revogado pelo próprio em março deste ano, após mobilizações de organizações não-governamentais (ONGs) da região e moradores. Em maio, Camargo assinou um novo decreto reautorizando a obra.
No último mês, o promotor Luiz Otávio Lopes Ferreira, da Promotoria de Justiça de Cotia, recebeu uma denúncia de que haveria uma tentativa de desmatamento ilegal na área do aterro no sábado, dia 30. "Oficiei imediatamente a Prefeitura Municipal de Cotia e a Polícia Militar Ambiental, alertando-os de suas obrigações legais de impedir o dano ambiental."
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) informou que a prefeitura de Cotia não protocolou nenhum pedido de licença até agora. Questionada sobre o fato de o futuro aterro ficar próximo à Represa Pedro Beicht, na bacia hidrográfica do Rio Cotia, a Sabesp informou que "a decisão de fazer a obra ou não é do empreendedor". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/11/cotia-sp-quer-aterro-em-area-de-manancial.html
O terreno de 278 mil metros quadrados na Estrada do Tabuleiro Verde entrou na mira da prefeitura no ano passado, quando foi firmada uma Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Enob Ambiental, a mesma que presta serviço de coleta de lixo para a cidade e agora ficará responsável pelo novo aterro. De acordo com a arquiteta Luciane Régis, da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, o local é o mais adequado pelas características físicas e pela baixa densidade demográfica. "Não mora ninguém ali, é um terreno vazio", disse à reportagem.
A mesma informação consta no parecer técnico assinado pela arquiteta - que não considerou a vizinhança do local. O documento diz ainda que o terreno onde passam córregos em direção ao Rio Cotia e tem uma enorme concentração de mata nativa é uma "área seca". Segundo o prefeito de Cotia, Antônio Carlos Camargo, o endereço do futuro aterro está em fase de discussão. "Não tem nada certo. Vamos esperar o parecer do Ministério Público."
Licença
O decreto que garante a construção do aterro foi assinado por Camargo em julho do ano passado - e revogado pelo próprio em março deste ano, após mobilizações de organizações não-governamentais (ONGs) da região e moradores. Em maio, Camargo assinou um novo decreto reautorizando a obra.
No último mês, o promotor Luiz Otávio Lopes Ferreira, da Promotoria de Justiça de Cotia, recebeu uma denúncia de que haveria uma tentativa de desmatamento ilegal na área do aterro no sábado, dia 30. "Oficiei imediatamente a Prefeitura Municipal de Cotia e a Polícia Militar Ambiental, alertando-os de suas obrigações legais de impedir o dano ambiental."
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) informou que a prefeitura de Cotia não protocolou nenhum pedido de licença até agora. Questionada sobre o fato de o futuro aterro ficar próximo à Represa Pedro Beicht, na bacia hidrográfica do Rio Cotia, a Sabesp informou que "a decisão de fazer a obra ou não é do empreendedor". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/11/cotia-sp-quer-aterro-em-area-de-manancial.html
Wednesday, September 15, 2010
Pernambuco tem programa para transformação de lixo em energia
Engenheiro, químico e doutor, Sérgio Perez Ramos da Silva coordena o projeto e diz que a tecnologia, comum no exterior, enfrenta problemas para chegar ao Brasil
Há dez anos, a Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) desenvolve um projeto para transformar lixo em combustível. Feito em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o trabalho de aproveitamento de resíduos estuda o potencial energético do lixo agrícola, de resíduos urbanos e materiais que não podem ser reciclados ou que não têm demanda para isso.
O objetivo da pesquisa é evidenciar o potencial de combustão destes materiais. Assim, a reciclagem diminui a poluição atmosférica e, ao mesmo tempo, produz energia. Mas há entraves, como o custo elevado do processo e a falta de políticas que estimulem essa atividade.
O engenheiro mecânico Sérgio Peres Ramos da Silva, químico industrial e doutor pela Universidade da Flórida em Aproveitamento Energético de Resíduos, coordena o Laboratório de Combustíveis e Energia da UPE. Ele também integra a coordenação da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB) na área de co-produtos (energia dos co-produtos da produção do biodiesel). Nesta entrevista, ele explica o estágio atual do projeto e as dificuldades.
Este é o primeiro projeto de transformação de lixo em combustível do Brasil?
Existem mais projetos em funcionamento no Brasil e no mundo. Em biogás, o pioneiro de grande porte no país foi o aterro dos Bandeirantes, em São Paulo. No mundo, a utilização do biogás e a incineração do lixo para a geração de energia é bastante utilizada na Europa e nos Estados Unidos.
Por que não é tão utilizada aqui?
No Brasil, ainda não há incineradores de lixo para geração de energia. Atualmente, os Estados Unidos estão utilizando gaseificação a plasma, na qual a temperatura do reator chega a 10.000 graus Celsius para degradar toda a matéria orgânica. Essa tecnologia ainda não chegou aqui. Ela enfrenta resistência [para ser adotada no país] porque é muito cara.
Quais são os custos para a utilização dessa forma de energia?
Os valores são relativamente altos. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, o custo por kW instalado varia de US$ 1.100 a US$ 1.300 se forem usados motores de combustão interna; de US$ 1.200 a US$ 1.700 se forem usadas turbinas a gás; e de US$ 2.000 a US$ 2.500 em turbinas a vapor. A forma de utilização mais comum é com motores de combustão interna. Ela tem a vantagem de ser modular. Ou seja, quando a produção de biogás está alta, são utilizados mais motores. E quando, com o tempo, acontece a diminuição de produção do biogás, os motores podem ser removidos para outras localidades. O mesmo procedimento pode ser utilizado até a escassez total do biogás.
Quais são os benefícios e as dificuldades de transformar lixo em combustível?
Os benefícios são o aproveitamento do biogás, que tem metano (uma substância com poder de aquecimento global 21 vezes maior do que o dióxido de carbono), a possibilidade de obtenção de créditos de carbono e a redução da poluição. A única dificuldade é a falta de políticas que incentivem a utilização desta forma de energia.
Andrés Bruzzone Comunicação
http://meioambiente.terra.com.br/interna.php?id=148&canal=3
Há dez anos, a Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) desenvolve um projeto para transformar lixo em combustível. Feito em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o trabalho de aproveitamento de resíduos estuda o potencial energético do lixo agrícola, de resíduos urbanos e materiais que não podem ser reciclados ou que não têm demanda para isso.
O objetivo da pesquisa é evidenciar o potencial de combustão destes materiais. Assim, a reciclagem diminui a poluição atmosférica e, ao mesmo tempo, produz energia. Mas há entraves, como o custo elevado do processo e a falta de políticas que estimulem essa atividade.
O engenheiro mecânico Sérgio Peres Ramos da Silva, químico industrial e doutor pela Universidade da Flórida em Aproveitamento Energético de Resíduos, coordena o Laboratório de Combustíveis e Energia da UPE. Ele também integra a coordenação da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB) na área de co-produtos (energia dos co-produtos da produção do biodiesel). Nesta entrevista, ele explica o estágio atual do projeto e as dificuldades.
Este é o primeiro projeto de transformação de lixo em combustível do Brasil?
Existem mais projetos em funcionamento no Brasil e no mundo. Em biogás, o pioneiro de grande porte no país foi o aterro dos Bandeirantes, em São Paulo. No mundo, a utilização do biogás e a incineração do lixo para a geração de energia é bastante utilizada na Europa e nos Estados Unidos.
Por que não é tão utilizada aqui?
No Brasil, ainda não há incineradores de lixo para geração de energia. Atualmente, os Estados Unidos estão utilizando gaseificação a plasma, na qual a temperatura do reator chega a 10.000 graus Celsius para degradar toda a matéria orgânica. Essa tecnologia ainda não chegou aqui. Ela enfrenta resistência [para ser adotada no país] porque é muito cara.
Quais são os custos para a utilização dessa forma de energia?
Os valores são relativamente altos. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, o custo por kW instalado varia de US$ 1.100 a US$ 1.300 se forem usados motores de combustão interna; de US$ 1.200 a US$ 1.700 se forem usadas turbinas a gás; e de US$ 2.000 a US$ 2.500 em turbinas a vapor. A forma de utilização mais comum é com motores de combustão interna. Ela tem a vantagem de ser modular. Ou seja, quando a produção de biogás está alta, são utilizados mais motores. E quando, com o tempo, acontece a diminuição de produção do biogás, os motores podem ser removidos para outras localidades. O mesmo procedimento pode ser utilizado até a escassez total do biogás.
Quais são os benefícios e as dificuldades de transformar lixo em combustível?
Os benefícios são o aproveitamento do biogás, que tem metano (uma substância com poder de aquecimento global 21 vezes maior do que o dióxido de carbono), a possibilidade de obtenção de créditos de carbono e a redução da poluição. A única dificuldade é a falta de políticas que incentivem a utilização desta forma de energia.
Andrés Bruzzone Comunicação
http://meioambiente.terra.com.br/interna.php?id=148&canal=3
Thursday, September 9, 2010
Limites sobre as RCEs podem favorecer corretores
30/08/2010 - Autor: Michael Szabo - Fonte: Reuters
Novas propostas da União Européia para limitar o uso de compensações provenientes de projetos de redução de gases industriais sob o Protocolo de Quioto a partir de 2013 podem favorecer os corretores atuantes no mercado de carbono ao passo que as bolsas de valores esperam por mais esclarecimentos.
Na quarta-feira passada a comissária européia para mudanças climáticas Connie Hedegaard disse que está considerando limites pós 2012 no uso das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) envolvendo gases industriais devido a preocupações sobre a integridade ambiental.
Até que as propostas sejam finalizadas, as principais bolsas européias anunciaram que não têm planos de deixar seus membros comprarem determinados tipos de RCEs, o que significa que os corretores podem vir a se beneficiar no mercado de balcão.
“Isto pode segmentar o mercado, e é uma boa notícia para os corretores”, comentou o analista do Societé Générale/Orbeo Emmanuel Fages.
As incertezas em relação as regras estão sendo absorvidas pelos corretores, que este ano enfrentaram demissões e perderam mercado para as bolsas com a recessão econômica.
“A falta de clareza regulatória significa que os clientes se beneficiam dos nossos serviços mais sob medida”, explicou Harry Beamish da corretora CarbonDesk.
Hedegaard disse que as restrições de qualidade podem afetar o uso de RCEs na terceira fase do esquema europeu de comércio de emissões.
Atualmente as bolsas de valores oferecem negociações futuras de RCEs para entrega até dezembro de 2012, mas suas regras são rígidas e os contratos não permitem que os membros vejam quais tipos estão comprando.
Por outro lado, o mercado de balcão, conduzido pelos corretores, é mais flexível e permite que os compradores especifiquem exatamente o que procuram e para quando desejam a entrega.
“Provavelmente veremos preços mais baixos para as RCEs negociadas nas bolsas, mas valores maiores no mercado de balcão para RCEs que não envolvam gases industriais”, completou Fages.
De acordo com especialistas, um mercado de RCEs fragmentado tem prós e contras.
Beamish comentou que isto pode ajudar os compradores que buscam agir antes que qualquer limite entre em vigor, usando as RCEs industriais para cumprimento da segunda fase do esquema (2008-2012).
Mas a segmentação pode afetar adversamente a liquidez, dividindo os volumes e distorcendo os preços entre as bolsas e corretores, disse uma fonte de uma bolsa européia em anônimo.
Outra possibilidade é que o mercado de RCEs seja pressionado, ficando similar ao voluntário que oferece uma gama de preços baseados na combinação do tipo do projeto, país de origem e ano.
Independentemente, alguns corretores disseram que já estão vendo o aumento das negociações como resultado do anuncio de Hedegaard.
“Desde então tive ligações de clientes sobre a compra de RCEs não provenientes de gases industriais, algo que não pode ser feito nas bolsas”, comentou um corretor que também pediu para não ser identificado.
Os limites europeus para as RCEs pós 2012 serão anunciados após a finalização da análise impacto da Comissão Européia, esperada para antes da conferência da ONU no México no final de novembro.
Sem clareza, sem planos
Apesar de Hedegaard não ter especificado quais projetos de MDL de gases industriais podem ser afetados pelas propostas, analistas dizem que o provável alvo são os potentes gases HFC-23.
O Comitê Executivo do MDL congelou a expedição de RCEs para vários projetos envolvendo o HFC-23 em detrimento de investigações. Enquanto isso, bolsas como a Bolsa Européia do Clima (ECX) e a Nord Pool disseram que não segmentarão a negociação de RCEs para permitir que os clientes comprem créditos não HFC.
“Não temos planos específicos para segmentar as ofertas existentes de RCEs”, comentou uma porta-voz da NASDAQ OMX, proprietária da Nord Pool.
“A ICE ECX precisa de muito mais certeza sobre o mercado de MDL pós 2012 antes de oferecer qualquer produto de RCE adicional ou modificado”, disse Sam Johnson-Hill da ECX.
Regras para o uso das RCEs pós 2012 tem sido sujeitas a especulação há anos, perturbando investidores que buscam por maiores certezas e evitando que as bolsas lancem negociações futuras.
O mercado de balcão, ao contrário, já registrou várias negociações de RCEs de pequena escala para entrega pós 2012, enquanto a falta de clareza também levou a um leve diferencial de preço entre os diferentes tipos de RCEs.
“Geralmente vemos um premium ‘verde’ em algumas RCEs de maior qualidade, por exemplo de projetos de energias renováveis, e um desconto associado a outros”, comentou Beamish da CarbonDesk.
Traduzido por Fernanda B. Muller, CarbonoBrasil
Leia o texto original em inglês na Reuters
Novas propostas da União Européia para limitar o uso de compensações provenientes de projetos de redução de gases industriais sob o Protocolo de Quioto a partir de 2013 podem favorecer os corretores atuantes no mercado de carbono ao passo que as bolsas de valores esperam por mais esclarecimentos.
Na quarta-feira passada a comissária européia para mudanças climáticas Connie Hedegaard disse que está considerando limites pós 2012 no uso das Reduções Certificadas de Emissão (RCEs) envolvendo gases industriais devido a preocupações sobre a integridade ambiental.
Até que as propostas sejam finalizadas, as principais bolsas européias anunciaram que não têm planos de deixar seus membros comprarem determinados tipos de RCEs, o que significa que os corretores podem vir a se beneficiar no mercado de balcão.
“Isto pode segmentar o mercado, e é uma boa notícia para os corretores”, comentou o analista do Societé Générale/Orbeo Emmanuel Fages.
As incertezas em relação as regras estão sendo absorvidas pelos corretores, que este ano enfrentaram demissões e perderam mercado para as bolsas com a recessão econômica.
“A falta de clareza regulatória significa que os clientes se beneficiam dos nossos serviços mais sob medida”, explicou Harry Beamish da corretora CarbonDesk.
Hedegaard disse que as restrições de qualidade podem afetar o uso de RCEs na terceira fase do esquema europeu de comércio de emissões.
Atualmente as bolsas de valores oferecem negociações futuras de RCEs para entrega até dezembro de 2012, mas suas regras são rígidas e os contratos não permitem que os membros vejam quais tipos estão comprando.
Por outro lado, o mercado de balcão, conduzido pelos corretores, é mais flexível e permite que os compradores especifiquem exatamente o que procuram e para quando desejam a entrega.
“Provavelmente veremos preços mais baixos para as RCEs negociadas nas bolsas, mas valores maiores no mercado de balcão para RCEs que não envolvam gases industriais”, completou Fages.
De acordo com especialistas, um mercado de RCEs fragmentado tem prós e contras.
Beamish comentou que isto pode ajudar os compradores que buscam agir antes que qualquer limite entre em vigor, usando as RCEs industriais para cumprimento da segunda fase do esquema (2008-2012).
Mas a segmentação pode afetar adversamente a liquidez, dividindo os volumes e distorcendo os preços entre as bolsas e corretores, disse uma fonte de uma bolsa européia em anônimo.
Outra possibilidade é que o mercado de RCEs seja pressionado, ficando similar ao voluntário que oferece uma gama de preços baseados na combinação do tipo do projeto, país de origem e ano.
Independentemente, alguns corretores disseram que já estão vendo o aumento das negociações como resultado do anuncio de Hedegaard.
“Desde então tive ligações de clientes sobre a compra de RCEs não provenientes de gases industriais, algo que não pode ser feito nas bolsas”, comentou um corretor que também pediu para não ser identificado.
Os limites europeus para as RCEs pós 2012 serão anunciados após a finalização da análise impacto da Comissão Européia, esperada para antes da conferência da ONU no México no final de novembro.
Sem clareza, sem planos
Apesar de Hedegaard não ter especificado quais projetos de MDL de gases industriais podem ser afetados pelas propostas, analistas dizem que o provável alvo são os potentes gases HFC-23.
O Comitê Executivo do MDL congelou a expedição de RCEs para vários projetos envolvendo o HFC-23 em detrimento de investigações. Enquanto isso, bolsas como a Bolsa Européia do Clima (ECX) e a Nord Pool disseram que não segmentarão a negociação de RCEs para permitir que os clientes comprem créditos não HFC.
“Não temos planos específicos para segmentar as ofertas existentes de RCEs”, comentou uma porta-voz da NASDAQ OMX, proprietária da Nord Pool.
“A ICE ECX precisa de muito mais certeza sobre o mercado de MDL pós 2012 antes de oferecer qualquer produto de RCE adicional ou modificado”, disse Sam Johnson-Hill da ECX.
Regras para o uso das RCEs pós 2012 tem sido sujeitas a especulação há anos, perturbando investidores que buscam por maiores certezas e evitando que as bolsas lancem negociações futuras.
O mercado de balcão, ao contrário, já registrou várias negociações de RCEs de pequena escala para entrega pós 2012, enquanto a falta de clareza também levou a um leve diferencial de preço entre os diferentes tipos de RCEs.
“Geralmente vemos um premium ‘verde’ em algumas RCEs de maior qualidade, por exemplo de projetos de energias renováveis, e um desconto associado a outros”, comentou Beamish da CarbonDesk.
Traduzido por Fernanda B. Muller, CarbonoBrasil
Leia o texto original em inglês na Reuters
Mulheres responsáveis pelo novo aterro sanitário, em Seropédica, têm desafio de transformar o lixo do Rio em ativo ambiental
RIO - Uma tem jeito de mãezona. Não perde a oportunidade de bater papo com as filhas debaixo da coberta. Outra é elétrica. A cada dia, visita uma unidade diferente da empresa em que trabalha e ainda arruma tempo para correr na praia, cuidar das crianças e cursar sua terceira faculdade. A mais nova é meio zen. Gosta de viajar para lugares exóticos, da Patagônia a Machu Picchu. Mas, apesar de personalidades tão diferentes, quando o assunto é trabalho, essas três mulheres falam a mesma língua. Luzia Galdeano, Adriana Felipetto e Priscila Zidan formam o trio de executivas que estará à frente da central de tratamento de resíduos de Seropédica, um empreendimento de R$ 81 milhões que receberá todo o lixo da cidade do Rio de Janeiro, hoje despejado no aterro controlado de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, que será desativado.
Serão nove mil toneladas de lixo por dia, vindas não apenas do Rio, mas também de Itaguaí e da própria cidade de Seropédica. O grande desafio das "damas do lixo" é transformar essa montanha de rejeitos em um ativo ambiental. Hoje, o Brasil produz 259 mil toneladas de lixo por dia, segundo os últimos dados do IBGE, referentes ao ano de 2008. Cerca de 72% dos municípios jogam os resíduos em lixões a céu aberto ou em aterros controlados, como o de Gramacho. Ambos são inadequados, pois não impedem a contaminação do solo ou da água pelo lixo. Apenas 27,7% das cidades brasileiras têm aterros sanitários apontados por especialistas como áreas apropriadas para o descarte. Nelas, o lixo é tratado e não há catadores ou urubus.
Assista ao vídeo: O Caminho do Lixo
Executiva não dispensa o perfume e o salto alto
O projeto de Seropédica será administrado pela Ciclus - sociedade entre as empresas Júlio Simões e Haztec e uma concessão pública da Comlurb - presidida por Luzia, de 44 anos. Com a experiência de quem comandou por nove anos a maior central de tratamento de resíduos da América Latina, em Caieiras (SP), essa paranaense de Pérola do Oeste pretende imprimir sua marca no empreendimento. Não dispensa perfume - Sintonia, da Natura, é um de seus preferidos - nem salto alto, mas dirige até caminhão, se necessário:
- Foi assim que conquistei minha equipe - diz Luzia, que vai liderar 600 empregados na nova unidade, cuja operação está prevista para início de 2011.
As obras começaram há duas semanas, com a concessão da licença da prefeitura de Seropédica. Desde então, Luzia vive na ponte aérea entre Rio e São Paulo, onde mora com o marido, Marcos, de 48 anos, e as filhas, Priscila e Larissa, de 21 e 18 anos. A família pretende se mudar definitivamente para o Rio até o fim do ano.
- Sou desprendida. Mas a família vai sempre junto. Faço questão de estar sempre com as meninas. Até hoje, ficamos debaixo da coberta conversando, como fazíamos quando elas eram crianças.
Adriana Felipetto, de 39 anos, também nasceu no interior, em Franca (SP), mas foi criada em praias cariocas. Graduada em engenharia civil e ambiental e com mestrado em finanças, esteve à frente de um projeto pioneiro de geração de energia a partir do gás resultante da decomposição do lixo na central de tratamento de Nova Iguaçu. O projeto foi o primeiro no mundo a ser enquadrado pela ONU no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, um dos instrumentos do mercado de crédito de carbono para mitigar os efeitos dos gases estufa. Na época, a central era administrada pela Novagerar, adquirida em 2008 pela Haztec, onde atualmente Adriana ocupa o cargo de superintendente.
A executiva quer repetir a experiência em Seropédica, onde o aproveitamento do gás terá potencial para gerar 30 megawatts (MW), energia suficiente para iluminar uma cidade de 200 mil habitantes. O tratamento do gás também evitará o lançamento de 1,9 milhão de tonelada de gás carbônico equivalente na atmosfera por ano.
- Um lixão tem custo zero de operação, mas o preço que a sociedade paga é alto. Os aterros sanitários têm um custo de R$ 45 por tonelada tratada, não poluem o ambiente e ainda geram arrecadação para a cidade. São a melhor relação custo-benefício para a sociedade - diz Adriana.
Tecnologia da nova central é inédita no Brasil
Adriana se divide entre as sete centrais de tratamento de resíduos que a Haztec opera. Nada que a impeça de correr na praia do Leblon, bairro onde mora, quatro vezes por semana. A ex-jogadora de vôlei - na adolescência era da equipe do Bradesco - também arruma um tempinho para assistir às aulas do curso de direito na PUC-Rio, sua terceira faculdade. E ainda atravessa a ponte Rio-Niterói uma vez a cada dois meses para renovar seu megahair. Frequenta o mesmo salão há oito anos e garante que o esforço para conservar o look vale a pena.
Como as duas colegas de trabalho, a carioca Priscila, de 31 anos, também exibe uma aliança na mão esquerda. Mas, como ainda não tem filhos, se dá o luxo de rodar o mundo ao lado do marido, Luiz Paulo. Um dos destinos que está na lista é a Síria, terra de seus bisavós paternos. Enquanto não põe os pés no Oriente Médio, é em uma escola de dança que busca sua herança árabe. Uma vez por semana tem aulas de dança do ventre:
- Como trabalho em um ambiente com muitos homens, sinto falta de um toque feminino. A dança me ajuda nisso - diz Priscila, superintendente de operações da Ciclus.
O projeto que une as três executivas vem sendo considerado uma fronteira tecnológica quando o assunto é lixo. O pulo do gato está na rede de sensores capazes de detectar qualquer vazamento ou tremor no terreno sobre o qual os resíduos são depositados. Nenhuma central de tratamento no Brasil dispõe dessa tecnologia. Além disso, o aterro terá uma tripla camada de polietileno - uma espécie de plástico ultrarresistente que impermeabiliza o solo - e um moderno sistema de drenagem, que suga o gás e o chorume resultantes da decomposição do lixo e os conduzem para uma estação de tratamento.
Comerciantes e políticos locais são contra o projeto
O que é solução para alguns, porém, tornou-se uma dor de cabeça para outros. Comerciantes, políticos e pesquisadores de Seropédica se mobilizam para barrar o projeto. Há ações no Ministério Público Federal e Estadual. Eles alegam que o aterro será erguido em uma área de nascentes que abastece o aquífero Piranema. E que o empreendimento limitará a expansão da cidade, ao inviabilizar qualquer desenvolvimento de outra atividade econômica na região. Lembram ainda que a licença da prefeitura foi concedida pelo ex-prefeito Darci dos Anjos Lopes (PSDB), na sua última semana em exercício, antes der ser cassado por captação ilícita de votos.
- A área onde está sendo erguido o aterro também é vulnerável a inundações. Como garantir que um vazamento poderá ser contido a tempo? - pergunta Rosângela Straliotto, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia.
Adriana Filipetto, da Haztec, frisa que a área onde ficará a central em Seropédica foi indicada por um grupo de trabalho da Prefeitura do Rio e que todas as licenças ambientais foram obtidas. Ainda que o lixo não contamine o solo ou o aquífero, o entra e sai de caminhões levando lixo para o aterro trará forte impacto logístico, na avaliação do pesquisador da Coppe Luciano Basto:
- O aterro é imprescindível, mas sem dúvida trará impactos, como o aumento do tráfego de caminhões. Além disso deve ser pensado como parte da solução para o lixo, devendo ser acompanhado de uma política de coleta seletiva de resíduos.
Serão nove mil toneladas de lixo por dia, vindas não apenas do Rio, mas também de Itaguaí e da própria cidade de Seropédica. O grande desafio das "damas do lixo" é transformar essa montanha de rejeitos em um ativo ambiental. Hoje, o Brasil produz 259 mil toneladas de lixo por dia, segundo os últimos dados do IBGE, referentes ao ano de 2008. Cerca de 72% dos municípios jogam os resíduos em lixões a céu aberto ou em aterros controlados, como o de Gramacho. Ambos são inadequados, pois não impedem a contaminação do solo ou da água pelo lixo. Apenas 27,7% das cidades brasileiras têm aterros sanitários apontados por especialistas como áreas apropriadas para o descarte. Nelas, o lixo é tratado e não há catadores ou urubus.
Assista ao vídeo: O Caminho do Lixo
Executiva não dispensa o perfume e o salto alto
O projeto de Seropédica será administrado pela Ciclus - sociedade entre as empresas Júlio Simões e Haztec e uma concessão pública da Comlurb - presidida por Luzia, de 44 anos. Com a experiência de quem comandou por nove anos a maior central de tratamento de resíduos da América Latina, em Caieiras (SP), essa paranaense de Pérola do Oeste pretende imprimir sua marca no empreendimento. Não dispensa perfume - Sintonia, da Natura, é um de seus preferidos - nem salto alto, mas dirige até caminhão, se necessário:
- Foi assim que conquistei minha equipe - diz Luzia, que vai liderar 600 empregados na nova unidade, cuja operação está prevista para início de 2011.
As obras começaram há duas semanas, com a concessão da licença da prefeitura de Seropédica. Desde então, Luzia vive na ponte aérea entre Rio e São Paulo, onde mora com o marido, Marcos, de 48 anos, e as filhas, Priscila e Larissa, de 21 e 18 anos. A família pretende se mudar definitivamente para o Rio até o fim do ano.
- Sou desprendida. Mas a família vai sempre junto. Faço questão de estar sempre com as meninas. Até hoje, ficamos debaixo da coberta conversando, como fazíamos quando elas eram crianças.
Adriana Felipetto, de 39 anos, também nasceu no interior, em Franca (SP), mas foi criada em praias cariocas. Graduada em engenharia civil e ambiental e com mestrado em finanças, esteve à frente de um projeto pioneiro de geração de energia a partir do gás resultante da decomposição do lixo na central de tratamento de Nova Iguaçu. O projeto foi o primeiro no mundo a ser enquadrado pela ONU no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, um dos instrumentos do mercado de crédito de carbono para mitigar os efeitos dos gases estufa. Na época, a central era administrada pela Novagerar, adquirida em 2008 pela Haztec, onde atualmente Adriana ocupa o cargo de superintendente.
A executiva quer repetir a experiência em Seropédica, onde o aproveitamento do gás terá potencial para gerar 30 megawatts (MW), energia suficiente para iluminar uma cidade de 200 mil habitantes. O tratamento do gás também evitará o lançamento de 1,9 milhão de tonelada de gás carbônico equivalente na atmosfera por ano.
- Um lixão tem custo zero de operação, mas o preço que a sociedade paga é alto. Os aterros sanitários têm um custo de R$ 45 por tonelada tratada, não poluem o ambiente e ainda geram arrecadação para a cidade. São a melhor relação custo-benefício para a sociedade - diz Adriana.
Tecnologia da nova central é inédita no Brasil
Adriana se divide entre as sete centrais de tratamento de resíduos que a Haztec opera. Nada que a impeça de correr na praia do Leblon, bairro onde mora, quatro vezes por semana. A ex-jogadora de vôlei - na adolescência era da equipe do Bradesco - também arruma um tempinho para assistir às aulas do curso de direito na PUC-Rio, sua terceira faculdade. E ainda atravessa a ponte Rio-Niterói uma vez a cada dois meses para renovar seu megahair. Frequenta o mesmo salão há oito anos e garante que o esforço para conservar o look vale a pena.
Como as duas colegas de trabalho, a carioca Priscila, de 31 anos, também exibe uma aliança na mão esquerda. Mas, como ainda não tem filhos, se dá o luxo de rodar o mundo ao lado do marido, Luiz Paulo. Um dos destinos que está na lista é a Síria, terra de seus bisavós paternos. Enquanto não põe os pés no Oriente Médio, é em uma escola de dança que busca sua herança árabe. Uma vez por semana tem aulas de dança do ventre:
- Como trabalho em um ambiente com muitos homens, sinto falta de um toque feminino. A dança me ajuda nisso - diz Priscila, superintendente de operações da Ciclus.
O projeto que une as três executivas vem sendo considerado uma fronteira tecnológica quando o assunto é lixo. O pulo do gato está na rede de sensores capazes de detectar qualquer vazamento ou tremor no terreno sobre o qual os resíduos são depositados. Nenhuma central de tratamento no Brasil dispõe dessa tecnologia. Além disso, o aterro terá uma tripla camada de polietileno - uma espécie de plástico ultrarresistente que impermeabiliza o solo - e um moderno sistema de drenagem, que suga o gás e o chorume resultantes da decomposição do lixo e os conduzem para uma estação de tratamento.
Comerciantes e políticos locais são contra o projeto
O que é solução para alguns, porém, tornou-se uma dor de cabeça para outros. Comerciantes, políticos e pesquisadores de Seropédica se mobilizam para barrar o projeto. Há ações no Ministério Público Federal e Estadual. Eles alegam que o aterro será erguido em uma área de nascentes que abastece o aquífero Piranema. E que o empreendimento limitará a expansão da cidade, ao inviabilizar qualquer desenvolvimento de outra atividade econômica na região. Lembram ainda que a licença da prefeitura foi concedida pelo ex-prefeito Darci dos Anjos Lopes (PSDB), na sua última semana em exercício, antes der ser cassado por captação ilícita de votos.
- A área onde está sendo erguido o aterro também é vulnerável a inundações. Como garantir que um vazamento poderá ser contido a tempo? - pergunta Rosângela Straliotto, pesquisadora da Embrapa Agrobiologia.
Adriana Filipetto, da Haztec, frisa que a área onde ficará a central em Seropédica foi indicada por um grupo de trabalho da Prefeitura do Rio e que todas as licenças ambientais foram obtidas. Ainda que o lixo não contamine o solo ou o aquífero, o entra e sai de caminhões levando lixo para o aterro trará forte impacto logístico, na avaliação do pesquisador da Coppe Luciano Basto:
- O aterro é imprescindível, mas sem dúvida trará impactos, como o aumento do tráfego de caminhões. Além disso deve ser pensado como parte da solução para o lixo, devendo ser acompanhado de uma política de coleta seletiva de resíduos.
Tuesday, August 31, 2010
Engenheiro Ambiental - SBC-SP Empresa multinacional
Engenheiro Ambiental - SBC-SP
Empresa multinacional do segmento automotivo em forte crescimento no mercado brasileiro.
Descrição da vaga
· Assegurar o cumprimento de legislação e normas técnicas em Meio Ambiente, nas plantas da região;
· Padronizar e assegurar que sejam realizadas todas as medições técnicas necessárias para as plantas da região;
· Investigar e traçar ações corretivas para não-conformidades e incidentes ambientais;
· Garantir a melhoria contínua em meio ambiente, nas plantas da região;
· Padronizar procedimentos em meio ambiente;
· Analisar e controlar o andamento de ações relacionadas às observações em meio ambiente, realizadas pelos colaboradores da região;
· Prestar suporte técnico em processos trabalhistas e perícias em meio ambiente, nas plantas da região;
· Formular e consolidar relatórios técnicos em meio ambiente;
· Gerenciar indicadores de performance em meio ambiente;
· Cumprir todos os requisitos da OHSAS 18001;
· Cumprir todos os requisitos da ISSO 14001;
· Coordenar descontaminação de áreas, quando houver;
· Seguir todos os requerimentos em saúde, segurança, ergonomia e meio ambiente definidos em instruções de trabalho e/ou comunicadas em treinamentos;
· Seguir todos os controles operacionais para prevenção de emergências;
· Reportar todos os acidentes, doenças ocupacionais e emergências;
· Cumprir com os requerimentos do BOS;
Perfil desejado
· Formação em Engenharia Ambiental;
· Inglês avançado;
· Experiência em metodologias de análise em Meio Ambiente;
· Conhecimento em ISO 14001;
· Domínio do pacote Office;
· Perfil pessoal: analítico, trabalho em equipe, bom relacionamento interpessoal, ótima comunicação, foco no cliente, iniciativa.
Os interessados deverão enviar currículo somente em formato Microsoft WORD, com pretensão salarial, para hugo.liguori@roberthalf.com.br, indicando no campo assunto o nome da vaga.
Empresa multinacional do segmento automotivo em forte crescimento no mercado brasileiro.
Descrição da vaga
· Assegurar o cumprimento de legislação e normas técnicas em Meio Ambiente, nas plantas da região;
· Padronizar e assegurar que sejam realizadas todas as medições técnicas necessárias para as plantas da região;
· Investigar e traçar ações corretivas para não-conformidades e incidentes ambientais;
· Garantir a melhoria contínua em meio ambiente, nas plantas da região;
· Padronizar procedimentos em meio ambiente;
· Analisar e controlar o andamento de ações relacionadas às observações em meio ambiente, realizadas pelos colaboradores da região;
· Prestar suporte técnico em processos trabalhistas e perícias em meio ambiente, nas plantas da região;
· Formular e consolidar relatórios técnicos em meio ambiente;
· Gerenciar indicadores de performance em meio ambiente;
· Cumprir todos os requisitos da OHSAS 18001;
· Cumprir todos os requisitos da ISSO 14001;
· Coordenar descontaminação de áreas, quando houver;
· Seguir todos os requerimentos em saúde, segurança, ergonomia e meio ambiente definidos em instruções de trabalho e/ou comunicadas em treinamentos;
· Seguir todos os controles operacionais para prevenção de emergências;
· Reportar todos os acidentes, doenças ocupacionais e emergências;
· Cumprir com os requerimentos do BOS;
Perfil desejado
· Formação em Engenharia Ambiental;
· Inglês avançado;
· Experiência em metodologias de análise em Meio Ambiente;
· Conhecimento em ISO 14001;
· Domínio do pacote Office;
· Perfil pessoal: analítico, trabalho em equipe, bom relacionamento interpessoal, ótima comunicação, foco no cliente, iniciativa.
Os interessados deverão enviar currículo somente em formato Microsoft WORD, com pretensão salarial, para hugo.liguori@roberthalf.com.br, indicando no campo assunto o nome da vaga.
LARGEST LANDFILLS - US
LARGEST LANDFILLS
Top 10 Largest Landfills
By tonnage received in 2008
Rank Landfill/Location Owner/Operator 2008 Tonnage
1 Apex Regional
Las Vegas, Nev. Republic Services Inc. 3,199,653
2 Puente Hills
Whittier, Calif. Los Angeles County 3,149,906
3 Newton County Landfill Partnership
Brook, Ind. Allied Waste Industries Inc. 2,926,489
4 Okeechobee
Okeechobee, Fla. Waste Management Inc. 2,640,000
5 Atlantic Waste
Waverly, Va. Waste Management Inc. 2,318,471
6 Rumpke Sanitary
Colerain Township, Ohio Rumpke Consolidated Cos. Inc. 2,174,660
7 Pine Tree Acres
Lenox, Mich. Pine Tree Acres Inc. 2,142,348
8 El Sobrante
Corona, Calif. Waste Management Inc. 2,104,362
9 Veolia Orchard Hills
Davis Junction, Ill. Veolia Environmental Services 2,084,445
10 Denver Arapahoe Disposal Site
Aurora, Colo. City and County of Denver 1,946,126
SOURCE: State environmental agencies, staff research.
NOTE: Some totals are estimated or from previous years.
Top 10 Largest Landfills
By tonnage received in 2008
Rank Landfill/Location Owner/Operator 2008 Tonnage
1 Apex Regional
Las Vegas, Nev. Republic Services Inc. 3,199,653
2 Puente Hills
Whittier, Calif. Los Angeles County 3,149,906
3 Newton County Landfill Partnership
Brook, Ind. Allied Waste Industries Inc. 2,926,489
4 Okeechobee
Okeechobee, Fla. Waste Management Inc. 2,640,000
5 Atlantic Waste
Waverly, Va. Waste Management Inc. 2,318,471
6 Rumpke Sanitary
Colerain Township, Ohio Rumpke Consolidated Cos. Inc. 2,174,660
7 Pine Tree Acres
Lenox, Mich. Pine Tree Acres Inc. 2,142,348
8 El Sobrante
Corona, Calif. Waste Management Inc. 2,104,362
9 Veolia Orchard Hills
Davis Junction, Ill. Veolia Environmental Services 2,084,445
10 Denver Arapahoe Disposal Site
Aurora, Colo. City and County of Denver 1,946,126
SOURCE: State environmental agencies, staff research.
NOTE: Some totals are estimated or from previous years.
Homem já 'come' quase metade da Terra
á pouco para comemorar no Dia Mundial do Meio Ambiente, apesar dos esforços de pesquisa e conscientização que marcaram as últimas décadas. Retórica à parte, o chamado desenvolvimento sustentável continua distante da prática: de fato, as estimativas mais recentes indicam que a humanidade nunca viveu de forma menos sustentável. As mais de 6 bilhões de pessoas monopolizam hoje 45% de toda a matéria viva produzida em terra firme - e nada indica que essa taxa esteja parando de crescer.
O cálculo, feito por pesquisadores como o americano Paul Ehrlich, da Universidade Stanford, e Stuart Pimm, da Universidade Duke (ambas nos Estados Unidos), é o mais abrangente possível. Os estudos se baseiam numa medição da produtividade primária - a massa viva produzida pelas plantas a cada ano. As plantas usam a luz solar e o gás carbônico do ar para produzir seu próprio alimento e, assim, construir seu organismo. (É o processo conhecido como fotossíntese.) Todos os animais dependem direta ou indiretamente das plantas para viver; por isso, a produtividade delas dá uma medida clara do funcionamento de um determinado ambiente.
Os cientistas costumam comparar esse processo ao rendimento de juros em um banco: as plantas que estão fazendo fotossíntese já têm sua própria massa (o equivalente ao dinheiro investido) e passam a aumentá-la. Examinando fatores como a área plantada com alimentos no mundo, as fatias de terra destinadas a pastos e as regiões florestais que são exploradas comercialmente ou para subsistência, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a humanidade se apropria de 45% da produtividade primária da Terra. Ou seja, o homem gasta quase metade do "rendimento em juros" das formas de vida terrestres. Números parecidos são encontrados nos rios e mares do planeta.
O número já é impressionante por si só, mas o grande problema é que as enormes demandas por matérias-primas e energia das sociedades modernas podem muito bem fazer com que a humanidade gaste todos os rendimentos da Terra e ainda por cima entre no cheque especial, por assim dizer. Na verdade, isso só não aconteceu ainda porque a maior parte das pessoas não tem o mesmo padrão de consumo que o do cidadão médio dos Estados Unidos, por exemplo. Se, por um passe de mágica, todos os 6 bilhões de seres humanos pudessem consumir bens no mesmo patamar dos americanos, só a produtividade primária de cinco Terras poderia saciá-los.
É claro que o avanço tecnológico tem permitido sustentar cada vez mais gente de forma cada vez mais eficiente, mas não há o menor sinal de que uma solução tecnológica, sozinha, será capaz de evitar uma catástrofe caso o padrão mundial de consumo continue a crescer no ritmo atual. O correto seria evitar o crescimento dos padrões de consumo.
À primeira vista isso pode parecer absurdo num mundo com tantos milhões de famintos e pobres, mas a voracidade humana, mesmo quando bem-intencionada, pode ser um tiro pela culatra. Quando se usa em excesso a produtividade primária de um ambiente - um pasto com bois além da conta, por exemplo -, a tendência é que surjam fenômenos como a desertificação e o empobrecimento do solo. Mais que isso: os cientistas estão descobrindo que os ecossistemas naturais - como florestas ou savanas, não utilizados para o plantio ou a criação de animais - são prestadores de serviços quase inestimáveis, sem os quais a pobreza extrema ou mesmo desastres são inevitáveis.
Serviços essenciais ameaçados - São os chamados serviços ambientais, um conceito relativamente novo, mas que define de forma clara por que a destruição completa de ecossistemas representa um risco para as sociedades humanas.
A parcela mais óbvia dos serviços ambientais é a do consumo humano direto - na forma de madeira florestal ou de frutos do mar, por exemplo, os quais são esmagadoramente oriundos de ambientes selvagens, e não da aqüicultura. Mas os serviços ambientais vão muito além disso. Praticamente nenhum lavoura humana é capaz de sobreviver sem a ação dos insetos polinizadores, como as abelhas (muitas delas de espécies selvagens), sem os quais as plantas não podem produzir fruto.
Todas as florestas também funcionam como sistemas de produção de água, alterando o clima de forma a garantir chuvas constantes (a "transpiração" das próprias árvores garante a umidade e a formação de nuvens em suas vizinhanças) e mantendo os cursos dos rios sem assoreamento. Desastres como enchentes e desabamentos de terra também são muito mais freqüentes em locais que perderam sua vegetação original.
Há indícios de que, quanto maior a diversidade de espécies de um ambiente, melhores e mais robustos são os serviços ambientais que ele presta.
"A biodiversidade não é o embrulho bonitinho dos ecossistemas - ela é um enorme motor de produtividade", explicou ao G1 o biólogo Stephen R. Palumbi, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. "Assim como qualquer fazendeiro precisa saber como e por que uma planta cresce depressa, nós precisamos saber como tirar o máximo dos ecossistemas sem destruí-los. Deveríamos ter como regra máxima dar apoio à diversidade natural de um ecossistema -- nem que seja pela razão puramente egoísta de querer que ele produza mais para nós."
A grande vantagem é que ambientes naturais saudáveis produzem serviços de graça - serviços os quais seria extremamente custoso obter por meios humanos. Mas é justamente esse risco que a humanidade está correndo graças a uma iminente onda de extinções a qual, se nada for feito, deve atingir a Terra. A Sexta Extinção, como tem sido chamada (em referência a outros cinco grandes eventos do tipo que varreram o planeta no passado), tem potencial para ser tão severa quanto a que destruiu os dinossauros há 65 milhões de anos, se nada for feito.
Nesse caso, o agravamento do aquecimento global tem tudo para interagir de forma nefasta com a retirada ativa dos ambientes naturais. Assim como o uso desenfreado dos recursos naturais pelo homem, a mudança climática pode interferir em todas as relações complexas entre as espécies que mantêm os ecossistemas funcionando.
Um exemplo disso é o aquecimento das águas marinhas geladas do Ártico e da Antártica. Ao contrário do que se poderia imaginar, a água marinha fria é excelente para a vida, porque ela permite que os nutrientes do fundo do oceano se misturem por igual em todas as profundidades. Com isso, as algas microscópicas proliferam (ou seja, há alta produtividade primária), e todos os outros seres vivos, dos camarões aos elefantes marinhos ou ursos polares, também se multiplicam.
No entanto, quando a água esquenta, as camadas do oceano ficam paradas e não se misturam. O plâncton morre, e sem ele todas as outras formas de vida passam fome e tendem a desaparecer. E é claro que a indústria pesqueira humana também é duramente afetada. (Reinaldo José Lopes/ Globo Online)
O cálculo, feito por pesquisadores como o americano Paul Ehrlich, da Universidade Stanford, e Stuart Pimm, da Universidade Duke (ambas nos Estados Unidos), é o mais abrangente possível. Os estudos se baseiam numa medição da produtividade primária - a massa viva produzida pelas plantas a cada ano. As plantas usam a luz solar e o gás carbônico do ar para produzir seu próprio alimento e, assim, construir seu organismo. (É o processo conhecido como fotossíntese.) Todos os animais dependem direta ou indiretamente das plantas para viver; por isso, a produtividade delas dá uma medida clara do funcionamento de um determinado ambiente.
Os cientistas costumam comparar esse processo ao rendimento de juros em um banco: as plantas que estão fazendo fotossíntese já têm sua própria massa (o equivalente ao dinheiro investido) e passam a aumentá-la. Examinando fatores como a área plantada com alimentos no mundo, as fatias de terra destinadas a pastos e as regiões florestais que são exploradas comercialmente ou para subsistência, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a humanidade se apropria de 45% da produtividade primária da Terra. Ou seja, o homem gasta quase metade do "rendimento em juros" das formas de vida terrestres. Números parecidos são encontrados nos rios e mares do planeta.
O número já é impressionante por si só, mas o grande problema é que as enormes demandas por matérias-primas e energia das sociedades modernas podem muito bem fazer com que a humanidade gaste todos os rendimentos da Terra e ainda por cima entre no cheque especial, por assim dizer. Na verdade, isso só não aconteceu ainda porque a maior parte das pessoas não tem o mesmo padrão de consumo que o do cidadão médio dos Estados Unidos, por exemplo. Se, por um passe de mágica, todos os 6 bilhões de seres humanos pudessem consumir bens no mesmo patamar dos americanos, só a produtividade primária de cinco Terras poderia saciá-los.
É claro que o avanço tecnológico tem permitido sustentar cada vez mais gente de forma cada vez mais eficiente, mas não há o menor sinal de que uma solução tecnológica, sozinha, será capaz de evitar uma catástrofe caso o padrão mundial de consumo continue a crescer no ritmo atual. O correto seria evitar o crescimento dos padrões de consumo.
À primeira vista isso pode parecer absurdo num mundo com tantos milhões de famintos e pobres, mas a voracidade humana, mesmo quando bem-intencionada, pode ser um tiro pela culatra. Quando se usa em excesso a produtividade primária de um ambiente - um pasto com bois além da conta, por exemplo -, a tendência é que surjam fenômenos como a desertificação e o empobrecimento do solo. Mais que isso: os cientistas estão descobrindo que os ecossistemas naturais - como florestas ou savanas, não utilizados para o plantio ou a criação de animais - são prestadores de serviços quase inestimáveis, sem os quais a pobreza extrema ou mesmo desastres são inevitáveis.
Serviços essenciais ameaçados - São os chamados serviços ambientais, um conceito relativamente novo, mas que define de forma clara por que a destruição completa de ecossistemas representa um risco para as sociedades humanas.
A parcela mais óbvia dos serviços ambientais é a do consumo humano direto - na forma de madeira florestal ou de frutos do mar, por exemplo, os quais são esmagadoramente oriundos de ambientes selvagens, e não da aqüicultura. Mas os serviços ambientais vão muito além disso. Praticamente nenhum lavoura humana é capaz de sobreviver sem a ação dos insetos polinizadores, como as abelhas (muitas delas de espécies selvagens), sem os quais as plantas não podem produzir fruto.
Todas as florestas também funcionam como sistemas de produção de água, alterando o clima de forma a garantir chuvas constantes (a "transpiração" das próprias árvores garante a umidade e a formação de nuvens em suas vizinhanças) e mantendo os cursos dos rios sem assoreamento. Desastres como enchentes e desabamentos de terra também são muito mais freqüentes em locais que perderam sua vegetação original.
Há indícios de que, quanto maior a diversidade de espécies de um ambiente, melhores e mais robustos são os serviços ambientais que ele presta.
"A biodiversidade não é o embrulho bonitinho dos ecossistemas - ela é um enorme motor de produtividade", explicou ao G1 o biólogo Stephen R. Palumbi, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos. "Assim como qualquer fazendeiro precisa saber como e por que uma planta cresce depressa, nós precisamos saber como tirar o máximo dos ecossistemas sem destruí-los. Deveríamos ter como regra máxima dar apoio à diversidade natural de um ecossistema -- nem que seja pela razão puramente egoísta de querer que ele produza mais para nós."
A grande vantagem é que ambientes naturais saudáveis produzem serviços de graça - serviços os quais seria extremamente custoso obter por meios humanos. Mas é justamente esse risco que a humanidade está correndo graças a uma iminente onda de extinções a qual, se nada for feito, deve atingir a Terra. A Sexta Extinção, como tem sido chamada (em referência a outros cinco grandes eventos do tipo que varreram o planeta no passado), tem potencial para ser tão severa quanto a que destruiu os dinossauros há 65 milhões de anos, se nada for feito.
Nesse caso, o agravamento do aquecimento global tem tudo para interagir de forma nefasta com a retirada ativa dos ambientes naturais. Assim como o uso desenfreado dos recursos naturais pelo homem, a mudança climática pode interferir em todas as relações complexas entre as espécies que mantêm os ecossistemas funcionando.
Um exemplo disso é o aquecimento das águas marinhas geladas do Ártico e da Antártica. Ao contrário do que se poderia imaginar, a água marinha fria é excelente para a vida, porque ela permite que os nutrientes do fundo do oceano se misturem por igual em todas as profundidades. Com isso, as algas microscópicas proliferam (ou seja, há alta produtividade primária), e todos os outros seres vivos, dos camarões aos elefantes marinhos ou ursos polares, também se multiplicam.
No entanto, quando a água esquenta, as camadas do oceano ficam paradas e não se misturam. O plâncton morre, e sem ele todas as outras formas de vida passam fome e tendem a desaparecer. E é claro que a indústria pesqueira humana também é duramente afetada. (Reinaldo José Lopes/ Globo Online)
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